Coisas que Me Mantêm Viva escrita por AnneSullivan


Capítulo 22
21. Nos conhecendo Melhor


Notas iniciais do capítulo

Desculpem!! Sei que demorei horrores para postar, mas aqui estou. Sei que rpometi que este capitulo já seria a visita da Bella a casa dos Cullens, mas achei melhor aumentar a interação entre a Bella e o Edward e também acho que já está na hora de Bella descobri certas coisas.



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Edward’s Pov

Vê-la ali sentada sozinha... era tão difícil. Mas, eu tenho que respeitar, ela já estava bem melhor e eu não quero correr o risco de que ela perca todo o progresso que fez. Só de pensar naqueles primeiros dias de outubro... Senti um chute na perna.

“Controle-se” - Jasper murmurou

Coitado! Acho que às vezes o poder dele é pior que o meu. Finalmente ouvi o sinal tocar, finalmente Bella e eu teríamos uma aula juntos.

“Oi de novo” - Bella disse com um pequeno sorriso, assim que me sentei ao seu lado.

“Oi de novo” - respondi. O professor já estava na sala, portanto não tivemos tempo para conversar.

Como Alice dissera, nós tínhamos um trabalho de biologia que valeria um terço da nota do bimestre. O trabalho deveria ser feito em duplas, sorri satisfeito. Assim que a aula acabou decidi que era hora de fazer o meu convite.

“Bella está ocupada hoje à tarde?”

“Não, por quê? Quer começar o trabalho de biologia?” - sorri com sua pergunta essa era uma boa desculpa para passar mais tempo com ela.

“Também. E o que acha de no final da tarde sairmos para tomar um cappucino, soube que abriram uma cafeteria na cidade...”

Ela me olhou visivelmente confusa. Mas graças a deus ela expressou o que estava pensando.

“Mas você não come.” - ela sussurrou.

“Não se preocupe” - afirmei passando um braço ao redor de seus ombros nos dirigindo para a porta. - “E então a que horas posso passar na sua casa?” - olhei em seus olhos procurando alguma hesitação ou rejeição. Mas não havia nenhum sentimento negativo.

“Já que você vai me levar em casa, se quiser já pode ficar.” - Ela deu de ombros.

“Não vou te incomodar?” - Tentei controlar a ansiedade e a felicidade. Eu me tornava tão humano perto dela.

“Claro que não.”

Sorri e fomos juntos para o estacionamento. Ao longe avistei Alice encostada no meu carro. No inicio fiquei apreensivo, mas ao ler seus pensamentos relaxei.

“Eu só quero dizer ola para a Bella. Não se esqueça que agora, nós somos amigas.”

“Oi Bella” - Alice a abraçou

“Como vai Alice?” - O sorriso de Bella era genuíno e eu fiquei mais encantado.

“Tudo bem. Você vai mesmo para a nossa casa no final de semana, não é?”

“Você saberia se eu tivesse mudado de ideia, não é pequena vidente?” Assim que falou Bella sacudiu o cabelo de Alice. Minha irmã riu com vontade.

“Ah faz bem fingir que eu não sei das coisas” - Alice piscou para mim, deu um tchauzinho e antes de ir embora pensou.

“Divirta-se. Não vejo nada que vá atrapalhar o dia de vocês. Só não mencione o você sabe quem, ela ainda não esta preparada para isso.”

Assenti sem que Bella visse. Abri a porta do carro para ela e fomos juntos para a sua casa.

“Tem certeza que não estou atrapalhando?” - Perguntei assim que entrei na casa dela.

“Obvio que não!” Ela respondeu.

“E então quer fazer o trabalho agora, ou quer que eu prepare alguma cosia para você comer. Sou um ótimo cozinheiro.” - Ofereci.

“Eu não duvido! Mas eu não estou com fome agora, então vamos começar com o trabalho.”

Era bom estar com Bella, ao lado dela eu me sentia humano. O silencio na sua mente ao mesmo tempo em que me deixava louco me trazia tanta paz... De repente ela interrompeu sua escrita.

“Tenho certeza que se estivesse fazendo sozinho esse trabalho ele já estaria pronto.”

Sorri com sua afirmação, ela estava certa. No entanto, eu estaria sozinho, como nos meus cem anos.

“Sim, mas eu não teria sua companhia e alem do mais é bom fazer um trabalho do jeito convencional. Sinto-me mais humano.”

Ela não disse nada, apenas continuou escrevendo.

[...]

Perdi completamente a noção do tempo, quando olhei para o relógio vi que Charlie já estava para chegar.

“Perdemos a hora. Eu queria te levar até a cafeteria” - Disse frustrado.

“Nós podemos ir mais tarde ou se você quiser amanhã.” - Ela respondeu e eu sorri por ela gostar da minha companhia.

“Podemos ir amanhã, então. Acho que hoje você deve estar cansada.”

“Só um pouco. Bem, Charlie vai estar em casa daqui a pouco. É melhor eu começar a fazer o jantar.”

