O Casamento escrita por Chiisana Hana


Capítulo 10
Capítulo IX




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Os personagens de Saint Seiya pertencem ao tio Kurumada e é ele quem enche os bolsinhos. Todos os outros personagens são meus, eu não ganho nenhum centavo com eles, mas morro de ciúmes.

O CASAMENTO

Chiisana Hana

Capítulo IX

Noite do famigerado jantar de despedida.

O clima na mansão Kido é alegre, apesar de uma pontinha de saudade já começar a latejar no coração de todos, afinal, estiveram juntos em tantas batalhas e agora cada um seguirá seu caminho.

Shina e Marin chegam à mansão, conforme Seiya havia pedido a Saori. Para surpresa de todos, ambas estão sem as máscaras.

(Shina, sob os olhares incrédulos de todos) O que foi? Recebemos o comunicado do Santuário avisando sobre a abolição das máscaras e resolvemos começar nesse jantar.

(Seiya) Hum... o rosto da Shina eu já vi várias vezes mas hoje finalmente estou vendo o seu, Marin! Você é bem bonita!

(Marin) Cala essa boca, Seiya. Só não vou te dar umas palmadas agora porque você está nessa cadeira de rodas.

(Shina) Ele bem que merecia.

(Seika, emburrada) Não bastaram os solavancos que você deu nele no hospital? Pensei que você ia matá-lo.

(Seiya) Ela já tentou me matar um milhão de vezes e nunca conseguiu ir até o fim!

(Shina) Eu posso tentar mais algumas vezes.

(Seiya) Isso é que eu quero ver! Nem Hades conseguiu me matar! (ficando repentinamente muito sério) Shina, você pode dar uma empurradinha na minha cadeira até o jardim. Preciso conversar com você em particular.

(Shina) Nem pensar! Não tenho nada pra falar com você.

(Marin) Acho que você deve ir, Shina.

(Shina) Está bem... eu vou.

A caminho do jardim, Seiya e Shina conversam.

(Seiya) E então, gostou da abolição das máscaras?

(Shina) Preferia continuar usando a minha.

(Seiya) Mas você é do contra mesmo!

(Shina) Sou! Olha, deixa de enrolação e diz logo o que você quer me dizer.

(Seiya) Eu queria agradecer suas visitas. Seika me contou.

(Shina) Não precisa agradecer, afinal, você sabe muito bem por que eu fiz tudo pra você melhorar logo.

(Seiya) Shina, eu...

(Shina) Não diga mais nada. Eu não quero saber.

(Seiya) Mas Shina, eu...

(Shina) Já disse que não quero saber. Estou feliz por você ter saído do hospital e estou certa de que, com a força que você tem, não passará muito tempo nessa cadeira. Não quero ouvir nenhuma palavra sobre o resto. Amanhã voltarei ao Santuário, pois lá é o meu lugar. E vou tranqüila porque sei que você ficará bem agora que reencontrou sua irmã fujona.

(Seiya) Certo, Shina, mas me deixe falar um pouco!!

(Shina) Para quê? Você vai dizer: “agradeço muito tudo que você fez, mas infelizmente não posso retribuir seu amor”. Ora, Seiya, estou cansada de saber disso! Não preciso ouvir mais nada.

Seiya permanece em silêncio enquanto Shina o conduz novamente para o interior da mansão. Ela também está em silêncio. Essa noite é uma das mais tristes de sua vida. Está entregando o homem que ama nos braços de outra. A única coisa que alivia sua dor é pensar que se é melhor pra ele ficar com Saori, então que sejam felizes juntos.

De volta à sala, eles se juntam aos outros. Todos conversam animadamente enquanto esperam Saori descer.

(Saori, consigo, do alto da escada, ao ver Seiya entrar na mansão conduzido por Shina) Não posso deixar ninguém perceber que estou me roendo de ciúmes da Shina!!Aiiiiiiii!! Como eu queria agarrar o pescoço dela e gritar ‘o Seiya é meu!! Meu! Meu!’. Se eu não fosse Athena certamente já teria feito isso! Mas quando se é uma deusa deve-se controlar esses impulsos humanos. Ah, mas como isso é difícil!

