PDV Bella

- Ele já acordou – perguntei a Rose.

- Ainda não – Ela respondeu com uma voz preocupada. – Espero que ele fique bem... – mal terminou de falar e começou a chorar.

- Rose, fica calma, ele já escapou de um acidente de carro não é uma coronhada que vai fazer ele morrer, relaxa.

- Você acha? – ela me encarou com um olhar marejado de lagrimas.

- Claro que sim. – tentei parecer convincente, mas até eu estava preocupada. – a policia tá lá embaixo pegando o nosso depoimento, eu vou lá ok?

- Aham.

Desci as escadas e fui até a sala, papai e a Esme estavam na sala e assim que eu cheguei eles me agarraram.

- Está tudo bem com você, meu anjo? – papai perguntou.

- Claro.

- E cadê o Emm? – Esme perguntou

Ihhh e agora o que eu falo para eles?

- Ele... Ele.. – comecei sem saber o que falar.

- ELE ACORDOU! – Rose gritou da porta do quarto dele.

Subimos todos correndo para vê-lo.

- Oi querido, como você está? – Esme perguntou enquanto o abraçava.

- Bem, mas se você parar de me asfixiar com toda certeza eu vou ficar melhor!

- Oh desculpa querido.

Emmett parecia inquieto, procurando algo e parece que não encontrou porque levantou-se rápido com a mão na cabeça e encarou a todos nós.

- O que foi Emm? – Edward perguntou.

- Você mexeram no meu quarto! – Do que ele esta falando?

- Não, nós não mechemos em absolutamente nada, querido – Esme tentou acalmá-lo.

- Mexeram  sim!

- Emm o que você esta procurando –Rose perguntou.

- Vocês roubaram o meu boneco do BARNEY e a Lisy! Cadê eles?

Todo mundo começou a rir, finalmente. O Emm havia voltado ao normal, acho que provavelmente ninguém agüentaria aquela versão pirata dele inteligente.

- Emmett você que jogou eles fora! – Eu expliquei para ele.

- Não, eu não seria capaz de fazer isso!

- Emmett você disse que eram coisas de crianças e jogou tudinho fora! – continuei falando.

- Não, eu não posso ter feito isso – ele começou a chorar desesperadamente!

Como nós já esperávamos, ele ficou chorando horas interruptas, até que a Esme prometeu comprar um boneco do Barney maior do que eu tinha e um DVD do mesmo no dia seguinte, e como num passe de mágica, a cara trágica do Emmett foi substituída por um sorriso que ia de um lado ao outro do seu rosto.

Não sei quanto tempo levei para dormir, mas tenho certeza de que não foi muito, a noite tinha sido cansativa demais, meu corpo estava todo dolorido, meu cérebro exausto e meus olhos ardiam, enfim meu corpo pedia um banho quente e uma boa noite de sono.

Acordei com uma barulheira tremenda, parecia que um tanque de guerra estava entrando em casa, vesti meu roupão e fui correndo para o corredor, ao sair me juntei com o restante da família, os meninos estavam cada um com um taco de beisebol na mão, só quem não estava  lá era o Emmett que com o sono pesado que tinha a casa podia cair em cima dele que não acordaria por nada.

Descemos as escadas devagar, papai e o Jazz foram na frente eu fiquei com o Edward no segundo andar caso precisasse chamar a policia e também seria complicado demais descer as escadas com o Edward na cadeira de rodas, sem falar que eu não tava nem um pouco afim de ser refém de novo!

PDV ROSE

Aquela barulheira infernal me tirou do meu sono de beleza, juntei-me a pessoal que estava no corredor e descemos as escadas, meu olhos estavam pregando de tanto sono, a noite tinha sido a treva e eu não tive tempo de ter uma noite descente isso dá rugas e se tem uma coisa que eu não quero e nunca irei ter são rugas.

Quando cheguei na cozinha, fonte da barulheira fiquei pasma, extasiada, congelada e tudo mais que você puder imaginar.

Tudo estava perdido, destruído ou manchado, estraçalhado ou cortado. Tomates sobre a mesa, fogão, balcão, em todos os cantos, menos no local onde ele deveria estar: na geladeira; pedaços de outras verduras e frutas espalhadas por todos os cantos possíveis e inimagináveis.

E com uma cara de inocente estava ele, sentado na cadeira ao lado do balcão, completamente sujo, desajustado e coberto por uma coisa que eu não sabia o que que era, parecia ser uma mistura de maionese e ketchup com vinagre, mais uma coisa eu sabia ele cheirava muito mal, parecia pior do que o esgoto das favelas, do rio Tietê, era pior do que tudo que eu já tinha sentido. Agora você me pergunta quem era esse ser? Eu realmente preciso falar? Não né? Mas só para confirmar as suas suspeitas era o Emmett.

- O QUE ACONTECEU AQUI? – Esme estava tão perplexa ou até mais do que todos nós, ela olhava a linda cozinha que ela planejou destruída, arruinada.

- Mamãezinha do meu coração que eu amo de montão, eu posso explica essa confusão – não agüentei, comecei a rir depois dessa rima capenga do Emmett, o papai, a Alli e o Jazz também, mas logo nos sorriso se esvaio quando encontramos o olhar maligno da Esme que nos encarou fixamente, amedrontando, nós, pobres coitados que dessa vez, só dessa vez, não temos nada a ver com a merda que jogaram no ventilador!