“Então vejo você amanhã de manhã. Tudo bem se eu passar aqui para te buscar?” - Perguntei triste pelo meu tempo com ela ter acabado e feliz por saber que amanhã passaria mais tempo com ela.

“Você não precisa ir embora, Meu pai vai gostar de falar com você.” - Foi inevitável sorrir, o que era frequente ao lado de Bella. Charlie e eu tínhamos nos tornado grandes amigos.

“Se quiser posso te ajudar com o jantar?” - ofereci.

“Tudo bem. Quero ver se é tão bom cozinheiro como diz.” - Ela me desafiou.

Enquanto cozinhávamos o clima ficou ainda mais ameno. Divertíamos-nos um provocando o outro. As risadas eram constantes, até que ouvi o carro de Charlie estacionar. O silencio da mente dele, era algo que também me deixava inquieto, mas que assim como Bella me trazia paz.

“Ola crianças! Como foi o dia de vocês?" - ele disse assim que me viu na cozinha.

“Chefe Swan! Tudo bem, obrigado!”

“Oi, pai! Esta tudo bem. O jantar estará pronto em quinze minutos. Vá tomar banho enquanto coloco a mesa.”

Apesar de não comer, posso dizer que foi uma refeição bem divertida, Charlie contou sobre o seu dia na delegacia e a falta do que fazer. As coisas estavam calmas como sempre.

“Já terminou de escrever os ensaios par faculdade Bella? Os prazos terminam na sexta feira.” Charlie perguntou enquanto eu ajudava Bella a lavar e guardar a louça.

“Já estão quase prontos, só falta a universidade do Alasca.”

“E você Edward, já decidiu para qual universidade quer ir?”

“A universidade do Alasca é uma das minhas escolhas. O senhor sabe devido ao clima e tudo o mais.”

“Entendo. Você não vai mesmo se candidatar a Darthmouth?” - Charlie perguntou a Bella, e pela forma como ela apertou o pano de prato eu já sabia a resposta.

“Você sabe que não.”

Decidi interferir nesse momento.

“Bem, a universidade de Seattle também é ótima. Já mandou sua inscrição?”

Bella me olhou agradecida. - “É a minha primeira opção.”

“É uma das minhas também. Talvez sejamos colegas de faculdade.”

“Eu iria adorar”- ela respondeu pegando mais um prato para secar.

Assim que terminamos fomos para a sala assistir a um jogo de baseball com o Charlie. Fiquei na casa deles até perto das nove horas. Bella me levou até a porta. Foi ai que em lembrei que ela não tinha me respondido uma certa pergunta...

“Você não respondeu. Tudo bem se eu passar para te buscar para a escola amanhã?”

“Tudo bem. Acho que o planeta agradece menos monóxido de carbono.”

Rimos juntos.  Eu voltaria mais tarde é claro. Mas infelizmente Bella e nem Charlie saberiam. Perguntava-me o que ela acharia se descobrisse o que ando fazendo.

[...]

No outro dia fomos juntos a escola e como sempre Bella almoçou sozinha. Quando as aulas terminaram, a levei para casa, para que ela pudesse guardar as suas coisas e depois fomos para a cafeteria. Eu ouvi na mente de Mike e Tyler que era um lugar que os jovens de Forks estavam frequentando.

Sentamos-nos e esperamos até que a garçonete veio nos atender.

“Olá!” - disse a garçonete, apresentando-se. Seus pensamentos eram muito audíveis e muito explícitos, mas eu a ignorei. Eu fitei a face de Bella ao invés de ouvir, assistindo ao sangue se espalhar por sob a sua pele, notando não como aquilo fazia minha garganta arder, mas como aquilo abrilhantava seu rosto, como aquilo espantava a palidez de sua pele… A garçonete estava esperando algo de mim. Ah, ela perguntou o que queríamos. Eu continuei a olhar para Bella, e a garçonete virou-se a contragosto para olhá-la também.

“Um cappuccino.” - Bella pediu.

“Dois cappuccinos” - completei.

A garçonete saiu dizendo um volto logo com os seus pedidos. De repente me dei conta de que Bella me fitava, com um olhar curioso.

“O que foi?” - perguntei.

“Ela parece gostar de você!” - E depois começou a rir.

“Não entendi a piada!” - e não havia entendido mesmo, qual a graça nisso? Se ela pudesse ouvir metade dos pensamentos daquela mulher, ela com certeza ficaria corada por um ano.

“Desculpe” - ela murmurou um tempo depois, mas ainda com um pequeno sorriso nos lábios. - “Você devia ter visto a sua cara. Eu só posso imaginar como é desconfortável, você sabe...- ela abaixou a sua voz - “Ouvir o que elas pensam de você. Deve ser constrangedor, para dizer o mínimo.”

“Você nem imagina.” - Disse abaixando os olhos para a mesa.

Bella me surpreendeu, ela instantaneamente colocou uma mão no meu rosto me fazendo olhar para ela e a outra segurou a minha mão. Perguntei-me se a minha pele gélida não a incomodava.

