Evolução - Dna escrita por Rah Minucci


Capítulo 3
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Ai esta o segundo capitulo
espero que gostem



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Quando via aqueles filmes do exército, em que o personagem principal passava por todos aqueles treinamentos para se tornar mais forte e se superar, sempre achava bonito, mas agora que estou em uma situação semelhante não acho mais não.

Aqueles treinamentos que o exército fazem nos seus soldados, não faziam nem cócegas no pelo qual estava passando agora. Só consegui acreditar que havia realmente passado por uma mutação, quando comecei os treinamentos. Antes não conseguia ficar sem um roxo por dia. Meu senso de equilíbrio era péssimo. Agora consigo dar mortais perfeitos, de fazer inveja a uma ginasta olímpica.

Se ainda fosse normal, não conseguiria levantar da cama depois de uma seção de treinamento. Eric estava me ajudando muito, uma das coisas que eu gostava mais de fazer era as aulas de tiro. Eric me elogiava sempre dizendo que minha pontaria era perfeita, a melhor de todos até agora.

Anne sempre vinha falar comigo no almoço, seu parceiro que se chamava Paulo vinha com ela e se enturmava com o Eric.

Ninguém sabia ao certo o motivo de tanto treino, os mais velhos tinham alguma noção, sabiam algo, mas não dividiam conosco.

Eric e eu estávamos no meio de uma luta corporal quando nos chamaram para o centro de reuniões.

Fomos para lá e nos sentamos esperando sabermos logo o motivo da nossa ida até lá.

Alguns homens se sentaram atrás de mesas que estavam colocadas no palco, não reconhecia nenhum deles. Na verdade não conhecia quase ninguém ali, apenas o Sr. Raid, que era o cara que parecia militar que nos mandava fazer as coisas, as serviçais que trabalhavam ali e as cozinheiras do refeitório.

Um deles que parecia muito mal encarado se levantou, começando a falar.

- Boa tarde. – começou a dizer com sua voz grave que estrondou por todo o salão. – Estou aqui para contar a vocês o motivo de tanto treino.

Os cochichos estavam por todo o salão. Todos estavam muito curiosos.

- Por favor, eu peço silencio. – todos se calaram e assim que houve silêncio ele continuou. – Como já sabem, vocês fazem parte de um processo, vocês são a evolução, humanos mais perfeitos.

Os cochichos aumentaram ali ninguém gostava de ser considerado um experimento.

- Por favor, eu preciso continuar, façam silêncio. – assim que conseguiu o que pedira continuou novamente. – Voltando ao assunto, nem todos conseguiram se aderir a mutação, apenas pessoas com o gene especial conseguiria. Mas nós ainda não sabíamos quando começamos a fazer as experiências. O que fez acontecer um desastre.

- Que tipo de desastre? Eles morreram? – uma garota perto de mim perguntou.

- Bem, como não se aderiram à mutação eles acabaram se tornando algo não humano, criaturas sanguinárias.

Todos arfaram ao meu redor.

- Eles se tornaram zumbis?  - outro cara perguntou.

- Não são exatamente zumbis, bem não sei explicar exatamente o que são seria melhor se vocês mesmo vissem.

- Vocês têm um deles aqui? – uma garota perguntou assustada.

- Sim, estamos fazendo testes, para descobrir um método de detê-los. – ele parou por um tempo então fez um sinal.

Alguns homens que faziam a segurança começaram a arrastar algo. Dentro de uma espécie de capsula estava uma pessoa, uma garota. Sua pele era pálida, ela estava se debatendo raivosamente ao vidro que envolvia a sua prisão.

- Meu Deus é apenas uma de nós. – um garoto gritou. – Solte-a.

O homem que continuava de pé em frente a nós balançou a cabeça.

- É isso que os torna mais perigosos. Eles se parecem conosco, mas não são. Eles se alimentam de sangue. Olhem os olhos dela.

Olhei para a garota, de primeira vista ela parecia normal, mas quando cheguei aos seus olhos notei que eles possuíam um tom de vermelho muito vivo como se fossem injetados de sangue. Arfei assustada.

Algo em meu estômago revirava, sentia algo estranho. Algo tomava conta de mim.

- E o que vocês querem que nós façamos? – perguntei.

Todos se calaram e olharam para mim.

- Bem, estamos treinando vocês porque precisamos detê-los. Alguns deles conseguiram fugir, e estão espalhando a mutação entre os humanos.

- E como eles espalham a mutação? – continuei.

- Mordendo. As pessoas que são mordidas por eles se tornam seres como eles, mesmo que tenham o gene que vocês têm que facilitaram a mutação.

- Então vocês querem que nós acabemos com eles? – perguntei.

- Sim. É isso que venho tentando dizer.

Todos ficaram em silencio por um tempo.

A raiva estava tomando conta de mim. Como eles podiam ser tão irresponsáveis? Como podiam fazer isso a humanos?

- E o quanto eles são perigosos? – outra garota perguntou.

- Eles têm as mesmas melhorias que vocês devido a mutação, mas sua força é superior a de vocês, e a velocidade também.

Podia sentir a tensão ao meu redor. Ri sarcasticamente.

- E como quer que nós os detenhamos, se eles são muito mais fortes e rápidos que nós? – perguntei.

- Por isso treinamos vocês. Descobrimos que a maneiras de matá-los.