- ENTAO EXPLIQUE-SE EMMETT – A Esme esbravejou com ele. E isso já era mais do que previsível, visto que ela tem conservado um apego bem grande a cozinha. – ESTOU ESPERANDO.

- Calma mãe, to pensando em uma mentira – Como um ser pode ser tão C-A-R-A D-E P-A-U – Se ficar me apressando não vai sair nada que preste.

Como se ele pensasse em alguma coisa que preste, mesmo que não sofresse pressão alguma. O Emmett não pensa nem que a vida dele dependesse disso, nem se pagassem ou fizessem qualquer outra coisa. Eu arrisco até a falar que nem se ele nascesse de novo ele iria pensar, quem sabe quando tiver transplante de cérebro ele posse sair do Q.I -10 para um Q.I 1, isso seria melhor do que nada, tudo bem que um cachorro é bem mais inteligente que isso!

- E você por acaso pensa?! Por que isso é novidade – Jazz disse ironicamente.

- Não seja tão saquiastico! – Emmett retorquiu

- É sarcástico sua mula – Jazz o corrigiu.

- A minha mula não é saquiastica, eu nem tenho uma, mas se quiser me dá eu aceito. Manhê, posso ter uma mula? – Ele olhou com um pidão para Esme.

- Emmett o que nós faremos com você.

- Me encheram de beijos e vão cantar a musiquinha do Barney todos juntinhos. – Ele olhou para nós com um sorriso atrás do outro.

-  Vamos dar uma porrada nele...! – Carlisle começou

- NÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃOOOOO! – Todos falamos juntos. Ter o Emmett inteligente  era pior do que dois Emmett mulas!

- Tá bom, foi só uma idéia... – A voz dele se perdeu ao ver a nossas caras feias!

- Então Emmett estou esperando uma explicação, e que seja bem convincente.

- Convincente? Mas a senhora só queria uma explicação, se seria ou não convincente ai não seria problema meu – Ele parou e pensou – Agora vou ter que pensar em outra explicação e que ainda por cima seja convincente, ah não! Está exigindo demais de mim! Meu cérebro não é tão evoluído assim.

- Criatura por acaso você tem cérebro? – Jazz ironizou mais uma vez.

- Aiii tá vendo! Lá vem o outro me fazendo mais uma pergunta difícil! – Meu Deus! Acho que se eu ficar mais um minuto vou passar mal! – Assim não dá, assim não pode!

Por incrível que pareça depois de escutar tanta besteira em menos de cinco minutos eu estou feliz por ter o meu Emmett de volta, e acabo de perceber que o Emmett não é meu premio de consolação ele é o que eu sempre quis!

- Rose me defenda! – Emmett me chamou enquanto estava perdida em meus pensamentos.

- Gente vamos dar um desconto a ele, eu sei que isso – apontei para a cozinha – esta uma zona, mas vocês lembram como era ficar perto do Emmett Inteligente, prefiro este atrapalhado. Ele é alegria da casa.

Quando dei por mim já estava começando a chorar, e fazia muito tempo que eu não chorava e pode parecer estranho, mas aquilo me fez um bem danado!

- o que nós perdemos – Bella e o Edward apareceram na cozinha – O QUE ACONTECEU AQUI? – os dois perguntaram chocados.

- Hiii longa historia, mas mais longa do que a historia vai ser a gente arrumar isso tudo!

- A pessoa que fez isso é quem eu estou pensando ? – Edward perguntou.

- É exatamente a pessoa que você esta pensando – respondi a ele.

- Agora vocês dois lêem pensamentos – Emmett nos encarou curioso – Podem me ensinar, sempre tive vontade de ler mentes, mas todo mundo diz que é impossível, mas agora eu tenho a prova de que isso é possível! Eba, quando começaremos as aulas.

- Emmett... – Edward começou.

- Edward desista, não tenta, por que você vai gastar mais energia do que seria necessário do que ensinar inglês a um cachorro. – intervir.

- E cachorro sabe falar inglês? Português? Espanhol? – Emmett me encarou

- Emmett – comecei sem saber ao certo o que falar.

- Rose, é melhor não! – Bella me interrompeu.

- Vamos deixar de papo furado – Esme nos encarou – temos muito o que fazer!

- Coitado! – Emmett falou.

- Coitado de quem? – Perguntei confusa.

- Do papo.

- Hã? – não consegui entender nada, mas isso não era novidade alguma. – Por que coitado do papo

- Por que ele foi furado! – não, eu não acredito que acabei de escutar isso – Mãe a gente deve levar o papo para o hospital! Carlisle será que ele vai precisar de pontos?

Expira, inspira, expira, inspira.

Conta até dez, se não der certo com até cem, se não der certo conta até mil, e se não der certo continua tentando, porque pelo menos assim eu não vou presa por matar um animal irracional!

- Emmett eu... eu não sei se o “papo” vai precisar de pontos, vamos arrumar isso depois veremos se pontos serão necessários. – Carlisle tentou se acalmar, porque dava para ver claramente que ele queria matar o Emmett, mas conseguiu te um bom senso.

- Mas se ele estiver machucado serio? – Emmett insistiu

- Emmett – falamos juntos.

- O que?

- CALA BOCA! – gritamos todos.

- Por que ninguém tem paciência comigo?

- Emmett para de dar uma de Chaves! – Edward interrompeu a murmuração dele.

- Mas eu não entro em uma fechadura! – Ele exclamou.

- EMMMMMEEEEEEEEEEEEEEEEEEEETTTTTTTTTTTTTTTTTTTTTT!