O dia do aniversário de Elena finalmente chegara. Elisabeth teve de empurrar Damon pra fora da cama bem cedo, o que fez com que ele ficasse um pouco rabugento.

“É por uma boa causa Damon!” Liz mais uma vez dizia, enquanto seguiam escada abaixo. “Só se faz 18 anos uma vez na vida!”

“Eu parei de contar depois dos 90... ou seriam 100?” ele respondeu de mau humor. “Ela também vai parar de contar!”

“Eu não parei.” Ela respondeu com um sorriso. “E ela também não vai. Pelo menos, não tão cedo. Além disso, as mulheres se importam com datas, principalmente as que elas consideram especiais.”

Ele deu de ombros e decidiu não prolongar a discussão. Apenas a acompanhou até a sala, onde já estavam Bonnie, Caroline e Tyler. Stefan se juntou a eles logo em seguida. Trazia uma grande caixa nas mãos, lotada com material para a decoração.

“Eu estou tão animada!” Caroline quase pulava ao falar. “Tenho certeza que a Elena vai ficar super feliz! Vai ser pega completamente de surpresa!”

“Alguém tira a Barbie da tomada!” Damon resmungou.

“Nossa!” Bonnie cortou, e se dirigiu para Elisabeth. “Ele sempre acorda assim, tão meigo?”

“Só quando eu estou com sorte!” Liz respondeu, fazendo todos rirem. Mas beijou-lhe, só pra garantir que ele sabia que ela brincara.

“Acho melhor a gente começar a trabalhar.” Stefan preferiu amenizar o clima. “Teremos alguns pares de mãos a menos pra nos ajudar, então é melhor nos apressarmos.”

“É verdade! E eu tenho hora marcada no cabeleireiro.” A loira passou a mão pelos cabelos. “Tive de compelir a dona do salão pra conseguir agendar!” Diante do olhar reprovador de Stefan, ela se justificou. “Mas é a última vez! E foi por um bom motivo!”

E assim, todos tentaram se fazer úteis. Uns com força e outros com jeito, foram decorando boa parte da casa. Aos poucos, foi tudo ficando lindamente colorido e perfeitamente ornamentado. Stefan ligou algumas vezes para Jeremy, para deixá-lo informado. Ele, Jenna e Alaric haviam levado Elena para um ‘dia em família’. Após algumas horas de trabalho e uma dúzia de discussões entre Bonnie e Damon, eles finalmente estavam satisfeitos.

“Ficou tudo perfeito!” Caroline sentenciou, para alívio de todos. Afinal, sabiam que, se ela não gostasse, provavelmente faria começarem tudo de novo. “A Elena vai amar!”

Eles tiveram de concordar. Chovia, o que não permitiu que eles realizassem o grande sonho da loira de fazer uma festa ao ar livre. No entanto, eles haviam decorado todo o salão principal da casa com bexigas e faixas coloridas. Caroline e Liz organizaram os móveis, para dar mais espaço ao ambiente, enquanto Bonnie tinha se ocupado de organizar a mesa com as comidas e bebidas. A quantidade era meio exagerada e o bolo era enorme, mas ainda assim tudo parecia delicioso.

Elisabeth sentou ao lado de Damon, que passou o braço ao redor de seus ombros. Os outros também se acomodaram nas poltronas espalhadas pela sala, tentando descansar um pouco. Alguns minutos de conversa fiada e eles estavam de partida. Bonnie acompanharia Caroline ao salão de beleza e Tyler também ia para casa, se arrumar para a festa.

Damon soltou Liz de seu abraço e comunicou. “Eu vou buscar o presente da Elena. Quer ir comigo, princesa?”

“Não posso, amor.” Ela respondeu de imediato. “Eu vou ajudar o Stefan a terminar o presente dele. Mas você pode ir tranqüilo, que eu ficar aqui esperando por você. Só vê se não demora muito, hein?” ela lhe deu um beijo doce nos lábios. Stefan já voltava carregando um pacote nas mãos. Ela nem percebera que ele deixara o cômodo.

“Pode deixar que eu cuido dela direitinho. Eu prometo!” ele sorriu irônico, dando uma picadinha para Liz.

Logo depois da saída de Damon, eles tiraram tudo o que precisavam para finalizar a tarefa da sacola. Dividiram o serviço e não pararam até que tudo estivesse finalizado. Conversaram e riram o tempo todo. Liz aproveitou e também embrulhou o presente de Elena. Stefan lembrou-se então do livro que ela comprara.

