Like Shooting Stars escrita por rumpelstiltskin


Capítulo 1
Capítulo 01




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#Like Shooting Stars.#

Capítulo 01 – Can we pretend that airplanes in the night sky are like shooting stars?


Josh abraçava a pequena garota de forma protetora, por trás. Estavam debruçados sobre o parapeito do quarto que Hayley ocupava na Brington High. Era óbvio que em uma das melhores escolas dos Estados Unidos não poderiam ter meninas nos mesmos quartos que os garotos, mas vez ou outra acontecia. Ora, quem nunca quebrou nenhuma regra de sua escola? Quem nunca fez isso pelo homem que amava. Hayley apreciava aquele abraço, na verdade, ela estava muito preocupada. Havia alguns meses que tinha se entregado completamente ao seu namorado, ao garoto que a abraçava. Havia alguns meses – dois – que sua menstruação não descia.

“Hay?” O menino chamou baixinho ao perceber que a garota voava para longe dele ao encarar o céu escuro. Ele abaixou seu rosto até o pescoço da garota de cabelos coloridos e roçou a pontinha de seu nariz pelo pescoço branco da garota. “Te dou um prêmio se me dizer no que está pensando.”

“O que eu quiser?” A menina perguntou, sem desviar o olhar da noite escura.

“Tudo o que estiver ao meu alcance.” Falou o rapaz. “E que você queira.”
“Você é adorável.” Disse a garota, erguendo os pés e desviando o rosto para que os dois lábios se encontrassem numa verdadeira cena apaixonada. Eu poderia ter chorado com tamanha emoção, mas eu não sou tão sensível assim. Eu gosto – muito – dos meus olhos secos e sem ardência.

Hayley não contou a ele ainda, porque estava em dúvida se faria isso ou não. Ainda não havia conseguido achar uma maneira de conseguir um teste de gravidez naquele lugar e também não queria contar suas desconfianças ao garoto que era apenas mais um dos filhinhos de papai presentes naquele local. Ao abraçá-lo, escondendo o rosto no pescoço dele.

“Você parece apavorada.” Ele falou baixinho.

“Eu to bem.” Mentiu ao tom do garoto. “Sabe o que eu queria agora?”

“Não.” Ele enroscou o dedo nos cabelos coloridos da garota. “Você poderia me contar”
“Uma estrela cadente.” Respondeu a garota, sentindo as bochechas corarem. Sim, Hayley, eu concordo com você. É idiota acreditar que estrelas cadentes realizam pedidos, mas eu posso perdoar você. Na sua situação, pronta para perder tudo o que tinha, estrelas cadentes seriam boas soluções.

Ou não. Definitivamente, não.

“O que você pediria à estrela, se eu pedisse para uma delas caíssem pra você, hm?” Perguntou o garoto genuinamente curioso, mas ao mesmo tempo com um tom romântico. Claro que ele imaginava que ela seria a pessoa mais romântica do mundo com ele. Era sua namorada, e embora tivesse uma personalidade relativamente forte, era um doce de garota quando se tratava de namoro. Talvez Josh tivesse amansado a garota.

“É segredo.” Disse e o menino franziu o cenho, recuando alguns passos.

“Desde quando há segredos entre a gente, hm?” Perguntou o rapaz, cruzando os braços na altura de seu peito magro. A garota se encolheu no parapeito, olhando seu namorado se afastar dela. Oh, Josh, se você soubesse que o certo era abraçá-la e dizer que tudo ficaria bem, mesmo ele não tendo noção alguma do que estava acontecendo. Então, ele olhou para sua namorada com outros olhos, conseguindo enxergar um misto de tristeza com preocupação ali. Aquilo deu-lhe um arrepio desgostoso por toda a sua espinha. “O que você tem escondido de mim, Hayley?”

Puff. No ponto.

Ela não respondeu. Era só uma suspeita, mas não queria ser acusada de golpe do baú. Williams gostava de ser a garota problema que fazia da vida de todos um verdadeiro inferno. Professores, alunos, funcionários. Todos tinham uma reclamação a fazer sobre a personalidade da garota, mas todos, sem exceção, concordam que Josh mostrou que ter amigos de verdade era muito melhor do que sempre estar zoando alguém – embora zoar alguém conhecido perde a graça em minha opinião modesta. Sabe, eu deveria escrever um blog, feito a Gossip Girl ou coisa desse gênero, mas eu gosto de histórias mais dramáticas e emocionantes. Eu gosto de sarcasmo e realismo e não apenas fofocas de algo ao que eu convivo. Talvez eu devesse continuar apenas falando dos personagens.

Quando as últimas palavras de Josh foram pronunciadas, a moça correu até o rapaz e o abraçou com todas as suas forças, fechando os olhos de forma apertada, como se ali fosse um lugar seguro. Josh, por sua vez, impressionado com a forma entristecida da garota, abraçou-a forte, tentando lhe dar a segurança esperada.

“Me diz o que há...” Ele pediu. “Quero ajudar você...”

“Promete que não vai ficar chateado?”

Oh, Hayley, ele é um homem. Um homem bonito, eu concordo, mas ainda sim um homem. São eles quem realmente erram – tá eu não posso generalizar, a mulher tem culpa também, mas são elas que ficam realmente com o problema e perdem mais coisas, então a culpa é deles – e eles sempre se irritam. Não peça o impossível.

