Last Sacrifice escrita por RoseBelikov


Capítulo 3
Capítulo 3




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Uma expressão de tortura apareceu em sua cara. Eu sabia que Vegas seria o melhor lugar pra começar, mas a expressão torturada de Dimitri me machucou muito. Embora grande parte delas fossem causadas por minha parte...

Ele se levantou e foi andando até a cabine do piloto, provavelmente para dar as coordenadas. Ele voltou e se sentou. Eu podia ver em seus olhos, flashes de quando ele me caçou, ainda strigoi em Vegas. Eu espantei o pensamento e olhei a mochila que estava em meu colo. Eu a abri. Um emaranhado de fios, aparelhos eletrônicos e envelopes pardos apareceu na minha frente. Eu tirei primeiro os envelopes.Um para mim e outro para Dimitri. Dentro tinha uma carta de Abe para mim, três identidades( muiiiito falsas)e aneis de compulsão. Três, no caso. Eu olhei as identidades. Eu podia ser uma Moroi, uma dhampir, ou uma humana. Se descobrissem eu poderia mudar de forma e gênero. Eu olhei para a carta e a peguei, analisando- a. Endereçada à mim, de Abe. Eu a abri e comecei a ler:

Rose, você já deve estar muito longe daqui agora.Se você olhar bem essa mochila, descobrirá coisas muito importantes. Você vai achar um Notebook e um 3G.É um jeito eficiente e sigiloso para nos comunicarmos. Se conecte todos os dias ás cinco.Se não puder se conectar, passe uma mensagem do celular(outro item), para avisar-me. Se não houver comunicação diária,vou deduzir que alguma coisa aconteceu.E irei mandar todos os guardiões possíveis atrás de você.Não para te trazer de volta, maspara te proteger.Você terá também os walktalkies pra comunicação entre você e Dimitri. Você sabe como funciona o resto. Os anéis, as identidades e os cartões de crédito. Cuide-se Rose.

Abe.

Eu terminei de ler a carta em tempo recorde. Eu levantei meu rosto e vi Nikkole com o que tinhamos pedido. Os hambúrgueres e a Vodka. Ela colocou tudo sobre a mesa que ficava entre eu e Dimitri e depois sumiu pelo corredor do avião. Dimitri abriu uma garrafa e serviu dois copos.Eu hesitei em pegar o meu. A Vodka Russa era extremamente forte, e da primeira vez que eu tomei, fiquei bêbada com apenas alguns goles. Dimitri não sabia disso. Eu peguei um hambúrguer e comecei a comer. Eu podia evitar a Vodka. Pelo menos por enquanto. Eu olhei pra cima e encontrei os olhos de Dimitri. Ele desviou rapidamente.

-Não me evite camarada.-Eu disse com um ar convencido- Você não pode.

Ele olhou para baixo.

-É- Ele disse- Infelizmente eu não posso.

-E não consegue.-Eu disse.

Ele riu.

-Eu consigo. Eu só não tenho tentado.

-Um... Você podia ser assim sempre. Ia facilitar as coisas.

Ele olhou pra mim.

-Você sabe como eu sou Roza. Eu não consigo achar um jeito de me perdoar. Eu te fiz mal. Eu fiz mal à pessoa que eu amo!- Ele disse, como se tivesse esquecido que eu estava ali.

-Você não quer tentar me odiar. Você quer que eu te odeie pelo que você acha que fez. Eu estou viva Dimitri. E eu te amo. Eu te perdoo. Eu te admiro. É impossível odiar você. Seria como odiar, um...Filhotes.

-Eu pareço um filhote?-Ele perguntou divertido.

Definitivamente não.

-Sim. Você me alegra como um. É doce como um. É lindo como um.

-E te odeio como um?

Eu abri um sorriso debochado.

-E faz gracinha como um.

Finalmente eu peguei o copo de Vodka e o entornei. Ficar bêbada em Vegas seria uma coisa. Se embebedar e chegar em Vegas era outra. Aumentaria as chances de você fazer grandes merdas pela noite. Eu olhei pela janela. Estava começando à escurecer. E foi quando eu avistei as luzes de Vegas. Em pouco tempo o jatinho iria pousar. Eu peguei a garrafa de Vodka e servi mais uma dose para eu e Dimitri. Ele falou algo em Russo que parecia ser saúde.

Um tempo depois, o avião pousou, e como eu esperava, eu estava meio, bêbada. Eu peguei um dos aneis pra ver se toda a bebida que eu tinha tomado tinha atordoado o espírito. Eu peguei o anel e botei no dedo. Em alguns poucos segundos eu me transformei em uma Moroi, alta, branca e de cabelos da cor dos de Lissa. Eu não sabia qual era a cor dos meus olhos. Até então eu podia ter personificado a própria Lissa. Então eu tive uma idéia.

-Hey Dimitri!-Eu o chamei e ele olhou.-Ponha isso.

Eu entreguei o anel. Ele não contestou. Colocou e em poucos segundo ele virou uma Loira, pálida e de olhos cor de mel. Seu rosto era muito bonito. Seus olhos muito redondos e cor de mel me fitavam repetidas vezes.

-Perdeu alguma coisa?-Eu perguntei.

-Talvez.-Ele respondeu-A minha dignidade.

-E você acha que ela está aonde? Debaixo da minha roupa?

-Oh, Rose, você está bêbada!?

Eu sorri.

-E pretendo ficar mais!Use um dos seus aneis e vamos para o Witching Hour.

-Você está louca?-Ele exclamou antes mesmo de eu poder respirar.-Lá tem Morois e guardiões! Devem saber que você fugiu!

Eu -realmente não sei por quê- ri escancaradamente.

-É pra isso que servem os aneis de prata.

-Mas se você beber, o efeito vai desaparecer.

-Eu acabei de provar que não vai. Vamos. Teremos uma longa noite.

Nós descemos do avião, e saímos do aeroporto improvisado.-Bem no meio do deserto de Vegas.-Nós resolvemos alugar um carro. Era um dos poucos serviços daqui. Achar um taxi aqui ia ser muito difícil. Dimitri foi falar com a recepicionista e eu entrei na cabeça de Lissa para uma breve checada.

Ela estava deitada na cama. Cristian estava deitado ao lado dela, e graças à Deus, eles estavam vestidos. O dia dos Moroi estava começando. Debaixo dos olhos de Lissa se estendia uma pequena olheira. Ela não devia ter dormido muito bem. Estava preocupada por mim.

-Cristian-Lissa começou- e se ela...

-Rose está bem- disse ele.- Ela sabe se cuidar. Não precisa se preocupar. Aliás, eu aposto que Abe colocou alguém pra cuidar dela.

Lissa se acolheu em seu peito e respirou fundo. Alguém bateu na porta e fez Lissa dar um pulo.

-Ligue a TV e sente-se no sofá. Eu vou abrir a porta. Haja,um... Naturalmente.

Ela não devia ter falado isso. O natural de Cristian era muito estranho pra certas pessoas. Lissa abriu a porta e se deparou com um Guardião Real( um daqueles com o botom da rainha).

-Vasilisa Dragomir, o conselho a convoca para uma seção hoje ás 3h. Não se atrase.

O homem deu as costas antes de Lissa perguntar do que se tratava. Provavelmente sobre mim.

Lissa voltou e se sentou ao lado de Cristian. Ele estava com os olhos presos em um filme de ação clichê que o levaria a criticar tudo até o dia seguinte.

-Isso está me deixando louca.-Lissa murmurou.

Cristian se virou pra ela.

-Oh, desculpa.

-Não, não é você.-Ela disse.- O conselho não me deixa em paz. Eles acham que eu sei aonde Rose está. Eu queria poder saber. Eu queria poder estar com ela...

-Ela estará cuidando de você do mesmo jeito, Lissa.

-É. Tem razão.-Ela se jogou em Cristian e o beijou.-Eu pelo menos ainda tenho você.

Ela puxou Cristian pra ela e eu resolvi que essa era a hora perfeita pra eu sair dali.

Eu voltei para o meu lugar.Dimitri estava vindo em minha direção com as chaves do carro alugado na mão.

-Aconteceu alguma coisa com Lissa? -Ele perguntou.

-Não Camarada.-Eu disse enquanto íamos andando pra onde estavam os carros.-Ela está muiiito bem...

Nós andamos em silêncio até que o som do alarme do carro sendo desparado soou, ao mesmo tempo que uma forte nausea me atingiu. Eu soltei um gemido de dor alto e me abaixei, como se aquilo fosse adiantar.

-Rose!-Dimitri gritou, em exaspero.

-Strigois!-Eu disse- Tem Strigois aqui!


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