Por Toda a Vida escrita por Caah_cherrybomb


Capítulo 3
Reencontro.


Notas iniciais do capítulo

E eis aqui o segundo capitulo.espero que gostem. beijos.



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Capitulo 2. Reencontro.

           

Los Angeles era uma cidade maravilhosa. Ostentando grandes arranhas céu, o sol nascia no horizonte, iluminando a grandiosa cidade. Os carros passavam apressados pelas largas ruas, coletivos amarelos escolares se encontravam nas grandes avenidas.

Em um bairro nobre da cidade, perto de uma linda praça de recreação, em uma grande casa de portas marrons de uma madeira forte e brilhosa, janelas rosas claro com grades na parede, Bella terminava de ajeitar suas coisas.

Hoje seria seu primeiro dia no hospital central de LA, e estava nervosa.

Também seria o primeiro dia de aula de Reneesme.

Ambas estavam nervosas, ansiosas e apreensivas. Mas buscavam forças uma na outra pra enfrentar esse novo passo em suas vidas.

Reneesme entrou correndo no quarto da mãe. tinha os cabelos presos em um rabo de cavalo, borboletinhas azuis brilhavam em seus cabelos. Vestia uma camiseta branca com o emblema do colégio particular St Monica, o short e saia azul marinho também trazia o emblema, bem no fim do mesmo, um pouco acima dos joelhos. As mãos puxavam uma bolsa de rodinhas na cor rosa, com os desenhos de seus personagens favoritos de baby luney tunnes.

—Mamãe! Estou pronta. A senhora esta linda hoje.— Disse a pequena se sentando com dificuldade na cama.

Bella lhe sorriu e beijou-lhe a testa, enquanto colocava sua carteira dentro da bolsa.

Vestia uma saia lápis preta, uma blusa social branca de mangas compridas, um scarpin preto, os cabelos castanhos avermelhados estavam presos também. Nos olhos, uma sombra fraca no tom azul, o blush rosado no rosto dava um cor em suas bochechas pálidas, e os lábios, brilhosos por causa do brilho completava o visual.

Pegou a mão de sua menina e desceram as escadas.

Com a casa fechada, tudo dentro da bolsa se encaminharam para o centro da cidade, onde ficava tanto o hospital, tanto o colégio de Reneesme.

No carro, o som de l’amoureuse preenchia o ambiente, e o silencio que o nervosismo provocava dentro do mesmo.

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Quando Bella parou o carro na frente da escola, pelo retrovisor viu Reneesme morder nervosamente os lábios.

—Você vai se dar bem meu amor. — Bella tentou tranqüilizá-la. Mas como tranqüilizaria a filha, se ela estava mais nervosa do que mãe tirando filho da forca?

—Estou com uma sensação estranha.— A jovem sussurrou no banco detrás, sem tirar os olhos da entrada do colégio, onde varias crianças entravam entusiasmadas.

—Meu amor. Você é uma garota fantástica. Tudo vai dar certo você vai ver. Fique hoje, caso não te agrade, voltamos na mesma da hora para Seatlle. Que tal assim?— Bella perguntou com o corpo pra trás, inclinada entre os dois bancos. Reneesme assentiu e beijou o rosto da mãe.

—Boa sorte mamãe.

—Boa sorte meu amor.

A garota saiu do carro, e com passos lentos e cuidadosos caminhou em direção ao colégio.

Bella observou a filha, ate que ela passou por uma grande porta de ferro, e então, sumiu de sua vista.

Respirou fundo e ligou novamente o carro, indo em direção ao seu novo destino.

Embora tanto o colégio, tanto o hospital ficassem no centro, ambos ficavam distantes um do outro.

Enquanto o colégio St Monica ficava em uma região mais conceituada do centro, o grande hospital de Los Angeles ficava em uma região de grande comercio livre.

Com feiras, salgaderias e mercados de pequeno porte, o ostentoso hospital parecia um cartão postal, em meio a tantas propriedades pequenas e com decorações super chamativas.

Entrando pelo estacionamento subterrâneo, parou seu carro em um vaga ao lado de um volvo prata c30.

Logo lembrou dele. Era o carro que tinha na adolescência. Maldição, nem aqui ficaria livre dele e do passado?

