Surpresas do Coração escrita por EmyBS


Capítulo 5
INFORMAÇÕES COMPLETAMENTE DESNECESSÁRIAS




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Capítulo 5 – INFORMAÇÕES COMPLETAMENTE DESNECESSÁRIAS

Absurdamente irritante.

O que ele, Draco Malfoy, estava fazendo andando por um colégio trouxa no meio de um bando de grifinórios estúpidos? Aquilo só poderia ser seu pior inferno astral tinha certeza disso.

Desde o momento em que saíram daquela geringonça que a sabe-tudo insuportável não parava de lembrá-lo que se chamava carro chegou ao prédio gradeado, bem simples na opinião dele e sem nenhum atrativo, a pirralha irritante não parava de sorrir e receber comprimentos e solidarizarão pelos seus pais.

Todos falsos.

A falsidade era palpável até mesmo para ele entediado andando atrás daquela comitiva detestável. Pelo menos não precisava ficar ouvindo o que aquele bando de cabeças ocas falavam, pois com certeza deviam ser coisas inúteis.

O Santo Potter não parava de resmungar sobre ser injusto eles não terem notícias da guerra, que eles deveriam ajudar, que era perda de tempo ficar parado, que eles deveriam estar na Ordem da Fênix, que ele já tinha enfrentado muita coisa para ser tratado como uma criança.

Baboseiras ridículas do testa rachada ridículo.

Estava certo que Draco também queria saber sobre a guerra e sobre seus pais, mais daí a ficar se lamuriando pelos quatro cantos como uma criança mimada não fazia muito do seu perfil.

E quem mesmo eles viviam chamando de filinho do papai mimado?

Idiotas presunçosos.

Elisabeth ia na frente liderando aquele estranho grupo: ao seu lado a ruivinha sarnenta esquentadinha e do outro o cabeça rachada chorão, um pouco atrás a cabelo de vassoura parecia toda hora olhar ele como se quisesse verificar se ele não iria fugir e o cenoura ambulante olhava encantado para tudo.

Revoltante, um bruxo encantado com coisas trouxas?

Os Weasleys eram realmente a família mais decadente e imunda de toda a comunidade bruxa. Tinha duvidas de quem era pior a sangue ruim da Granger ou o traidor do sangue do Weasley, independente disso ele tinha que concordar que aqueles dois imundos se mereciam.

E céus como o cenoura ambulante era lerdo.

Mesmo no pouco tempo que convivia com aqueles idiotas Draco já havia percebido que a sangue-ruim gostava do ruivo pobretão. Um casal perfeito como ele já havia pensado. Tão perfeito quanto o testa rachada e a ruiva anã esquentadinha, mas o cara de cicatriz parecia sofrer do mesmo mal de cegueira crônica do amigo.

Talvez por isso o testa rachada preferira a amizade do ruivo pobretão.

Talvez fosse só convivência mesmo.

Deveria manter mais distancia se quisesse sobreviver naquele inferno sem consequências desastrosas.

- No que você tanto pensa? – ouviu a voz doce de Elisabeth ao seu lado e se não fosse um Malfoy treinado para não demonstrar sentimentos teria se assustado.

Porém como ele era um autentico Malfoy altamente treinado para não demonstrar nenhum sentimento, apenas lançou um olhar frio para a pirralha irritante ao seu lado.

- Em nada que te diga respeito!

A garota corou.

Não tanto quanto aqueles ruivos Weasleys ou Potter que parecia uma menininha ou até mesmo a insuportável sabe-tudo quando era ridiculamente elogiada, quem em sã consciência elogiava aquilo?

Elisabeth ao contrario tinha a pele clara e sem manchas e o tom rosado deixava o rosto dela encantador. Para tudo! Encantador? Ele já estava sofrendo influencia daqueles malditos grifinórios.

Aquela pirralha era a imbecil que havia socado o seu rosto no primeiro momento que pisou naquele mundo insuportável. Começava a achar que aquele ser tinha dupla personalidade, só isso explicava. Nunca iria acreditar nas palavras daquela governanta ridícula que tudo era culpa do stress e da pressão por ter presenciado a morte dos pais. Seu pai está injustamente preso e nem por isso ele sai socando a cara daqueles malditos grifinórios.

Deu as costas para a garota se mantendo o mais distante possível daquela coisa intragável.

- Porque você é tão insuportável?

Algumas pessoas realmente não tinham noção de perigo ou bom senso. O que levava aquela coisa trouxa patética a segui-lo e continuar falando com ele? Que coisa terrível ele tinha feito em outra encarnação para merecer esse sacrifício tão grande? Será que havia feito piadinhas com Merlin? Talvez tivesse trocado os ingredientes da poção de Salazar. Com certeza tinha feito algo horrível no passado.