“Eu vou embrulhar também, mas você vai prometer que só vai entregar pra ela depois da festa. Além do mais, não quero que a Jenna tenha um ataque quando vir o tipo de leitura com a qual a sobrinha anda passando o tempo.”

“Pode deixar.” Ele fingiu bater em continência. Depois falou, descontraído. “Mas não acho que a Jenna vá ficar chocada. Pelo menos, não muito! A não ser que ela veja a gente ‘estudando’.”

Eles ainda gargalhavam quando Damon voltou. “Posso saber qual piada eu perdi?”

“Deixa pra lá, Damon. Você não ia querer saber!” Elisabeth ainda tentava recuperar o fôlego. “E o presente da Elena?”

“Está aqui.” Ele tirou um envelope do bolso e o balançou no ar.

“Sério, Damon? Acho que um envelope vai ser muito útil pra ela!” Stefan ainda ria e recebeu um olhar surpreso do irmão.

“O presente tá dentro do envelope, gênio.” Ele respondeu e sentou-se, puxando Liz para perto dele. Foi quando o telefone de Stefan tocou e ele se levantou pra atender.

“O que é tudo isso?” Damon perguntou, apontando pra bagunça na frente deles.

“A gente usou no presente da Elena. Stefan queria que fosse especial.”

“Tenho certeza que vai ser.” Ele a abraçou e ela aninhou-se em seu peito. “Principalmente se ela não tiver de arrumar essa confusão depois.”

“Pra falar a verdade, com tudo o que aconteceu ultimamente, acho que ela não ia se importar se essa fosse a única confusão que ela tivesse de arrumar.” Ela levantou a cabeça e ele depositou um beijo em seus lábios. “O que me lembra. Falando em arrumar, eu tenho que me arrumar pra festa.”

“É bom mesmo.” Stefan cortou, voltando pra sala. “Era o Jeremy no telefone. Eles já estão voltando e vem direto pra cá. Parece que a Elena não ficou muito feliz de a Jenna não ter dito pra ela que eles iam passar o dia todo fora. Ela acha que a tia não me convidou para o passeio... enfim, ela tá de mau humor!”

“Odeio quando ela fica de mau humor.” Damon falou, pensando alto. “Ela sempre se mete em encrenca!”

“Então é melhor nos apressarmos.” Liz se levantou e ajudou Stefan a guardar o restante do material. O presente tinha ficado lindo, e ela sabia que Elena iria ficar emocionada quando o recebesse. Ela cuidadosamente o guardou numa caixa decorada e a fechou com uma fita. Entregou-o para Stefan, que lhe abraçou.

“Valeu mesmo, Liz! Foi uma idéia genial. Obrigado.”

“Não foi nada. Afinal, a Elena merece.”

“Dá pra soltar a minha namorada agora?” eles ouviram a voz de Damon, que ainda continuava sentado atrás deles. “Se não for muito incômodo?”

Stefan a apertou ainda mais nos braços, só irritar o irmão. “Algum problema Damon?” Ele virou de frente para encará-lo, e Liz escondeu o rosto, tentando abafar a risada. “Nunca pensei que você fosse do tipo ciumento.” Ele falou, irônico.

“E eu nunca pensei que você fosse do tipo palhaço!” ele se levantou e se serviu de uma bebida. Liz olhou pra Stefan e o viu relaxado. Era estranho. Ela sempre o tivera como alguém sério e contido. Mas ele parecia diferente. Divertido.

“Tá bem. Eu solto. Mas você tá muito sem graça, irmaozão.” Ele afrouxou o abraço, e lhe deu um beijo no rosto antes de soltá-la, fazendo Damon revirar os olhos e Elisabeth riu.

“Deixa de ser bobo, Damon.” Ela correu até ele e o beijou, enquanto Stefan saía da sala. Ele a puxou mais pra perto, até que não sobrasse nenhum espaço entre eles. Depois então aprofundou o beijo, fazendo-a arquear o corpo e ansiar por mais. Liz gemeu junto à boca dele, e Damon emitiu um som satisfeito. No entanto, não puderam prosseguir com as carícias. Tão logo eles pararam para respirar, Liz se afastou dele.

“Eu preciso mesmo me arrumar!” ela se afastou com um suspiro. “Quero tomar um banho e me maquiar...”