Saiu do carro e ajeitou a roupa. Viu seus cabelos presos e andou em direção ao elevador.

O mesmo não se encontrava cheio, mas as poucas pessoas, que antes faziam barulho, logo pararam de falar alto, e passaram a falar em sussurros.

Alguns insinuavam que ela era a doutora Swan, a nova cirurgiã do hospital.

Outros, diziam que não, que era apenas mais uma visitinha do Dr Halle.

Bella revirou os olhos e quando as portas dos elevadores se abriram no ultimo andar, recursos humanos, ela esqueceu seu passado, suas lamentações e tudo o que rondava sua cabeça. Se centrando apenas nas vidas que deveria salvar, e na pessoa que deveria ser.

Ela era Isabella Swan, a nova cirurgiã do hospital central de Los Angeles.

Era reconhecida pelos chefes de grandes hospitais, fora indicada como a melhor.

E honraria a credibilidade que lhe deram.

Caminhou a passos decididos pelo corredor arrebatado de pessoas.

As portas amarelas estavam todas abertas, um aglomerado de enfermeiros e funcionários estavam em volta de uma maquina de café.

Em suas mãos, as conhecidas pastas brancas, pretas, marrons, vermelhas e de cores diversificadas estavam abertas, enquanto avaliavam casos, situações e possíveis curas e tratamentos.

No fim do corredor, a ultima porta estava fechada. A plaquinha preta indicava RH. Dra Halle.

Respirou fundo mais uma vez, enquanto abria a porta.

O ar gelado do ar condicionado ajudou um pouco quando abriu de um tudo a porta, revelando uma moça loira, de pele clara, formas formosas e esculturais. Olhos verdes e um óculos fino na ponta do nariz.

A mulher olhou Bella atentamente, e então voltando seus olhos pra mesa pegou uma pasta onde viu a foto da mulher. Isabella Swan, cirurgiã geral.

—Entre Dra Swan.

Bella entrou e caminhou ate a mesa, sentando-se na confortável cadeira preta de couro.

—Eu sou Rosalie Halle. Pelo que vi em sua ficha, tudo já esta acertado em relação a sua contratação. Mas creio que será necessário que a senhorita conheça o hospital. Primeiro,preciso dizer que temos a melhor equipe, e terá todo o essencial para fazer um ótimo trabalho. Mas levando em conta que a senhorita já é cirurgiã á algum tempo, creio eu que já sabe de tudo o que eu iria falar, estou certa?

Bella riu enquanto assentia com a cabeça. Simpatizou com Rosalie logo de primeira, parecia ser uma moça jovem, uns 20 anos talvez, mas se mostrava bastante madura e centrada.

—Bom, recomendo que vá ate o fim do corredor da ala direita e vista um jaleco, enquanto eu chamo outro cirurgião para lhe apresentar as dependências do hospital.

Bella assentiu e se levantou.

—Obrigada Dra Halle. — Ela agradeceu. Rosalie lhe estendeu a mão.

—Boa sorte Dra Swan.

Sorriram e Bella saiu novamente pelos corredores.

As pessoas a cumprimentavam conforme andava em direção ao vestiário.

Sorriu ao ver a movimentação do grandioso hospital. Com certeza, ele era o melhor.

.-.

Edward estava em sua sala, uma xícara de café preto em suas mãos o mantinha acordado, enquanto sua cabeça estava em ponto de explodir, e o relatório do paciente Eric York mostrava a gravidade do acidente que o rapaz sofreu.

A cabeça doía pela noite mal dormida, pelo stress de sua vida pessoal, pela preocupação que causava a sua mãe, pelas irresponsabilidades de emmet, e por conta do sonho que tivera.

Mas evitava pensar em qualquer uma dessas coisas.

Ele tinha vidas em suas mãos, pessoas dependendo da competência dele pra viverem, e nada era mais importante que isso, por hora.

—Dr Cullen, por favor encaminhe-se ate o RH. Dr Cullen RH.— A voz de Rosálie Halle soou no megafone.Com sua xícara ainda nas mãos, pegou seu bip e o colocou em seu jaleco.

A passos apressados, subiu ate o RH, com os mesmos olhares cobiçosos de sempre.

Ele sabia da beleza que tinha, mas as pessoas deveriam ser mais profissionais, afinal elas iam ali para trabalharem, não paquerarem ou terem fetiches com um medico.

