Evolução - Dna escrita por Rah Minucci


Capítulo 2
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Ei! está ai o primeiro capitulo. Aqui volto um pouco e começo a contar as coisas desde o começo.
Espero que gostem



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            - Zoey, chegou outra. – Minha mãe estava me chamando abanando uma carta. Mais uma que havia chegado do mesmo remetente, a “APGT” Academia Para Grandes Talentos.

            - Joga fora. – respondi.

- Tem certeza querida? Você deveria rever melhor sua decisão. – meu pai disse para mim de trás de um jornal.

- Gente, tem algo errado com tudo isso, por que iriam me querer? Eu não tenho talento nenhum.

- Não fale isso querida, você sabe que eles estão atrás dos melhores, nem todos receberam essa carta.

- Eu sei mãe, mas não é estranho eu receber essa carta logo depois de funcionários do governo haverem retirado sangue de todos na escola, e o pior por que continuam a mandar cartas? Eles deveriam desistir com a minha primeira resposta negativa.

- Por que esses adolescentes sempre veem algo onde não há? – minha mãe perguntou ao meu pai.

Meu pai deu de ombros e continuou a ler o jornal. Me levantei e fui para rua dar uma volta.

Por que estavam insistindo tanto? Isso era algo que ficava martelando na minha cabeça. Não havia nenhum registro da APGT em nenhum lugar, ninguém nunca ouviu falar e não havia nenhum nome de alguém que a frequentou.

- Ei Zoey. – escutei me chamarem e virei automaticamente pra ver quem era.

Sam estava ali me olhando com seus lindos olhos azuis. Ele correu até mim e me abraçou me dando um selinho.

- Como está Sam?

- Bem melhor agora. – disse sorrindo mostrando suas covinhas.

Retribui o sorriso.

- Já sabe se vai viajar nessas férias? – me perguntou.

- Não. Meus pais querem que eu aceite o convite da APGT, mas não estou muito a fim de ir até lá.

- Entendo.

- E você já decidiu?

- Também não.

Ficamos de mãos dadas sentados na grama ao lado de um balanço.

- Eu queria que isso nunca acabasse. – ele disse de repente com uma voz triste.

- É só agente querer que nunca acabe. – respondi sorrindo.

Ele me olhou com olhos tristes.

- Você sabe que não é assim. Vamos para faculdades diferentes.

Pude sentir a dor nas suas palavras, encostei-me a ele e ficamos ali sem fazer nada.

Ficamos ali por um tempo, até percebermos que já era tarde demais.

Fui para minha casa e estranhei o silencio.

Entrei correndo e me deparei com meus pais ali sentados no sofá com dois homens a sua frente.

- Zoey... – mamãe começou a dizer antes de ser interrompida por um dos homens.

- Então você é a Zoey.

- Sou. – respondi com a voz um pouco tremida

Ele me olhou de cima embaixo.

- Viemos lhe trazer algo. – ele estendeu a mão e me entregou um envelope.

Abri o envelope nele havia outra daquelas cartas da APGT.

- Por que vocês estão insistindo tanto? – perguntei irritada.

- Porque você e muito importante para nós.

- Eu não entendo o porquê disso, afinal nunca fiz nada que merecesse um pouco do seu tempo.

- Você é a única que não quis ir, bem você e outro garoto, mas já o convencemos. Então agora só falta você.

- O que tem de tão importante lá?

- Lá suas habilidades serão melhoradas, você estará se preparando para o futuro.

Olhei para meus pais, eles com certeza queriam que eu fosse afinal seria uma oportunidade única.

- Tudo bem. – pude ver o sorriso no rosto das quatro pessoas ao meu redor.

- Você fez uma escolha certa.

Eu sabia que não era assim, que iria me arrepender bastante de tudo, mas não custava nada tentar.

Liguei para Sam pedindo que fosse a minha casa, para nos despedirmos e fui arrumar minhas coisas.

Coloquei tudo em uma mochila, e depois de me despedir de Sam fui com os homens que se apresentaram dizendo se chamarem, Lucas e Cold.

Eles me levaram até um lugar muito estranho, parecia mais com um campo militar do que com uma escola.

Coloquei minhas coisas no quarto que seria meu e me deitei para descansar da viagem.

Acordei em um lugar totalmente diferente de onde havia dormido, era um local cheio de tubos, máquinas, parecia um laboratório. Algo queimava em mim. Era uma dor muito grande.

Podia ouvir os sons de uma maquina que estava ao meu lado, os tubos que saiam de mim deveriam estar ligada nela.

Queria gritar, mas havia algo na minha boca também, consegui mexer a cabeça e vi outras pessoas na mesma situação que eu.

Senti algo tocar meu braço e imediatamente me virei para ver o que era. Uma mão me aplicava algo estranho. Pude sentir meu corpo se amolecendo e a inconsciência tomando conta de mim.

