Capitulo 1

            -Vou sentir sua falta... Precisa mesmo ir?- Fernanda dizia, me abraçando.

            Fernanda era minha melhor amiga. Longos cachos loiros escorriam sobre seu ombro, e olhos azuis celestes a diferenciavam de todo o resto do Brasil. Seu corpo era magro, mas bem definido, era alta, e sempre conseguia o que queria com seu sorrisinho. Mas nessa eu já não caia.

            -Fe... tenho que ir mesmo. Já estão chamando meu voo! Duas semanas é pouco tempo... logo logo você já vai estar de saco cheio de mim.

            Peguei minhas três malas, e dei um último sorriso, abraçando-a.

            -Vou sentir saudades.- falei, e ela concordou.

            -Se encontrar algum famoso onde judas perdeu as botas... já sabe né. Corre que nem uma desesperada atrás do celular dele.

            Eu ri. E concordei com a cabeça, entrando por fim, na sala de embarque.

            Iria passar duas semanas em Ohio, junto de meus tios distantes. Minha mãe e meu pai, achavam que me mandar para casa dos meus tios nos EUA é um castigo, o que de fato é... Tirando o fato de ser os EUA. Qual é... E o Estados Unidos, se bem que eu poderia até desfrutar se eu não estivesse indo para a casa dos meus TIOS!

            Eles em si não são o problema, mas o verdadeiro problema é o filho mais velho e mais insuportável deles. Austin. Tenho ódio MORTAL desse garoto desde que tinha 4 anos e ele me jogou na lama. Desde então nosso relacionamento não tenho ido muito bem, por assim dizer. Mas é claro, eu espero que esses 10 anos sem nos vermos tenha ajudado no cavalheirismo daquele ser devo chamar de primo.

            Entrei na econômica, e sentei naquela desconfortável cadeira esperando para ás 9 horas de tortura junto ao meu vizinho que tinha acabado de se sentar ao meu lado- um árabe!          Que ótimo! Não pode melhorar.

            -Excuse me- POR FAVOR NÃO AQUI POR FAVOR NÃO AQUI!

            Um homem de três por três (se é que vocês me entendem) se sentou no meu outro lado. Careca, na meia idade, com uma barriga de cerveja do tamanho do mundo, e aquela cara de quem ronca. Respira fundo Luiza... inspira..... respira.... inspira... ok,isso não á tendo certo. Vou ler minha Vogue. Dormi na metade, ouvindo aquelas músicas cafonas que tocavam no avião. Infelizmente a droga do meu Ipod resolveu dar pani. Que ótimo!

            -Miss? Are you listening us?( Senhorita? Você está nos ouvindo?) - um fofo (fofo é meu pai...), com chapeuzinho de aeromoça me chamava.

            -Oh...Sorry. ( ah... desculpe)- disse olhando para os lados, que não havia mas ninguém. Me levantei, quase cambaleando e peguei minha mala de mão, saindo dali antes que aquilo se tornasse uma cena mais humilhante.

            O aeroporto estava cheio. Na verdade, cheio é quando um lugar está com grande quantidade de pessoas. Este aeroporto não está cheio. Está LOTADO. Lotado o suficiente para mim apressar o passo, com uma vontade imensa de voltar para casa.

Mas infelizmente eu ainda tinha DUAS SEMANAS infernais para passar nesse fim do mundo, que as pessoas ousam chamar de Ohio.

            -Luizey!- o sotaque nojento dos americanos da minha família, me chamava.

            -Ah calma... calma...- disse com meu inglês LINDO ÓTIMO com aquele jeito que eu tinha, vocês sabem... -Oi tio.

            -Lu! Quanto tempo, minha queridinha!- por favor eu não estou ouvindo isso- Foi tudo bem no voo? Você parece cansada.

            -Dormi mal.- eu não dava muita trela...- bom vamos para casa?

            -Vamos, deixe que eu levo- ele pegou minha (s) mala(s), e foi a frente.

            Saímos do aeroporto e entrei debaixo do sol escaldante de Ohio. Delicia! Nem o Rio no verão é assim!

            Sem nem ao menos um prédio a vista ou carro de marca pela rua, as pessoas que andavam ali com cara de “Ohiensses” usavam roupas caipiras e combinavam AMARELO gema de ovo com roxo. Meu deus, será que eles não liam uma única Vogue, não?

            Meu tio foi até uma velha caminhote azul escuro quase preto e abriu a porta pra mim. E eu que achava que meus tios tinham dinheiro... Sonhos são sonhos. Não posso ter tudo, não é? Meu tio deu a volta e entrou no banco do motorista e ligou o carro.

            Meu tio dirigiu em silencio e eu agradeci muito por isso. Qual foi, TPM chegando é assim mesmo. As arvores passavam pela janela do carro e eu tive que por meus óculos Miu-Miu último lançamento.

            O sol era insuportável mesmo sob a lente dos óculos, nem mesmo existia uma nuvem naquele céu irritantemente e perfeitamente azul. A “fazenda”que meu tio havia dito para mim, em qual morava, não era bem uma fazenda. Constatei ao ver a entrada depois que a velha caminhonete passou pelo portão de entrada.