Mas vai entender a mente feminina. Estava acostumado com aquilo, tanto que ganhara apelidos pelo hospital e nem ligará.

Essa situação toda não afetando o senso profissional, o trabalho dele e dos outros, por ele podia dizer que ele era viado, que não ligaria.

A única coisa que tinha que provar ali, era sua eficaz como cirurgião. E ele fazia questão de provar isso todos os dias.

Quando finalmente o elevador parou no ultimo andar, caminhou calmamente ate a sala da Dra Halle.

Rosalie Halle era uma grande amiga. Conheceu ela quando estagiara no hospital de port Angeles, onde seu pai é o grande chefe.

Embora a jovem tenha apenas 19 anos, já era uma moça decidida, cheia de garra e competente.

E talvez a única naquele hospital que o via como Dr Edward Cullen, o cirurgião e amigo, não Edward Cullen, o cirurgião gostoso.

Abriu a porta vendo a moça com  seus cabelos loiros concentrada em um iphone nas mãos.

—Trabalhar Rosalie. Diversão fica pra mais tarde.— Disse se sentando na cadeira em frente a ela.

Rosalie olhou pra ele e revirou os olhos, voltando em seguida a atenção para o celular.

—O que você ta vendo ai?— Edward perguntou tentando espiar por cima da mesa.

—Deixa de ser curioso Dr Cullen. Isso é muito feio.

—Feio é ficar jogando no celular ao invés de trabalhar.

Rosalie o fuzilou com os olhos, antes de pedir que ele se aproximasse mais.

—Lembra do cara que te falei? O bombado que eu conheci em uma balada a um mês atrás?

Edward apenas assentiu, enquanto segurava o riso por conta da atitude da amiga.

—Então. Hoje vai ter uma festa vip em uma outra balada, e ele vai.

—E como você sabe disso?— Perguntou Edward, ainda controlando a vontade de rir. Era incrível como os jovens eram confusos, difíceis e complicados.

—Eu segui os tweets dele.— Disse Rosalie com um grande sorriso. O Dr Cullen não agüentou mais e envergou cabeça pra trás, em uma grande gargalhada.

Ele ainda ria, quando uma batida na porta o faz se recompor.

Ainda com um sorriso bobo e torno no rosto, Edward se virou, encontrando um par de chocolates que ele jamais pensou que veria novamente.

Quando Bella abriu a porta da sala de Rosalie e viu ali, aquele homem seu coração parou de bater, só pra dois segundos depois pulsar em um ritmo acelerado.

Aquele homem de cabelos acobreados e milimetricamente desordenados, aqueles olhos verdes intensos, que desvendam a alma, que deslumbram o ser, e fazem as pernas tremer.

Aquela pele branca, que lembrava como era macia e quente.

Aquele corpo naquele jaleco, o corpo forte ao qual se transformou.

E aqueles lábios.

Os lábios macios, audaciosos, voluptuosos. Os lábios desejosos, os lábios ao qual tocara o seus.

Aqueles lábios vermelhos, em uma linha reta, que tantas e tantas vezes ostentou um charmoso e encantador sorriso torto.

Os lábios, o corpo, o sorriso de Edward Cullen

Edward sentiu o ar se esvair.

Sentiu o corpo entrar em colapso, o coração sofrer um ataque cardíaco.

Sentiu o mundo girar quando aquele mar de chocolate entrou em contato com os seus olhos.

Os cabelos castanhos avermelhados, a pele clara que agora atingia o tão familiar e encantador rubor.

Os lábios vermelhos, cheios e apaixonantes ao qual ela mordia nervosamente.

O corpo cheio de curvas, curvas que ela não tinha tão visivelmente quando era adolescente.

A adolescência. Estava ali na sua frente sua adolescência, seu passado nada esquecido.

Como um filme, o passado começou a passar na cabeça de Edward.

Todos os momentos, felizes e tristes.

Todas as risadas, todos os sorrisos, os olhares cúmplices.

Todas as brincadeiras, todos os dias, momentos e segundos.

A vida dele na adolescência começou a passar em sua mente.

Ate o momento em que ela partiu, e ele nunca mais a viu.

Ate agora, quando ela estava ali em sua frente.

Isabella Swan.