Não sabia quanto tempo se passava entre esses meus estágios de consciência e inconsciência. Mas parecia que estava ocorrendo varias vezes. Em alguns estágios de consciência podia ouvir sons estranhos e pessoas gritando.

Algo muito estranho estava acontecendo. Aos poucos as dores que sentia diminuíam, e podia sentir que estava mais forte, minha audição cada vez melhor, mas ainda estava presa por causa dos tubos e das injeções que a cada vez estavam com as doses aumentadas.

Quando acordei depois de alguns dias, eu pensava que eram dias, mas podia ser meses ou menos, estava em meu quarto, o que eu havia adormecido primeiramente. Já não havia tubos nem nada, o que me fez pensar que deveria ter sido um sonho, mas as marcas de agulhas nos meus braços descartaram a idéia.

- O café da manhã está servido, favor irem até o refeitório. – uma voz disse saindo do teto.

Levantei-me e fui até a porta. Estava usando um short e uma regata, nada do que havia levado, havia uma espécie de botas ao lado da minha cama, calcei-as e sai. Reparei que todos usavam os mesmos tipos de roupa.

No pescoço de todos nós, estava uma espécie de identificação. Daquelas usadas pelo exército.

Peguei a minha e li o que estava escrito. Zoey de um lado e do outro espécime 00019.

Achei estranho. Mas continuei seguindo até o refeitório.

O cheiro da comida era algo muito inebriante e tentador, estava faminta, parecia que não comia há dias.

Segui um grupo e peguei uma bandeja. Segui uma fila até a comida, lá havia vários tipos de alimentos de um café bem equilibrado e saudável a coisas gordurosas.

Peguei um pouco de bacon e ovos e fui me sentar.

Sentei em uma mesa que estava vazia. Havia por ali umas 30 pessoas ou menos, na mesma média de idade que eu. Todos adolescentes.

Comecei a comer. Ouvi a cadeira ao meu lado se arrastar e vi uma garota se sentar. Era uma garota baixa e loira, com olhos grandes e castanhos.

- Olá sou Anne. – se apresentou sorrindo.

- Zoey. – respondi.

Ela começou a comer.

- O que esta acontecendo aqui? – perguntei.

- Você ainda não sabe? – perguntou incrédula.

- Ninguém me disse até agora.

Ela olhou para mim e começou a falar.

- Já faz algum tempo que cientistas procuram a evolução da raça humana, humanos perfeitos, mais fortes, espertos, inteligentes, com todos os sentidos muito mais apurados que um humano normal. Eles conseguiram encontrar o gene responsável pela mutação e conseguiram alterá-lo. Fazendo com que a mutação seja acelerada. Mas nem todos podem se unir a ela. Então eles descobriram que algumas pessoas já estavam se preparando, a natureza estava ela própria fazendo seu papel e alguns humanos tinham algo a mais no DNA, algo que faria com que seus netos, bisnetos sofressem a mutação. – Ela parou e olhou pra mim, assenti para ela continuar. – Eles então fizeram testes em escolas, procurando pessoas, adolescentes que possuíam essa alteração. Eles então nos juntaram e começaram a nos mudar. Todos esses que você vê a seu redor, são humanos melhorados.

- Isso é brincadeira não é? – perguntei.

- Queria que fosse. – respondeu.

- Mas eles não podem fazer isso sem permissão. – disse.

- Mas eles têm a permissão. Quando você aceita o convite, eles vão até a sua casa e explica a situação a seus pais, eles então ficam cegos, afinal terão um filho especial, e acabam aceitando.

- Não acredito nisso.

- Eu também não queria acreditar. – disse com a voz triste.

- Eles nos mudaram mesmo? – perguntei. – Não vejo nada de diferente em mim.

Ela riu.

- Apenas parece. Quando começar os treinos depois do café você verá a diferença.

Um sinal tocou e logo uma voz saindo do teto disse.

- Favor comparecer a área de treino.

Anne se levantou.

- Melhor irmos. Agora começa a diversão.

Ela deu uma risada. Levantei e a segui até o pátio lá fora, onde estava cheio.

Um homem de aparência militar nos saudou e nos dividiu em duplas.

Eu fiquei com um garoto chamado Eric. Ele era alto, olhos verdes e cabelos muito pretos. Era lindo.

- Conheça seu parceiro. Treine com ele. Vocês estarão juntos até o final. – disse o senhor com aparência militar.

- Olá. – Eric disse.

- Oi. – sorri.

- Venha. Vamos começar com as armas. Você deve aprender atirar. – ele sorriu.

Eric pegou em meu braço e me guiou até um setor de treinamento.

- Por que nos dividiram em duplas? – perguntei.

- Porque algo muito ruim aconteceu, e os mais experientes têm que ensinar os que chegaram agora.

- E o que aconteceu?

- Logo você saberá. Primeiro se concentre em se tornar mortal.

Arrepiei-me com suas palavras, mas fiz exatamente o que ele mandava. Podia sentir que as coisas só iriam piorar. 


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Notas finais do capítulo

E ae?
Mereço reviews??



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