Saori respira fundo e desce a escada. Ao entrar na sala...
(Saori,) Boa noite, pessoal! Essa será uma noite verdadeiramente especial para todos nós. Estamos aqui reunidos, mas amanhã nos separaremos. Não para sempre, eu espero. Como vocês já sabem, Shiryu e Hyoga retornarão a seus lugares de treinamento. Certamente todos nós vamos sentir saudades dos bons momentos que passamos juntos. (Ikki pensa: ‘Quais?’) Foram poucos, é verdade, mas o que importa é que os laços de amizade e de sangue que unem vocês jamais serão destruídos pelo tempo ou pela distância. (Shun começa a chorar) Da mesma forma, o carinho e respeito que me unem a vocês também são indestrutíveis. (Hyoga pensa: ‘Se forem indestrutíveis que nem o escudo do Shiryu, estamos ferrados.’) Nada do que vocês viveram foi em vão. Tudo teve seu propósito e agora a recompensa virá na forma de vidas normais como vocês nunca tiveram. (Shiryu segura a mão de Shunrei e pensa: ‘Assim espero.’) Então, rapazes, boa sorte em suas novas vidas! Sejam muito felizes! E agora vamos ao jantar, porque ninguém é de ferro! (Seiya pensa: ‘Finalmente! Pensei que ela ia ficar só falando e não ia liberar o rango!’)

O jantar é servido. Saori mandara preparar os pratos preferidos de cada um dos cavaleiros de bronze. Todos estão alegres.

Seiya, sua irmã e sua mestra estão adorando a festa. Shina tenta parecer alegre, mas mantém o olhar distante. Shiryu e Shunrei não se desgrudam. Hyoga deseja que o jantar acabe logo. Ikki acha tudo um saco e Shun, vegetariano, sente repulsa ao ver todos fartarem-se com as mais diversas carnes.

Após o jantar, todos se reúnem na sala. Começam a conversar sobre os planos para o futuro.

(Saori) Shun, o que você vai fazer a partir de agora?

(Shun, animado) Eu vou estudar! Acho que quero ser médico... ou enfermeiro... ou veterinário...

(Seiya, impaciente) Se decide!

(Shun, nervoso) Eu não sei! O que você acha, Ikki?

(Ikki, entediado) Não sendo viado pra mim tá bom.

(Shun, emburrado) Eu sou apenas sensível!

(Ikki) Dá quase no mesmo! Pode ser que você não seja viado ainda ,mas tem tudo para ser! Você já reparou que chora mais que uma menina? Você age como menina o tempo quase todo!

(Shun, chorando) Pior é você, que age como um animal e grunhe pra todo mundo. Você é grosso e mal educado, mas mesmo assim eu não me importo.

(Saori) Já deu, rapazes. Vamos parar com isso.

(Shun) Foi ele quem começou! Porco!

(Ikki) Melhor ser porco que ser viado.

(Hyoga) Parem com isso! Existem senhoritas conosco. Não estamos num boteco qualquer. Deixem essa discussão para depois.

(Seiya) Hyoga tem razão.

(Shun) Desculpem-nos. É que o Ikki às vezes me tira do sério.

(Ikki) Não precisa pedir desculpas por mim, ok?

(Saori) Está bem. Acabou a briga. Continue falando sobre seus planos, Shun.

(Shun, enxugando as lágrimas) Bom, eu dizia que ainda não sei direito o que quero ser, mas acho que pretendemos ficar aqui em Tóquio, não é, seu grosso?

(Ikki) Por enquanto, sim, fresco! Depois, eu não sei.

(Shun, querendo chorar de novo) Você pretende me abandonar de novo?

(Ikki, irritado) Ah, não começa a chorar! Eu não disse que vou lhe abandonar, só disse que não sei se quero ficar por aqui. (Shun começa a chorar) Deixa de choradeira se não eu vou lhe dar uns bons tapas pra você chorar com gosto! Que merda, Shun! Qualquer coisa você chora! Depois reclama quando eu lhe chamo de fresco. Vai ser sensível assim lá na casa do ...

(Hyoga, interrompendo) Ikki!! Olha o nível!

(Ikki, debochando) Tá, tá... ainda não aprendi a ser ‘educadinho’.

(Seiya) Pelo menos tenta segurar a língua, né? Ei, cadê o Shiryu?

(Shina, indiferente) Saiu de fininho com a Shunrei quando a briga começou a esquentar.

(Seiya) Tá vendo, Ikki? Você e essa sua boca suja!

(Hyoga) Você não está num pardieiro!

(Ikki) Ah, vocês estão ficando chatos que nem o careca.

Enquanto isso, no jardim da mansão, Shiryu e Shunrei têm a conversa que esperaram por toda a vida.

