POV BELLA

Em meio a minha corrida vi o cadáver do pobre humano caído em pedaços, fora destruído sem cuidado, quase não havia sangue, fora drenado, aquilo contaminou minha alma de um ódio imenso, ainda mais que era um rapaz com aliança de casado no dedo, mostrando seu compromisso. Alguém sofreria por ele, sentiria sua falta, seria um buraco na vida de outros. Sempre vampiros privando as pessoas normais de terem suas vidas de maneira natural.

Como não poderia fazer nada por aquela pessoa morta, eu a vingaria, mataria seu algoz, dessa maneira voltei a caçada. Em questão de minutos correndo consegui ver uma vampira de pele alva morta, cabelos lisos e negros, vestia um vestido vermelho escuro longo, que nada atrapalhava a sua corrida. Ela olhava para mim sobre os ombros com sua íris vermelha e mostrava os dentes para mim, mal sabia ela que aquilo não me assustava e sim me estimulava mais ainda na caçada.

Estávamos a um quilometro do penhasco, nossa corrida era frenética, eu a caçava, eu era o predador, não ia desistir até que visse os pedaços dela jogados e virando cinzas numa fogueira. A chuva nos molhava sem piedade, nossas roupas estavam pesadas, aquilo me cansaria se fosse humana, contudo não sou mais, sou uma guerreira. Não é qualquer coisa que me pare ou me atrapalhe.

Eu estranhava o fato dela não enfrentar, mesmo eles possuindo natureza de conservação muito forte, quase que instintivo, conseguia sentir que ela me enfrentaria. Na verdade pela cara de raiva dela se pudesse estaria duelando comigo. O que a impedia?

Meus pés afundavam na lama, se fosse antiga Bella já tinha caído, sem duvida morrido, afinal meus dois pés esquerdos aqui seria problema no solo escorregadio. Seguia a maldita, que agora pulava entre os galhos das arvores com destreza de um macaco, algo que eu num podia fazer, todavia acompanhava ela no solo em corrida.

Naquela parte tinham bastante arvores, algumas bem antigas, bem próximas uma das outras. A chupadora de sangue se movimentava com habilidade, a amaldiçoei mentalmente, queria que ela me enfrentasse e não fugisse como um mico. Meu braço chegou a raspar em alguns troncos de tão rente que eu passava para segui-la, manga da minha blusa rasgou, aquilo não me incomodou. Mesmo na sua fuga ela parecia me observar, aquilo era estranho.

–Você não cansa? – a voz grave para uma mulher soou debochada enquanto pulava de um galho para outro.

–Não sou comum, vampira. – Falei a perseguindo, agora ela caia na minha frente como um gato de pé. Ficamos paradas nos encarando, a chuva sem dar trégua, eu estudando como ataca-la, porém ela me desconcentrou;

–Sem duvida você é uma peça rara Isabella. – Aquilo me desconsertou por um segundo, sei que sua visão hiper aguçada viu minha supressa, seu sorriso cínico deixou claro. – Vamos ver mais do que você é capaz.

–De muitas coisas. – sorri sarcasticamente para vampira.

–Dhara sem duvida escolhe os melhores para sociedade. – a veneração era evidente nas palavras.

–Quem? – Quando perguntei percebi um vulto me movimentar mais a frente, me distraindo, a sangussuga voltou a correr. – Droga! Jake vai me matar.

Minhas pernas voltaram a correr, eu ia caça-a até o fim.

POV JAKE

Meu lobo era guiado pela a certeza do instinto de que era nos penhascos que Bella estaria, a chuva caia em pesados pingos, fazendo o cheiro de qualquer criatura se misturar com a terra. Só poderia pedir que algum dos meus ancestrais tivesse vendo meu desespero e me guiassem a minha fera.

Algo dentro de mim sussurrava: Você esta no caminho certo, continue. Aquilo era tudo, a minha fé em encontrar a minha garota.

