Ele precisava de apenas um passo. Bastava um simples passo e ela se abria a sua frente. Não precisava de nenhum controle mental ou poder. Um único passo.

Um passo para frente.

Viu a porta deslizar facilmente abrindo seu caminho.

Um passo para trás.

Ela se fechava suavemente.

Um passo para frente e o barulho confuso da rua o preenchia.

Um passo para trás e tudo o que via era seu reflexo no vidro.

Aquilo era realmente fascinante. Um passo para frente. Um passo para trás. Olhou a porta confuso. Porque ela não fechava com um passo para trás. As pessoas desviavam dele, mas elas não eram importantes. Tudo o que ele queria entender é por que a porta não havia se fechado com seu passo para trás.

Novo passo para frente. Um passo para trás e a porta se fechou suavemente para seu agrado.

- Mestre? – ouviu seu fiel servo, Frankenstein, sussurrar as suas costas.

- O que está acontecendo? – perguntou o outro rapaz parecendo impaciente.

Ele deu as costas para porta e seguiu os dois. Depois poderia voltar. Aquela realmente era uma maravilhosa descoberta, depois do telefone celular. Definitivamente mandaria Frankenstein colocar uma dessas na casa. Porque precisavam todas aquelas coisas brilhosas cheias de códigos e números se ele poderia apenas dar um passo para frente.

Deu uma ultima olhada na porta de vidro que havia voltado a se abrir como se o chamasse, observou a porta de metal da caixa onde se encontrava fechar. Os outros falam de alguma coisa desinteressante. Sim, aquele seria uma ótima porta para a entrada da casa.

FIM