“Tudo bem.” Damon lhe segurou a mão, olhando-a de cima a baixo. Depois piscou e acrescentou. “Não quero que você venha na festa parecendo...”

“Parecendo o que, Damon?” Liz soou desconfiada.

“Um monstro!”

“Rá! Muito engraçado Damon! Hilário!” ela soltou a mão irritada e saiu da sala, com ele a seguindo de perto. “Seu senso de humor é incrível. Eu vou escrever isso pra não esquecer. Assim quando meu dia estiver cinza e sem graça, eu vou poder ler e rir até morrer!”

“Quer dizer que você se unir ao Santo Stefan pra zoar com a minha cara pode, é?” Ela virou para encará-lo com os olhos zangados, mas ele não deixou que ela falasse. “Eu não posso fazer uma brincadeira, que você fica assim, toda chateada!”

“É diferente.” Ela disse, enquanto entrava no quarto.

Ele fechou a porta e sentou na cama. “Como?”

“Não sei se você se lembra, mas eu sou uma bruxa, no sentido literal da palavra. E também sou uma vampira. Eu não sei você, mas pra mim parece que isso me faz um monstro duas vezes! Um monstro duplo!”

“Princesa, não fala assim!” Ele foi até ela e a tomou nos braços. “Você não é e nunca foi um monstro. Não conseguiria ser um nem se tentasse. Você é maravilhosa!”

Ela enterrou o rosto no peito dele e sentiu o calor de suas mãos envolvê-la. “Eu sei que não devia me sentir assim, mas eu me sinto. Eu sei que sou uma boba!”

“Pra falar a verdade, as vezes, você consegue ser mais irritante do que a Barbie e a Harry Potter juntas!” Ela levantou a cabeça e ele limpou uma lágrima de sua bochecha. “Mas você é assim e eu aceito. Não é nenhum monstro. É a criatura mais doce e sensível e insegura que eu já conheci! E eu te amo cada dia mais!”

“Apesar de eu ser irritante e insegura?” ela fungou e falou em tom mais ameno.

“Exato.”

“Do mesmo jeito que eu te amo, mesmo você sendo absolutamente arrogante, convencido e lindo?”

“Isso mesmo.” Ele riu, beijando a testa de Liz. “Mas fala a verdade, eu sou mesmo um gato, né?”

“E lá se foi o momento fofo!” Ela riu também. “Acho melhor eu ir tomar banho.”

“Quer companhia?” ele piscou e lhe deu um sorrisinho sem vergonha, que a fazia se derreter. “Eu posso esfregar suas costas. Ou outras partes do seu corpo...”

“Nâo obrigada, Damon.” Ela entrou no banheiro e fechou a porta. “Eu quero sair daqui antes do aniversário de 30 anos da Elena.”

Damon riu alto e esperou até que ela saísse do banho e fosse ao encontro dele no quarto, ainda com a toalha enrolada no corpo.

“Você não vai tomar banho também?” Liz perguntou, antes de notar o brilho diferente nos olhos dele. Ela já conhecia aquele olhar. “Não, Damon! Daqui a pouco ta todo mundo aí.”

“Eu não disse nada.” Ele deu de ombros.

“Mas eu te conheço muito bem. E nem adianta fazer essa carinha de inocente. Eu tenho de me vestir.”

“Então eu acho melhor eu ir me arrumar no quarto do Stefan. Eu não vou conseguir manter minhas mãos longe de você se continuar aqui.” Ele passou por ela, beijou-a nos lábios e, num movimento rápido, puxou a tolha, fazendo-a instintivamente tentar esconder o corpo com as mãos.

“Não adianta, princesa. Não tem nada aí que eu ainda não tenha visto. Ou tocado. Ou beijado...” Damon disse, saindo, deixando as palavras flutuando no ar. Liz levou alguns segundo pra conseguir se mexer novamente. Esse era o poder que ele tinha sobre ela. Deixá-la completamente sem reação!

Ela não demorou muito para ficar pronta. Nunca demorara muito para se vestir, e desta vez não foi diferente. Na verdade, escolher a roupa havia sido o problema maior, mas Caroline a havia ajudado a escolher o vestido perfeito. O tecido vermelho acentuava a cor da pele e dos cabelos dela, e o generoso decote em V deixou-a extremamente sensual. Sandálias de salto e um par de brincos completaram o look. Ela então terminou de maquiar-se, pegou o presente de Elena e desceu para o salão. Stefan já estava lá, parecendo ansioso.

