Pov Jake.

Minha vida nada é facilitado, sempre tem algo de errado no caminho, alguma coisa para me deixar em estado de alerta. Agora quando finalmente encontro a Bells e meus irmãos venham ao meu encontro, a felicidade se torna quase completa, só não chega aos 100%, pois tenho certeza que terei problemas com essa historia de novo sanguessuga mais Volturi, sem contar o maldito leitor de mente nesse meio todo.

Só de pensar naquele sacana é capaz de tudo para estragar a minha relação com Bella, já faz tremores percorrerem meu corpo, meu lobo uiva longamente dentro de mim pedindo pra esquartejar aquele infeliz. Nós dois temos certeza que Edward esta aprontando algo, sempre foi do feitio dele armar situações, tenho certeza que a pedra de gelo não mudou nada nessa década.

Mas basta olhar para o lado e ver Bells linda, cheia de vida, com coração batendo fortemente em seu peito, fazia qualquer vontade homicida contra aquele ex dela se dissipar momentaneamente. O sorriso dela era maravilhoso, mostrando o quanto feliz estava por meus irmãos estarem chegando, como ela é transparente para mim, sei que eles são como parte da sua família também.

Já consigo ouvir uma certa balburdia vindo do lado de fora, com o bater de alguns corações, como o cheiro deles, a saudade doeu no meu peito. Eram meus irmãos, pedaço da minha família, da minha origem, um pouco da reserva aqui na velha selva de pedra: Nova York.

Jonh saiu logo atras de Lunna, resmungando que não aguentava ver as meninas cochichando umas com as outras, fazendo apostas se seriam bonitos, falavam umas besterias que nem quis entender muito, não me interessava e também estou ansioso por ver os rostos tão conhecidos.

Sarah já foi em direção a porta de entrada, parecia estar emocionada, pelo pouco tempo que estou aqui notei como a hibrida é maternal e amável. Sem esperar por eles tocarem a campainha, a mulher morena abriu a porta num movimento só.

Surge então meus irmãos, congelados pela magia lupina, pareciam que eu tinha os vistos no dia anterior, pois não mudaram nada. Estavam lá Embry, Seth, Quill e, para minha surpresa, Leah.

Até amarga loba sorriu para mim, todos tinha sorrisos para mim, vieram na minha direção, dando abraços fortes e saudosos, ouvi também pequenos sermões de que não deveria ter sumido dessa maneira por tantos anos. Nem retruquei estou tão contente de tê-los aqui, escutaria tudo, só agora vejo o quanto sentia falta deles, a dor por não ter Bella entorpeceu meus outros sentimentos.

-Como você poder fazer isso moleque? - implicou Leah dando um leve empurrão no meu ombro. Era impressão minha ou ela realmente estava feliz em me ver?

-Até de você eu senti falta Leah. - Dei um abraço apertado, ela revirou os olhos e bufou irônica.

Durante os meses que Bella ficou organizando o casamento e na minha recuperação ela se tornou uma grande amiga. Os dois arrebentados pelos amores de suas vidas, rejeitados, um tentando aguentar a dor do outro, criamos um laço de amizade verdadeira.

Quando me fui, depois daquele maldito convite, fugi da reserva escutava ela repreendendo meus irmãos por me pedirem para voltar, ela falava que eu precisava de um tempo para mim, talvez não imaginasse que seria tantos anos.

-Como foi a viagem? - Perguntou sorridente Bella, nem tinha notado que ela tinha saído do meu lado, dando lugar para meus irmãos.

Todos os olhos deles foram para ela, logico ficaram assombrados, afinal sua mudança era evidente depois de se tornar um ser único, para mim ela ficou mais perfeita.

-Bells é você? - Seth indagou surpreso estendendo o braço para ela.

-Ei. - Chamei bravo por ele, que me olhou sem entender. - Sem intimidades com a minha namorada. Para você no máximo é Bella.

Todos riram de mim, do meu ciumes, Bells me repreendeu com um “Jake!”, contudo não posso fazer nada, só estou cuidando do que é meu, mesmo sabendo que o caçula do nosso grupo sempre a viu como irmã.

-Sou eu Seth, com alguma mudanças. - Ela mordeu o lábio corando de leve, sei o quanto ela odeia ser o centro das atenções.

-Você ficou mais bonita. - o garoto, que já era um homem feito, mas para mim sempre será um moleque. - Desculpa Jake.

-Não, tem que falar parabéns para ele. - Brincou Embry dando agora um abraço em Bella. - Você ficou bem melhor.