O céu parecia querer desabar de tanta água que caia, som era alto, perturbaria e amedrontaria qualquer pessoa, mas lógico que a Bells não. Ainda mais agora que ela consegue se proteger, quanto maior o desafio mais ela se empolga e eu fico preocupado.

Sei que ela pode se defender, mas também se coloque no meu lugar. Caso ela se machuque eu ficaria devastado, isso pode acontecer vampiros são muitos fortes, sem contar que podem ser bem habilidosos com seus truques. Perde-la seria o fim, não posso nem pensar nisso que começo sentir uma ira homicida.

Além de que quando amamos sempre queremos proteger quem amamos, sei que temos que nos controlar para não sufocar, mas quando vampiros estão caçando sua namorada você pode se tornar um pouco mais protetor que o comum, não é?

Quando chego numa parte da floresta onde tem bastante arvores, criando um breu, a chuva molhava menos ali, pois as copas retenham as gotas, consegui sentir o cheiro da minha amada teimosa em alguns troncos. Corri mais, quase esbarrando e levando algum tronco ao chão, ainda mais quando vi um pedaço da manga dela presa na madeira. Eu vou te achar Bells.

POV BELLA

Quando saímos daquela parte densa da floresta a chuva já não era tão intensa, as gotas estavam mais leves, o aroma de terra molhada era gostoso, mas tinha outro cheiro a incomodar além da vampira, era de mais um vampiro. Continuávamos na nossa corrida, em meio a perseguição a minha mente avaliou a situação: então era esse motivo que ela não me enfrentou antes, tinha mais um a sua espera.

Acrescentando o fato da sanguessuga saber meu nome, conclui com clareza aquilo poderia ser uma armadilha. Sei que aquilo deveria me dar medo, porém eu não fujo mais das coisas e sim enfrento. Imagino como lobo vai ficar furioso comigo, mas eu não poderia esperar e deixar aquela assassina a solta, livre para matar alguém. Ainda mais com outro aliado. Sim, Jake vai me matar quando souber meu plano de matar dois vampiros sozinha.

A chupadora de sangue parou a uns 500 metros da ponta do penhasco, onde havia uma clareira, eu estava a 50 metros dela, logo o seu parceiro surgiu, vestindo roupas do cotidiano e parou ao lado dela. Aquela cena me fez parar, queria saber o que fariam, qual era o plano, além que precisava analisar as minhas possibilidades de ataque, pois os dois poderiam me dar trabalho.

–Muito bem Flira. – o sanguessuga de pele negra meio acinzentada agradeceu a sua companheira sem olha-la, pois seus olhos estavam cravados em mim.

–Henrique, realmente muito habilidosa a hibrida. – A satisfação da cara dela me irritou. – De todas que já a encarei se mostrou a mais resistente. Deve ser porque treina com os animais.

Os animais que ela se referia era a minha família de transformo? Eu ia matar aqueles dois. Era nítido que sabiam demais sobre mim e os que amo. Dei um passo pra frente, isso os fez sorrirem, sei, que eles tem uma vantagem de estar em dupla. Eu poderia morrer, mas valeria a pena. Quantas pessoas poderiam dizer que morreu por quem se ama?

–Vou destroçar vocês. – ameacei.

–Não queremos lutar Isabella. – o vampiro disse calmamente enquanto andava para próximo de mim.

–Viemos lhe fazer um convite da suprema Dhara. – a tal Flira falou.

–Não me interessa. – respondi entre dentes já serrando os punhos.

–A Sociedade do Sangue lhe convoca para o exercito da supremacia. – A voz de anuncio do Henrique me assustou.

–Eu acho que vocês estão loucos. – constatei. Porque nenhumas daquelas palavras tinham o mínimo sentido para mim. – Não estou entendo nada do que falam. Então chega de papo!

Eu ia começar atacar, quando Flira falou;

–Testaremos o dom dela agora. – A cara de concentração dela me fez rir, lembrei-me de Jane nos volturi. Lógico, nada aconteceu comigo.