“O que foi, Stef? Você tá agitado.”

“O Jeremy mandou uma mensagem. Eles estão quase chegando.”

“Então fica tranqüilo e relaxa. A Elena vai adorar tudo, tenho certeza.”

“É que é o primeiro aniversário dela que nós passamos juntos, e eu tenho muito medo que seja o único!” ele desabafou.

“Não será o único. Definitivamente não o único. Vocês ainda vão passar uma eternidade de aniversários juntos.”

“Aí é que está o problema.” Ele suspirou. “Eu não quero transformá-la.”

“Isso é muito Edward, até mesmo pra você, Stefan.” Ela tomou o rosto dele nas mãos e o encarou. “A decisão é dela, e não sua. E quando chegar o momento, ela vai saber. E vai decidir. E se ela quiser se tornar uma de nós, você ao vai conseguir impedi-la. Se você não a transformar, outro o fará. Então é melhor que seja você.”

Ele a olhou triste, e ela tentou alegrá-lo. “Hoje não é dia de você ficar se torturando. Hoje é dia de festa. De celebrar o quanto a Elena é especial pra todos nós. Afinal, se não fosse por ela, nós nem estaríamos aqui reunidos, não é?”

“É verdade. Eu não teria voltado, nem o Damon...”

“E nem eu!” Liz acrescentou antes dele. “E eu só tenho motivos pra ficar feliz por ter voltado. Reencontrei o Damon, nós nos entendemos, eu fiz amigos muito queridos, e tenho um cunhado muito fofo!” ela sorriu ao ver a expressão preocupada dele desaparecer.

“Acho que você tem razão.”

“Você ‘acha’? eu sempre tenho razão!” ela apontou, rindo.

“Acho que você ta passando muito tempo com o Damon, isso sim!”

“O que tem eu?” foi só falar e ele entrou na sala, personificando o pecado. O jeans e camisa branca ficariam comuns em qualquer outro homem. Mas não nele. E pra completar, ele colocara uma jaqueta de couro.

Liz se sentiu arder de desejo. Só então percebeu que ele a olhava com o mesmo olhar faminto.

“Você ta um arraso, princesa. Acho que vou ter de te fazer trocar de roupa. Você está sexy demais pra eu deixar que mais alguém te veja assim.”

“Tarde demais. O Stefan já viu. Além disso, eu levei um tempão pra decidir por esse vestido. Ia perder a festa toda se tivesse de escolher outro.”

“Aceita uma sugestão?”

“Eu tenho até medo de perguntar. Mas que seja. Que sugestão, Damon?”

Ele usou sua velocidade para chegar bem próximo dela e falou junto a sua orelha, enviando arrepios por seu corpo a cada palavra. “Vamos esquecer o vestido e fazer a nossa própria festa, lá no quarto, sem roupas.”

Era pra ser uma piada, mas o corpo de Elisabeth reagiu imediatamente. Ele notou e a beijou com paixão. Foi quando ouviram o barulho de um carro e várias vozes conhecidas. Eram Tyler e as garotas e Stefan tinha ido ao encontro deles no jardim.

“Apesar de a idéia ser tentadora,” Liz disse assim que os lábios se afastaram, “Eu acho que não vai dar. Mas quem sabe depois da festa...”

“Você quer me torturar, né?” ele passou a mão pelos cabelos dela, sentindo a maciez dos fios. “Isso é maldade.”

“É. Vai ver eu sou uma bruxa!” Os dois riram e dividiram o momento de cumplicidade até que os outros de juntassem a eles no salão. Bonnie usava um vestido verde. Já Caroline optara por um cinza. Tyler estava despojado como sempre, mas a loira não parava de olhar pra ele.

“Dá pra entender esses dois?” Damon falou baixinho para Liz. “Até ontem se odiavam.”

“Até ontem eu também fingia odiar você!” ela observou. “Mas eu acho que eles formam um casal lindo.”

“Ela vai é botar uma coleira nele!” Damon falou entre risos.

“A Elena chegou.” Bonnie, junto a janela, foi a primeira a ver o carro passar pelo portão. Stefan apagou a luz e eles esperaram em silêncio. Não demorou muito para que a voz de Elena ecoasse pela casa.

“Stefan? Você está em casa? Damon? Liz? Alguém? Onde é que todo mundo...”