            Arvores com troncos grandes e grosso, folhas verdes e grandes. Na entrada não havia muitas coisas. Uma casa simples e modesta de quem presumi ser o caseiro logo na entrada. Grandes com arame em volta que delimitavam o limite do campo onde cavalos, ficavam soltos. Uma cerca menor onde ficavam caneiros, e estes animais nada higiénicos. O curral era cheio de vacas, literalmente. Em resumo haviam vários animais desde os mais fofos como cines em um lago até os mais nojentos como cabras e porcos. NOJENTOS! Tio Charlie, parou o carro em frente a uma casa linda. Se bem que linda é pouco. A casa era gigantesca, em um estilo rústico maravilhoso. Com três andares, uma pintura branca por fora, janelas granes e em alguns cómodos dos primeiros andares belas sacadas no estilo de Romeu e Julieta. Trepadeiras viviam dando um ar ainda mais romântico a casa, já que cresciam nos cantos da casa crescendo ate um certo ponto.          Detalhes em amarelo claro e no primeiro andar portas de vidro na parte de frente da casa.

            -Então, o que achou da casa? Sua tia, Emily que decorou tudo. – Meu tio disse sorrindo e me vendo olhar/encarar a casa de boca a berta.

            - Nossa, é realmente linda. – sorri. Talvez não seja tão ruim essas duas semanas aqui.

            Saímos do carro e eu andei ate a porta de frente. Meu tio abriu a porta              QUE NÁO ESTAVA TRANCADA, gentinha do interior deixa a porta aberta, daqui a pouco alguém vai a assalta tudo...

            -Charlie? Chegou? – Ouvi ma voz feminina pouco conehcida chamar por meu tio

            -Em? Amor, venha ver quem chegou! – meu tio chamou. PARA TUDO! Aquela era a tia Emily?!

            -Quem... – A voz de minha tia ficou ainda mais alta com amedida em que ela se aproximava. Quando a vi, parei. Não era nada como eu me lembrava.

            Tia Emily tinha cabelos loiros escuros que agora estavam quase castanho mel, e ondulados que antes eram lisos. Seus olhos permaneciam os mesmos azuis claro de dar inveja, e um sorriso colgate ate mesmo melhor que a colgate. Ela usava um vestido com listras grossas na horizontal com as cores se alterando. Seus cabelos estavam soltos e ela sorria divertida e parecia não acreditar. Realmente fazia tempos que não nos víamos.

            -Lu? Luiza! Oh meu bem! Quanto tempo! -  ela disse vindo me abraçar.

            -Tia Em! Meu deus! Faz realmente muito tempo. – sorri meio forcada, apesar do meu mal-humor eu adorava minha tia.

            -Lu, quando sua mãe me ligou eu quase tive um ataque. Imagine quando ela me perguntou se você poderia vir passar alguns dias aqui. Falando nisso seu primo ainda não acredita, Austin... Ele esta cavalgando agora, logo estará de volta.

            -Austin! Nossa... faz tempo. – falei me segurando para não começar a xinga-lo aqui e agora com nomes nada educados.

            -Bem. Vou deixar suas malas no seu quarto Lu, quer vir vê-lo? Seu quarto, eu digo. – meu tio se intromenteu.

            -Claro. Vamos. – disse pegando minha bolsa e o seguindo escada a cima.

            -Bem, aqui estamos. – Meu tio disse abrindo uma porta e me deixando entrar primeiro.

            -Oh My Gosh. – falei baixo sem acreditar.

            Ele riu e disse:

            -Vou deixar você em paz. As três e meia temos o almoço, sua tia e bem pontual... – ele riu.

            -Certo... vou tomar um banho, arrumar minhas coisas... – Sorri meio dando um indireta para ele sair.

            Assim que ele saiu d quarto eu me virei para olha-lo atentamente. As paredes todas em branco, uam acama king de casal na parede, com uma colcha em tom de bege quase branco, milhares de travesseiros, duas mesas de cabeceiras pequenas cada uma a cada lado da cama, o ppisod e amadeira, um lustre delicado no teto, um grande armário de cinco portas, duas poltronas convortaveis em uma das paredes, com uma pequena mesinha no meio. Uma porta interamente de vidro com detalhes em madeira branca, que dava para uma pequena sacada, com vista para o lago grande com vários cisnes, um campo com somente um grande salgueiro, e um banco antigo de pedra ali perto, era tipicamente um lugar super romântico para se namorar ali.

            Deixei minhas malas em frente aos armários e entrei no banheiro do quarto. Grande, com uma pia de mármore, uma grande espelho na frente um box gigante, com ate mesmo banheira. Tudo em tons de branco e detalhes em azul claro. Vai ser mais fácil do que eu pensei morar aqui.

            Entrei no banho sem pensar duas vezes deixei minhas roupas em cima da pia. Entrei no banho com a água fervendo.

            Devo etr demorado um bom tempo no bano, estva realmenete nessecitando de um banho. Me enrolei em uma toalha felpuda e sai do banheiro penteando meus cabelos longos e castanhos que caiam até o meio das costas.

            -EU JÁ MANDEI A DROGA DO JEREMY NAO ME MANDAR ESSAS STIPPERS!