–Se acha que vai mexer com a minha mente vampira, será frustrante. – confesso que era divertido fazer isso com os vampiros que usavam os dons psíquicos como muletas.

–Você será nossa Isabella. – Henrique disse friamente, aquilo gelou a minha espinha.

Fechei os olhos para me concentrar e me despedir mentalmente dele, do meu sol, quando escutei um uivo, era ele, eu reconhecia, meu coração conhecia. Rapidamente meu escudo se esticou, eu o senti e o protegi.

–Não, não serei. – sorri largamente já correndo em direção a dupla. Eu não estava sozinha, meu lobo esta vindo para me ajudar, como sempre.

POV JAKE.

Quando venci aquele conjunto de arvores percebi que a chuva já pingava levemente, logo os cheiros debateram nas minhas narinas. O perfume maravilhoso de Bells, junto com bater acelerado do seu coração, também tinha os odores de dois mortos. Um uivo cortou minha garganta.

Agora a velocidade por mim alcançada, eu acredito ser meu recorde. Assim em questão de pouco tempo vi a cena que fez meu coração parar por um segundo; Bells corria na direção deles num ataque direto. O que ela tinha na cabeça?

O vampiro negro segurou o soco dado por ela, que por sua fez deu uma cabeçada nele, só ouvir o trincar da pele dele e o cheiro de sangue dela sair, sem duvida cortou o supercílio. Ela num podia me esperar? Eles começaram um duelo, ele parecia se divertir com aquilo.

Eu ia ajuda-la, mas como sempre tinha uma vampira no caminho, que vinha na minha direção, querendo me dar uma sequencia de chutes, me esquivei de todos, só esperando o momento certo, única coisa que sou paciente as vezes, esperar um erro do inimigo na luta. Como sempre vem, no ultimo chute, o pé ficou mais tempo no ar, isso foi oportuno para abocanha-lo.

Dei um puxão, consegui mesmo assim arrancar aquele pedaço, mas o corpo dela veio ao encontro os meus pelos, que foram agarrados com força, acho que até num reflexo, porém ela facilitou a minha vida. Sacudi-me com força, senti os dedos dela arrancando tufos, doía sim, mas a impossibilitei de enterrar os dentes em mim, na verdade um momento de desequilíbrio dela a costela ficou próximo ao meu focinho, não pensei em duas vezes, só mordi com força.

Com a dor ela desequilibrou e urrou, apertei mais os ossos de pedra fria quebraram, sacudi e joguei longe, o pedaço dela estava na minha boca, cuspi e a encarei, precisava de espaço, também queria ver Bella. Por um segundo olhei para ela, que estava nas costas do vampiro, deu um soco com vontade no ombro que ainda tinha o braço inteiro, logo o pedaço frio caiu, em seguida ela puxou o cabelo dele e encaixando sua mão no queixo dele, que tentava tira-la das costas só com um braço, pois ele já tinha perdido o outro. Sem duvida ela era muito forte, senti uma ponta de orgulho.

Voltei a minha atenção a vampira, que por sua vez jurou que eu iria ser o seu cachorrinho pessoal. Ela não sabe quem eu sou.

POV BELLA.

Fui à direção de Henrique sem medo, eu era forte e meu sol esta aqui, me dando uma força a mais. Eu me senti invencível.

Com meu punho fechado insinuei que iria soca-lo, mas sei que seguraria como todo vampiro se acha forte demais, então seria imprudente por segundos, até eu mostrar do que era capaz, assim o fiz quando ele evitou meu golpe, segurando a minha mão, dei uma cabeçada com força. Com tempo aprendi que tinha que golpear com força os sanguessugas, canalizar a minha força física, para dar menos golpes, mas eficientes. Ainda havia o treino pra aumentar a velocidade dos golpes, eu era um pouco vampira, algo que o veneno fez com meu corpo foi aumentar a velocidade dos meus movimentos, com treinamentos e embates com vampiros durante anos eu era bem rápida, tanto quanto qualquer sanguessuga. Eu e as meninas treinávamos até exaustão, conseguimos aperfeiçoar a técnica dos golpes precisos e fortes quanto a velocidade dos meus ataques. A luta era de igual para igual!

