“E então e a luz piscou e o elevador parou.”

A porta se abriu e estávamos de volta à farmácia. Logo que saímos procuramos  pelas seringas, foi um sacrifício até encontrarmos, mesmo a farmácia sendo pequena elas estavam bem escondidas, quem iria imaginar em achar seringas perto do caixa. Graças ao Jeff nós as encontramos. Na farmácia ainda havia alguns zumbis, mas eles estavam ‘mortos’ e então ficamos um tempo quebrando a cabeça para achar a seringa com o botão, mas dessa vez foi Saya que achou.

- Olhe ela ali! Estava isolada das outras.

- Como não pude pensar nisso antes? – Disse Kouta.

- Porque você não tem cérebro imbecil. -  Disse Saya.

- Ei vocês dois parem com isso, precisamos sair desse lugar logo. - Disse eu.

Rei ainda estava entregue as lágrimas por causa da perda do namorado, mas no fundo eu ainda acreditava que veríamos Igou em algum lugar.

Saya apertou o botão, foi quando minha felicidade chegou.

Era um arsenal de armas e ainda tinha uma moto super maneira lá.

- A moto é minha. – Eu disse.

Kouta já foi direto para as armas, pois ele era fissurado em armas.

- Uma shotgun, uma magnum. Isso é o sonho de qualquer garoto! – Exclamou Kouta.

Todos estavam olhando para Kouta com um ar de medo dele. Ele estava fissurado nas armas, nem parecia ele mesmo.

- Ei, os zumbis do lado de fora perceberam nossa presença aqui dentro e querem entrar. – Falou Jeff.

Olhei para a porta e vi que aqueles vidros não iriam durar por muito tempo, eles já estavam trincando.

- Pessoal vocês acharam a chave do jipe? – Perguntou Rei.

- Ela está em cima perto da moto. Respondi.

Então eu tinha um plano para sairmos dali.

- Gente, eu tenho um plano para escarparmos dessa farmácia.

- Veremos o que sairá dessa caixa vazia. – Disse Saya.

- Escute ele Saya. – Disse Busujima.

- Eu vou com a moto, passo pela porta da frente e distraio os zumbis enquanto vocês correm para o jipe.

- Nossa você superou minhas expectativas cabeça de soja.

- Saya fique quieta, você já me encheu não agüento mais suas piadas. - Falei.

- Cala a boca você, não preciso de você para nada.

- Muito menos eu sua idiota que se acha à esperta e não faz nada para ajudar os outros, só fica reclamando e reclamando.

- Olha quem quer falar, se não fosse por mim vocês ainda estariam naquela escola maldita.

- Acho que não, se não fosse por mim você garota estaria morta na sala dos professores.

- Vocês dois dá para pararem, a porta não vai agüentar mais, precisamos sair daqui a gora. Disse Jeff.

Corri para moto e peguei a chave, não era muito experiente em motos, mas devia ser igual à bicicleta.

Então a liguei e acelerei um pouco e disse:

- Olhe e aprenda garota.

Dei uma engatada com a moto e fui em direção à porta. Foi quando eu ultrapassei a porta e atropelei alguns zumbis, e fui à direção oposta do jipe. Eu não parava de buzinar para chamar a atenção dos zumbis, até meus amigos chegarem ao jipe. Mesmo estando brigado com Saya, estava preocupado com ela.

Quando me dei conta, vi uma multidão enorme de zumbis atrás de mim, e fora uns que não paravam de aparecer. Fui para os fundos da farmácia para encontrar meus amigos, e me dei conta que eles já haviam fugido, mas para onde eles iriam?

Fiquei desesperado, até que escutei um ronco vindo de trás de mim. Eram eles com um sorriso estampado em seus rostos, por me verem vivo e por escaparem de lá. Então eles me ultrapassaram e eu fui segui-los. Consegui alcançar eles e perguntei:

- Para onde vamos agora?

- Não sabemos, mas queremos achar algum lugar tranqüilo. – Disse Jeff, que por sinal estava dirigindo.

- Entendo que tal acharmos algum lugar perto das florestas, lá não havia muita povoação.

- Pode ser uma boa idéia, mas antes precisamos de mantimentos. – Disse Rei.

- Vamos ao mercado então.

Cruzamos duas ruas, e encontramos mais zumbis. Por mais que a gente corria, nós não achávamos o mercado.

- Vocês moram aonde afinal? Deveriam saber onde fica o mercado. – Disse Jeff.

- Eu nunca passei por esse lado da cidade, pelo menos eu. – Disse Rei.

- Acho que se virássemos ali, e pegássemos a rua principal chegaríamos ao mercado. – Respondeu Saya.

Então Jeff fez exatamente como Saya disse, e finalmente encontramos o mercado.

De um jeito muito estranho ali não tinha zumbis, apenas carros e outras coisas com em um mercado normal. O mercado era enorme, tinha uma faixa azul anunciando uma promoção. As portas eram automáticas, apenas uma coisa me chamou a atenção eu ter visto alguém correndo nos arredores do estacionamento.

- Olhem ali! - Falei ao pessoal.

- O que foi Komuro?  - Perguntou Jeff.

- Eu tive a impressão de que tinha alguém nos observando ali.

- Deve ser coisa da sua cabeça, vamos entrar logo e pegar os mantimentos.

Entramos no mercado e a nossa maior surpresa foi que tudo fora saqueado e não restavam muitas coisas.

- Não, e agora o que vamos fazer? – Perguntou Kouta.

- Acho que devem ter deixado algo, vamos olhar nos estoques de descarga. – Disse Saya.

- Vamos fazer o seguinte. Disse Busujima.

- Vamos nos dividir em grupos de três. Somos seis, então serão dois grupos. Um grupo vai para o estoque procurar por mantimentos, enquanto o outro fica por aqui e faz a guarda.

- Como será a combinação? – Perguntei.

- Você, Rei e Saya, irão para os estoques. Enquanto eu, Kouta, e Jeff, ficaremos por aqui.

- Então está decidido, vamos pessoal quero sair logo daqui. – Disse Jeff.

- Esperem cada um deve ficar com alguma arma, por segurança. – Disse Kouta.

- Kouta está certo, não queremos outra perda em nosso grupo.

Percebi que Rei tinha abaixado a cabeça por lembrar-se do namorado Igou.

- Peguem uma arma e procurem por mantimentos. – Disse Jeff.

- Saya pegue essa mochila, e esses sacos plásticos e recolha tudo o que puder. - Em meia hora todos se encontrarão na saída do mercado, caso contrário se um grupo demorar ficará para trás.

 Depois que ele disse isso, senti um aperto no coração, não queria ficar ali para morrer.