-Vocês querem voltar agora para reserva. - Impliquei, todos riram.

Mesmo todos contentes percebi Quill tristonho, tentando ficar contente forçando uma alegria. Aquilo me deixou intrigado, além de que achei que não o veria aqui, enfim Clair já deveria ser uma jovem, seu imprintig deveria estar mudando de amor, se tornando de homem e mulher. Todavia ele estava ali chateado, olhei para ele atentamente e logo fui perguntando:

-O que foi Quill?

Ele contorceu o rosto numa careta, meus irmãos ficaram o consolando com palavras de consolo, continuei sem entender, pedi para me explicar, por fim Embry explicou:

-Clair não quer ter sua a vida controlada por uma magia. - Ao proferir as palavras meu amigo parecia sentir uma dor. - Ela acha estranho ter um sentimento de amor carnal por Quill, sendo sempre foi como um irmão. Ela acha doentio.

-Pediu para ele se afastar. - Seth foi emendando a explicação, enquanto Quill abaixava a cabeça derrotado. - Clair quer tentar ter uma vida normal como qualquer adolescente.

-A garota pediu um tempo do imprinting. - Leah resumiu com seu sarcasmo.

-Eu estou perdido. - A voz de quill saiu sofrida.

As gotas caiam dos olhos do meu amigo, sem se importar se havia estranhos ali, se estava numa casa estranha, era ele com sua dor. Sei o quanto doloroso é não ser correspondido pelo amor da sua vida, posso imaginar o quanto tudo esta confuso para meu amigo.

Apertei o ombro dele, querendo mostrar minha solidariedade ao seu sentimento, seu rosto mirou no meu, era nítido seu sofrimento.

-Vamos conversar. - As palavras saíram num tom desconhecido por mim, como uma ordem. Aquilo me surpreendeu, pois só tinha ouvido aquele timbre quando Sam nos ordenava.

-Olha o sangue de alfa dando o ar de sua graça. - Brincou Leah.

Aquilo me deixou desconsertado, nunca quis esse meu “direito sanguíneo” de ser Alfa, não quero mandar em ninguém, obrigar meus irmãos a seguirem ordens, já que eu nunca fui de segui-las. Vendo meu desconforto Bella alisou meu braço, olhei para seus olhos multicoloridos e a vi falando:

-Vocês conversaram com calma, sei que fala isso como um amigo.

-Sim. - Bem, eu tenho essa intenção. Mas na verdade queria compartilhar aquela dor, como se de alguma maneira eu sou responsável por cada daquele recém grupo.

-Vamos agora apresentar todos. - Sarah tentou dar outra dinâmica ao grupo, tentando tirar o foco de mim. Agradeci por isso, logico vendo meu alivio ela assentiu para mim.

Ela começou as apresentações, era visível alegria em demasia por parte de Embry e Seth, com sorrisos traquinas para as irmãs de Bella, que por sua vezes ficaram dando sinal de interesse, cada uma a sua maneira, May direta, com frase de duplo sentido e umedecendo os lábios, já Shang ficou lançando olhares intensos e Melissa fingindo indiferença.

Leah me surpreendeu sendo muito simpática com todos, algo estava de errado, mas depois descubro o motivo. O Quill cumprimentou todas com sorriso amarelo no rosto, seu olhar parecia perdido, como se tudo tivesse confuso. O que se passa dentro dele?

Depois da apresentações contamos a todos sobre as mudanças de Bella, o seu processo de transformação em hibrida, também falamos sobre os volturi, o novo tipo de vampiro. Eles me contaram as novidades da reserva, Jared casou com Kim, já tinham dois filhos, como Sam e Emily também já eram pais de uma linda menina, que sofreu imprinting por um dos meninos do seu bando, Collin.

Entregaram para mim uma carta de meu pai e minha irmã, isso fez meus olhos encherem de lagrimas, a saudade maltratou as batidas do meu peito. Como sinto falta deles agora. Respirei forte, para não chorar ali, Bella mais uma vez ficou ao meu lado, agora me abraçando.

-Quem é essa? - Perguntou Seth vendo a parede repleta de fotos dos moradores daquela casa.

-Essa? - Apontou May atras de Seth toda maliciosa para ele, mas ele parecia encantado nem notou a presença cheia de segundas intenções da pantera. - É Lunna.

-Ela é linda. - ele falou derretido.

-Todas são lindas. - corrigiu Embry sorrindo galanteador para as meninas.

