O Casamento escrita por Chiisana Hana


Capítulo 9
Capítulo VIII




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Os personagens de Saint Seiya pertencem ao tio Kurumada e é ele quem enche os bolsinhos. Todos os outros personagens são meus, eu não ganho nenhum centavo com eles, mas morro de ciúmes.

O CASAMENTO

Chiisana Hana

Capítulo VIII

Manhã do dia seguinte.

Quarto do Seiya na mansão.

(Shiryu, entrando) Com licença, Seiya. Quer dizer que ao invés de descansar você quer conversar?! Isso é bem a sua cara! Você sempre foi meio tagarela.

(Seiya) Eu não sou tagarela! Sou?

(Shiryu, irônico) Ah, não, não. (sério) Agora que você e Seika finalmente se reencontraram, como está se sentindo?

(Seiya) Estou muito feliz! Você bem sabe que isso é tudo que eu mais queria na vida.

(Shiryu) É, eu sei. Posso imaginar o quanto você está feliz.

(Seiya) Estou tão feliz que nem me importo com essa droga de cadeira. Mas eu te chamei aqui porque eu estou com um problema.

(Shiryu) Também posso imaginar qual é, ou melhor, quais são: Saori, Shina, Mino. Todas elas estão caindo de amores por você e você não sabe o que fazer.

(Seiya) Você anda aprendendo essas coisas com quem?

(Shiryu) Eu não sou tão estúpido quanto pareço! Todo mundo já percebeu que está rolando esse ‘quadrado’ amoroso.

(Seiya, suspirando) Ah, eu não quero magoar nenhuma delas. Gosto tanto das três. Olha, a Mino sempre esteve por perto na infância e ela é tão meiguinha. A Saori me surpreendeu bastante, pois parece ter sobrado bem pouca coisa daquela menina egoísta, arrogante e mimada. Ela agora é uma mulher inteligente, altruísta, capaz de grandes sacrifícios. E Shina, bom, com ela rola aquele lance forte, carnal, de paixão mesmo! O que é que eu faço, Shiryu?

(Shiryu) Isso é um grande problema.

(Seiya) O que você faria se estivesse no meu lugar?

(Shiryu) Eu?

(Seiya) É, você é o cara mais cabeça aqui!

(Shiryu) Sinceramente, eu não sei. Nunca tive esse tipo de problema.

(Seiya) Claro! Você tem a sua Shunrei! Lembro muito bem dela na Guerra Galáctica, implorando pra eu não deixar você morrer. Ela te ama muito, cara. Só você que não vê.

(Shiryu) Quem disse que não? Eu sei muito bem que ela me ama.

(Seiya) Sabe? Não parece.

(Shiryu) Não só sei, como também a amo muito. E ela sabe do meu amor embora eu nunca tenha tido oportunidade de dizer isso a ela.

(Seiya) Ah, conta outra! Vocês moram juntos! Como é que nunca teve oportunidade?

(Shiryu) Na verdade, eu nunca quis que ela tivesse certeza do meu amor. Sabe, assumir um relacionamento com ela e morrer logo em seguida seria triste demais. O que eu queria era que ela tivesse uma vida normal, que arrumasse um cara legal para casar e ter filhos. Não pensei que eu sobreviveria a tantas batalhas e teria a chance de ser esse cara.

(Seiya) É, mas você sobreviveu! Agora diz tudo pra ela!

(Shiryu) Eu vou dizer muito em breve.

(Seiya) Eu torço muito por vocês. É lindo esse amor que vocês sentem. Mas voltando ao meu problema, o que você faria?

(Shiryu) Tomaria juízo!

(Seiya) Não brinca! Isso é sério!

(Shiryu) Desculpe. Na verdade, acho que não tem como resolver isso sem magoar ninguém. Você vai ter que escolher uma delas e dispensar as outras claramente. Ou não escolhe nenhuma e dispensa as três. Só que nesse caso acho que você vai ficar com uma certa má fama. O que não pode é ficar enrolando as três e se fazendo de desentendido. Reflita bastante, procure perceber de quem você gosta mais e fique com ela. Depois, só o tempo vai dizer o que será dessa relação. Se seu destino não for com a primeira escolhida, tente a segunda. Tenho certeza de que se ela o amar de verdade, vai esperar. Agora, se seu destino for a terceira, você é ruim de escolha, hein?

(Seiya) E se não for nenhuma das três?

(Shiryu) Aí ou você vai à luta atrás de outra ou entra num mosteiro!

(Seiya) Isso, tira onda da minha situação caótica.

Batidas na porta. Mino, Akira e Makoto entram.

(Crianças) Seiya!!

(Mino) Olá Seiya! Trouxe essas flores para você. E eu não queria trazer os meninos mas eles insistiram.

(Seiya) Tudo bem. Adoro crianças.

(Akira, olhando para Shiryu) Ô Seiya, você não tem medo do Cólera do Dragão?