“Sempre que precisar de um pouco de silêncio, você é bem vindo a minha casa. O fato de eu e meu pai não sermos normais, ao menos, serve para alguma coisa.”

“Bella, você é absurda” - Rimos juntos. Ela sempre sabia como melhorar o ambiente e me fazer sentir melhor

Fomos interrompidos pela chegada de nossos pedidos. Quando a garçonete se retirou, Bella tinha um olhar divertido.

“Você sabe, isso é culpa sua. Quem manda deslumbrar as pessoas?”

O que? Eu deslumbro as pessoas? Será que eu a deslumbrava também.

“Eu te deslumbro também?” - Que raios de pergunta foi essa? Ela te vê como um amigo Edward, é obvio que não. Bella ficou pensativa durante um tempo, e eu me amaldiçoei por trazer alguma lembrança a ela...

“Digamos que às vezes” - foi sua resposta e não havia dor, tristeza ou culpa em seus olhos. Foi inevitável não sorrir.

Conversar com Bella era algo fácil, mantivemos o assunto sobre coisas fáceis. Quando saímos da cafeteria, eu me sentia feliz e frustrado. Era hora de levá-la para a casa.

“Sabe já que somos amigos, eu acho que devemos nos conhecer melhor.”

Me surpreendi, ela queria me conhecer? Olhei para ela perplexo, acho que ela interpretou mal a minha reação.

“Desculpe, eu não devia ter dito nada” - Eu estava com aporta do carro aberta, ela entrou com o rosto vermelho. Dei a volta e entrei no carro eu precisava desfazer aquele mal entendido.

“Me perdoe. Acho que você interpretou mal a minha reação, é que...bom, é até meio constrangedor, mas nunca ninguém quis me conhecer..se é que você me entende.”

Será que ela entendeu? Pois eu emsmo não consigo em enteder”

“Tudo bem?” E então eu pergunto e você responde?”

“Com uma condição” - Afirmei.

“E qual seria?”

“Eu também posso fazer perguntas.”

“Sem problemas” - Ela respondeu com um pequeno sorriso. “Então lá vai, quantos anos você tem?”

Essa era fácil - “Dezessete”

Ela bufou - “Tá e há quanto tempo tem dezessete anos?”

Suspirei - “Muito tempo” - Ela aguardou ansiosa e eu sabia que ela queria mais “Me pergunto se isso vai te assustar...Eu nasci em Chicago, em 1901.” - Continuei dirigindo, mas olhando para ela pelo canto dos olhos. Seu rosto estava calmo e transparente esperando pelo resto.

Dei um pequeno sorriso e continuei. “Carlisle me encontrou em um hospital em 1918, eu tinha dezessete anos e estava morrendo com a gripe Espanhola.” - Ouvi quando ela prendeu o fôlego, apesar do som ter sido baixo. Olhei para os olhos dela de novo - “Eu não me lembro muito bem, já foi há muito tempo e as memórias humanas desaparecem”.  Fiquei perdido em pensamentos por um breve período de tempo e então continuei.-  “Eu me lembro de como eu me senti, quando Carlisle me salvou. Não é uma coisa fácil, algo que você esquece”.

“Seus pais?” - Ela perguntou olhando firme em meus olhos

“Eles já tinham morrido com a doença. Eu estava sozinho. Foi por isso que ele me escolheu. Como todo aquele caos da epidemia, ninguém se deu conta de que eu tinha desaparecido”.

“Entendo.”

“Não esta curiosa sobre Rosalie e Emmet ou Jasper e Alice?”

“Esse detalhe da história eu já conheço.” - Como assim ela conhece?

“Alice e eu conversamos” - Claro, essa é umas das coisas que minha adorável e irritante irmã estava escondendo.”

“Posso fazer uma pergunta agora?” - Perguntei ansioso.

“Fique a vontade” - Ela sorriu

“Qual sua cor favorita?”

Ela me encarou incrédula, e depois continuou - “Muda todo o dia, hoje, por exemplo, é o marrom.”

“Marrom?” - Quem gosta do Marrom?Aparentemente ela.

“Eu tenho mais uma pergunta, você não é obrigado a responder se não quiser...” - Como se algum dia eu fosse negar alguma coisa para ela. Bella abaixou o rosto e eu senti a urgência de colocar o meu dedo indicador em seu rosto e levanta-lo para cima.

“Fique a vontade” - Procurei dar o meu melhor sorriso a incentivando.

“Bem... todos na sua casa, eles tem um companheiro. Por que só você não?”

Apertei o volante, de todas as perguntas no mundo, ela tinha que fazer logo essa? Nós já estávamos na frente da casa dela. Respirei fundo apesar de não precisar, o que eu deveria dizer? Senti meu telefone vibrar, o abri instantaneamente, era uma mensagem de Alice.

Diga a verdade.

Tudo bem, aqui vamos nós...


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Notas finais do capítulo

Usei alguns trechos do livro Crepusculo.

Beijinhos e obrigada a quem esta lendo.



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