Os Opostos também se Atraem Vol. Iv escrita por estherly
Notas iniciais do capítulo
Meu inimigo é apenas o teu nome. Continuarias sendo o que és, se acaso Montecchio tu não fosses. Que é Montecchio? Não será mão, nem pé, nem braço ou rosto, nem parte alguma que pertença ao corpo. Sê outro nome. Que há num simples nome? O que chamamos rosa, sob uma outra designação teria igual perfume. Assim Romeu, se não tivesse o nome de Romeu, conservara a tão preciosa perfeição que dele é sem esse título. Romeu, risca teu nome, e, em troca dele, que não é parte alguma de ti mesmo, fica comigo inteira.Romeu e Julieta CENA III
– O que a minha ruivinha está fazendo? – perguntou Jake abraçando Lílian por trás e encostando o queixo no ombro da ruiva.
– O almoço. – disse ela como se fosse óbvio.
– Venha. – chamou Jake segurando a mão dela e desligando o fogo do fogão. – Vamos almoçar em outro lugar.
– Posso me trocar? – perguntou Lilian.
– Você está linda com sempre. – disse Jake.
– E você continua o mesmo bobo de sempre. – disse ela dando um selinho nele e subindo as escadas.
Jake riu da esposa e foi guardar o que seria um almoço.
– JAKE! – gritou Lílian nervosa. Jake preocupado foi subindo as escadas e encontrou Lílian parada no quarto olhando uma carta. A blusa desabotoada indicava que a ruiva recebera a carta durante a troca de roupa. Nervoso, Jake pegou a carta. Olhou para a esposa, não precisava ser um gênio para saber como ela se sentia.
– As meninas me falaram da carta. – comentou Jake. Os olhos ainda focados na mensagem.
– Você não acha que... – começou Lílian.
– Não duvido ruiva. – disse Jake. – É mesmo sangue? – perguntou ele analisando a mensagem.
– É sim. Mas de quem? – perguntou ela.
– De um de nós não é. – respondeu Jake.
– Amor, eu não vou agüentar mais uma. – murmurou Lílian abraçando Jake.
– Você é forte ruiva. – disse Jake. – Agüentou três.
– Não vou agüentar a quarta. – murmurou ela. – Não com a minha família.
– Estaremos prontos ruiva. – assegurou Jake beijando a testa da esposa, tentava se convencer de que estavam.
– Você está melhor? – perguntou Rafaela sentando do lado de Marcelo.
O moreno estava deitado no sofá com a perna engessada.
– Bem melhor. – disse Marcelo puxando Rafaela pela cintura, fazendo a loira cair sentada no colo dele.
– Seu bobo. – disse ela se aproximando do rosto do marido.
Pec, pec, pec, uma coruja batia o bico na janela.
– Meu Deus, nem um pouco de sossego. – resmungou Rafaela indo abrir a janela e pegar a carta que a coruja deixou no parapeito da janela.
– Rafa, está tudo bem? – perguntou Marcelo preocupado com a esposa que tinha uma expressão de medo. – Querida, o que houve? – perguntou ele se aproximando e pegando a carta de Rafaela que o abraçara.
– Eu quero falar com a minha filha. – pediu Rafaela. As cenas de Dallas sendo seqüestrada ainda bebê, morta e petrificada, invadiu a mente de Rafaela. – Filha? – chamou Rafaela pelo espelho.
– Mãe? O que houve? – perguntou Dallas.
– Você está bem? – perguntou Rafaela nervosa.
– Você recebeu uma carta também? – perguntou Dallas nervosa ao ver, mais atrás da sua mãe, seu pai ler a carta e começar a ficar preocupado.
– Como assim também? – perguntou Rafaela quase desesperada.
– Eu e Ryan recebemos uma. Anne, Marcelly e Val outra. – respondeu Dallas. – Mãe, estou com medo! – confessou Dallas.
– Querida não se preocupe. Nós estamos aqui. – assegurou Marcelo. – Ryan e as meninas estão aí. – acalmou Marcelo.
– Não saia de perto deles. – pediu Rafaela.
– Nos falamos mais tarde. Amo vocês. – disse ela.
– Também te amamos querida. – disse Rafaela vendo a filha sumir no espelho. Sentiu as mãos de Marcelo a abraçarem por trás. Ela apertou as mãos dele na sua barriga, protegendo-o. – Eu estou com medo. Não quero outra guerra.
– Não terá. – assegurou Marcelo. Queria se convencer de tal.
– Não pode assegurar nada. – murmurou Rafaela.
– Querida, - começou Marcelo a girando pela cintura. – olhe para mim. – pediu ele vendo os olhos violetas o encararem. – Se tiver uma, estaremos prontos.
– Finalmente em paz. – disse Rose.
– Sem criança, guerra, trabalho. – disse Scorpius se aproximando dela. Rose o puxou pela nuca o embalando num beijo apaixonante. – Eu te amo morena.
– Eu te amo mais loiro. – disse ela. Ele sorriu.
– Sabia que eu perdi os poderes da segunda guerra? – comentou ele.
– Você não vai precisar deles mesmo. – comentou Rose. Scorpius sorriu.
– Nunca mais. – acrescentou ele sentindo as mãos dela tirarem sua blusa.
Pec, pec, pec.
Rose foi até a janela e pegou a carta da coruja. Abriu ela com Scorpius atrás de si, querendo saber o conteúdo da carta.
Ali na carta havia uma caligrafia apressada e ao mesmo tempo sombria.
“O TEMPO DE TREVAS VOLTARÁ E ASSOMBRARÁ A TODOS! CUIDADO!”. Era o que estava escrito.
– Sangue. – murmurou Rose nervosa. – Outra guerra? – perguntou Rose se virando e encarando o marido apreensiva.
– Estaremos prontos. – assegurou Scorpius firme.- Por que estaremos juntos, para sempre. - Mais ao longe, um trovão marca o início.
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Chegamos ao fim. Hoje, no dia 19/03, quatro anos depois da criação de Opostos Também se Atraem I, chegamos ao fim. Quero agradecer por tudo!Obrigada!