Lições de Uma Cortesã escrita por Lalaanime, Morgana_Le_Fay


Capítulo 4
Capítulo 3 - Elena Gilbert


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora, mas eu (Morgana_Le_Fay) e a Lalaamine não estavamos a conseguir nos comunicar por mail.Esperamos que gostem :)



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A curiosidade é tão essencial às relações entre os homens e as mulheres como o ar é necessário para respirarmos. A nossa dança subtil uns com os outros é o que torna tudo interessante.

Excerto do capítulo intitulado:

“ Eles São Todos Iguais e, no entanto, São Diferentes”

Elena Gilbert foi mais uma vez pressionada pelo seu próprio subconsciente a olhá-lo. O olhar dele que estivera preso, momentos antes na família dela com um sorriso sarcástico, percorreu-a de cima a baixo.

Elena não corava com facilidade, mas sob os olhares de Damon isso parecia acontecer com bastante facilidade. Stefan falava sobre o noivado deles á família dela, que encantada bebia-lhe as palavras. Como que para se lembrar do porquê de estar ali em primeiro lugar, olhou para o seu noivo e esforçou-se para compartilhar do seu entusiasmo.

- O casamento ficou marcado daqui a um mês na bela catedral de Santa Maria del Fiore! Vai ser o casamento mais comentado de toda a Florença! – Stefan terminou o seu discurso cheio de euforia, tal como a mãe de Elena.

Apenas quinhentos convidados cuidadosamente seleccionados teriam o prazer de ver casar a sua princesinha. Toda a Florença veria cheia de admiração e inveja a nova nora do Conde Salvatore.

Mal conseguiu escapar da sala, Elena caminhou pelo jardim até á fonte de Artémis. A estátua da deusa era esculpida em mármore branco.  Fria e bela como a neve. Tal como Elena gostaria de ser.

Desde que ele aparecera na sua vida, não tivera mais um segundo de sossego. Os seus pensamentos, todos eles, ainda que inconscientemente voltavam-se para ele. E sempre que pensava nele, o seu corpo tinha sensações que sempre lhe foram desconhecidas.

Os olhos penetrantes dele, a sua bela face, o seu cabelo negro como um corvo… Faziam Elena suspirar e almejar tocar-lhe, acariciar-lhe, senti-lo…

Tentou espantar os pensamentos que lhe vinham á cabeça, mas sem sucesso.

Por mais que tentasse, por mais que lutasse, o seu coração e a sua alma sabiam a verdade. Desde o primeiro momento em que lhe pusera os olhos em cima, ficara terrivelmente atraída por ele.

Amava Stefan. Tinha a certeza que sim. Ele era bom, compreensivo, encantador e fazia sentir-se feliz. Mas não a fazia suspirar, nem desejar toques mais ousados entre eles. O amor que existia entre Elena e Stefan era quase um amor de irmãos.

Contudo, o que Elena sentia por Damon Salvatore, irmão de Stefan era muito diferente de amor de irmãos.

Era desejo. Puro. Furioso. Consumidor. Viciante. Destruidor.

Era uma chama eterna que lhe ardia na alma e não podia ser apagada. Algo que por mais que tentasse, não a iria abandonar.

Passos suaves despertaram-na. Não precisou de elevar o olhar para saber quem era.

- Então é no jardim que a jovem futura senhora Salvatore se esconde.

Elena não respondeu e Damon sentou-se ao seu lado.

- Não me admira que estejas com essa cara, o meu irmão é bonzinho de mais para te poder dar aquilo que desejas. Casamento, não é lá uma ideia muito interessante, é?

- E o que saberia vossa senhoria disso? Por certo, pelos rumores que existem sobre vossa pessoa, casamento com alguma senhora decente seria algo impensável de acontecer.

Elena não sabia de onde tirara raiva para lhe responder á altura, mas sentia-se poderosa por o ter feito. Talvez pudesse ignorar o desejo que sentia por ele. Sim, seria capaz de o fazer. Para seu próprio bem, seria capaz.

- Como me julgais, senhora minha! Por certo não posso evitar os rumores, mas quanto a casamento, poderia ser algo em que me ocorresse pensar se soubesse que teria no altar alguém tão… interessante quanto vós, Elena.

Damon lançou-lhe um olhar de cobiça e desejo que fez Elena arfar e levantar-se aos tropeções.

- Se me puder desculpar, Vossa Graça, devo ir falar com o meu noivo.

Tentou fugir o mais rápido que pode dos olhos dele, mas quando tentou seguir para a casa, deu por si a ser encostada contra a sebe. O braço de Damon rodeava-lhe a cintura e a outra mão acariciou-lhe a bochecha.

- O meu irmão sem dúvida que te vai tratar com todo o respeito que mereces. Mas, é isso que desejas realmente, Elena? Já vi o modo como olhas para mim…

- Eu não… - Elena tentou negar, mas rapidamente Damon elevou um dedo e pousou-o sobre os lábios dela.

- E sei que já notas-te a forma como te olho. Por isso, pergunto-te e peço-te que sejas sincera. O que sentes por mim?

Elena tentou encontrar forma de se esquivar, mas ele continuava com a mão na cintura dela e o toque dele, mesmo sob o vestido fazia-a queimar de ansiedade por um contacto maior.

- Não… Não sei…

Damon lançou-lhe um sorriso sarcástico.

- De certeza?

Aproximou o rosto dela e beijou-lhe as faces. Depois a curva do pescoço, enquanto aspirava o seu perfume. Mas não lhe beijou os lábios, frustrando-a.

- Bem quando decidires avisa-me, querida Elena. Estarei… á tua espera.

Mal acabou de falar, beijou-a num canto dos lábios. Elena entreabriu-os e sentiu a respiração quente dele embater na sua língua. Depois tão rápido quanto ele se aproximou, deixou-a no jardim, mergulhada em pensamentos.


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