Fale Agora, ou Cale-se para Sempre. escrita por Bia11mil


Capítulo 2
Uma declaração, uma tentativa de sequestro...




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Ela estava deslumbrante. O vestido de noiva caia nela tão perfeitamente como uma luva na mão de uma dama. Roy achou que iria enlouquecer só de vê-la tão linda, caso não enlouquecesse de amor, enlouqueceria de ciúmes ao vê-la nas mãos de outro homem.

Ving já estava no altar com um terno preto e uma gravata roxa. Os padrinhos entraram primeiro, dois para cada um. Winry e Scieszka eram as madrinhas de Riza. A primeira com um vestido longo azul Royal, combinando com os olhos da loirinha, um chamativo detalhe dourado no busto iluminava o lindo vestido e seu par, Edward, usava uma gravata combinando com o vestido e um terno cinza. A segunda madrinha usava um vestido verde escuro com detalhes prateados, era lindo e tinha a saia enfeitada, seu par Fuery vinha igual a Ed, só que com a gravata verde escura.

Roy não conhecia os padrinhos por parte do noivo. Uma garota ruiva que parecia ser irmã do cara que Roy achava se chamar Ving, mas não tinha certeza, o par dela era um garoto moreno que parecia ser mais novo, seu vestido era rosa, como a gravata do menino. O segundo par de padrinhos usava a cor laranja, uma garota de cabelos pretos e pele branca com um homem um pouco mais velho do que ela com cabelos platinados lisos caídos sobre a testa.

-Fecha a boca pra não entrar mosca, Roy – Falou Havoc.

Só então Roy percebeu que estava quase babando por Riza ali. Suas mãos formigavam para tocar a pele alva e ao se levantar para ver a noiva entrar na igreja suas pernas quiseram correr até ela, mas foi firme e agüentou. Seu auto controle estava sendo seriamente testado ali e teve medo de que algo acontecesse, ele não queria estragar o dia de Riza.

O que Roy não percebeu foi o cordão que a noiva usada, o mesmo cordão que ele havia lhe dado quando adolescentes. Bom o cordão havia sido da mãe dela, mas Mustang aproveitou um dia em que não iria treinar com o pai dela e foi ao sótão da casa e achou aquela caixa de jóias. De todas as jóias ele pegou um cordão apenas justo aquele que tinha a inicial de seu nome. Guardou consigo para algum momento especial e no dia que se separou de Riza para entrar no exército ele a presenteou contando a história e dizendo:

-É, para que eu esteja sempre com você.

Quando se reencontrarão na guerra de Ishval ela usava o cordão, mesmo este sendo precioso e caro.

A noiva não usava véu e seu cabelo loiro solto estava lindo, quando ela passou pelo banco que Roy estava ele prendeu a respiração, se sentisse aquele perfume de laranja talvez desistisse de assistir a cerimônia ou até mesmo fizesse loucuras.

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Estava entrando na igreja, em pouco tempo não poderia voltar atrás na sua decisão de se casar e ficar longe de Roy. Em pouco tempo tudo estaria feito e aquela dúvida que a atormentava cessaria de perturbar a sua mente. Aquilo seria, com certeza, o seu maior: Se não... Se não tivesse ido? Se não tivesse se casado? As perguntas vinham à sua cabeça incessantes, mas ali não era lugar para ter dúvidas.

Não agora.

Ela não usava véu e isso a fez se arrepender amargamente, queria percorrer os olhos pelo salão a procura de Mustang, mas não podia, ficaria muito óbvio. Ela iria entrar com Havoc já que seu pai estava morto. Muitas pessoas achavam que ela entraria com o Roy, e no fundo ela também o achava uma opção melhor, mas não agüentaria encarar os olhos negros e profundos.

As câmeras fotográficas quase a cegavam com tantos fleches e outras coisas, aquela equipe de filmagem era boa até de mais. Não era bem isso que Riza queria, mas Ving havia insistido tanto que ela deixara.

O ruivo no altar era alto, mais até do que Mustang, mesmo não sendo militar tinha um físico de dar inveja e olhos da cor da esmeralda. Seus lábios eram carnudos e seus olhos, profundos. Era um pouco desengonçado, mas suas sardas fofas -e que tinha aos milhares em seu rosto- compensavam esse fato. Não tinham a elegância do moreno para o qual trabalhava e seu charme consistia em ser fofo e desajeitado, ao contrário do moreno que o charme era seu misto de mistério e sedução, seu sorriso maroto com olhos gentis, sua paixão selvagem e intensa com um jeito desleixado e desorganizado.

Eram muito diferentes, assim como Riza gostava deles de forma diferente. Com Roy era uma paixão sem sentido que a deixava sem chão e com os pensamentos embaralhados isso somado a um amor e admiração descontrolados, já com Ving era um carinho terno e fraternal, sem amor ou paixão.