“Claro que eu prometo.” Respondeu o garoto. – Mentiroso -, pensei. “Por que eu ficaria bravo contigo, hm?”

“Porque eu estraguei tudo.” A menina se mantinha tristemente apertada ao garoto que se mantinha abraçado à garota com toda a doçura que existia em seu ser, com os olhos fechados, como se sentisse a dor da garota. Certas coisas te fazem pensar na vida, em como lidar com ela. A dor de Hayley era tão palpável que me atingia de alguma forma, mas o casal assim era adorável, mas não sei se posso lhes afirmar quanto tempo aquilo duraria, afinal, Hayley suspeitava estar grávida de um garoto que usava dinheiro como papel higiênico. (Não é pra tanto, mas Joshua Farro era muito rico, mesmo). Agora, Josh levava as suas duas mãos ao rosto da garota, olhando-a com os olhos carregados de uma preocupação tão palpável quanto a dor da menor. Ao abrir os olhos Hay deixou algumas lágrimas rolarem por seus olhos, sendo limpas pelos polegares delicados de seu namorado. “Eu estraguei o seu futuro, estraguei o meu...”

“O que está tentando me dizer, meu amor?” Perguntava bem baixinho.

“Promete que não vai me deixar sozinha?” Hayley ergueu os pés para olhar dentro dos olhos do namorado, encostando a testa na dele. “Eu não quero perder você como amigo. Sem segredos um com o outro e sempre amigos.”

“Eu me lembro.” Disse, agora meio nervoso. “Só diga-me o que é antes que eu tenha um ataque de nervos.”

“Não é uma certeza ainda...” Falou baixinho, desviando o olhar para os all stars desgastados. Ela mantinha um tom medroso em sua voz, enquanto as mãos brincavam na barra da camiseta do garoto. Sabe, às vezes, garotas são tão ingênuas que me dá vontade de pedir a Deus que troque o meu sexo. “Eu... eu acho que eu estou grávida.”

Ele a soltou – como eu previ que o faria -, mas ficou atordoado. Como se não estivesse compreendendo a dimensão daquele problema. O coração da garota batia apertado, doloroso. A primeira expressão em seu rosto foi a de choque completo, que foi substituída por um sorriso sem o menor sentido. (Eu poderia dizer aqui o quanto esse Josh sabe ser idiota, porque sorrir enquanto uma mulher está em desespero é digno de pena, mas eu ficarei quieta em meu canto apreciando a cena e a carregando de drama, que é meu trabalho). Em seguida o sorriso foi se desfazendo aos poucos, como se não acreditava no que a menina acabara de lhe dizer.

“Eu to dormindo muito, to enjoando fácil com perfumes, cheiros de comida...” Explicava a garota, gesticulando de uma forma que só aumentava o desespero de ambos. Ela andava de um lado a outro e isso fez com que os olhos dele a acompanhasse desatento, tentando ajuntar os sintomas que ela dizia. “E minha menstruação não desce.”

“Eu--” O menino passou as duas mãos freneticamente pelos seus cabelos, como se esfregá-los daquela forma fosse fazer com que o filho que fizeram sumisse da barriga de Hayley. “Eu não... não posso ser pai agora, Hayley.” O garoto conseguiu concluir a frase, dando alguns passos para trás na defensiva, olhando a menina que agora parava de andar. Ela olhou para ele e deixou um suspiro longo escapar.

“Eu também não posso ter um filho agora, Josh.” Disse ela. “Eu não quero essa criança, se é que existe uma aqui dentro, e se realmente existir, eu vou tirar.”

Uma reação inesperada dele mexeu comigo. Josh colocou as duas mãos sobre o ombro da garota cuidadosamente, chacoalhou-a gentilmente duas vezes, fazendo com que os olhos da garota piscassem e se assustassem. O menino negava com a cabeça docemente, enquanto uma das mãos tirava a franja colorida de Hay dos seus olhos.

“Não.” Disse ele, firme. “A criança não tem culpa de eu ser idiota e não colocar o preservativo. Eu não quero ser pai, eu não posso ser pai agora, mas a gente vai dar um jeito de fazer um teste de gravidez pra ter certeza. Se sim, Hayley, nós acharemos uma solução bem melhor do que essa.”

“Que teste?” Franziu o cenho. Esticando os braços num pedido mudo de abraço. Ele a olhou por um momento, envolvendo a pequena num abraço. Seu queixo era apoiado na cabeça da garota que se sentia absurdamente segura naqueles braços.

“O que eu vou comprar amanhã.” Respondeu Joshua num murmúrio. “Eu estou contigo, pequena.”

Não poderia ser feito assim, mas eles eram um casal modelo da escola. Na verdade, eu esperava gritos e atitudes precipitadas, mas Joshua era um Farro, tinha muito a perder se terminasse com Hayley, se a deixasse sozinha.Ele tinha uma fortuna muito grande em jogo e qualquer passo fora do lugar, o deserdaria. Então, ao olhar para fora, eles viram uma estrela cadente e por mais vontade que eles estivessem em crer em algo tão idiota quanto estrelas cadentes, o desejo não se realizou.

Porque isso é idiotice.

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