Suddenly escrita por Sayami


Capítulo 10
Ruki


Notas iniciais do capítulo

Entao gente, eu consegui terminar mais um cap hj, entao vou postar mais um pra vcs xD
Já entenderam como eu trabalho né? Eu gosto de ter caps adiantados e só os postarei quando terminar o prox cap!

Entao...aproveitem esse cap e prometo recompensá-los no proximo! Mais um cap diabetico pra vcs 8DD~

kissuuuus n.n~



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Ruki POV

 

             O sorriso bobo e alegre em meu rosto não passou despercebido por minha mãe, que olhava tudo da janela da sala.

            Mamãe com certeza era a mais culpada por eu ser tão mimado e tão frágil. Ela sempre fizera tudo tão perfeito, à minha preferência para me agradar, que se alguma coisa na minha vida saísse dos eixos, eu já me desesperava.

 

            Eu a beijei carinhosamente nas bochechas, contando a ela sobre Reita.

 

            Ela precisava saber. Tinha o direito, afinal eu confiei nela para contar sobre Kyo e confiaria novamente para falar de Reita.

 

            Porque meu coração já havia se rendido àquele sentimento que crescia pelo loiro. A vontade de ficar junto, abraçado, sentir sua pele junto à minha, tudo voltava à mim.

 

            Eu tinha o péssimo hábito de me apaixonar rápido demais.

 

                                                                       XxX

 

            Não pude conter o sorriso bobo que invadiu meu rosto, assim que meus olhos encontraram Reita, encostado na parede, esperando por mim como fazia todos os dias.

 

            Era tão bom saber que ele estava ali por minha causa. Meu coração batia mais forte quando eu pensava que ele fiava ali, todas as manhãs, esperando por mim.

 

            Naquela manhã foi diferente. Reita não afagou meus cabelos, acenou, ou me disse bom dia. Assim que terminei de lhe dizer bom dia, ele me puxara pelos ombros, acolhendo-me num abraço carinhoso.

 

            E meu coração voltou a falhar uma batida.

 

            Tomou a pasta de minhas mãos e de mãos dados, começamos a andar em direção ao colégio. E eu me sentia uma garotinha tímida, já que minhas bochechas não paravam de queimar.

 

- CHIBI!!!! – Avistei de longe Uruha correr em minha direção, pegando-me nos braços num aperto muito forte. – Que bom! O idiota do Reita conseguiu corrigir o erro dele! – Suspirou aliviado, beijando minhas bochechas.

 

- Quem aqui é idiota? – Reita lhe mostrou o dedo médio, irritado. – Solte o Ruki, já!

 

- Eu tenho direito também! Pelo menos eu fui educado com ele no primeiro dia! – O loiro falou debochado e se Aoi não tivesse aparecido, Reita teria acertado um soco bonito em Uruha.

 

- Uru, chega, pare de irritar o Aki. – Respirei aliviado ao ver o moreno puxar Uruha para si, abraçando-o com carinho.

 

            Era um casal tão bonitinho, que sempre que os via junto, eu sorria involuntariamente.

 

            Logo o barulho do sinal preenchia o pátio, fazendo todos os alunos se dirigirem até suas salas.

 

                                                                       XxX

 

            O dia passou tranqüilo. Algumas ameaças de morte de Reita para Uruha, mas fora isso, fora tudo muito calmo.

 

            Já estávamos fazendo nosso caminho habitual, quando Uruha e Aoi pararam algumas ruas antes. Sem dar muitas explicações, eles se despediram rapidamente e apenas eu e Reita sobramos.

 

            Eu sentia que ele estava meio tenso com alguma coisa. Seu olhar alternava entre o chão e o caminho à frente, como se estivesse indeciso sobre algo.

 

            Inconscientemente, segurei sua mão, chamando sua atenção para mim.

 

- Aconteceu algo, Reita? – Perguntei preocupado.

 

            Ele suspirou, apertando minha mão com a sua.

 

- Só estou...pensativo Ruki... – Ele suspirou, encarando-me nos olhos. – Tenho uma conversa importante hoje com minha mãe...

 

- Hum...entendo... – Murmurei compreensivo. Estava curioso pra saber o motivo, mas não iria me meter tanto num assunto que não era meu. – Boa sorte então. – Desejei sorrindo.

