-Notícias ruins não tardam a vir-

     Acordou cedo, aliás, foi acordada por uma duplinha miúda pulando eu sua cama, entoado uma canção de ‘bom dia’ irritante. Ela não resistiu e os abraçou, ela tinha vontade de ficar ali para sempre...

     Mas, quando olhou para a coruja em sua janela, voltou à realidade. ‘Londres’

     Quando dizem que notícias runs não tardam a vir, estão certos, pois a resposta de sua cunhada não era das mais doces.

~~Sra. Weasley,

Fico tranqüila em saber que está viva realmente, pois depois que não a vimos e

Nem a meus sobrinhos no velório de Ron, me perguntei onde andava. Quem sabe

Já bem casada com outro. Quanto às crianças, é uma pena que não me conheçam, apesar de não conhecê-las pessoalmente, são lindas nas fotos. Até mesmo Dam.

Infelizmente, eu e Harry estamos em nossa segunda lua-de-mel e não poderemos nos encontrar ainda, provavelmente, não tenho certeza, voltaremos a tempo do lançamento do Memorial.

Att.

G. Potter ~~

     A castanha suspirou, a sua amiga continuava azeda como antes, e não a culpava. Ela só se culpava.

     Quando se deu conta, estava sendo observada, agora, por três pares de olhos curiosos e arregalados, o que amenizou a tempestade em sua cabeçinha.

     - Todos agora pro banho!- apontou para a porta- Trica...

     - Sim senhora... - uma elfa apareceu, toda vestida

     - Bom dia Trica, como você está? Bem.... Sim, poderia observar os meus filhos, eu preciso sair imediatamente. Tudo bem?

     - Sim senhora, sempre senhora. - A elfa correu, os barulhos no banheiro estavam aumentando.

     Mione revira os olhos, nunca iria se acostumar com elfos, e nem com os filhos, sorriu a se imaginar uma velhinha e ainda se assustar com as maquinações das crianças.

    Depois de se arrumar, saiu e não tomou café. A carta de Gina tomou-lhe o apetite.

     Chegou perto do trabalho e parou em frente a uma loja. Lembrou-se naquele momento que não tinha uma roupa adequada para o evento do Memorial, assim fez uma nota mental de para lembra-se do vestido (ou o que encontrasse) depois de expediente.

     Ao chegar à sua sala, esta já estava aberta e sua assistente disse que o ministro das forças de segurança estava em sua sala apenas para pegar uma assinatura. Mione acenou com a cabeça e entrou de uma vez, altiva e segura.

     Mas ao vê-lo suas forças e sua cor fugiram de seu corpo e só conseguiu dizer ‘Acciofotos’, assim o porta-retratos na mão de Draco Malfoy voaram até ela.

     Ele virou assustado. Ela estava tão pálida que ele teve que se levanta para tentar segurá-la, caso ela caísse. Hermione iria cair, ele tinha certeza. Mas não. Ela engoliu tudo. Choro, raiva, dor, medo. E assustadoramente, sorriu.

     -Ministro, hein? Nunca imaginei. Como você está Sr Malfoy?- a castanha ofereceu-lhe a mão para um cumprimento, mas se arrependeu! O toque veio com o choque, ambos se afastaram discretamente.

     -Ah, bem, é uma surpresa até para mim, Gran.... Sra. Weasley. Eu não sabia que você era a 1º Moderadora. Parabéns, eh... Bem, só vim pedir-lhe uma assinatura.- ele entregou uma pasta.

     Aquela altura, a mulher já se sentara. Mais um minuto em pé e ela teria uma crise!

     Ele não se sentou mais, aparentemente a situação era igualmente incomoda para ele. Draco observou ela recolocar as fotos na mesa, pigarreou enquanto ela lia as atas da pasta.

     -São seus filhos?- Ele so queria relaxar,mas não conseguia, estava tenso! Seus olhos até ficaram mais escuros. Ela sabia que ele ficava tagarela quando estava nervoso! Ela não respondeu, apenas acenou com a cabeça, afirmando. - São lindos. Parabéns.

     Ela levantou a cabeça e olhou. Cavou os olhos dele. Olhou e nadou no cinza de Malfoy e simplesmente não encontrou culpa, vergonha, desprezo. Encontrou medo, algo que não esperava.

‘But I never told you

What I should have said

No, I never told you

I just held it in’

     -Está aqui. Lido e assinado- Devolveu a pasta, certa de que estava errada sobre tudo. - Qualquer coisa não hesite em pedir auxílio dos moderadores: Eu, Sr. Smort e Srta. Marsh.

     -Claro, certo, obrigado. - ele se afastou e não olhos para trás. ‘Típico dele, não olhar para trás, não Mione?’. Sua mente lhe brincava.

     Mas ele parou. Virou-se e de onde estava falou: ‘Espero vê-la na abertura do Memorial. ’

     Os olhos dele a desafiavam, ela não perdia. ‘Claro, estarei lá’.

     Sorriu um tchau. A porta fechou em um baque e ela desmoronou na cadeira.

‘Sometimes the things I say

In moments of disarray

Succumbing to the games we play

To make sure that it's real’