Anjo de Vidro escrita por DiraSantos


Capítulo 7
Capítulo Seis: Temores


Notas iniciais do capítulo

Mais um capitulo!
Espero que gostem, vou ver se consgui postar mais amanhã a noite
Obrigado por lerem
Bjs
AMO VCS!♥



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Capítulo Seis: Temores

—Shhh... Se acalme. —Falou uma das vozes mais roucas e perfeitas que existiam aqui, e em meu lar. Respirei fundo cumprido suas ordens, e tentei parar de chorar. Gabriel riu, uma risada melodiosa como sinos ao vento. —Não por mim, Saray, por você. Quando estiver pronta.

E assim deixei as lagrimas caírem em sua camisa branca como a luz do Sol que invadia meu lar, suas mãos afagaram minhas costas, na base das minhas asas. Depois de alguns minutos, meu rosto úmido e doce estava mais calma e eu não soluçava, mas minha respiração ainda era entrecortada.

—Vou lhe contar uma coisa: Sabe o que acontece quando um anjo chora? —Fiz que não, lavando meu rosto no algodão macio da sua camisa.  Senti seu sorriso nos meus ossos. —As lagrimas de um anjo são doces, doces como mel; Quando um anjo chora o mundo senti isso, se sente mal por ter causado tal tristeza a tal criatura, e involuntária mente, os homens sentem piedade, compaixão, amor um pelos outros, não sabem por que, mas sentem.

—Eu cometi um pecado, não devo ter causado efeito algum. —Sussurrei em completa angústia, ele apertou mais meus ombros, nos enrolando juntos em suas asas douradas.

—Você se arrependeu. Um anjo que faz algo ruim, e se arrepende, é algo tão belo quanto uma mulher dá a luz a um filho, e faz de tudo para que essa criança cresça feliz e rodeada de amor e, Saray, desde dia que o Senhor a criou, tem sido um dos guardiões mas eficazes que em todos os meus milênios, eu já tinha visto, e continua assim. Sua tarefa não é fácil, Justin Drew Bieber está rodeado de más influencias, e você vem fazendo mais do que imagina por ele.

Eu estava descrente. Ele era Gabriel, o Arcanjo, encarregado da guerra, mas... O que eu tinha feito? Só estava planejando seu sofrimento futuro.

—Saray, você é um anjo. —Falou ele, me segurando pelos ombros e me fazendo olhar em seus olhos azuis como o céu em uma manhã perfeita, e deu uma risada musical. —Mas você é a criatura mais autodestrutiva que eu já vi! —Gabriel riu mais depois puxou o ar— Seu instinto diz a você que se pisar em uma formiga, é um pecado, por que matou uma coisa viva, mas nem tudo está em suas mãos. O Senhor tem uma razão para tudo. Ele escreve certo...

—Por linhas tortas. —Completei sua frase. Gabriel sorriu tirou as asas de perto de mim, se dobrando atrás de suas costas, ainda bem maiores que as minhas. —Mas ainda sim... Ainda não ajudei ninguém, fora...

—Aquele senhor da ponte. Phil, desde ontem a noite, já fez um amigo e conheceu sua nova companheira, Ofélia. Você mudou a vida dele, e ele não se esqueceu de você, nem vai. —Ele me confortou colocando a mão no meu ombro. —Ora. Não fique assim, está fazendo seu dever, nada mais que isso.

Eu sorri para ele, instintivamente me sentindo melhor. Gabriel, logo depois que eu tinha sido criada, eu fui colocado sobre sua guarda por ser jovem demais, que... Pelo que me lembro, eu “nasci” logo, após a criação do Éden, Gabriel  me trouxe a ele, era linda me deixou a beira de um rio corrente e me explicou a vida, como tudo acontecia... Eu era pequena, e vibrava com cada novo detalhe que ele me dava.

—É, eu lembro disso. E, vou lhe dizer algo que só o Criador e eu sabemos, mantenha em segredo. —Fiz que sim,e senti a mesma sensação de quando eu era só uma criança. —Ele a colocou em minha guarda, por que eu estava virando um guerrilheiro, e com um novo anjo para cuidar... Me tornei o que sou hoje.

—O melhor anjo que já voou entre os meus, andou entres estes entre todas as outras criaturas. —Ele sorriu sem graça e ficou no meu rosto, franzindo o rosto, pensativo.

—Como fez isso. —Tocou meu ferimento, respirei fundo.

—Um híbrido, estava perto demais e Noemi já tinha me avisado. —Foi quando me toquei. —Por que ele foi mandado? Não tinha outros mensageiros? Eu pedi para cuidar dele Gabriel. —Ele respirou fundo e me olhou nos olhos com um ar risonho.

—Noemi é um dos melhores humanos que já tocaram no Céu, e é muito convincente.

—Ele é um Serafim. Um serafim de cura não vai a guerra, não se pode colocar em perigo. —Falei em agonia. Gabriel tocou meu ombro, dando um sorriso leve.

—O garoto sentiu sua falta, Noemi, mesmo sendo um Célico, ainda tem uma alma humana e sente sua falta, devia ter visto como ele saiu da Abóbada Celeste, quando soube que você tinha descido. Ele correu até mim pedindo se ele poderia vê-la, nem mesmo Miguel contestou.

Miguel era o nosso estrategista, mas ainda sim um arcanjo tão sutil, que se não fosse pela pele pálida e brilhante e pelos olhos cor de prata, e suas asas prateadas compridas boas em vôo rasantes ele pareceria um anjo, eram serio e tinha o dom da sagacidade sempre tinha um plano ou uma segunda opinião formada.

Gabriel perdeu o sorriso ficando serio.