As pernas de Riza queriam parar no meio da igreja, cada passo a cansava mais do que uma maratona, o único momento em que parou, por alguns poucos segundos foi quando viu o moreno. As pernas pararam, o sistema nervoso foi desligado deixando-a sem os sentidos, o coração acelerava como se quisesse compensar a falha do sistema nervoso e o sangue nunca havia corrido por suas veias mais quente.

Seu corpo se restaurou daquele ”apagão” em segundos já que Havoc a puxou levemente para que andasse.

Depois do que pareceu séculos para Riza eles chegaram no altar, Ving veio sorridente e levou até o celebrante.

O casamento começou.

O celebrante falava sem parar sobre responsabilidades e outras coisas que Riza não prestava atenção, sua cabeça estava no moreno da décima terceira fileira (sim ela havia contado) sentado no canto esquerdo, o que não dava para o corredor.

Num dos poucos momentos em que ela realmente prestou atenção no que o celebrante falava, ela ouviu:

-Agora se alguém tiver algo contra esse casamento, fale agora ou cale-se para sempre.

Ela não acreditava que ainda faziam isso nos casamentos, mas no fundo de seu coração uma pontada de esperança de que Roy falasse naquela hora ocorreu.

Passaram-se os segundos e ninguém falou nada.

Mas quando o padre começou a falar novamente outra voz o interrompeu, uma voz que para Riza era a mais bela das melodias.

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Roy se perdia em pensamentos com Riza e a dor de perdê-la para sempre nunca havia machucado tanto. Era uma ferida aberta que doía mais do que qualquer ferimento de guerra e o moreno duvidava muito que o tempo a curasse.

Ele não agüentava mais ficar naquele banco sem fazer nada, perder a mulher da sua vida sem lutar, isso não era típico dele. Claro que ela não o amava e que se ele fizesse algo, mesmo muito romântico, ela o chamaria de maluco e, caso não o matasse com uma reluzente 9mm, o daria um belíssimo fora, desses que a central toda riria dele depois.

É ele tinha três opções: Podia sair dali com o seu orgulho intacto e sem a mulher da sua vida ou podia sair dali com o orgulho ferido pelo um fora espetacular e sem a mulher da sua vida ou ainda podia sair dali morto por uma bala que ela mesma atiraria nele e a olhos de falcão provavelmente não erraria.

Pela lógica ele escolheria a primeira opção, mas... o amor não segue a lógica.

Ele já estava pensando para quem deixaria a herança caso fosse morto quando seus olhos viram o cordão que ela usava. Aquilo lhe deu ainda mais coragem, se antes estava em dúvida agora tinha certeza plena, completa e absoluta de que deveria interromper aquele casamento para tentar ser feliz, para tentar ao menos uma vez ter a mulher que realmente ama.

Roy Mustang não permitiria que a SUA Riza estivesse nos braços de outro homem, claro que se ela quisesse outro homem era outra história, mas se por um milagre ela preferisse ele valia a pena lutar por esse milagre. Perdido em pensamentos românticos e revolucionários sobre como reconquistar Riza, Roy só percebeu que o celebrante havia dito ”Agora se alguém tiver algo contra esse casamento, fale agora ou cale-se para sempre.” Depois que ele já havia começado a falar.

Era a hora de agir.

-Eu tenho algo contra esse casamento.

Sua voz saiu grossa e masculina, como sempre, mas havia algo a mais que nem ele percebeu, algo como urgência, medo de perder uma coisa especial.

-Quem falou isso? – Perguntou o Ving ficando com raiva.

-Eu. – Roy atravessa o banco onde estava sentado atrapalhando algumas pessoas.

A igreja toda olhava para ele, “Que audácia, parar um casamento, é melhor ter um bom motivo.“ pensavam todos.

Riza se virou para vê-lo e tentou conter um sorriso, este quase virou uma gargalhada entretanto pelo menos isso ela conseguiu conter.

-O que você tem contra o meu casamento?

         -É um fato bem simples e fácil de ser resolvido o que eu tenho contra o seu casamento. – Disse Mustang com um sorriso nos lábios. – É só que você está se casando com a mulher que eu amo e não posso permitir isso.

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         Sim, ela havia enlouquecido. Estava completamente maluca e ali havia perdido os últimos neurônios, logo que pudesse ia se internar num hospício. Ou, então, ela podia estar sonhando, isso também era uma opção aceitável, em alguns minutos ela acordaria e perceberia que, na verdade, ela ainda estava no trabalho e, sem querer, havia adormecido.

Qualquer alternativa era mais provável do que estava acontecendo. Ela se virou lentamente e viu a cena, Roy Mustang em todo o seu charme estava interrompendo o seu casamento e, pior, estava fazendo isso com muito estilo.