A frase morreu nos lábios dela no momento em que a luz foi acesa. “SURPRESA!” Todos gritaram juntos, e Elena perdeu completamente a fala. Seus olhos passeavam pelo rosto de cada um deles, num agradecimento implícito. Stefan foi até ela e lhe beijou.

“Feliz aniversário, meu amor. Parabéns!”

“Vocês fizeram tudo isso pra mim?” Os olhos dela brilhavam por causa das lágrimas. “Eu... Muito obrigada. Vocês são os melhores amigos que alguém poderia ter.”

“Você merece, minha querida!” Jenna lhe deu um abraço carinhoso. “Desculpe ter afastado você deles hoje, mas precisava te manter longe daqui, ou estragaria tudo.”

“Tudo bem Jenna. Eu adorei.” Ela olhou para as amigas e completou. “Eu só estou me sentindo um pouco desarrumada...”

“Nós temos um vestido pra você, Elena.” Bonnie falou.

Elisabeth assentiu. “Está lá em cima. Pode subir e se trocar. Nós não vamos começar a festa sem você.”

“Nós também vamos nos trocar.” Jenna disse. “Eu trouxe tudo escondido no carro.”

“Vocês pensaram em tudo mesmo, né? É por isso que eu amo cada um de vocês!”

Eles subiram e rapidamente retornaram. Caroline escolhera um vestido preto, delicado e que serviu perfeitamente em Elena. Logo, todos estavam reunidos, conversando, comendo e se divertindo.

“É hora dos presentes!” disse Stefan, diminuindo o volume do som.

“Eu primeiro! Eu primeiro!” Caroline pegou o pacote dourado sobre a mesa e o entregou. “Espero que você goste.”

Era uma linda bolsa de marca, é claro. Elena logo reconheceu o emblema do famoso designer. “É maravilhosa, Carol. Amei.”

A loira sorriu satisfeita. Foi a vez de Bonnie entregar seu presente. Era um perfume. Elena leu a embalagem e não conteve o riso.

“Uma deliciosa fragrância, para mulheres poderosas. Uma combinação marcante de rosas, melissa e verbena!”

“Nunca se sabe...” foi a resposta da jovem. Tyler lhe entregou seu presente um Box com vários CDs de uma das bandas favoritas dela.

“Como foi que você adivinhou?” Elena quis saber.

“Caroline me deu a dica.” Ele apontou pra loira.

Jeremy entregou uma folha de papel para a irmã, que leu em voz alta. “Eu, Jeremy Gilbert, dou como presente de aniversário para Elena Gilbert, um mês livre dos serviços domésticos, me comprometendo a fazer as atividades sem reclamar e sem resmungar pelas costas de nossa querida tia, Jenna Sommers.” Ela olhou para Jenna e perguntou. “Foi você quem escreveu isso, não foi?”

“Claro que não!” ela negou veemente. “Eu só ditei!” ela completou, fazendo o esforço de todos em se manterem sérios em vão.

“Minha vez, cunhadinha.” Damon se adiantou e lhe entregou o envelope.

“Duas passagens para uma semana em Nova York, Damon? É sério?”

“Claro que é. E diferente do que você possa imaginar, eu até paguei por elas e tudo. Elas tem de ser agendadas em até um ano, então você pode se programar com calma.”

Foi a vez de Alaric falar. “O meu presente foi convencer a Jenna a deixar você ir nessa viagem com o Stefan. Quando eu comentei com ela sobre isso, ela quis que você levasse o Jeremy.”

“Ia ter de pagar excesso de bagagens, levando essa mala enorme aí!” Damon completou, dando um tapa no pescoço do garoto.

“Depois de um mês servindo de escravo, era o mínimo que ela podia fazer!” ele resmungou, passando a mão no pescoço dolorido.

“Cala a boca, moleque, que a minha princesa quer entregar o presente dela!” Damon esbravejou para, em seguida, sorrir para Liz.

“Você sempre tão delicado, né amor?”

“Faço o que posso.”

Elisabeth entregou uma caixinha azul para a amiga. “Espero que você goste. Eu não te conheço a muito tempo e não sabia direito o que te dar. E confesso que não tinha a menor intenção de comprar isso. Mas achei que simplesmente combinava com você.”

Elena abriu a caixa e se deparou com uma delicada pulseira de prata. Era encantadora, mas foi o pingente nela que lhe chamou a atenção.

“É um morceguinho!” ela riu, entendendo a mensagem. “Eu adorei, Liz. É perfeita.” E logo pôs a pulseira no braço.