O corte foi inevitável depois da cabeçada, o liquido viscoso e quente escorreu pela lateral do meu rosto, não me importei com isso, adrenalina anestesiou e me impulsionou para continuar a luta. Por um segundo o vampiro fico atordoado com a minha ousadia, aproveitei para dar um soco potente, com a mão que ainda estava solta, no cotovelo dele que se rompeu, primeiro pedaço dele caiu, virá mais.

Um grito de horror saiu da boca dele, como sempre ele não acreditava que eu era capaz de desmembra-lo com um soco. Tirei a mão dele em torno da minha, peguei meu isqueiro e coloquei fogo no pedaço de mármore, na ponta dos dedos.

–O que você é Isabella? – ele perguntou entre dentes. – É mais forte que qualquer hibrido já visto por mim.

–Sou resultado de muito treinamento e dedicação em exterminar a sua espécie. – respondi com a “tocha” na minha mão, fui caminhando para o lado dele. Joguei em sua direção isso o distraiu, pude segurar o ombro, que num tinha o braço e subir nas suas costas, ele ficou tentando me tirar com a mão ainda existente, mas dei um soco preciso, assim minha mão atravessou a junção de articulação fria.

Em seguida fui tirar a cabeça dele, mas uma ideia floreou em mim, eu precisava saber sobre o que o vampiro falava, meu instinto gritava que ele sabia algo importante, quase que vital para o futuro. Por um segundo não soube como conseguir isso, pois sabia que não adiantaria tortura-lo, sanguessugas são resistentes a isso.

Por fim uma lembrança me atravessou como uma flecha; eu poderia invadir a mente dele, algo que Sanny treinava comigo, afinal se posso proteger a mente dos outros posso também invadir.

Aquilo me ocorreu, pois eu precisava saber sobre o que ele tinha falado, ameaça dele contra mim. Enfim me lembrei de outra coisa, eu poderia tirar a cabeça dele do corpo, afinal vampiros só morrem mesmo quando são queimados, concluído isso terminei o movimento, logo a cabeça estava na minha mão, já o restante caiu inerte no chão.

Os olhos vermelhos me encaravam raivosos, sua boca me xingava com vontade, ignorei aquilo. Minha preocupação agora era com meu sol, que terminava de arrancar outra perna da vampira raivosa, quando pensei em esperar por ele para conversar sobre essa minha ideia, ele logo falou mentalmente:

–Tenta logo. Não sabemos se eles têm reforços chegando. – pensei em ajuda-lo. – Não preciso de ajuda, essa vampira já vai para sempre por inferno. Faça logo o que tem que fazer.

Concordando com ele voltei a minha atenção para cabeça. Sentei com ela no solo, não me importando de me sujar de lama, coloquei as minhas mãos do lado das temporãs dele. Lembrei quando treinando essa tentativa de invadir a mente dos outros com Sanny tocar facilitava.

Na verdade num quis investir muito nisso porque não queria ficar como Edward invadindo a intimidade alheia, mas o ser supremo avisou que poderia ser útil. Bem, chegou o dia.

–Vamos ver o que você me esconde. – sussurrei.

Fechei os olhos para me concentrar, porque ver Jake lutando me deixava aflita em ajuda-lo, sei que ele num precisa de mim, mesmo assim é angustiante.

Concentrei-me, nada aconteceu, isso me deixou nervosa, eu não iria conseguir. Droga! Pensei em desistir, porém lembrei a ameaça dele, das palavras perigosas ditas por eles, algo grande viria, eu precisava saber. Forcei mais a minha mente na invasão, coloquei a certeza que conseguiria como guia do meu ato, como diz Shang pensamento positivo é metade da conquista de qualquer coisa.