A vida de ambos foi relembrada naquele momento.

Bella sentiu que ia desfalecer.

Como era possível o destino lhe pregar esta peça?

Como era possível ELE, justo ELE cruzar seu caminho quando tudo estava bem?

Como era possível ainda, depois de tudo, e de todos estes anos, ela ainda sentir as pernas bambas, o coração bater, o mundo virar de cabeças pro ar, como se fosse dez anos trás, quando tinha 17 anos e se encantara por este homem?

Como era possível que com tantas coisas pra acontecer em sua vida, justo reencontrar Edward Cullen, fosse a escolhida?

Como ela ainda conseguia olhar dentro daqueles olhos sem ao menos seguir seu instinto?

Sem ao menos  fazer sua vontade que era sair correndo, se trancar no carro e chorar, como uma adolescente melodramática.

Como ela ainda podia se sentir tão deslumbrada por ele, depois de tudo o que ele fez?

Edward estava confuso.

Estava confuso, enérgico, eufórico, e com uma sensação estranha, desconhecida.

Ele estava em um estado diferente. Vegetativo, embora nesta situação, não existia aparelhos, o corpo paralisado por falta de estímulos nervosos.

No seu caso, a respiração estava presa, seu peito doía levemente, seu coração batia euforicamente.

E seu corpo não se movia, mas não por falta dos estímulos nervosos, mas sim por não saber o que fazer, como agir, o que dizer.

Os olhos dos dois ainda estavam conectados.

Rosalie, que estava entretida em seu iphone, ao notar o silencio ergueu a cabeça, e viu os dois ali, presos em uma bolha particular, completamente imersos  em uma conversa quase que telepática.

Os dois se olhavam de uma forma que parecia que liam, um a mente do outro.

Os corpos eretos, paralisados, as respirações presas, e o olhar.

Aquele olhar que dizia mais que mil palavras, fez Rosalie se sentir desconfortável.

Ela olhava os dois embora com estranheza, ainda olhava-os como se o destino de ambos estivesse entrelaçados, como se os caminhos de ambos estivesse predestinados a se cruzar a muito tempo.

Era uma mulher que lia muito romances, e as vezes viajava.

Mas ali ela tinha certeza. Havia historia, e muita historia.

Quando Edward não conseguiu mais ignorar a dor em seu peito, ele respirou fundo.

Bella então percebeu que havia feito o mesmo. E se sentiu tonta quando o ar entrou em seus pulmões.

Parecia que havia ficado naquele estado horas, quando na verdade, não ficara mais que segundos.

Piscou os olhos, forçando a mente a trabalhar.

Edward balançou a cabeça e então mordeu os lábios.

—Isabella Swan.

—Edward Cullen.

Eles disseram juntos, e então, como em um filme, ou um livro qualquer, raios de sol entraram pela janela, fazendo seus olhos brilharem, e o olhar nunca se perder.

.-.

Bella estava em seu escritório. Estava nervosa, e muito nervosa.

Mas o que poderia fazer? Nada. Foi uma pequena e desgraçada coincidência Edward trabalhar no mesmo hospital que ela acabara de ser contratada.

A cabeça parecia que ia explodir. Lembranças rondavam sua cabeça, lembranças de um passado distante, porem nem um pouco esquecido.

Não sabia como seria daqui pra frente, queria esquecer tudo, queria imediatamente voltar pra casa.

Mas não poderia ser tão fraca, não poderia se mostrar tão fraca e covarde.

Precisava ficar, e provar que não era mais a garota tola de 17 anos.

Edward andava em sua sala de um lado para o outro.

Pensara que talvez essa fosse a segunda chance que pediu.

Mas não. Não poderia e não seria.

Isabella, ou Bella não era mais a mesma garota.

É claro que não. Ela era uma mulher. E Ra uma grande cirurgiã.

Não era mais a garota de 10 anos atrás.

—Merda— Resmungou enquanto seu bip bipava, o mandando descer para a área da emergência.

Saiu apressado pelos corredores. Dispensou o elevador e subiu pelas escadas. Era no primeiro andar, e o elevador certamente demoraria muito.

Quando por fim desceu ate o primeiro andar, um aglomerado de pessoas estavam na entrada de emergência. Uma mulher gritava desesperadamente por um homem.