Ela quis rir, nem nos seus piores (ou melhores) sonhos ela havia imaginado que ele seria capaz daquilo. Teve que conter a gargalhada que tentava explodir em sua boca enquanto seu noivo ficava vermelho de raiva.

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-Talvez, amigo, você devesse ter se preocupado com isso antes.

-É, eu deveria mesmo. – Roy concordou e dando alguns passos para frente olhou diretamente para Riza. – Mas eu estava muito ocupado num mundo sem futuro. Riza, eu quero passar o resto da minha vida ao seu lado compensando cada momento em que eu não estive ao seu lado, cada hora que eu podia ter falado isso e não falei, cada segundo que eu pensei em você enquanto estava com outras. Riza me perdoe por ter sido tolo, por tentar substituí-la quando ninguém jamais chegaria aos seus pés e, principalmente, me perdoe por nunca ter lhe dito a verdade, por nunca ter lhe dito: eu te amo.

Depois daquela declaração as mulheres suspiravam, torcendo para que Riza aceitasse [Obs:Se ela não quiser, eu aceito^^]. Winry, discretamente, sacou uma chave inglesa (ou de fenda, não tenho certeza) sabe-se-lá de onde e bateu no Ed e seus lábios murmuravam alguma coisa como: ”Você devia ser mais romântico, Edward” ou “Porque você não aprende com ele”.

Depois desses segundos de alvoroço a atenção se concentrava em Riza. O que ela fizesse mudaria a sua vida para sempre.

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Quando a atenção se voltou para Riza, ela não se conteve. Gargalhou, riu como não fazia a muito tempo, nem se lembrava de quando tinha rido tanto. As pessoas estavam confusas e não entendiam nada, Roy a olhava como se esperasse um tiro a qualquer momento e talvez ele até merecesse por nunca ter falado com ela, mas isso ela decidiria depois.

Depois de rir bastante até se cansar ela levantou os olhos com um sorriso doce nos lábios e falou:

-Calma, Roy, eu não vou atirar em você

-É bom saber disso. Eu estava esperando você sacar uma arma e atirar em mim q qualquer momento.

Para surpresa da platéia Roy não estava sendo sarcástico, pelo contrário falava muito sério. Depois disso os dois riam juntos e entre os murmurinhos da platéia ouvia-se muito: ”Eles estão bem?”, “Você está entendendo?” ou até mesmo “O que você acha que eles fumaram?”

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Roy já não se importava com o resto do mundo, com a platéia que assistia confusa, com o noivo de Riza vermelho como o próprio cabelo ou com Edward e sua cabeça com um enorme galo na testa. A risada de Riza era contagiosa e ele não conseguia parar de rir com ela.

Quando finalmente os dois pararam seus olhos lacrimejavam das risadas e Riza continua:

-Eu achava que você não queria largar a vida de boêmio?

-E eu achava que ia conseguir achar alguém que me deixasse tão louco quanto você, viu como o mundo dá volta e nós percebemos que certas coisas que fazemos são completamente sem nexo.

-E se eu não aceitar ir com você e quiser me casar? O que fará?

Ving ficou um pouco menos vermelho nessa hora.

-Se você for ser mais feliz casada com ele, não vou impedir. Mas acho que ficarei na vida de boêmio pra sempre já que perdi a mulher que amo.

Agora o tom de voz de Riza mudara, estava melancólico como se fosse culpada de um crime gravíssimo.

-Roy... Eu... Não sei. Eu sempre te amei, mas... você demorou de mais e isso é ilógico, quem sabe se dará certo.

-As vezes o amor é ilógico, Riza.

Nesse momento a cabeça de Ving parecia que iria explodir, era como um fósforo que iria se acender. Ele puxou Riza pela cintura e sacou uma arma, que apontou para a sua cabeça e gritou:

-Se eu não puder tê-la ninguém mais terá.

A platéia agora estava atônita. O que havia acontecido com o garoto singelo e delicado que estava no altar? Ninguém se levantou ou fez movimentos bruscos, alguns viram o Major Armstrong tirando a camisa para que seus músculos aquecessem aqueles corações, mas ninguém prestou a devida atenção. Até Winry e Ed haviam parado de discutir sobre o romantismo de Ed e estavam surpresos, a garota loira havia se encolhido nos braços de Ed que a protegiam como se segurasse um bibelô que a qualquer momento podia quebrar.

-Qualquer movimento e eu atiro nela. – Continuou berrando Ving.

As pessoas que olharam para Roy viram uma áurea negra tomar conta dela, seus fios de cabelos negros cobriam seus olhos e ele, que depois de ter feito a transmutação humana não precisava mais de usar os círculos, estendeu a mão pronta para estalar os dedos.

-Eu estou te dando a chance de soltá-la antes que eu te queime.

-Enquanto você estala o dedo eu atiro e eu morro com ela.

-Vai ser um jogo de rapidez, quem você achar que ganha? – Roy levantou uma sobrancelha como que chamando para um desafio.

Mesmo louco o homem que segurava a arma não era burro e argumentou:

-Você arriscaria a vida da sua amada? Além que o fogo pode pegar nela.

O sorriso de Roy vacilou.

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Riza sentiu a sua cintura ser agarrada e sentiu, também, a arma apontada para a sua cabeça. Ving argumentava com Roy que estava furioso. Com ela como refém ninguém faria nada. Kami realmente não gostava dela, quando ela finalmente descobre que o amor da vida dela a ama vem um maluco tentando seqüestrá-la, sua paciência estava no limite.

Percebeu que o ruivo, mesmo tendo uma arma e um físico relativamente bom, não tinha as técnicas militares. Então ela mexeu um pouco o corpo pra frente como se ele a estivesse pressionando e o ruivo sem perceber afrouxou a mão. “Droga, eu sempre tenho uma arma comigo, justo hoje que é necessária me convenceram deixá-la no quartel” Pensou contrariada Riza.

Seu plano estava indo bem e iria conseguir escorregar em direção ao chão antes que Ving percebesse e atirasse, mas Roy tinha que estragar tudo.

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-Eu vou te perseguir até o fim do mundo se necessário. – Gritou Roy furioso.

-Pode ficar calmo, a gente ainda vai se encontrar no inferno.

-Se você encostar mais um dedo que seja nela... Eu. Te. Mato.

Roy estava a ponto de explodir tamanho era o seu ódio, seus olhos perderam o brilho, seus lábios ficaram comprimidos e seu cabelo negro e sedoso tampava seu rosto numa tentativa de esconder as feições endurecidas pela raiva.

-Então eu não posso fazer isso.

Então Ving puxou a cintura de Riza para trás encostando seus corpos e se esfregando nela.

Roy não agüentou e correu em direção a ele que tirou a arma da cabeça de Riza para apontar para Roy. Aquilo foi seu erro, um pequeno descuido. A olhos de falcão empurrou a mão do ruivo no momento que ele apertou o gatilho tirando a arma da mira do coração de Roy para pegar em seu braço, mas apenas de raspão cortando-o.

Ela se desvencilhou das mãos do ruivo e num golpe rápido chutou seu peitoral fazendo-o cair no chão e largar a arma longe.

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Uma cena incomum até mesmo para os alquimistas de estado: A olhos de falcão vestida de noiva com os pés sobre um homem surpreendido e com medo deitado no chão, Roy Mustang suavizando os olhos enfurecidos e com o braço sangrando indo correndo na direção de Riza, isso tudo dentro de uma igreja com os convidados como platéia gritando e aplaudindo o grande casal.

O Major Armstrong se encarregou  de prender Ving que saiu gritando:

-Você é minha...

Nisso Roy veio até ela e de surpresa deu-lhe um beijo quente intenso e selvagem ao que ela correspondeu abrindo os lábios para permitir a passagem atrevida da língua quente do moreno. O vestido branco se manchou do sangue dele, mas ninguém prestou atenção nisso também.

Roy se animou e começou a beijar o pescoço da loira e lamber sua orelha. Ela havia se esquecido do mundo até Roy falar no seu ouvido:

-Acho melhor a gente deixar o resto pra minha casa. A não ser que você queira ficar aqui.

Riza abriu o olho meio desorientada já que o toque do moreno a desnorteava completamente e viu todos os convidados. A maioria ria com o acontecimento, outros estavam assustados, mas todos estavam bem.

Com um pequeno comunicado Riza cancelou o casamento, falou que devolveria os presentes e antes de terminar Roy disse:

-Mas nós achamos melhor não devolvê-los para as lojas, pois com certeza será útil daqui a alguns meses.

Falando isso ele riu e puxou Riza para mais um beijo apaixonado. Os convidados riram juntos e bateram mais palmas.

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Finalmente estavam indo para a casa onde poderiam se divertir em paz.

-É, eu cheguei no momento certo para te salvar de casar com aquele maluco.

-Ele era bem normal até você irritá-lo.

-A culpa não é minha se ele estava roubando a mulher que eu amo de mim.

E riu mais um pouco enquanto puxava os lábios de Riza para mais um beijo, estavam entrando na casa dele.

-Você fala como se tivesse me salvado mesmo.

-Mas te salvei...

-A donzela em perigo foi você, Roy Mustang, que precisou que eu desviasse aquela bala do seu coração.

Roy até quis discutir com ela, mas estava cansado e achou mais proveitoso aproveitar aquele tempo pegando-a no colo, como recém-casados, e jogando-a na sua cama de casal.


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Notas finais do capítulo

Fim... Espero que gostem!