-Onde ela está? - Seth parecia ansioso. Não poderia ser o que estou pensando. Poderia?

-Deve estar treinando com Jonh. -Shang falou sabichona, ela já tinha deduzido a mesma suspeita minha. - Posso te levar até lá.

-Adoraria. - O sorriso do moleque era contagiante.

Os dois saíram dali, nos deixando para trás, Melissa então deu voz o obvio;

-A loba vai ter coleira.

-Perdi a sócia. - Brincou May, me deixando sem entender aquilo, mas pelo sorriso Bella sabia o que significava aquilo.

Em seguida Sarah comunicou que o jantar estava servido, porém senti que meu amigo precisava desabafar com alguém. Percebendo isso a matriarca dali se aproximou de mim, avisando seu escritório estava disponível para conversarmos.

Chamei por Quill, que me acompanhou até a sala cedida por Sarah, ao passarmos pela porta notei seus ombros caírem derrotados. Ele sentou numa poltrona e eu continuei em pé.

-Pode Falar Quill. - comecei.

-Estou sem meu ponto de referencia na vida. Como se eu estivesse sem objetivo no mundo. - Seu olhar ficou vago, as frases soltas. - Algo agoniante. Pois ao mesmo tempo que sei estou livre, Clair me liberou, sinto-me preso a ela. Pensar em outra mulher, desejar estar com outra me traz um sentimento amargo de traição. Eu não sei o que fazer comigo.

Nunca quis sofrer um imprinting, mas perdê-lo, ser rejeitado por ele, deve ser muito doloroso, a fala confusa do meu amigo deixa isso bem claro.

-Foram quase dez anos de certeza que minha companheira me queria, que viveria a vida com ela. - ele levantou as mãos para cima como tivesse buscando algo. - Mas ela rejeitou meu amor de homem, me guardei para ela durante todo esse tempo. Logico que não senti desejo por nenhuma outra mulher, afinal todo tipo de amor era deslocado para ela, sendo fraterno. Mas quando ela se tornou finalmente mulher, os seus hormônios mexeram com meu olhar para ela, finalmente ela tinha virado minha companheira.

-Como um imprinting pode recusar seu lobo? - perguntei também perdido.

-Ela tem livre arbítrio, nós não. - Quill suspirou. - Estamos vulneráveis as vontades do objeto do imprinting, a escolha é dela.

-Então ela não te quer. - ele assentiu.

-Não me quer como seu namorado, deseja-me como seu irmão, coisa que sempre fui. Vou dar isso a ela, meu amor por ela meio que retrocedeu.

Não entendi nada, vendo minha expressão de não compreensão ele foi explicando:

-Meu amor carnal retrocedeu, voltou a ser fraterno, mas confesso que estou perdido. Não sei lidar direito com essa minha situação: sempre esperei, meu lobo a escolheu para ser sua companheira, me privando por todos esses anos de outra companhia. Ai do nada ela decide que não me quer dessa maneira, isso não me faz ter raiva dela, mas confesso frustração e rejeição.

Analisando um pouco tudo que foi dito por ele, só digo:

-Se permita viver Quill. Talvez esse tempo dela faça os seus sentimentos conflitantes se acalmarem.

-Assim espero.

Vocês acham que eu ia deixá-las na curiosidade Seth e Lunna???

Fic minha Lunna fica ou com Jake, quando num tem Bella na parada, ou com Seth. Meus preferidos!! Afinal me realizo pessoalmente através dela. #Meinterna!

POV bonus....

POV Seth

Eu nunca tinha viajado de avião, ir para NY era um máximo, ainda mais para ver nosso irmão Jake. Primeiro ia só eu, Quill (numa tentativa de curar sua depressão confusa) e Embry. Mas minha irmã quis ir, não entendemos nada, contudo não nos opusemos porque não queríamos briga com ela.

Quando chegamos tinha um motorista a nossa espera, me senti como uma pessoa importante, ainda mais que viemos numa limousine, só para gente, isso até fez Quill sair um pouco do estado de catatônico dele.

O carro parou na frente de um prédio enorme, muito chique. O motorista avisou que nos esperávamos na cobertura e nossas malas, que eram poucas iriam para o apartamento onde ficaríamos hospedados. Rapidamente o porteiro nos anunciou e seguimos para um elevador.

Eu podia ouvir vários corações, com bater bastante semelhante aos nossos. Quando a porta abriu vi uma mulher de cabelos castanhos longos e cacheados grandes com um sorriso de boa vinda abrindo a porta, seus olhos eram um arco-íris, impressionante.