“Acho que agora só falta eu.” Stefan sentou-se ao lado dela e lhe entregou a caixa decorada. “Eu quero que você saiba que eu te amo muito, e que esse presente representa todo o amor que eu sinto por você!”

Elena abriu a caixa com cuidado e retirou seu presente de lá. Tocava-o com cuidado, como se tivesse medo de estragá-lo.

“É lindo Stefan.”

“É um scrapbook.” Ele explicou. “Foi idéia da Liz, na verdade. Eu contei a ela que, quando a gente começou a namorar, uma das coisas que nós tínhamos em comum era que você também mantinha um diário. Mas que, de uns tempos pra cá, eu não vi mais voce escrevendo nele.”

“É que eu o usava como uma forma de desabafar, de por pra fora meus sentimentos, tristezas, frustrações.” Ela tocou-lhe o rosto com ternura. “Mas, desde que você entrou na minha vida, eu não precisei mais dele. Você estava do meu lado e isso já era a coisa mais maravilhosa que já tinha me acontecido. Eu tenho você pra me abrir, pra conversar. E o melhor é que você me responde!” ela o beijou levemente e riu.

“Então isso vai ser ainda mais especial. Você não vai precisar escrever nele todo dia, mas pode usá-lo para guardar boas recordações de momentos felizes que você passar comigo, com sua família, com nossos amigos.”

“É incrível.” Ela folheava as páginas, olhando as fotos e sorrindo. “Como vocês conseguiram as fotos?”

“Nós pegamos algumas com a Jenna, mais a maioria foi com a Bonnie e a Caroline.” Liz explicou.

“Depois eu quero tirar um a foto com todo mundo pra por aqui, também. Pra eu sempre poder lembrar do aniversário mais legal que eu já tive.” Ela deu um beijo em Stefan e um abraço em Liz. “Obrigada, amiga.”

“De nada, Elena. Que bom que você gostou. Parabéns.” Foi quando ela se lembrou. “Ah, e eu falei com o Klaus. Ele disse que sente muito por não poder vir para a sua festa, mas que te deseja toda a felicidade do mundo.”

“O que você deu de presente pra Elena?” Damon perguntou pra Jenna.

“Ela me deu um cachorrinho. Ainda é filhote e está mamando, por isso eu só vou pegá-lo em umas duas semanas. Mas ele é lindo! Nós nos conhecemos hoje!”

“Oba. Lanchinho.” Damon falou baixo para que Jenna não ouvisse.

“Nem pensar, Damon. Se você maltratar do meu cachorrinho...”

“Eu só matei um cachorro na minha vida. E ele era moreno e tinha 1,80m de altura.” Dessa vez o cuidado foi também para que Tyler não escutasse. Ele ainda não sabia que Damon era o responsável pela morte de Mason. “Além disso, animaizinhos indefesos não fazem meu estilo. Mas eu tomaria cuidado com o Stefan, se fosse você.”

Elena não lhe deu ouvidos. Para sua surpresa, ela o abraçou e lhe deu um beijo no rosto. “Obrigada pela viagem, Damon. E por ser um amigo tão legal.”

“De nada.” Foi tudo o que ele conseguiu responder.

A festa se prolongou até tarde. Estavam se divertindo e ninguém queria ir embora. Eles dançaram e cantaram a valer. Foi quando foram surpreendidos pela batida na porta.

“Quem será?” Elena quis saber. “Ainda tá faltando alguém?”

“Que eu me lembre, não.” Stefan respondeu.

“Deixa que eu vou ver quem é.” Caroline se ofereceu. E todos puderam ouvir o espanto na voz dela quando a porta foi aberta. “Matt?”

“Oi, Caroline. Tudo bem? Eu lembrei que hoje era aniversário da Elena e estava aqui perto. Então nós decidimos dar uma passada para desejar parabéns. O Tyler me disse que vocês estariam aqui.”

“É, tá... tá todo mundo lá dentro.” A voz da loira ainda era trêmula.

“Então, com licença.” Ele foi entrando. “Vem, querida, o que está esperando?”

“Na verdade, nada.” Eles ouviram uma voz feminina e Liz teve certeza que a conhecia. Mas de onde? Foi quando os três chegaram à sala e a maioria dos presentes reagiu da mesma forma. Chocados.

A acompanhante de Matt era ninguém mais, ninguém menos, do que Isobel.