O Casamento escrita por Chiisana Hana


Capítulo 15
Capítulo XIV


Notas iniciais do capítulo

Os personagens de Saint Seiya pertencem ao tio Kurumada e é ele quem enche os bolsinhos. Todos os outros personagens são meus, eu não ganho nenhum centavo com eles, mas morro de ciúmes.



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O CASAMENTO

Chiisana Hana

Capítulo XIV

Tóquio. Dia seguinte. Mino vai ao mercado. No caminho de volta, vê um rapaz deitado no chão.

(Mino, consigo) Eu conheço essa pessoa... é o... Jabu!! (sacodindo o bêbado) Jabu! Acorda! O que é que você está fazendo aqui?

(Jabu, falando meio enrolado) Hã? Eu não morri? Que droga! Eu não valho nada mesmo! Nem pra morrer eu presto! Se manda, Mino!

(Mino) Você não pode ficar aqui nesse estado.

(Jabu) Vou ficar aqui até morrer de fome ou sede! Ei, você tem um troco aí pra me dar? Quero tomar mais um trago.

(Mino) Claro que eu não vou te dar dinheiro pra beber mais! Você já está completamente bêbado!

(Jabu) Então se manda! (levantando) Eu quero morrer! Vou deitar no meio da rua pra ser atropelado!

(Mino) Pára com isso! Ver um rapaz bonito como você falando essas coisas é muito triste.

(Jabu) Você não entende... Nada tem sentido sem ela.

(Mino) Você é um imbecil mesmo, sabia? Eu também perdi o meu amor, estou muito magoada, mas não é por isso que eu vou encher a cara, ficar jogada na sarjeta ou tentar me suicidar! Deixa de ser fraco!

(Jabu, assustado com a lição de moral) Ei, calma... Você era uma das apaixonadas pelo todo-poderoso. Eu só queria saber o que aquele baixinho, magricela, feioso e metido a besta tem que eu não tenho.

(Mino) Ah, a gente não manda nessas coisas. Você por acaso escolheu ser apaixonado pela Srta. Kido?

(Jabu, suspirando) É, você tem razão. Eu não escolhi.

(Mino) Vamos voltar para o orfanato, certo? O quarto da Eiri está vazio e você pode ficar lá por um tempo.

Mino ajuda Jabu a se levantar e eles vão juntos para o orfanato.

--C--H--I--I--

Pandora, cansada de namorar Ikki às escondidas, aceita ir morar com ele e Shun. O irmão mais novo, por sua vez, concorda, com a presença dela, desde que ela prometa incentivar Ikki a estudar. No entanto, quando ela tentou falar com ele sobre isso, tiveram uma longa briga.

Depois da confusão, Ikki foi falar com Shun...

(Ikki, emburrado) Shun, como é que é esse negócio de estudar?

(Shun, irônico) Anh? Mudou de idéia? Milagre!

(Ikki) Só diz como é, ok? A gente tem que fazer todas as séries com a molecada?

(Shun) Teríamos, mas a Saori arrumou uns certificados... erh... adulterados... e nós entramos na série certa para a nossa posso ver se arrumo vaga pra você.

(Ikki) Tá. Se tiver, vê como é que eu faço pra entrar.

(Shun) Está bem. (pensando) É, parece que a Pandora vai dar um jeito nele. Graças a Deus. (para Ikki) Ô Ikki, me responde uma coisa, o que é que te fez mudar de idéia?

(Ikki) Ah, é que a Pandora ameaçou fazer uma greve de sexo caso eu não fosse pra escola. Então, achei melhor ir que para essa merda que ficar na seca.

--C--H--I--I--

Dias depois, ao chegar à sala de aula, Shun dá de cara com Ikki.

(Shun, fazendo escândalo) Ikiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii!

(Ikki) Shun? Me colocaram na mesma sala que você? Como? Eu sou mais velho!

(Shun) Deixa eu ver seu histórico fals... (sussurrando) adulterado... Hum... colocaram aqui como se você tivesse sido reprovado algumas vezes.

(Ikki) Quê? Só pode ser coisa do Tatsumi! Ah, mas quando eu pegar ele...

(Shun) Relaxa! Você vai gostar da escola.

(Ikki) Tá, mas vai sentar longe de mim. Finge que não me conhece, por favor!

(Shun) Por quê? Você é meu irmão querido!

(Ikki) Porque você é todo certinho, todo metido a CDF... vai passar vergonha com um irmão como eu.

(Shun) Que nada! Seja como for, você é meu irmão.

E Shunzinho logo se arrepende de ter dito essas palavras.

Ikki é o pior aluno de todos os tempos. É inteligente, mas absolutamente indisciplinado. Enquanto Shun é o primeiro a chegar, ele é o último. Chega sempre no meio da aula, despenteado e com cara de sono. O professor logo começa a pegar no pé dele, até que um dia, Ikki explode e manda o velhote para um lugar não muito agradável, na frente de toda a turma. Depois disso, ele nunca mais voltou à escola.