Vi meu amigo-irmão, fiquei verdadeiramente feliz, afinal sempre fui muito apegado a ele, sempre foi meu exemplo, convivi com sua dor por perder Bella, imagina se não ficaria feliz por ele agora tendo seu amor ao seu lado.

Por sinal minha amiga estava linda, Billy tinha nos contado que a filha de Charlie, atual meu padrasto, tinha se transformado em um ser diferente, mas não imaginava o quanto isso a fez ficar mais bela.

Nos apresentaram as irmãs novas da Bella, nossa gatas. Vários sorrisos foram trocados por nós, sei que falta uma e um cara, porque Billy nos contou por alto sobre essa nova família de Bella. Mas deixei passar, afinal as três na minha frente eram maravilhosas, agora não sou um garoto de nove anos atras, já vivi algumas aventuras amorosas, entretanto tive que me afastar de todas, minha vida de lobo não é fácil, poderia feri-las.

Foi explicado para nós como tudo aconteceu com Bella, como também sobre a situação atual com os italianos, para minha maior tristeza a noticia que Edward tinha aderido ao grupo deles. Sem contar a historia de uma nova raça de vampiros, isso deixou meu lobo inquieto.

Seguimos contando sobre a novidades de La Push, nesse momento percebo que tem uma parede enorme, com vários porta-retratos pendurados em moldura brancas, de vários tamanhos, iam do teto até o chão. Meus olhos foram primeiro a uma foto preto e branca de May abraçada dando um beijo na bochecha de outra mulher de olhos claros e sorriso fácil.

Meu lobo remexeu inquieto ficou intrigada por saber sobre aquela mulher, rapidamente meus olhos correram pela parede, vi uma fotografia ela abraçada a um cara gargalhando,a quilo me incomodou, voltei a ver outras fotos então vi uma foto colorida dela sozinha, com seu cabelo castanho claro repicado, com uma franja caindo na altura dos olhos azuis, ela tinha somente um sorriso de lábios, estava linda. Então um uivo fino ecoou dentro de mim, dando a mim uma urgência em conhecê-la.

Assim peguntei quem era ela, logo a morena a May falou no meu ouvido que era Lunna, a outra irmã da Bella, todos me olhavam com uma cara engraçada, todavia não queria deduzir o significado daquilo, só queria ver a dona daquela minha inquietação nova.

A oriental falou que me levaria até ela, meu peito ficou comprimido de ansiedade enquanto caminhávamos subindo dois andares. Conseguia escutar dois seres duelando, provocações verbais e baques secos, como algo tivesse sendo jogado contra parede e chão, aquilo me deixou aflito.

O aroma nunca por mim me inebriou, na verdade me hipnotizou, dominou meu corpo por dentro encontrando minha alma, era o cheiro único, não sei classificá-lo ou compará-lo com outro. Eu queria senti-lo sempre.

-Vamos urso... - Ouvi a voz dona dessa loucura instaurada dento de mim. - Eu quero ver você raivoso.

Queria ela me chamando, ter suas palavras todas direcionadas para mim, já conseguia ver a porta que me levava até ela, dei passos apressados sem me incomodar com o que minha “guia” iria pensar dessa minha pressa.

Quando minha mão empurrou a porta de metal, vi que estava num corredor estreito, porém invés de ter uma parede havia uma grade pintada de vermelho escuro, separando de uma sala enorme, um cubo praticamente de grade losangulares, no centro duas feras: um urso marrom e um lobo de pelo castanho claro, igual a cor do cabelo da mulher, então lembrei da voz só pode ser uma loba e cheiro era dela .

Os dois lutavam formando um bolo de seres peludos, algumas gotas de sangue caiam no chão feito de tatame bege claro. Fiquei fascinado com aquela fera, mas ao mesmo tempo fiquei aflito em ver os dois brigando, corri pelo corredor com o intuito de ir até a porta e entrar para separá-los.

Em meio a minha corrida vi a loba franzi o nariz, quando toquei minhas mãos da grade abrindo a porta para o lugar onde eles lutavam, ela virou para mim nossos olhos se encontraram, a fera uivou para mim, me deixando mais surpreso ela se destransformou ficando nua. Pronto, meu mundo agora tinha mudado de sentido, todo meu ser pertencia a ela.

POV Lunna

A culpa era minha maior maldição, anos ela me devorava viva, sem piedade, fazendo-me recordar aquela maldita noite de tempestade, onde era eu que deveria ter sido...