 

            Quando Reita finalmente percebera, já estávamos em frente à minha casa. Ele sorriu, puxando minha mão até seu rosto.

 

- Então, até amanhã, pequeno. – Murmurou, colando os lábios em minha mão, carinhosamente.

 

            Eu sentia meu rosto ardendo de vergonha, mas era uma sensação tão boa, que não queria que acabasse. Mas acabou.

 

            Só pude esboçar um miúdo sorriso, vendo-o acenar, já de longe.

 

            Entrei em casa, a mão que Reita beijara sobre meu peito que batia acelerado.

 

- E então, mocinho, tem algo para contar para sua mãe? – Dei um salto para trás, vendo minha mãe surgir da sala, com um sorriso divertido nos lábios.

 

            E eu sabia que sempre que ela sorria daquele jeito, não havia muita escapatória para mim.

 

           

                                                                       XxX

 

            A conversa com minha mãe foi mais tranqüila do que imaginava. Ela apenas sorria, enquanto eu contava tudo a ela.

 

            Como esperado da senhora Matsumoto, ela me entendera perfeitamente, dizendo que me apoiava e me presenteou com uma fatia de bolo de chocolate no final da conversa.

 

            Ela me faria engordar daquele jeito.

 

            Após devorar a fatia de bolo, subi para tomar banho e me trocar.

 

            E foi parado ao espelho que notei realmente o efeito do chocolate em mim. Mamãe vivia dizendo que eu não era gordinho, que eu era apenas fofinho. E agora eu via o quanto as mães podiam ser mentirosas.

 

            Era hora de começar uma dieta.

 

            Vesti-me e fui ao quarto fazer meus deveres.

 

            Na hora do jantar, minha mãe veio me chamar, mas recusei gentilmente, dizendo que tinha trabalho para fazer e que e comeria algo mais tarde.

 

            Esperei que ela fosse dormir, guardei meus livros, vesti meu pijama e fui dormir. De hoje em diante, nada de jantar.

 

                                                                       XxX

 

            Acordei no dia seguinte com meu estômago roncando. Ele fazia mais barulho que meu próprio despertador.

 

            Tomei banho, arrumei-me para escola e desci. Minha mãe como sempre na cozinha, preparando meu café.

 

            Cumprimentei-a, pegando uma maçã no cesto de frutas e já estava de saída.

 

- Filho, só vai comer isso? – Perguntou surpresa.

 

            Geralmente eu não saía da mesa até me sentir satisfeito.

 

- Hai, mãe! Não estou com fome! – Menti descaradamente e saí apressada, gritando um tchau para ela.

 

            Não queria que ela ouvisse meu estômago reclamando de fome.

 

            Cheguei ao local em que me encontrava com Reita mais cedo que o normal. Ele ainda não havia chegado.

 

            Devorei minha maçã até o talo, tentando me sentir satisfeito apenas com aquilo. Mas foi difícil. Suspirei, começando a achar que aquela idéia de dieta era maluca e que devia desistir.

 

            E então, vi Reita chegar. O corpo forte, os músculos definidos, simplesmente... lindo. A idéia da dieta não me parecia mais maluca. Eu achava Reita bonito e queria que ele achasse o mesmo de mim.

 

            Akira olhou-me surpreso e eu sorri, desejando-lhe um bom dia.

 

- Bom dia pra você também, Ruki. – Parou ao meu lado, ainda me encarando. – O que aconteceu para chegar primeiro que eu?

 

- Só saí mais cedo de casa. – Falei, enquanto começávamos a andar para escola.

 

            E a conversa estava agradável, até meu estômago querer participar da conversa.

 

            Abaixei meu rosto, morrendo de vergonha, cobrindo minha barriga com a maleta. Se eu tivesse uma pá, já teria cavado até o centro da Terra.

 

- Está tudo bem Ruki? – Perguntou educado e eu apenas assenti, sem tirar os olhos do chão. – Você tomou café?

 

- Comi uma maçã antes de sair de casa... – Comentei, sorrindo totalmente sem graça para ele.

 

- Pelo visto não foi o suficiente. – Disse sorrindo.

 

- É que eu to de dieta...não posso abusar muito... – Expliquei, me sentindo menor do que já era.