(Ikki, falando com Pandora) Viu no que deu? Eu não levo jeito para estudar. Não nasci para me dizerem o que ou como eu tenho de ler ou escrever. Só sei fazer o que eu quero. Talvez seja ruim, mas é assim que eu sou!

(Pandora, deitada no colo de Ikki) Não se culpe por isso. Foi a vida que lhe deixou assim, querido. Desculpa por ter insistido para que estudasse. Não é por você não ter freqüentado a escola que você é melhor ou pior que os outros. Pra mim você é ótimo do jeito que é.

(Ikki) Eu sei que sou ótimo!

(Pandora, irônica) É modesto também.

(Ikki) Acho que vou procurar o que fazer. Arranjar um emprego, sabe? Ficar em casa pode ser entediante.

(Pandora) Acho bom mesmo você procurar o que fazer enquanto eu estiver fora.

(Ikki) Fora?

(Pandora) É. Estou indo para a Alemanha. Preciso vender o terreno onde ficava o castelo da minha família e depois venho pra cá. Pra ficar de vez.

(Ikki) É sério isso de ficar de vez?

(Pandora) Claro! Esse nosso namoro está ficando muito sério. Então, vou ficar aqui em Tóquio para sempre.

(Ikki) Então tá. Se você quer, pode ficar.

--C--H--I--I--

Enquanto isso, na fazenda da Srta. Kido...

(Saori) Ah Seiya, esse lugar não é lindo? Tem o lago, muitas árvores, bichinhos.

(Seiya, meio distante) É lindo, sim. Muito lindo.

(Saori) O que foi? Não gostou?

(Seiya) Gostei, mas é que tem tanta coisa que eu não entendo...

(Saori) O quê, por exemplo?

(Seiya) As coisas do amor.

(Saori) O que você precisa entender é que eu te amo, só isso.

(Seiya, envergonhado) Saori... eu também... amo você.

(Saori curva-se sobre ele e lhe dá um beijo) Quero que você fique comigo pra sempre.

(Seiya) Eu também quero ficar com você. (pensando) Para sempre? Para sempre não é muito tempo?

(Seika, interrompendo o clima romântico) Ah, vocês estão aí! Srta. Kido, sua empregada está querendo saber quais são as ordens para o jantar.

(Saori, chateada com a interrupção) Já vou, quer dizer, já vamos, né, Seiya?

(Seiya) É. Se alguém empurrar minha cadeira.

(Seika, alegre) Eu empurro!

(Saori, bastante autoritária) Não! Eu empurro! Eu sou a namorada dele!

(Seika, ligeiramente magoada) Está bem, Srta. Saori.

Seika aceita conformada. Ela não entende por que razão Seiya ficara com Saori já que quem parecia mexer mais com ele era Shina. Intrigada, ela conversa com Seiya depois do jantar.

(Seika) Seiya, eu sei que não nos vemos há tempos, mas eu me sinto no direito de perguntar uma coisa, se você se ofender com a pergunta, por favor, me perdoe.

(Seiya) Pode perguntar o que quiser, Seika.

(Seika) Essa história de namoro com a Saori é séria mesmo?

(Seiya) É. Por quê?

(Seika) Porque eu achei que seu lance era com a Shina. Ela sempre o beijava lá no hospital.

(Seiya) Beijava? Jura? Eu não lembro! Que pena! Ei, a Saori não pode saber disso de jeito nenhum!

(Seika) Não sou eu quem vai contar.

(Seiya) Aproveitando o assunto, qual é a sua, digamos, ‘relação’ com o Shun?

(Seika) Ah, eu gostou de ouvi-lo falar, gosto de ficar perto dele, gosto do cheiro dele, gosto de tudo nele.

(Seiya) Sei... sei... ainda bem que o Shun não oferece perigo.

(Seika, brava) O que você quer dizer com isso?

(Seiya) Nada não.

(Seika) Fala! Por que ele “não oferece perigo”?

(Seiya) O Shun é meio esquisito, você não acha?

(Seika) Esquisito? Não...

(Saori, entrando no quarto) Vamos para a varanda, Seiya?

(Seika) Já é meio tarde. Acho melhor ele descansar um pouco.

(Saori) Nós só vamos dar uma voltinha na varanda, não vai demorar.

(Seiya) Tudo bem, Saori. Seika, não se preocupe. Eu não estou cansado.

(Seika) Certo. Srta. Saori, será que posso usar o telefone?

(Saori) Claro! Ah, não me chame de ‘senhorita’. Eu sou sua cunhada.

(Seika) Desculpe, Saori.

(Seiya) Pode-se saber para quem você vai ligar?

(Seika) Para o Shun, né?

