O Amor Pode Dar Certo escrita por liz


Capítulo 22
Capítulo 13 - Parte 3


Notas iniciais do capítulo

Capítulo especial para: Andressa-chan, yuhmmi e carola.
Espero que gostem ;D



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Assim que Lizzie e John desceram do London Eye, o carro já estava esperando por eles. John abriu a porta para Lizzie entrar e ela sorriu agradecida. Quando o carro começou a andar, o motorista virou-se para John e falou:

– Sr. John, a Srta. Clara me pediu para pegá-la antes de deixá-lo em casa. Ela disse que quer muito falar com você.

– Hum... Certo... – John estranhou, porém nada mais disse. John e Lizzie passaram toda o caminha conversando animadamente, Lizzie tentava a todo custo fazer com que John esquece a conversa que os dois haviam tido na Roda Gigante.

Enquanto John e Lizzie conversavam animadamente, o motorista parou o carro em frente à uma casa grande, com muros brancos.

– O que a Clara está fazendo aqui? – John perguntou mais para si mesmo.

– O que? – Lizzie não entendeu.

– Essa casa é uma das nossas propriedades, sendo que quase nunca a gente vem aqui... Costumávamos sempre vir quando éramos crianças, tem piscina, campo de futebol, essas coisas que toda criança gosta... –John continuou falando, mas Lizzie já havia entendido tudo. Então, era ali que Clara iria fazer a festa surpresa de John! Lizzie não pode deixar de sorrir.

– Sr. John, a Srta. Clara está chamando-o, ela quer que o Senhor entre.  – O motorista falou assim que desligou o celular.

– Porque? – John já não estava entendo mais nada.

– Ah John, deixa de perguntas, vamos logo entrar. A Clara deve estar querendo falar com a gente – Lizzie tentou ajudar o plano de Clara.

John olhou para a garota levantando uma sobrancelha, elas estavam planejando algo. Porém, a única maneira de saber o que era, seria entrando na casa. Depois de olhar para o seu motorista e para Lizzie, o que garoto saiu do carro, ainda com um ar meio derrotado, depois de ajudar Lizzie à sair, os dois seguiram juntos até o grande portão que se estendia. John cumprimentou o porteiro, que sorriu e abriu o portão, assim que John passou, o porteiro piscou o olho, cúmplice, para Lizzie.

A casa era enorme, depois do portão, havia um longo caminho, com dois jardins de cada lado, levanto até a casa. John percebeu, mesmo estando longe,  que do lado de fora da casa não havia ninguém, apesar de alguns objetos estarem lá fora.

– O que vocês estão aprontando? – Ele perguntou para Lizzie.

– A gente?? Como assim? Eu não estou aprontando nada... Foi você que me convidou para sair! – Lizzie tentou fazer um ar de inocente, mas no fundo queria rir. John a olhou, tentando intimida-la a falar logo os planos, porém Lizzie só sorriu.

– John, você está ficando paranóico! Eu não fiz nada, juro! – Lizzie falou sorrindo.

Os dois continuaram seguindo até a casa, John falava algumas informações sobre a casa, por exemplo, na verdade ela pertencia aos seus avós, porém quando eles morreram deixaram de herança para ele e para Clara.

Assim que chegaram em frente à casa, John olhava tudo atentamente, enquanto Lizzie ficava um pouco mais a trás, fingindo que admirava algumas rosas. Assim que John abriu a porta, encontrou várias pessoas, amigos seus, em volta de uma mesa, que continha um grande bolo de aniversário, de dois andares, com as palavras: “Parabéns, John!”;

– Surpresa!!!! – Todos gritaram ao mesmo tempo e John ficou estático, paralisado, em frente a porta. Foi só quando Lizzie passou, e o empurrou de leve que ele pode se mover.

Logo, uma Clara alegre e saltitante foi dar um abraço no irmão.

– Parabéns, maninho!!!

– O que você fez, Clara? – John perguntou abraçando a irmã, ele não estava com um tom irritado, sua voz era calma, como sempre. Mas ele parecia realmente surpreso.

– Ah John, é só uma festinha... A gente tem que comemorar seu aniversário de forma decente! – Clara falou animada.

– E o papai sabe? – John perguntou.

– Claro que não! – Clara falou como se fosse óbvio e John apenas sorriu fraco.

– E você, Liz, participou disso também?? – Ele perguntou voltando-se para Lizzie.

– Eu... Bem... Er... Sim! – Lizzie finalmente admitiu, olhando para seus pés, como sempre fazia quando estava com vergonha. John sorriu bobo.

– Ah, vamos, maninho!! Você tem que aproveitar a festa! – Clara puxou John pela mão, levando-o até a mesa onde estavam o bolo e algumas pessoas reunidas. John passou a cumprimentar todas e a agradecer. Lizzie ainda apreciava toda a casa, quando alguém tampou seus olhos.