-Lu. - Chamou Jonh na porta do meu quarto desviando minha massificação da minha dor, virei minha atenção para ele. Fiz um gesto para entrar, veio até minha cama se jogando. - Vamos treinar?

-Não vai receber os novos convidados? - Disse sarcástica.

Meu humor não esta nada bom, afinal ontem foi aniversario... Tenho que lembrar do conselho de Sarah: tente viver o presente com afinco, para mudarmos o futuro, já que o passado é intransmutável.

-Foi ontem o aniversario de... - jonh era o único a saber do meu segredo, afinal foi ele a me resgatar da dor profunda que me encontrei quando tudo aconteceu. Então ele sabe que não gosto de tocar em nomes.

-Sim. - o choro quis vim, mas prendi a respiração. Chorar nunca vai ser solução de nada.

Rapidamente ele se levantou e me abraçou por trás, juntei minhas mãos em cima do braço dele que repousava em cima dos meus ombros. Agradeci mentalmente esse carinho, sempre esse homem de músculos grandes e sorriso contagiante, cuidou de nós de cada uma. Agora não era diferente, esse era meu irmão.

-Vamos extravasar essa dor. - Ele disse no meu ouvido baixinho. - Adoro você raivosa, fica mais na pilha de brigar.

Sorri para ele aceitando o convite, pegou a minha mão e fomos para sala de treino fica no terceiro andar da cobertura. Chegando ali acendemos as luzes fluorecentes, entramos na “gaiola” já tirando nossas roupas, ficando só de lingerie.

Sei que posso ficar nua na frente dele, além de estar acostumado em nos ver assim, sei que não é por mim seu desejo de ter em sua cama. Ele guardava a causa da minha dor e eu sei quem é a dona do seu coração, nossos segredos eram compartilhados.

Por mais maravilhoso seja o corpo de Jonh, com todos os seus músculos perfeitamente trabalhados, praticamente sendo exemplo para qualquer marmanjo de como um corpo de homem deve ser e copiado nas academias, não sinto desejo por ele, enfim somos irmãos, não há essa conotação sexual entre nós dois. Sei muito bem por quem ele gostaria ter uma tensão sensual, mas deixa isso para lá.

-Bem, vamos começar lobinha. - ele tentou dar um golpe de kung fu em mim, desviei dando-lhe um chute na boca. - Não falo que você fica mais sagaz brava.

Aquilo me fez sorrir, meus irmãos tem capacidade de aplacar meu sofrer. Portanto seguimos lutando como humanos, socos, chutes, voadoras foram surgindo numa mistura de estilos de lutas, praticamente um vale tudo.

Como sempre nos empolgamos nos golpes, deixando no meio da nossa “luta” nossas feras aparecerem, ai a coisa ficou mais agressiva, alguns ferimentos surgiam, mas não nos faziam parar, na verdade estimulava a brigarmos mais. Sempre fui muito competitiva, adorava desde pequena brigar com os meninos, como dizia meu pai: essa nasceu guerreira.

Eu e meus irmãos tínhamos criados uma forma de lutar nos transformando e destransformando, agora era um treinamento então chacotas eram permitidas.

-Vamos urso... Eu quero ver você raivoso.

Terminei de falar e pulei em cima dele já deixando minha loba tentar cravar os dentes no braço do urso, que foi rápido passou seu braço forte na minha cintura, então no embolamos, vários rosnados e uivos de dor saíram da nossas bocas, entretanto ninguém dava o braço a torcer. É divertido.

No meio da nossa guerra escuto um bater frenético, sinto um perfume delicioso de canela misturada com cheiro másculo, minha fera fica paralisada, notando meu comportamento meu irmão quase golpeia, todavia presta atenção na minha paralisação.

Escuto uma corrida, logo meus olhos veem um homem lindo, meu mundo parou por um instante, tudo perdeu sentindo, minha loba uivou sentindo uma força gravitacional a puxar nós duas para aquele rapaz de traços parecidos com do Jake.

Sem pensar em nada coerente destransformei, ficando nua na frente dele, eu não conseguia desviar meus olhos dos dele, eu parecia hipnotizada, sentindo tudo dentro de mim mudar, sendo o amor que sinto por aquele estranho tomar conta de cada pedaço do meu corpo e alma.

Os passos dele vieram até a mim, parecia tão encantado por mim quanto eu por ele. Sem notar sinto as mãos de Jonh nos meus ombros, mas nem virei para falar algo, eu tinha algo mais importante: o estranho moreno, não, lindo moreno.