—Os mensageiros estão rodando atrás de mais anjo caídos em missão.

—Mais...? —Um suspiro.

—As coisas estão difíceis, Saray. Estão testando a paciência de Rafael, ele fingem que vão atacar, mas o que eles mandão não se dá para chamar de ataque, são no máximo 70 deles. Meu irmão está perdendo a calma, ele não costuma ficar as cegas, mesmo depois de tanto tempo, estamos reunindo aqueles que podemos e protegendo aqueles que ainda não podem ir, e você é uma das que mais precisam ficar protegida.

—Eu? Existem tantos!

—Seu protegido é influente aqui, e ele pode ser alvo dos Incorpóreos, poderia ser um desastre! —Os Incorpóreos eram demônios sem forma física aqui no plano do meio, entravam nos corpos dos humanos e os usavam como marionete, alguns com fins banais ainda sim horrendos, só para se aproveitar ou com fins mais elaborados, como pegar alguém influente para ter as cordas em uma parte grande da humanidade.

—Deus...

—Sim, é perigoso demais deixar ele. —Gabriel pegou meu pulso com calma, e acariciou com o indicador ao redor do terço. —Saray, você é minha irmã, me preocupo demais com você, não quero ver você machucada, então... Tenho cuidado.

—Quero ajudar... Tenho que ajudar. — Olhei em seus olhos.

—Cuide dele, do modo que precisar, enquanto ele estiver sob sua guarda tudo vai ficar bem. —Ele em deu mais um beijo na testa, indo embora, mas segurei a barra de sua camisa.

—E Noemi? —Perguntei, preocupada com ele. Gabriel sorriu para mim.

—Ele vai ficar bem, como curador e por ser pequeno, ele vai ficar na Abóbada Celeste, ele é um Curador, não uma Chama. Ele vai ficar bem.

Eu sorri e Gabriel voou pela janela. Respirei fundo, eu tinha que proteger Justin, não importava como. Incorpóreos era perigosos demais, por mais que eu soubesse em defender deles, Justin estava em perigo e isso não podia acontecer, Tomei um banho e vesti algo simples, um calça jeans, e uma camisa role por causa do frio.

Uma batida na porta.

— Saray, posso entrar. —Respirei fundo e escondi minhas asas.

—Pode. —Ela abriu a porta e sorriu para mim, estendendo a mão. Andamos para fora do Plaza, avisando a Kenny e a mãe dele que sorriu para mim, observando a minha influencia sobre ele, pisquei para ele.

—Pattie parece meu feliz. —Comentei enquanto andávamos para o carro.

—Hã? Ah, sim. Ele diz que você é uma boa influencia, que devia passar mais tempo com você. —Falou para mim, olhando para baixo. —Acho que ela anda exagerando.

—Por que diz isso? —Perguntei, encarando seu rosto. Ele deu de ombros.

—Ela acha que estou fora de controle, que a qualquer momento eu posso sofrer algum acidente. —Desdenhou ele, balançando as mãos no arma, como se fosse banal.

—Se continuar agindo assim, talvez aconteça. —Era só um susto, não queria apavorá-lo. Falar que ele poderia estar sendo perseguido por Demônios Incorpóreos só ia fazer ele me chamar de louca e sair correndo ou mesmo entraria em pânico completo. Apesar dele ter ficado incomodado coma verdade, Justin concordou e deixou aqui de lado

Entramos no carro e dirigimos até o Rockefeller Center deserto, Justin saiu do carro primeiro abriu a porta para mim, eu sorri. Cavalheirismo.

—Vou pegar uns patins que eu tenho aqui. —Ele correu entusiasmado para o porta-malas quando Gabriel, desceu de uma arvore, caindo na minha frente.

—Tenho uma coisa para você. —Falou, abriu e fechou a mão. Uma cruz grossa de Prata Celeste como um pingente de um corrente delicado, segurou o meu rosto e beijou minha testa. —Uma proteção extra. —Ele sorriu, eu também e o pigarro de Justin veio de trás dele, Gabriel se afastou.

Justin analisou o físico impecável de Gabriel. A pele quase translúcida,seu corpo forte e alto, seus olhos bem azuis, os cabelos loiros ondulados, jogados em seus olhos, a boca rosada em forma de arco o queixo com cozinha, não dava para falar nada. Gabriel era perfeito demais para ser humano, tanto que não era.

—Ah, Justin esse é... Gabe, um amigo. Gabe, bom você sabe quem ele é. —Eu sorri. E como sempre, Gabriel foi impecável, como em tudo que fazia, agiu cordialmente.

—Ora! Justin Bieber, que prazer conhecê-lo! Minhas alunas gostam muito de você. Bom, Saray, espero que goste do presente e cuidado. — Ele falou segurando minhas mãos, sorriu para Justine  começou a andar.

—Quem era?

—Um amigo meus, professor de musica. — Falei, ele soltou um “Hum” enciumado, eu ri. Justin olhou para onde “Gabe” tinha sumido e não achou nada, mas olhou para cima e viu o brilho de suas asas douradas.

—Você viu aquilo?! —Exclamou, eu vi, mas fingi que não.

—O que Justin? —Ele me olhou, procurando pelo sinal de mentira, mas não achou, estava com o rosto perfeito de Gabriel na mente.

—É, acho que não foi nada. — Admitiu. —Vamos! Vou te ensinar a patinar. —Falou me puxando para perto do gelo

Gemi, ele encostou os lábios nos meus, de forma rápida e saiu  me puxando.

“Ela tem alguma coisa, eu sei que tem...” Ele pensou...


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Notas finais do capítulo

Gostaram?
Tá bom?
BJS



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