– Adivinha quem é? Vou te dar uma dica: Lindo, gostoso, inteligente, engraçado...

– Modesto também, né Mike? – Lizzie sorriu tirando a mão do garoto de seus olhos.

– Eu sabia que com essas dicas você ia adivinhar que era eu! – Mike falou sorrindo convencido, Lizzie riu alto.

– Você está aqui desde que horas?

– Eu estava ajudando a Clara a arrumar a festa... Ela passou o dia pulando animada para tudo que era canto. Parecia até um coelho! – Mike brincou.

– Como é, Senhor Mike? – Clara aparece por trás de Lizzie e Mike, fazendo Mike tomar um susto e Lizzie rir com vontade.

– Eu estava dizendo para a Lizzie, que você estava muito adorável esta manhã, sua felicidade era contagiante! – Mike sorriu falso.

– Hum... Melhorou – Clara deu um olhar mortal para Mike e depois saiu.

– Cara, as vezes ela me dá medo! – Mike falou baixinho para que só Lizzie escutasse, a garota deu uma gargalhada. O Mike era mesmo sem noção, porém parecia gostar realmente de Clara.

– Hey, Lizzie, não quer ir para a piscina?? – John perguntou indo em direção à Lizzie.

– Hum... Prefiro agora não, deixa para mais tarde... – Lizzie falou corando.

– Hum... A Lizzie de biquíni!! – Mike fez uma cara safada, mas logo parou pois recebeu um olhar mortal vindo de John.

– Mike, se você não quiser apanhar, é bom ficar calado! – John ameaçou.

– O John também me dá medo... Será que é coisa de família? – Mike “filosofou” e Lizzie riu novamente.

A festa já estava rolando há algum tempo, estava bastante animada, música, muita comida, piscina, tudo que adolescentes gostam. Lizzie conversava com John e Clara, na borda da piscina. Clara havia acabado de colocar o biquíni e agora tentava convencer Lizzie a entrar na piscina com ele.

– Não, Clara... Não quero! – Lizzie corava.

– Ah, vamos Lizzie, por favor!!

– Não!!

– Ai, Lizzie, não tem nada demais, é só uma... – Clara começara a dizer, porém, sentiu ser puxada pela cintura e se viu caindo na água da piscina, gritando. Quando emergiu, viu Mike sorrindo maroto e começou a bater no garoto.

– Mike, você é doido???

– Ah, Clara, deixa de ser chata... – Mike ria.

– Você me paga! – E assim começou uma pequena ‘corrida’ na água, Clara tentava alcançar Mike e o garoto sempre consegui fugir.

Na borda da piscina, Lizzie e John apenas ria das criancices dos dois amigos.

– Vem aqui... Quero te mostrar uma coisa... – John puxou Lizzie pela mão.

– O que é? – Lizzie perguntou já curiosa.

– Você é muito curiosa, sabia? Quando a gente chegar você vai saber o que é...

– Eu não sou curiosa, é só que tudo seu é segredo, tudo em você é na base do mistério... – Lizzie começou a falar, porém logo se calou, suas palavras poderiam ser interpretadas de outro jeito. John olhou para Lizzie e sorriu de lado, daquele jeito que a Lizzie já aprendera a se acostumar, daquele jeito misterioso e charmoso. Ah, como era ficava ainda mais lindo quando sorria!

Lizzie e John percorriam a casa, enquanto o garoto fazia algumas observações em relação aos quartos, ou algumas fotos. Tinha uma foto que chamou bastante a atenção de Lizzie, segundo John o retrato era de seu pai, quando tinha 20 anos. Oliver parecia muito com John agora, apesar do pai ser um pouco mais magro e mais alto. Os olhos, principalmente, eram iguais.

– Você é muito parecido com seu pai – Lizzie comentou.

– Sim, mas só fisicamente. Meu pai é totalmente diferente de mim em relação aos valores, para ele felicidade pode sim ser comprada! Para ele o mais importante na vida é o dinheiro. Tanto que ele esquece os próprios filhos... Acho que a única pessoa que ele realmente amou na vida foi a minha mãe, e quando ela morreu, ele não amou mais ninguém...

– John, não fale isso... É claro que seu pai te ama! – Lizzie tentou consolá-lo, não queria que o garoto ficasse triste novamente.

– Não, Liz, eu agradeço o que você está fazendo por mim, porém há muito tempo eu já tenho a plena certeza que o meu pai não liga para mim. Liz, ele nem sequer sabe a escola que eu estudo... Ou se estou tirando notas boas... Ou se estou gostando de alguém em especial...

– John...

– Liz, é verdade! Isso pode ser um choque para você, já que acha o mundo todo é bom aos seus olhos, porém meu pai nunca se importou comigo... Ou com a Clara, ou com qualquer outra pessoa que não fosse ele mesmo ou a minha mãe.