 

- Dieta? – Ele pareceu confuso. – Pra que? Não precisa de nada disso.

 

            Senti minhas bochechas corarem. Ele podia estar sendo só educado, mas mesmo assim me senti feliz com suas palavras.

 

            Chegamos à escola e Uruha logo veio em minha direção, sendo seguido por Aoi. E antes que seus braços me envolvessem, meu estômago roncou de novo.

 

            E mais uma vez, queria sentir o chão se abrindo sob meus pés.

 

- Ru-chan, está com fome? – O mais alto perguntou, olhando-me preocupadamente.

 

- N-não, to bem Uruha...  – Respondi sem graça.

 

- Ele está de dieta. – Reita comentou e tanto Aoi quanto Uruha me olharam abismados.

 

- O que? Não pode! – O loiro mais alto parecia indignado. – O que será do meu chibi fofo? Não terei mais bochechas para apertar! – Falou, me apertando.

 

            Aoi soltou uma sonora gargalhada, enquanto Reita girava os olhos, impaciente.

 

            Por favor, que o chão se abra, que um trovão caia em mim ou...

            O barulho do sinal ecoou pelo colégio.

 

            Bom, isso serve também.

 

            Uruha me fizera prometer que comeria algo no intervalo e eu concordei antes que Reita enfiasse um livro na boca do loiro.

 

            Passei todas as primeiras aulas socando minha barriga para que parasse de reclamar. Minha cabeça latejava levemente e eu não conseguia prestar atenção no que os professores falavam. As palavras no quadro não faziam sentido.

 

            O sinal do intervalo tocou, fazendo minha cabeça latejar mais forte. Levantei da mesa, massageando as têmporas e a voz de Reita me despertou a atenção.

 

- Está tudo bem mesmo, Ruki? – Seu tom era mais preocupado que o de mais cedo. – Estava distraído nas aulas... – Droga, ele era muito observador.

 

- Estou legal, Reita...só cansado... – Sorri fracamente, rezando que ele acreditasse.

 

- Certo... – Ele não pareceu convencido, mas por sorte não fez mais nenhuma pergunta.

 

            Já sentados no gramado, Uruha pareceu ter esquecido de minha promessa. Estava mais interessado em se agarrar com Aoi numa árvore mais afastada de nós.

 

            Agradeci mentalmente por isso.

 

            Reita sentou-se ao meu lado, fones no ouvido, uma barra de chocolate em uma das mãos e uma lata de suco na outra.

 

            Ofereceu-me ambos e recusei gentilmente, agradecendo a gentileza. Ele quis colocar um dos fones em meu ouvido, mas minha cabeça doía tanto que recusei também.

 

            Reita já achara entranho eu ter recusado o chocolate, sabendo do meu vício e agora eu recusava até a música que gostava tanto.

 

            Mas novamente não falou nada. Só me olhava de vez em quando, atento a tudo que eu fazia. As minhas passadas de mão no cabelo, minhas freqüentes massagens nas têmporas. Ele sabia que algo estava errado.

 

            Voltei à sala sob os protestos de Uruha, que se culpava por ter esquecido de me fazer comer.

 

            Parei diante de Uruha, que não parava de falar. Juntei meus braços ao redor de seu corpo, abraçando-o com força. Ele se calou na mesma hora, encarando-me confuso.

 

- Eu estou bem Uru... – Disse calmamente contra seu tórax. – Agradeço a preocupação. – Ergui meu rosto, esboçando meu melhor sorriso.

            O loiro retribuiu meu abraço, apertando-me forte contra seu corpo. Ele era um irmãozão mais velho pra mim.

 

            O professor logo entrou em sala e nos afastamos, sentando em nossos lugares, enquanto o professor iniciava a aula.

 

            A dor de cabeça piorava a cada minuto. Eu já não conseguia nem manter meus olhos totalmente abertos. Os mínimos barulhos irritavam meus ouvidos e minha barriga parecia colada nas costas.

 

            Meus olhos se levantaram para a figura de Reita, que acabara de entrar na sala. E de repente, minha vista nublou até eu não conseguir ver mais nada.

 

            E tudo ficou preto.


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Notas finais do capítulo

Mereço reviews? Xingamentos para a autora tbm sao aceitáveis 8Db