-Tira as mãos dela. - Ele ordenou ficando raivoso, já tremendo.

Não entendi aquilo, porque da reação dele contra meu irmão, então por meio segundo tudo foi recordado por mim; estávamos os dois pelados. Não sei o motivo não queria irritar aquele homem agora na minha frente tirando a camisa dele para mim, ver seu peitoral cor de cobre me fez suspender a respiração, sem conseguir falar aceitei a blusa e vesti, o cheiro maravilhoso dele agora estava em mim.

-Quem é você? - Jonh perguntou sério.

-Sou o imprinting dela. - O homem falou passando-me para trás, nunca fui de ficar sem palavras ou deixarem que me façam as coisas, como agora o estranho fazia.

Espera ai! Imprinting? Como meus pai tinha sofrido pela minha mãe? Ai lembrei a narrativa dele para mim, quando eu ainda era uma menina de cabelos bem longos deitada na minha cama, eu achava lindo. Eu ainda era romântica.

Sim, era isso, eu tinha sofrido um imprinting com esse moreno maravilhoso, tenho que agradecer alguém lá em cima realmente gostava de mim para mandar um homem tão lindo e como é cheiroso.

-Jonh, vamos deixá-los sozinhos. - Shang falou, nem tinha percebido a minha irmã ali, eu tentava processar tudo lutando contra a minha vontade de agarrar aquele estranho. Não, ele não é desconhecido, ele é o meu imprinting.

-É só o que me faltava. - Meu irmão brincou fingindo irritação, pegou a mão de da nossa irmã e foi saindo, mas antes avisou ao moreno. - Cuida bem da minha irmã.

Sorri com aquilo, Jonh sempre cuidava de nós com muito zelo e carinho, sempre falava isso aos namorados nossos, os humanos sempre ficavam tensos, mas pelo jeito e cheiro esse meu moreno é tão fera como nós. Além dele ser mais que um possível namorado, ele é meu imprinting.

Quando ficamos sozinhos, nossos olhos se ligaram novamente, eu via como estamos ligados um ao outro, a impressão era que finalmente tínhamos nos encontrados. Contudo eu tinha que falar alguma coisa, mesmo sentindo um nervoso, até parecendo uma menina sem experiencia nenhuma com homens. Respirei fundo e lembrei quem sou e como sou.

-Bem, meu nome é...

-Lunna. - ele completou. Me assustando, arqueie minha sobrancelha mostrando meu sentimento. - Me falaram lá embaixo.

Ele parecia envergonhado, ele tinha uma pureza linda no olhar, havia algo muito belo na alma daquele rapaz:

-já sabe meu nome. Agora preciso saber o seu. - falei risonha.

-Meu nome Seth Clearwater. Sou um dos irmãos do Jake. - Agora quem parecia nervoso era ele, passava a mão nos cabelos de maneira tensa, como não soubesse onde as colocavam. - Acho que temos que conversar.

-Acho que não. - Falei rindo chegando mais perto dele, ouço o coração dele bater apressado. - É muito simples o que aconteceu aqui.

-Você acha? - Ele parecia realmente surpreso. Mal sabe o quanto sou pratica.

-Meu destino com seu esta costurado um em cima do seu. - Encostei minha mão direita no rosto dele, que fechou os olhos perante meu toque.

-Pertenço a você. - ele sussurrou me deixando vaidosa, afinal eu também sou dele, sinto isso dentro de mim.

Lentamente minha boca repousou em cima da dele, senti um calor invadir meu corpo, vindo daquele pequeno contato nosso. Tudo começou calmo, nossos lábios se movimentando se conhecendo, na verdade se reconhecendo, como se fosse algo natural deles fazerem juntos.

Mas eu queria mais, muito mais, sem pedir coloquei minha língua, isso fez ele pegar a minha cintura e apertar mais contra o corpo dele abrindo a boca para minha investida, como ele também começou a usar a língua dele para me degustar.

Todos nossos movimentos eram naturais e facilmente complementares, parecíamos parceiros de amor de longa data. Os toques das nossas peles eram eletrizantes, há muito tempo não sentia como era ser desejada não somente pela parte carnal, por possuir um belo corpo, mas algo além, ter desejo junto com amor, sem duvida um tempero maravilhosamente excitante.

O amor me fisgou sem ao menos por mim ser desejado, um pouco de alento a minha dor.