- E como seria? – continuei.

Podia ouvir meu tom de voz mudando, estava com mais raiva do que imaginava.

Eric me cutucava para diminuir meu tom de voz, mas não o escutei dessa vez.

- Um tiro certeiro na cabeça, fogo e decepando a cabeça.

- Hum. E você jura que conseguiríamos fazer isso? – continuei ainda com sarcasmo.

- É claro que conseguem, vocês tiveram treinamento, eles não.

- Treinamento de uma semana? – Disse quase gritando.

Minha voz ressoava pelo salão de vido ao silêncio dos outros.

Ele me fuzilou com os olhos.

- Uma semana é mais do que o suficiente, afinal vocês são super humanos, são criaturas perfeitas. – disse entre os dentes.

- Nós somos tanta aberração quanto essas coisas. Vocês realmente acham que queríamos estar aqui? Vocês nos enganaram para conseguir o que queriam. Todos nós tínhamos família, tínhamos uma casa para onde voltar, mas graças a vocês agora não temos mais.

O silencio ao meu redor fazia aumentar a tensão.

- Você não faz idéia da oportunidade que lhe demos. Uma oportunidade única.

Eu o fuzilei com os olhos.

- Eu teria dispensado isso se tivessem me dado oportunidade.

Eric me agarrou pelos braços e me fez sentar. Depois de me ver sentada ele continuou.

- Nós precisamos de vocês, não só nós, mas também as suas famílias. Vocês devem salvar a raça humana da extinção. A subespécie está se alastrando muito rapidamente.

Ele então explicou toda a situação, dizendo que se não interferíssemos logo a situação iria ficar irreversível.

Todos nós acabamos aceitando a situação, não de bom grado, mas não estávamos pensando no governo em si e em como eles estariam lascados quando o mundo descobrisse suas experiências. Estávamos preocupados com nossas famílias, vizinhos e amigos. Nos seres humanos em geral.

Viajaríamos todos equipados, seria em duplas as mesmas que foram sorteadas, teríamos comunicadores. E poderíamos pedir sempre que precisássemos ajuda e equipamentos.

Começamos a arrumar as coisas. Dois dias depois da reunião saímos pela manhã.

Eric estava dirigindo.

- Zoey, você realmente não gosta de disso não é? – me perguntou de repente.

- Disso o que? – Perguntei confusa.

- De toda essa coisa de mutação, de caçar subespécies.

- Na verdade não. Por que a pergunta?

- É que eu também não gostava, na verdade eu não queria vir. Só que diferente de você eu sabia a verdade, eles me contaram, fui sempre sabendo da mutação.

Aquilo não fazia sentido pra mim. Por que alguém iria sabendo a verdade?

- Então por que você aceitou? Você disse que não gostava que não queria vir, mas você sabia a verdade.

- Eles prometeram cuidar da minha mãe. – sua voz estava triste e aquilo estava me matando.

- Sua mãe?

- Ela está muito doente. O tratamento é caro e não podíamos pagar. Eu estava trabalhando, mas não era o suficiente, porque eu tinha que manter a casa também.

- Eu... nossa Eric isso deve ser muito ruim.

- E é. O pior de tudo é que meu pai é um alcoólatra que não ajuda em nada. – Ao dizer isso ele deu um soco no volante.

- Meu pai tem vícios com remédios, ele não consegue ficar um dia sem eles. Minha mãe tem um amante e não liga pra mim. – disse a ele.

Isso era algo que eu nunca havia dito a ninguém, mas naquele momento eu sabia que devia contar.

- Então nós dois temos problemas.

- É por isso que eu estava louca pra ir embora.

- Por que você não queria ir então?

- Porque vou pra faculdade, vou me mudar, morar sozinha. Queria aproveitar esse tempo com meus amigos. – com o Sam, mas não conseguia dizer o nome dele um bolo se formava na minha garganta.

- Vidas tão diferentes, mas o mesmo destino.

- É verdade.

Ficamos em silêncio por um tempo.

- Você deixou alguém lá Zoey?

- Como assim? – sabia o que ele queria perguntar, mas pensar em Sam era muito doloroso.

- Um namorado, Ficante, alguém que você goste.

Parei por um tempo pensando. Decidi falar a verdade, afinal estávamos nos abrindo conhecendo melhor um ao outro.

- Havia um garoto, Sam. Nós não namorávamos oficialmente, mas todos sabiam que estávamos juntos.

- E você o ama?

- Amo, amava. Isso tanto faz. Agora não importa. – minha voz devia parecer mais triste do que havia imaginado.

Eric passou o braço ao meu redor.

- Por que não importa?

- Porque agora não sou mais o que era antes. – terminei o assunto voltado a mim e perguntei por ele. – E você? Deixou alguém lá?

- Não. Eu não tinha tempo para isso, trabalho de mais e também havia a faculdade.

- Faculdade de que?

Ele sorriu.

- Direito.

- Legal.

O assunto morreu assim que entramos na cidade que iríamos desinfetar. Uma cidade destruída, que parecia morta.

- Vamos ao trabalho Zoey.

Pegamos nossos equipamentos e enchemos as mochilas. Colocamos nossas armas em nossos coldres e descemos do carro, prontos para matarmos as criaturas que estavam pondo a raça humana em perigo.


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Notas finais do capítulo

e ae?
oq axaram?



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