– Eu não acho que o todo mundo é bom! Eu só tento ver o melhor de todo mundo... Todos temos defeitos e qualidades. Se você quiser só ver os defeitos, você só verá os seus defeitos e os defeitos alheios. Porém, se você quiser só ver as qualidades, verá as suas e as qualidades dos outros. Tudo é uma questão de ponto de vista.  – Lizzie falou confiante e John sorriu fraco.

– Adoro o jeito que você fala, sabia? – John falou depois de um tempo e Lizzie corou violentamente.

Os dois então chegaram a uma porta, uma grande porta de madeira. John a abriu lentamente, fazendo um pouco de suspense e atiçando a curiosidade de Lizzie.  John abre a porta inteiramente, mostrando várias estantes lotadas de livros.

– Não é tão grande quando a biblioteca da outra casa, mas acho que você vai gostar... – John comentou enquanto Lizzie olhava emocionada a quantidade de livros.

A sala não era muito grande, tinha ao todo oito grandes estantes de madeira, lotadas de livros. Lizzie percorria com os dedos às capas dos livros, apreciando tudo e lendo alguns títulos em voz alta.

– 20 mil léguas submarinas... A volta ao mundo em oitenta dias... Os três mosqueteiros...  John, isso é muito perfeito!! – Os olhos de Lizzie praticamente brilhavam e o garoto sorria satisfeito.

– Sabia que você ia gostar... Quando você for novamente à minha casa, tenho que te mostrar a biblioteca, é umas cinco vezes maior que essa. Quem começou a coleção foi meu avó e agora temos muitos livros, de tudo que você possa imaginar.

Lizzie, então, parou de repente, se lembrando de uma última pergunta que ela tinha que fazer.

– John... Você poderia me responder uma última pergunta, juro que se você quiser eu nunca mais toco nesse assunto novamente...

– Fala, curiosa – O garoto riu.

– Hum... Bem... É sobre o seu aniversário...

– O que tem? – John a encorajou, mas já sabia exatamente o que Lizzie queria saber.

– Hum... Por que você não gosta de aniversários? – Lizzie corou, sabia que não deveria perguntar aquilo, porém sua curiosidade mais uma vez falará mais alto.

John suspirou alto e olhou para os livros, ao lado.

– Olha, se você não quiser responder... – Lizzie falou levantando a cabeça.

– Bom... Minha mãe... Minha mãe morrera apenas uma semana antes do meu aniversário... E todos os meus aniversários meu pai passava chorando a morte da minha mãe... Era simplesmente horrível... Aos poucos ele deixou de chorar pela morte da minha mãe, porém, ele nunca, nunca, desde que a mamãe morreu, ele me deus os parabéns. Ele tentava fazer de tudo para nunca ir ao meu aniversário, às vezes inventava viagens, outras passava o dia trabalhando... Aprendi a não comemorar meu aniversário e a não gostar dele. – John falava olhando para a estante, e Lizzie não conseguiu falar nada. Era tudo muito chocante! Como um pai poderia fazer uma coisas dessas com o filho? O que o John não deve ter passado? Afinal, ele era apenas uma criança quando a mãe morreu. – É chocante, não é? – Ele sorriu de lado, porém era um sorriso triste.

– Eu não sei o que falar... – Lizzie admitiu.

– Não precisa falar nada. Só de você estar aqui, comigo, já me faz sentir muito melhor. Você não sabe o que você já fez para mim... Você me ajudou tanto, e você nem sabe... Nem sei o que faria sem você – John desabafou e Lizzie ficava cada vez mais vermelha.

– Mas, John, eu não fiz nada...

– Fez, Liz, você fez muita coisa por mim. Cada vez que eu via seu sorriso de manhã, meu dia já estava salvo, o seu jeito doce e calmo também me acalmava. Eu te conto coisas que eu sei que não poderia contar para mais ninguém. – John se aproximava lentamente de Lizzie, porém a cada passo que ele dava, Lizzie também recuava um, mas era de uma forma inconsciente, ela não percebia o que estava fazendo. Logo, ela já havia parado, encostada na estante. – Você é mais importante para mim do que você pensa!

John acariciava a bochecha de Lizzie, a respiração dela estava acelerada, assim como o seu coração. O coração de John parecia que ia saltar pela boca. Ele não iria conseguir agüentar mais, não por muito tempo. Aproximou seu rosto do rosto de Lizzie, ainda acariciando sua bochecha.

– Eu preciso de você... – Ele falou por fim, antes de colar seus lábios nos dela. Iniciando um beijo calmo e apaixonado, ali mesmo, na biblioteca.


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Notas finais do capítulo

Bom, esse capítulo eu prefiro não comentar nada. Apenas me digam, vocês, o que estão achando da história?
Eu sei que sou uma autora má e que paro logo em uma parte dessas, mas nada melhor que um suspense não? xDD
Aguardo reviews para postar o próximo capítulo.
Beijos
P.S.:Próximo capítulo vou falar sobre a Clara.