Forcei mais ainda, nunca tinha me concentrado tanto, o suor brotava da minha pele pelo esforço. Senti a minha garganta arder, minha energia estava sendo gasta tentando reverter meu poder, eu ia conseguir as minhas respostas, pelos que amo. Precisamos saber o que virá!

Imbuia com toda essa certeza de proteger os que amo, percebi que a minha mente entrou num nível de concentração absurdo, como tivéssemos em outra realidade paralela. Faltava algo, assim senti as mãos do meu sol no meu ombro:

–Você consegue Bells. Você é forte. – a voz dele era sussurrada no meu ouvido.

Era a força que eu precisava, aquele que consegue de mim o meu melhor, que nunca duvidou da minha capacidade. Uma onda de poder me fortaleceu, eu conseguiria, era um fato. Assim meus dedos pareciam ter entrado no cérebro dele, como tivesse atravessado a pele dura de pedra, devido a grande concentração que consegui.

Senti o meu elástico em mim e um pedaço dele protegendo meu sol, em seguida peguei o que ainda me protegia tirei como fosse um pedaço avulso. Confesso que não sei como consegui isso, só senti que esse novo elemento abraçasse a mente do sanguessuga, em seguida como fundisse com a mente dele, como se fizesse minha.

Assim a usei como minha pertencesse, como se as memórias ali fossem minhas, as imagens frenéticas passavam ali, com a velocidade mental acelerada dos vampiros. Fiquei tonta, precisava me concentrar em achar respostas. Dessa forma me concentrei mais, puxei o ar com força pelo nariz, a secura era imensa na minha garganta, doía, mas eu não vou desistir.

Recordei o nome de Dhara, como também a ideia da Sociedade do Sangue. Eu preciso saber que historia é essa. As lembranças correram velozes por mim, como se fosse um filme acelerado, como um borrão. Aquilo poderia me desconcentrar, mas eu estava em foco em achar aquela situação.

Para minha surpresa no segundo seguinte, tudo parou. Entrei num tipo de sonho, não, na verdade parecia um filme, tudo acontecia a minha volta, mas as pessoas ali da cena vista por mim não me enxergavam, eu era espectadora.

Estava num tipo de castelo, só isso tem um pé direito tão alto e requintado com aspectos antigos, como paredes de pedra. Ali havia vampiros, cerca de 8, todos de olhos vermelhos, numa sala redonda, de janelas grandes de vidro, o sol entrava e eles brilhavam sem problema. Havia um trono de encosto alto lá sentado uma mulher com traços bem conhecidos por mim: Aro.

–Dhara, estamos livres do seu irmão. – um sanguessuga falou entrando na sala animado.

–Finalmente. – Ela se levantou com elegância. –Agora ninguém me impedirá de dominar os humanos. Como foi isso?

–Ele foi derrotado por um grupo de animais e híbridos. – Havia uma empolgação na sua fala. – Você não imagina o que o louco do seu parente conseguiu: o ser magnânimo.

–Como? Era uma lenda. – Uma vampira negra disse com medo.

–Bem, eu a vi com meus próprios olhos. – havia um encantamento em sua fala. – Ela é o ser mais poderoso já visto por toda a minha existência.

Em meio a um interrogatório a testemunha do nosso embate foi relatando a nossa batalha, com riqueza de detalhes. Os olhos ficaram ansiosos perante cada novo fato, a tal Dhara escutava tudo com atenção absurda, suas mãos tocavam uma na outra num carinho cálido. O final foi o mais comemorado por eles, já a líder ficou concentrada e sentenciou;

–Preciso deles aqui, principalmente esse ser magnânimo. – Seus cabelos negros como do irmão reluziam na luz do sol. – Quero os híbridos no meu exercito e os animais como arma. Vamos os domesticar como já fizemos com alguns.

–Vamos sim minha rainha. – uma vampira loira disse cheia de devoção.

–Investiguem sobre eles. – Ela tinha o mesmo olhar de sede de poder que o irmão. –Quero saber tudo. Pois quero saber como vou conseguir trazê-los para meu lado.