(Seiya) Por que será que eu já imaginava isso?

Na varanda, Seiya e Saori namoram um pouco e logo depois desfrutam o “prazer” da primeira briga de casal.

(Seiya) Eu não gostei do jeito que você falou com a Seika hoje cedo. Aquele ‘eu empurro! Eu sou a namorada dele’ podia ser dito com mais suavidade. A Seika acabou de me reencontrar e eu não quero que ela seja maltratada por ninguém, nem mesmo por você.

(Saori) Ora, Seiya, eu nem percebi que isso tinha soado mal. Desculpe.

(Seiya) Soou sim! Foi bem rude! Você foi rude com a Seika e com o Jabu.

(Saori) O que o Jabu tem a ver com isso?

(Seiya) Eu não gosto dele, admito, mas você podia ter resolvido aquele problema de outra forma.

(Saori) Ahhhhhhh! Não me venha dizer o que fazer! Eu não sou mais uma criança mimada!

(Seiya) Você é Athena! Devia ser mais compreensiva!

(Saori) Quem disse que os deuses são compreensivos?

(Seiya) Você devia ser!

(Saori) Ah, escuta aqui, o fato de eu ser Athena não quer dizer que eu seja perfeita.

(Seiya) Eu sei. Acho até que você já melhorou bastante. Só que você pode melhorar ainda mais. Você precisa entender que todas as pessoas a seu redor não são seus capachos nem estão dispostas a dar suas vidas por sua causa. Isso é coisa para nós, que somos seus cavaleiros. As outras pessoas não ligam a mínima para o fato de você ser deusa. Elas sequer acreditam nisso. Elas querem apenas que você as respeite!

(Saori) E você pode me dizer em que momento desrespeitei alguém?

(Seiya) Além de Seika e Jabu?

(Saori) Jabu é outra história. Quanto a Seika, já pedi desculpas a você e se vai deixá-lo feliz, pedirei desculpas a ela mesma.

(Seiya) Você só vai fazer isso porque quer se mostrar superior.

(Saori) Ah, cala a boca!

(Seiya) Você ficou brava porque eu sou capaz de bater de frente com você. Eu não sou um bajulador.

(Saori) Eu nunca achei que você fosse. Vamos acabar com isso, certo? Já é o bastante por hoje. (empurrando a cadeira dele pra dentro de casa) Eu chamei você para namorar não para ficar brigando.

(Seiya, vendo Seika na sala) Não quero ir para o quarto. Vou ficar aqui na sala com a Seika.

(Saori, saindo chateada) Como você quiser.

(Seika) Vocês estavam brigando por minha causa?

(Seiya) Não era por sua causa. É que a Saori ainda tem muito o que aprender sobre a vida. Mas me diga, o que você andou falando com o Shun?

(Seika) Ah, nada de mais. Eu gosto tanto de falar com ele, mas só que parece que ele não está nem aí pra mim.

(Seiya) Normal. Estranho seria se ele estivesse ‘aí pra você’.

(Seika) De novo indiretas sobre o Shun! O que ele tem de tão esquisito?

(Seiya) Além de ele ser delicado, sentimental, usar uma armadura rosa, uma malha da mesma cor e ter uma camiseta da Hello Kitty?

(Seika) E isso é ser esquisito? Eu acho ele tão fofo!

(Seiya) Fofo como? Fofo que nem um bichinho de pelúcia cor-de-rosa que você aperta quando vai dormir?

(Seika) Não! Fofo como um homem que eu também posso apertar quando for dormir!

(Seiya) O quê?

(Seika) Ah, só porque eu estava desmemoriada não significa que eu estava cega! Lá no Santuário tinha uns homens muito bonitos, sabia? Normalmente eram os criados dos cavaleiros que iam à vila de Rodorio para fazer compras, mas às vezes acontecia de algum cavaleiro ir pessoalmente. Eu gostava de ver os de prata, eles eram bonitos. Mas os de ouro, ah, os de ouro eram deslumbrantes! Eu ficava fascinada com a beleza deles, o porte físico, aqueles braços musculosos tão definidos, quase explodindo e...

(Seiya) Pula essa parte da descrição dos caras, tá?

(Seika) Tá. O fato é que algumas vezes vi cavaleiros de ouro e eles têm algo muito especial.

(Seiya) A única coisa de especial que eles têm são as armaduras douradas. No resto, eles são iguaizinhos ou piores do que qualquer outro cavaleiro. Alguns são até bem feios! Eu fico muito melhor numa armadura dourada do que alguns deles.

(Seika) Você conhece todos eles?

(Seiya) Todinhos! Já lutei contra eles e depois, com eles.

(Seika) Que legal! Eu gostaria tanto de conhecê-los!

(Seiya) Um dia eu lhe apresento a todos. Mas vê se não vai se derreter na frente deles!

Continua...

 


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