—LOUIS! NÃÃÃO. LOUIS! ACORDE. VOCÊ NÃO PODEME DEIXAR.

Alguns enfermeiros seguravam a mulher, enquanto o Dr Cullen se aproximava dos enfermeiros.

—NÃO ME SOLTEM. É O MEU MARIDO! LOUIS. ME SOLTEM. EU PRECISO FICAR COM ELE.

Os enfermeiros conseguiram levar a mulher dali, enquanto o Dr Cullen via o homem sangrando em cima de uma maca.

—O que aconteceu com ele? — A voz de Bella soou em seus ouvidos.ela estava ao seu lado, com seu jaleco branco e seus cabelos presos em um coque.

—Ele foi baleado. Aparentemente alguma rixa com a policia. Não conseguimos apurar nada, a mulher não tem condições.

—Estanquem o sangue rápido. PREPAREM A SALA DE CIRURGIA 3.  PRECISO DE ENFERMEIROS E AUXILIAARES CIRURGICOS . Edward. pronto pra trabalhar comigo?— Perguntou Bella enquanto corria acompanhando a maca. Edward estava ao seu lado, enquanto se livrava do relógio e da pulseira. Edward respirou fundo e olhou naqueles olhos intensos. Aquele mar de chocolate.

—Estou mais do que pronto.

.-.

—Mais dois centímetros. —Disse Edward pra Bella, enquanto olhava aonde a agulha que Bella auxiliava em suas mãos entrava no coração do homem.

—Dois centímetros é muito Edward. Eu vou apenas um.

—Eu sei o que estou fazendo Isabella. Vá dois.

Bella revirou os olhos e continuou prosseguindo um centímetro. Edward bufou e apertou o pulso dela. Ela o olhou com os olhos arregalados e ao mesmo tempo furiosos.

—O que você pensa que esta fazendo?— Ela indagou.

—Me de a agulha.

—Edward, eu sei o que eu estou fazendo.

—Me de a agulha.        

Bella bufou e o entregou a agulha. Ele tomou o lugar dela, e calculou dois centímetros.

Porem, o calculo não foi eficaz, e o paciente passou a perder seus batimentos.

As batidas de seus coração passaram a cair. Ele estava perdendo a vida.

—TRATAMENTO DE CHOQUE. RAPIDO.

Bella empurrou Edward e colocou o aparelho sobre o peito do homem.

—300.

Teve o choque, o corpo do homem se levantou, porem nada.

—350.

Nada novamente.

—360.

Novamente, porem, o homem continuava lá, sem reação.

—Não vai adiantar. Acabou.

—370.

—Isabella. Não da. Infelizmente acabou.

—380.— Ela pediu, o ignorando por completo.

As pranchas foram colocadas novamente. O choque foi feito, o corpo do homem subiu, e seu coração voltou a bater.

—Graças a Deus.

4 horas se passaram. Bella estava nervosa, porem manteve a calma. Tinha uma vida em suas mãos.

Quando por fim todas as balas existentes no corpo do homem foram retiradas, Bella saiu da sala. Parou ao lado de fora da porta da sala de cirurgia, quando viu Edward. o seguiu e o puxou pelo braço.

—Mas o que?— Ele perguntou antes de se virar e ver Bella ali.

—Nunca mais, escute bem, nunca mais pegue no meu pulso, ou me atrapalhe. A sua falta de maturidade quase nos fez perder uma vida.quando eu disser que sei o que estou fazendo, é porque eu sei.

—Eu não sou cirurgião a toa. Eu sabia o que estava fazendo.

—Eu também  sou. Atrapalhe meu trabalho mais uma vez, e eu transformo sua vida num inferno.

—Bella você não precisa descontar os erros do passado em mim agora.

—É Isabella. E o passado ficou pra trás. Eu quase perdi uma vida, por sua causa.

—Me desculpe tudo bem? Eu também quase perdi uma vida naquela sala. O erro foi meu? Ótimo eu assumo,mas se comportar como uma criança não vai adiantar nada.

—Me comportar feito uma criança? Eu sou criança? Preste atenção no que você faz, e avalie o grau de infantilidade aqui.

—Falando do passado novamente?— Ele gritou enquanto ela se afastava.

—Não. Te alertando pra pensar antes, e não cometer mais erros. