Geralmente, eu era boa ouvinte, mas ao ouvir Dimitri falar que os caras só precisavam de ajuda me fez dormir tranquila, no meio de sua explicação...No iníco, era um sonho normal, e derepente, o sonho se tranformou no Pátio da São Vladmir. Eu senti falta daquilo. Tempo em que tudo era mais fácil. Tempo em que eu só me preocupava com o meu treinamento e Lissa. Não tinha nenhum assassinato pra resolver, nenhum filho bastardo... Só eu, Lissa e Dimitri importavam... Até que o tempo mudou tudo...

Como um sonho claramente induzido pelo espírito, eu estava sentindo falta de algo...Algo não. Alguém. Eu olhei em volta. O vento brincava com meus cabelos quando eu senti algo agarrá-los e enrolá-los, me dando um baita susto.

-Pequena Dhampir!- Disse Adrian, o dono das mãos agora enroladas em meus cabelos. Ele o colocou pro lado e alojou sua cabeça em cima do meu ombro, ao lado da minha e enrolou seus braços em minha cintura.-Como vai?

-Bem- Eu disse. Culpa passou por mim. Logo eu afastei o sentimento, para que ele não pudesse ver a minha aura. Então, eu lembrei: Você está com Adrian e ele te ama. E você o traiu. O traiu com o amor da sua vida, mas o traiu. Isso é imperdoável Rose. Imperdoável.-Por que demorou pra aparecer?

Ele virou o meu corpo para que eu ficasse de frente pra ele.

-Estava admirando a sua aura de longe.-Ele disse e eu estranhei.

-O que tem de diferente? Ela não devia estar sempre...Sei lá, negra?

Ele deu de ombros.

-Sabe que eu não entendo muito.-Ele disse se separando e me puxando para que eu sentasse com ele em uma das mesas do pátio. Eu pude sentir saudades em seu olhar...

-Então!!!O que tem de diferente?-Eu perguntei curiosa.

-Eu não sei.-Ele respondeu, gesticulando com as mãos em direção a mim.-Parece...Parece...Que ela está limpa! Sem escuridão!-Ele disse e eu fiquei pasma, em choque.

-O que? Mas como isso é possível?-Eu disse me faxendo várias perguntas.

-Não é.-Adrian disse, como se fosse algo normal. Talvez fosse. Coisas impossíveis faziam parte do meu cotidiano. Eu sou uma ex-morta, Dimitri é um ex-Strigoi, e Eric, o pai mais amoroso com sua esposa e filhos tem um bastardo. É. Ô vidinha...-Alias eu vi o que você fez hoje. Foi tipo...Wow! Como você fez aquilo? Tipo, você e Belikov na maios sincronia acabando com aqueles Strigoi!!Sabe, agora eles vão investigar todo mundo, sabia?Como? Como?

Dessa vez, eu dei de ombros.

-Não sei.Ás vezes acontece... Somos puxados para o plano de Lissa. Deve ser coisa do Espírito, sei lá...

-Espera-Ele disse ele.-E se o motivo da sua aura estar limpa for realmente isso? Quer dizer, a coisa com o espírito?

Dei de ombros mais uma vez. Eu realmente não sabia a resposta. E isso me intrigava até o último fio de cabelo.

-Eu não sei. É muito complexo...

Adrian sorriu e olhou profundamente.

-Eu vou te ajudar. Eu vou pedir Tasha para que ela ache alguns livros sobre o espírito também.

-Oh...Huh, obrigada. Mas ela vai mesmo fazer isso por mim??

Adrian piscou pra mim.

-Amor, ninguém resiste a minha voz super influente.

-Usar compulsão na Tasha? Está louco? Quer virar churrasco? Quer dizer, eu sei que ela não guarda ressentimentos de mim por ter roubado suas chances com Dimitri, mas, você acha necessário isso?

-Rose, Rose...Você pode ter visto a aura dela por Lissa zilhões de vezes, mas não poderia nunca interpretar, como o mestre aqui.

Ele disse de modo convencido, me fazendo rir.

-Quer dizer que...?

-Uhum!-Ele disse, mas eu não sabia se dava pra acreditar.-E...É absurdo, porque eu sei que você e Dimitri não tem nada mais!

-Er...-Foi tudo o que eu consegui dizer. Meu Deus, era agora ou nunca.-Adrian, precisamos conversar...

A expressão de Adrian mudou. De confiante e divertida mudou pra nebulosa e confusa.

-Rose, o que você...

Então derepente o sonho começou a se desfazer. Eu senti culpa. Mil vezes maior agora por não poder explicar o que estava acontecendo. Eu abri meus olhos e pulei da cama. Pelo visto, Adrian tinha sido acordado, não eu. Eu olhei em volta. Dimitri não estava aqui. Devia ter voltado para o seu quarto. Eu fui pro banheiro da suite, tomei um banho gelado, vesti uma roupa e sai, me encontrando com Rosalie no corredor. Ela passava com uma caneca de chocolate quente em direção aos quartos quando me  viu.

-Oh! Eu queria muito falar com você! Podemos???

-Claro-Eu disse sorrindo.

Eu a segui até a cozinha, onde ela me preparou um chocolate quente com marshmallows e wafles. Ela tinha dispensado a empregada pro final de semana e fez uma coisa que eu nunca imaginei uma moroi como ela fazer: Cozinhar.

Tinha ovos, bacon, wafles, os pães, como o que Dimitri fez, chocolate quente e suco de laranja.Ela preparou tudo isso para o café da manhã.

Eu estava curiosa sobre o que ela queria me dizer. Talvez uma conversa de avó e neta??? Eu estava presa em meus pensamentos e em um pedaço de wafle que ela me deu para experimentar e me chamou.

-Rose?-Ela disse, chamando minha atenção. Eu não podia deixar de sorrir um segundo.-Dimitri pediu para que eu te desse isso.

Ela me entregou um papel.

-Mas o que? O que é isso?-Eu perguntei confusa. Então eu disse pelo laço: Pra que me dar um papel amor? Sabe que você habita meus pensamentos. Literalmente... Mas eu senti como se tivesse enviado aquilo para um poço sem fundo. Como na ligação de uma via que eu tinha com Lissa.Ele estava me bloqueando.-O que está accontecendo?

-Rose, eu conversei com Dimitri. Ele teve que partir para ajudar uns conhecidos. Você tem que continuar e provar sua inocência com Sidney.

O que foi agora? Você não fez o suficiente para ajuda-los? Dimitri, por que? Volta!

POV Adrian

Adrian, precisamos conversar...Adrian...Precisamos conversar. Adrian! Precisamos conversar!-A voz de Rose repetia incessantemente na minha cabeça.

-Rose o que...?

Eu estava sendo balançado, sacudido. Eu rolei e cai da cama. A guardiã, nova, Meredith, eu acho, tinha me acordado e reprimira um sorriso ao me ver cair da cama. Ao ver minha cara séria, ela pôs sua máscara e disse.

-Adrian Ivashkov, por favor me acompanhe.

Uf...Eu pensei que ela ia dizer a frase que me assombrara o resto do sonho...

-Do que se trata?

Ela limpou a garganta.

-O chefe de segurança quer vê-lo.

-Hans?

-Não. O chefe de segurança Romanov.

-O que aconteceu com Hans?

Ela hesitou em me responder.

-Por favor, me acompanhe.

-O que houve com Hans?-Eu insisti.

Ela suspirou.

-Descobriram intervenção dele no caso Hathaway.

Eu vi tristeza em seus olhos. Sabia que de certa forma, ela e Rose eram próximas. Elas estudaram juntas na São Vladmir.

Eu levantei, calcei meus sapatos e coloquei uma camisa e a acompanhei até o prédio principal dos guardiões. Onde eu segui até uma sala tipo de interrogatório. Eu entrei e lá estava Lissa, Cristian, Janine e Alberta. Janine e Alberta? Bom elas estavam contra a parede, então deviam estar como guardiãs.

-Hey, Lissa, o que está acontecendo?

Ela deu de ombros. O cara, Romanov- um Dhampir um pouco mais bbaixo que eu, de cabelos ralos e grisalhos com seus olhos azuis piscina- me indicou uma cadeira vazia ao lado de Cristian.

-O que está acntecendo?-Perguntou Lissa, não sabendo se olhava para o cara, Janine ou Alberta.

-Eu vi o que houve hoje. Eu sei que vocês foram amigos de Hathaway e Belikov. Agora me digam: Onde eles estão.

Eu reprimi um sorriso. Ele achava que sabíamos onde Rose estava?

-Cadê a graça?

Eu dei de ombros.

-Sabe-se lá Deus onde Rose está.

O homem recostou em sua cadeira.

-Mas a princesa tem um laço com ela, certo?

-Sim-Disse Lissa.-Mas só ela pode ler meus pensamentos, não ao contrário.

-E não tem como você traze-la aqui, como fez naquela cabana?

-Não sabemos como aquilo aconteceu, tá? Aliás, Lissa deveria descansar depois daquilo. E ainda virão mais testes...E eu acho que nos chamou aqui por que não tem mais nada pra fazer.-Disse Cristian. Eu quase ri quando olhei para Alberta e vi sua cara de Reprovação, mas ele não tava nem ai.-Fala logo, o que você quer?

Ele derepente se pôs de pé, apoiando os seus braços sobre a mesa. Sua face demonstrava raiva.

-Eu quero Rosemarie Hathaway e Dimitri Belikov, ouviram? Alberta, chame os guardiões. Eu quero eles. Vivos, ou mortos.

Então, depois de sua raiva, eu vi sua determinação. Ele os mataria se necessário.