Nas semanas seguintes continuei fazendo minhas atividades normalmente, mas evitei a Annabeth e o namoradinho dela o máximo possível: toda vez que eles entravam na arena eu ia embora, quando eles chegavam à aula de canoagem eu me mandava, quando eles chegavam para a aula de grego antigo eu saia; simplificando: toda vez que eles estavam perto de mim eu saia de perto.

  Um dia eu estava na arena e o Quíron me mandou combater com a Annabeth porque achou estranho o nosso afastamento, ele não entendia como duas pessoas tão chegadas se afastarem de repente, e Annabeth parecia também não entender.

- Porque você não fala mais comigo hein, Percy? - ela me perguntou enquanto lutávamos

- Eu estou de ignorando Chase, você não percebeu - falei mais frio que gelo antártico

- Mas por quê? Sempre fomos tão chegados - ela investiu contra mim e eu desviei

- Como disse há semanas atrás: acho que você já sabe a resposta - derrubei-a no chão, vencendo a luta. Dei a mão para ela segurar e levante-a - Você precisa treinar mais, sua guarda está baixa, Chase. Bom, a gente se vê - e saí direto para o meu chalé.

  Cheguei lá e fui tomar um banho, vencer a Annabeth era difícil, ela sabia a minha forma de combate já que tínhamos treinado várias vezes juntos, então conclusão: ela sabia o ponto fraco do meu estilo de combate.

  Terminei meu banho, troquei de roupa e quando saí do toalete levei outro susto: meu pai estava sentado na minha cama.

- Anh, oi pai! Como vai? - perguntei quando ele me olhou

- Estou ótimo - me respondeu sorrindo

- Porque você está aqui? Algum problema?

Acho que você sabe o motivo de eu estar aqui, Percy. Seu prazo está acabando.

- É, eu sei que o prazo está acabando. É só que eu estou meio... Nervoso, sabe?

- Hmm, sei sim. Mas Percy está chance é única, só vou te fazer uma vez.

  Eu olhei para fora do chalé e vi Annabeth junto com o Robert: de mãos dadas e rindo. Olhei para o meu pai e falei:

- Sabe de uma coisa, você está certo: esta chance é única e por isso eu vou aceitá-la.

  Meu pai sorriu para mim, levantou-se e chegou perto:

- Vai ser uma honra ter você lá em casa, Perseu. Você é um grande garoto.

- É , eu sou o grande garoto e o Tyson é o garoto grande - rimos da minha "piada"

- É, Percy, isso mesmo. Mas eu quero que você passe pelo menos um ano comigo tá bom?

- Está bem.

- Agora vai avisar a sua mãe, ela está esperando a sua resposta. - então ele virou brisa marítima e sumiu. Eu fui até a fonte e mandei uma mensagem de Íris para minha mãe

- Sally Jackson. Upper East Side, Manhattan. - A imagem tremeluziu e mostrou minha mãe na cozinha.

- Mãe! - ela virou-se, me viu e veio falar comigo

- Olá, Percy. Como vai? - a voz dela estava nervosa

- Oi, mãe, estou bem. Ahn... Você se lembra daquela proposta que meu pai me fez?

- Sim, filho, eu me lembro. Você já o respondeu?

- Sim, já respondi.

- O que você respondeu?

- Mãe, eu estou indo morar com o meu pai, mas vai ser só por um ano. - ela parecia que ia chorar

- Quando... Quando você vai para lá?

- Na noite da entrega das contas, mas vai ser só para deixar minhas coisas do acampamento lá. Eu vou passar meu aniversário de dezoito anos com vocês. - ela suspirou quando ouviu que eu ia passar meu aniversário com ela.

- Isso é muito bom, Percy. Mas você volta para lá quando? - a voz dela estava falhando um pouco

- Eu vou dia vinte de agosto, dois dias depois do meu aniversário.

- Bom é melhor eu ir, está na hora de fazer o jantar. Beijos, te vejo depois Percy. - aí ela passou a mão na mensagem. Deixando-me sozinho, agachado na frente de uma fonte de água salgada quente.

  Eu me levantei e fui para fora do chalé direto para a quadra de basquete, sou famoso na Goode High School por causa do basquete. Chegando lá, não tinha ninguém, eu achei estranho mas não me incomodei, peguei a bola e fiquei treinando cestas. Não fui interrompido em nenhum momento e depois eu percebi que tinha um círculo ali perto, como se alguém estivesse lutando, então resolvi ver o que era.