(Shiryu, olhando nos olhos de Shunrei, tentando não demonstrar nervosismo) Shunrei, acredito que agora finalmente teremos algum tempo de paz e por isso decidi dizer tudo que eu sempre quis dizer pra você. Nós dois nos conhecemos ainda na infância, fomos criados como irmãos, mas você sabe muito bem que é mais que uma irmã para mim. Há algo muito forte e muito especial que nos une. Antes de ir para Rozan, eu nunca tinha me sentido amado por ninguém, de nenhuma forma. E aí você veio, sempre cuidando de mim, rezando pela minha segurança. Eu também sentia vontade de cuidar de você, de protegê-la das coisas que pudessem machucá-la. E apesar do treinamento bastante difícil, eu me sentia feliz quando chegava em casa e você estava lá, sempre sorrindo, sempre me confortando. Então, vieram as batalhas e todo aquele sofrimento, mas você continuava lá, rezando por mim, me esperando. Eu podia sentir cada prece amorosa vinda de você e isso aliviava a minha dor. Enquanto todo mundo achava que eu ignorava o seu amor, a verdade era que não queria assumi-lo e logo em seguida desaparecer em batalha. (bastante emocionado) Então, eu quero pedir perdão por todas as vezes que, de um jeito ou de outro, fiz você chorar. E quero dizer que a amo, amo muito, amei você desde o primeiro dia...

(Shunrei, chorando) Eu também amo você, Shiryu. Não há o que perdoar. Se eu sofri por você é porque também o amo, porque a sua dor também é a minha.

(Shiryu, emocionado, envergonhado...) Shunrei, posso beijar você?

(Shunrei, trêmula, ruborizando violentamente) Deve...

Lentamente, os dois se aproximam. Olham-se demoradamente. Seus lábios tocam-se com suavidade uma, duas vezes, para depois se abrirem devagar e se unirem num beijo que ambos esperavam há muito. Passam longos segundos nesse primeiro beijo.

(Shiryu, abraçando Shunrei) Minha florzinha, você me faz sentir amado de todas as formas possíveis. Sei que parece cedo, mas não encontro razões para esperar... Você quer se casar comigo?

(Shunrei, surpresa) Oh, Shiryu!! Nem sei o que dizer.

(Shiryu) Apenas diga sim ou não.

(Shunrei, abraçando-o) Você sabe que é sim, sim, sim!! Um sim bem grande!! Casar com você é o que eu mais quero na vida!

Beijam-se novamente. Dessa vez com menos medo e mais paixão...

(Shiryu) Então, assim que voltarmos para Rozan, vou ver o que é preciso fazer para que nos casemos. Acho que precisamos de alguma autorização especial por causa da idade, mas isso não deve ser um grande empecilho.

(Shunrei) Não faz mal se demorar. Já moramos na mesma casa.

(Shiryu) É verdade. Você quer ficar lá em Rozan ou prefere vir para cá?

(Shunrei) Serei feliz com você em qualquer lugar. Agora que tenho seu amor, não preciso de mais nada.

(Shiryu) Sabe, flor, sempre achei que construir uma família fosse algo impossível. E agora estamos aqui, planejando nosso casamento, vendo isso como algo que realmente pode se concretizar.

(Shunrei) Vamos ter uma família linda. Se as crianças se parecerem com você, vão ser lindas.

(Shiryu, rindo) Será?

(Shunrei) Claro!!

(Shiryu) Eu deveria ter comprado alianças mas não planejei nada disso, simplesmente deixei acontecer.

(Shunrei) Não tem importância. Só o que sentimos um pelo outro conta.

Beijam-se pela terceira vez, com ainda mais paixão...

--C--H--I--I--

Na sala da mansão...

(Hyoga, olhando pela janela, vê o beijo de Shiryu e Shunrei e pensa) Pelo menos esses dois se acertaram e estão felizes. Será que um dia vou sentir uma coisa assim por alguém?

(Shun, aproximando-se da janela para ver o que Hyoga olhava com tanto interesse) Não é por nada não, mas Shiryu e Shunrei estão se beijando.

(Ikki) Atém que enfim saíram da enrolação!

(Seiya) Ei, eu quero ver também! Não é justo! Alguém empurre minha cadeira até a janela! Eu quero ver esse momento histórico: Shiryu deixando de ser BV...

(Shun, levando Seiya para ver) Essa ninguém merece perder.

(Saori, depois de dar uma discreta espiadinha) Já chega! Não sejam mal educados! Deixem os dois namorarem em paz!

(Marin) É, vocês parecem crianças!

(Shina) Eles SÃO crianças!

(Seika, puxando a cadeira de Seiya) Você já viu, né? Agora chega.

(Seiya) Sua sem graça! Deixa eu ver direito. Eles estavam no maior beijão!!

(Hyoga) Eles já estão voltando! Sentem-se todos!

Continua...

--C--H--I--I--

 


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Notas finais do capítulo

Gente, não ficou fofa a ceninha do beijo de Shiryu e Shunrei?

Ah, Ikki pegou pesado com o Shun, não acham? Mas não deixem de ler por causa disso. No capítulo 11, a revolta de Shun e as explicações de Ikki.

Até o próximo capítulo!

Chiisana Hana



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