(Seiya) Que nada! Eu nunca tive! Mas é melhor não arriscar. Já pensou se o Shiryu fica com raiva de nós?

Shiryu levanta-se e faz um gesto como se fosse usar seu golpe. As crianças enfiam-se debaixo da cama.

(Shiryu) É, o Seiya não tem medo. Quanto a vocês, crianças, infelizmente não posso dizer o mesmo!!

Todos riem.

(Seiya) Podem sair daí, meninos. O Shiryu não vai fazer nada! O Seiya de Pégasus não vai deixar!

(Akira, estufando o peito) Acho bom!!

(Makoto) A gente não tava com medo...

(Akira) Ei, cadê sua namorada? Ela por acaso não teria um daqueles doces gostosos que trouxe da outra vez?

(Shiryu, um pouco envergonhado) Vocês ainda lembram isso? Ela deve estar no jardim. Aliás, eu vou procurá-la. Até logo, pessoal. (saindo) Seiya, vê se resolve as coisas.

(Seiya) Vou tentar.

(Akira) Ele até que é legal.

(Makoto) Eu acho ele metido. Prefiro o Seiya!!

(Mino, rindo) Como você se sente, Seiya?

(Seiya) Eu estou bem. Mas quero sair logo dessa droga de cadeira de rodas. Detesto ter que ficar o tempo todo sendo empurrado para lá e para cá. Se isso demorar muito vou acabar ficando com ‘síndrome de marionete’: todo mundo tenta me controlar.

(Mino, rindo) Tenha paciência. Sei que você vai ficar bom logo. Mas enquanto não ficar, virei visitá-lo todos os dias.

(Seiya) Ah, Mino, acho que não vai dar. Eu pretendo ir para uma das fazendas da Saori.

(Mino) Então eu podia pedir uma licença no orfanato para ir cuidar de você.

(Seiya, pausadamente) Mino, é que eu vou COM a Saori.

(Mino, decepcionada) Com a Srta. Kido?

(Seiya) É, me perdoe, Mino, mas...

(Mino, interrompendo, com os olhos marejados) Eu entendo, Seiya. Bom, preciso ir. Fique com Deus. Vamos crianças?

(Akira) Já?

(Makoto) Eu não quero ir! A gente nem teve tempo de falar direito com o Seiya!

(Seiya) Deixe-os ficar, Mino. Depois peço a alguém para levá-los.

(Mino, chorando) Está bem. (saindo) Até mais tarde, crianças.

(Akira) Por que ela ficou estranha?

(Makoto) Mulheres SÃO estranhas.

Mino sai do quarto correndo. No jardim, ela passa por Shiryu e Shunrei sem ao menos cumprimentá-los.

(Shunrei) O que será que aconteceu com ela?

(Shiryu, muito sério) Seiya deve ter feito o que era certo.

(Shunrei) Hã?

(Shiryu) Deixa pra lá. Diga-me o que você está achando do Japão, Shunrei. Das outras vezes que você esteve aqui não teve tempo de prestar atenção em nada.

(Shunrei) Eu gosto daqui, mas sinto muita falta do som da cachoeira. Porém, isso não tem muita importância. Estou com você. É o que conta.

(Shiryu, envergonhado, segurando a mão dela) Estou muito feliz por você ter vindo cuidar de mim mais uma vez. Acho que eu não teria melhorado tão rápido se você não estivesse aqui.

(Shunrei, também envergonhada) Eu não fiz nada... (pensando) Só lhe dei o meu amor o tempo todo.

(Shiryu) Claro que fez. Eu sempre me sinto melhor quando você está por perto. Sua presença me faz tão bem.

(Shunrei, sentindo a mão que ele segurava ficar ligeiramente mais quente) Ah... pois eu acho que é você que me faz bem.

(Shiryu) Então fazemos bem um ao outro?

(Shunrei) É.

(Shiryu) Eu gosto quando você reza por mim.

(Shunrei) Como não adianta pedir pra você não lutar, sempre rezo para você não se machucar muito. Rezo tanto que acho que Deus não agüenta mais ouvir minhas súplicas!

(Shiryu) Deve ser exatamente o contrário. Deus deve gostar de ouvir sua voz. Talvez Ele até deixe que eu me machuque bastante só para poder ouvi-la mais vezes.

(Shunrei, um pouco brava) Não brinque com essas coisas. Eu não gosto de ver você machucado. (pausa) Porque dói muito em mim também...

(Shiryu, abraçando-a) Desculpe-me. Eu não quis brincar com coisa séria. (vendo a carinha ainda brava dela) Não fique com raiva de mim. (abraçando-a com mais força) O que eu tenho de fazer para me redimir?

(Shunrei, percebendo como o pequeno momento de raiva desvanecera com um simples abraço do homem que ama) Só continua me abraçando.

Continua..


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