–Eles serão importante para nosso plano de Supremacia da nossa sociedade. - outro sanguessuga de cabelos ruivos falou. – Finalmente seremos livres para andar e reconhecidos por estar no topo da cadeia alimentar.

–Seremos novamente os deuses. – A loira era saudosista. – Seremos servidos.

–Sim, tudo será como deve ser. – Dhara falou caminhando para sol, sua pele brilhou. – Não nos esconderemos, nos admirarão.

A cena do nada mudou, começou varias aparecerem: eram reuniões com os espiões relatando sobre a minha família, detalhes de como somos, como atacamos. Aquilo me assustou, então vi os dois vampiros que aniquilamos sendo recrutados para caçar eu e Jacob. Tinham fotos nossas, relato que qualquer um capturado teria o outro automaticamente, pois era lógico que nos protegeremos.

–Eu não irei permitir vocês pegarem a minha família. – gritei com ódio e apertei o crânio em minhas mãos, que virou cinzas.

–Bella. – Jake me tocou com sua mão, então a sensação de que o meu elástico voltou a mim doeu.

–Ahhhhhhhhhhhhhhh. – gritei caindo pra trás, as mãos quentes me aparam as costas.

–Eu vi. – a voz rouca falou, o calor dele atravessou a minha pele, o cheiro dele me pareceu apetitoso. Alheio a isso ele falou perto do meu ouvido. – Não vamos deixar eles nos atacar ou nos enfraquecer.

–Precisamos voltar o mais urgente possível. – falei desesperada e com medo pela minha família.

–Vamos avisar a todos. – o aperto protetor dele me envolvia o corpo com carinho, seu rosto estava ao lado do meu, automaticamente senti sede de sangue.

O halito dele era um perfume tentador, o sangue dele quente era sentido na ponta da minha língua, a saliva inundava a minha boca, a secura era como eu tivesse a semanas no deserto. Conseguia ouvir todo o liquido vermelho ser bombeado por todo o corpo dele, era uma sinfonia sedutora, cantava para mim hipnotizando-me; Suga-me.

Por um segundo imaginei atacando Jake, sentindo o gosto do seu sangue, a minha Cantante, nutrindo meu corpo, afastando aquela sede. Isso me fez abrir os olhos, que nem tinha percebido que estavam fechados , dar um pulo pra frente me afastando dele.

–Bells? – ele parecia confuso, tentou dar um passo na minha direção, como ensaiados fossemos dei um pra atrás.

–Não! – gritei desesperada. – Não chegue perto de mim.

–Por que não? – os olhos agora eram de fendas tentando entender. – Seus olhos...

Sei o que ele viu, deveriam estar negros como o breu, como também olheiras fundas e arroxeadas. Recordo da minha imagem quando no começo da minha transformação eu me negava alimentar-me de minhas irmãs, a minha figura fica deplorável. Sem duvida pela cara de espanto dele eu deveria tá desse jeito.

Querendo negar o que sou comecei a querer correr na direção do penhasco, preciso me afastar, ele não pode me ver monstro que sou. Minhas pernas deram meia volta, tentei correr, mas me senti fraca, além que ele foi se aproximando e o perfume maravilhoso do seu apetitoso sangue foi me paralisando.

–Você precisa se alimentar. – ele sentenciou pegando meu pulso. Virei e rosnei pra ele.

–Mandei você se afastar. – puxei meu braço. – Vá na frente e chame Lunna, ficarei aqui esperando por ela.

–Deixe de besteira Bella. – sem ouvir nada do que tinha dito ele voltou a pegar meu braço, tentando puxar meu corpo num abraço.

–Não quero que você veja o monstro que sou. – as lagrimas já nublavam a minha visão.

–Sou tão monstro quanto você. – Nesse momento ele mordeu o lábio inferior, o cheiro de sangue inundou o meu nariz. – Vamos, se alimente. Você precisa de mim.

