E se Fosse Verdade escrita por EmyBS


Capítulo 13
Roupão Branco


Notas iniciais do capítulo

Esse início de ano está uma correria, então não sei se vou conseguir atualizar no tempo...

Desculpem...

Beijinhos...

Comentem, quem sabe vocês não me incentivam a não dormir a noite e escrever... rsrsrsrs...



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/115489/chapter/13

- Como foi o almoço?

Levei um susto ao ouvir a voz de Carlos nas minhas costas.

- Agradável... – era verdade e eu não tinha porque mentir, bom quando ele rosnou eu percebi que talvez fosse melhor ter mentido.

- Quer jantar? – Carlos me perguntou na sua voz de veludo acariciando meu braço com a sua pele gelada.

- Você não come. – fiz uma careta me virando para ele, mesmo de calça jeans e camisa pólo ele continuava lindo.

- Isso não é 100% de verdade... – ele me abraçou roçando os lábios no meu pescoço.

- Eu não estou no cardápio! – senti um calafrio passar pelo meu corpo que nada tinha haver com medo.

- O que você quer fazer Isabella? – ele começou a me dar beijos no pescoço enquanto falava me deixando totalmente mole.

- Quero ir pra casa... – respondi fraca, totalmente nas mãos dele.

- Tem certeza? – Carlos me encarou com aqueles olhos dourados lindos começando a escurecer.

- Absoluta! – segurei a sua nuca e puxei para um beijo que ele insistia em não aprofundar.

Ouvi um rosnar meio gemido e Carlos me enlaçou pela cintura me puxando para mais próximo a ele, em questão de segundos já estávamos no meu carro, prontos para irmos para casa. Ele dirigia como um louco pela avenida, cortando carros, avançando sinais, e por mais estranho que parecia eu não sentia medo, confiava nele.

- Bella! Você não faz idéia de como me deixa louco! – ele murmurou no meu ouvido assim que chegamos ao meu prédio.

Subimos as escadas de dois em dois degraus como duas crianças, eu tentava fugir dele, mas era inútil, quase não valia a pena essa brincadeira. Eu sorria e ele também enquanto abria a porta do apartamento, estava tudo escuro, mas ele não precisava de luz. A fraca iluminação que vinha da rua o deixava ainda mais bonito e misterioso.

As batidas do meu coração entoavam a melodia que seguíamos, Carlos se ajoelhou na minha frente observando cada parte do meu corpo demoradamente me fazendo ficar sem graça, ele me olhava como se eu fosse uma jóia rara, algo tão precioso que nem deveria ser tocado e ele realmente não estava me tocando, eu sentia o gelo da pele dele ha centímetros da minha percorrendo meu corpo, mas sem me tocar em nenhum momento.

Era uma sensação nova, estranha, inusitada e simplesmente deliciosa. Ele subiu devagar nesse estranho ritual de contemplação, até que seus lábios capturaram os meus num beijo terno e calmo.

- Preciso tomar um banho. – por algum motivo eu precisava sair de perto dele.

- Eu vou estar aqui te esperando...

Observei Carlos por alguns minutos enquanto ele tentava controlar as suas próprias reações de olhos fechados e me encaminhei para o banheiro a fim de tomar um banho relaxante e refrescante. Voltei para o quarto pouco tempo depois vestindo apenas o meu roupão branco.

- hummmm... – ouvi Carlos na minha cama.

Fui direto para o guarda-roupa ignorando a sua presença. Mal tive tempo de abrir a porta e o roupão foi forçado para trás deixando meus ombros de fora. Carlos não beijava a minha pele propriamente, ele passava os lábios gelados entre abertos me causando calafrios.

- Carlos... – minha voz saiu rouca e sussurrada.

Senti as mãos dele nas minhas tentando entrar pelo roupão, mas eu o impedia, ele era mais forte, muito mais forte, mas não me machucaria, não forçaria. De qualquer maneira, lentamente o roupão ia caindo pelos meus ombros conforme Carlos descia com seus lábios pelas minhas costas, suas mãos agora apertavam minha cintura por cima do tecido, mas mesmo assim podia sentir o frio da sua pele.

Se em algum momento eu tinha pensado em alguma coisa nada mais passava pela minha cabeça, mal percebi quando ele me virou para ele e me beijou os lábios, minhas pernas tremiam e eu arregalei os olhos quando senti as suas mãos geladas na minha pele, para me apoiar eu tinha enlaçado o seu pescoço não deixando nenhuma proteção para o meu frágil roupão.

- Eu quero tanto você, Isabella... – a voz dele me fez estremecer e Carlos aproveitou para me deitar na cama.

Corei absurdamente ao ver aqueles olhos negros olhando meu corpo, tentei puxar a coberta, mas ele me impediu.

- Você é tão linda...

- Para... – minha voz saiu falha.

- É verdade, Isabela, você é linda! – ele deitou seu corpo sobre o meu, era muito frio, mas agradável.

- Pelo menos você está vestido. – sorri enquanto acariciava seus cabelos.

- Se você quiser posso resolver esse probleminha. – a voz dele saiu estranha e ele me deixou roxa pela maneira que apertou a minha cintura.

- Não... está bem assim... – a nossa respiração estava acelerada.

Eu sentia as suas mãos acariciando minha coxa, seus lábios percorrendo meu pescoço. Fechei meus olhos e me entreguei aquelas sensações, era bom demais. Minhas mãos também passeavam pelo corpo dele, seus braços fortes sem exagero, suas costas, seu pescoço, seu cabelo e eu ri e corei quando ouvi a risada fraca dele no meu ouvido quando minha mão percorreu a sua bunda firme.

- Depois eu que sou o tarado. – a voz rouca contra a minha pele descia perigosamente para o meu colo e avante.

- Não é você que está apenas de roupão aberto – segurei firme seus cabelos pedindo para que ele me olhasse e Carlos tinha a carinha de anjo inocente.

- Você é linda!

Ele me virou ficando agora deitado na cama e eu me escondi na curva do seu pescoço, era tão bom ficar grudada nele, principalmente no verão.

- Senti sua falta! – Carlos disse sério acariciando meus cabelos e percorrendo minhas costas.

- Também senti...

O carinho que os dedos frios ofereciam a meus cabelos e costas estavam me levando, aos poucos, para o mundo dos sonhos contra a minha vontade e apenas não teve êxito completo, por que eu passei a dar mais atenção aos movimentos da mão em minhas costas e aos sussurros vindos da boca que eu sabia estar bem próxima do meu ouvido.

Um sorriso apareceu em meu rosto ao perceber que era uma melodia entoada. A voz perfeitamente afinada dele se revelava em murmúrios suaves, cálidos, enquanto os dedos deste faziam em minhas costas, com ainda mais delicadeza, o mesmo que nas teclas de um piano.

- Você canta! – eu disse sonolenta e encantada.

- Com sono? – estranhamente ele pareceu despreocupado e me aninhou em seu colo de maneira confortável.

- Vai cantar para que eu durma? – levantei o rosto e dei um beijo suave em seus lábios.

- Sim... Eu vou cantar para você minha Bella...

E Carlos cantou, uma musica suave e delicada que parecia perfeita para a sua voz de veludo, uma musica que embalou meus sonhos, uma musica que fez me esquecer de todo o resto, pois nada mais importava naquele instante, apenas eu e ele.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "E se Fosse Verdade" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.