- Porque você não faz logo o que veio fazer aqui e para de torrar o meu saco? – lançou novamente o olhar irritado e mais uma vez a pirralha corou saindo de perto.

Até que era interessante fazer aquela coisa nojenta corar.

Não porque ela ficava encantadora, pois aquilo era ridículo.

Talvez ela até tivesse potencial para ser usada.

Draco fez uma careta de nojo com o pensamento e se arrepiou todo.

Cruzes!

Ele era um Malfoy, puro sangue, sonserino.

Nunca em sua vida desceria tão baixo a ponto de se sujar com uma... eca... trouxa...

Cruzou os braços irritado e acariciando o anel no seu dedo. Como sentia falta da sonserina. Do sofá de couro próximo da lareira, dos colegas de dormitório. Como estariam aqueles metidos? Será que algum dia eles ainda voltariam a respeitá-lo? Teria realmente perdido o respeito dos colegas de casa? Aquilo sim seria o fim catastrófico do seu mundo verde e prata.

Suspirou seguindo aquele bando a sua frente.

Não conseguia pensar em nada para tirá-lo daquela situação humilhante.

- Quem é o loiro? – ouviu alguém perguntando e virou o olhar entediado.

Duas garotas morenas conversavam animadas com a pirralha apontando para ele. Duas garotas trouxas com roupas parecidas com as dela, porém um pouco mais curtas se Draco estava vendo direto.

- Ah... – resmungou Elisabeth – É o Draco! Insuportável na minha opinião.

As três garotas riram, mas quem se importava com a opinião de uma trouxa?

- E aquele moreno lindo de olhos verdes é o Harry! – Elisabeth quase suspirou as palavras.

Draco se conteve para não gargalhar da cara emburrada da coelha Weasley e da maneira como Harry ficou vermelho passando as mãos pelo cabelo.

Patéticos!

- Eles vão passar as férias com você? – perguntou uma das trouxas que ainda estavam no meio deles.

- Você é muito sortuda Eli! – Draco manteve o olhar gélido na garota que o secava descaradamente – Muito sortuda mesmo!

- Acho que vou fazer uma visitinha pra você nessas férias!

Por Salazar! Mais trouxas naquela casa? Ele iria precisar mesmo se trancar no quarto.

- Não sei Margo, depois combinamos isso.

- Mas você vai na festa do parque não é? – perguntou a garota finalmente desviando o olhar de Draco.

- Claro, mas ainda tem muito tempo até lá.

As garotas riram e Draco apenas revirou os olhos entediado de estar ali. Quando iriam voltar para casa mesmo? Aquele colégio trouxa era um saco e estava lotado desses seres inferiores.

- Acho que já vou indo!

- Finalmente! – resmungou aliviado de sair daquele lugar.

- Malfoy, porque você é tão intragável? – ele revirou os olhos, porque a sabe-tudo não podia se colocar no lugar dela e não lhe dirigir a palavra?

- Granger, faça um favor a sua inferioridade e não se dirija a minha pessoa.

- Cala a boca Malfoy! – rosnaram o cicatriz e o pobretão.

Sempre defendendo a insuportável sabe-tudo.

Absurdamente patéticos!

- Acho melhor irmos antes que alguém contagie os outros com o mau humor! – a coelha ruiva passou por Draco esbarrando fazendo-o lançar um olhar mortal.

- Sem brigas Malfoy! – a voz doce do Elisabeth estava ao seu lado e ela segurava seu braço impedindo-o de avançar contra aquela ruiva de quinta categoria.

- Me solta pirralha! – ela apenas sorriu.

- Só se você prometer que vai se comportar. – Draco a encarou com vontade de estrangulá-la, mas por vim bufou e ela considerou aquilo como um sim – Vamos logo sair daqui.

- Com pressa agora? – ele ainda estava revoltado com aquela petulante.

- Acredite em mim! – Elisabeth fechou a expressão – Eu sou capaz de odiar esse lugar tanto quanto você.

- Duvido muito! – respondeu ele enojado.

Elisabeth apenas deu os ombros entrando no carro.

Eles finalmente voltariam para a casa trouxa e um outro tipo de inferno pessoa pessoal começaria para Draco. Começava a pensar que talvez se tornar um assassino como seu pai não fosse tão ruim, além do que ainda não tinha certeza se seu pai era realmente um assassino. Era apenas a palavra daquela trouxa, seu pai nunca tinha sido realmente violento.

Autoritário, mas não violento.

Sentiu o colar com o brasão da família debaixo da blusa.

Sentia tanta falta de casa.

Suspirou resignado olhando a paisagem passar.

Talvez devesse procurar uma maneira de sair dali e procurar seu pai.

Talvez.


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