–Eu não sei se vou conseguir parar. – coloquei a minha mão solta na garganta, ela queimava como brasa.

–Você me ama Bella. Nunca faria mal a mim. – ele colou sua boca na minha, num beijo, o liquido quente e delicioso tocou a minha língua e quando percebi estava sugando.

Não havia sangue mais delicioso do que o do meu sol, era o néctar dos deuses, nenhum gosto era mais perfeito do que o dele. Combinava perfeitamente com ele, comecei a entrar em êxtase, minhas mãos afundaram nos ombros dele o trazendo para mim, depois meus dedos escorreram pelas costas dele. Ao mesmo tempo em que me alimentava de seu sangue eu sentia crescer em mim outro desejo, outra fome; de me entregar para o meu sol.

Minha libido estava aumentado em um nível entorpecente, bem que a teoria de Lunna estava certa, a raça de vampira de Jane era do tipo que sua cantante se torna irresistível sexualmente. Eu era muito azarada, mas eu num estava pensando em mais nada além de amar o meu Jake.

Meu corpo esfregava sem pudor no dele, que percebeu a minha vontade e respondeu altura já tirando as minhas roupas sem interromper o beijo intenso que dávamos, com gosto do seu sangue. Eu já havia tirado a bermuda dele, o corpo dele estava num calor convidativo.

–Te amo. – falei lambendo a boca dele que tinha agora os dentes avermelhados.

–Sou seu Bells. – ele disse beijando a minha boca em seguida.

Seus braços me pegaram pela cintura com vigor, senti os dedos quentes afundarem na minha pele, trazia meu corpo para o dele, não havia nenhum empecilho de tecido para nos amarmos, assim levantei e passei minhas pernas pela sua cintura, quase nos fundido, isso não demorou para acontecer. Nossos movimentos eram intensos e vigorosos, quase que selvagens, não havia delicadeza, havia desejo cru e alucinante, o suor escorria pelas nossas pele, já o sangue do meu sol era sugado por mim no meio do nosso beijo, que não foi interrompido em nenhum momento.

Meus músculos foram ficando tensos pelo prazer, um arrepio deslizou pela minha pele, senti meu corpo se contraindo vindo originalmente do meu baixo ventre e irradiando pelo corpo até as extremidades, o formigamento começou a me acometer deliciosamente. Os gemidos e o som dos nossos corpos se encontrando aumentava mais a a minha excitação. Logo fomos inundados pela onda do prazer, nunca fora tão rápido e forte como ali.

–Desculpa. – falei arfando passando a língua pelos lábios tirando o sangue dele dali, degustando as ultimas gotas. Meu corpo estava num estado de relaxamento absurdo, me sentia satisfeita em todos os sentidos da palavra e mais ainda amada.

–Você só pode estar brincando. – ele disse rindo e beijando minha boca. – Foi perfeito. Deveríamos ter feito isso outras vezes.

Havia verdade nas palavras dele, o amor que sinto em meu peito estava refletido ali nele. Todos os nossos momentos são perfeitos, mas esse confesso que foi especial.

–Só você para entender e aceitar esse jeito errado meu. – falei encostando a minha testa na dele tentando recuperar minha respiração.

–Somos perfeitos juntos. O destino nos uniu por isso e pelo nosso amor. – as mãos dele acariciavam as minhas costas dando pequenos choques na minha pele.

–Mesmo eu tentando estragar tudo o destino nos uniu. – completei encarando seus olhos negros. O meu sorriso estava ali todoa contente, acelerando mais meu coração.

–Vamos passar por tudo juntos. – um selinho dado por ele me aqueceu mais ainda.

–Afinal somos um time e tanto juntos. Somos perfeitos. – Ao final dei o beijo com todo amor que meu coração ansiava.

Ali era mais um começo de uma nova batalha, não seria vencido pelo mal, os vampiros, e sim pelo bem, por nós. Os caminhos sempre se encontram e sempre serão difíceis, mas não impossíveis de serem trilhados ao lado de quem se ama.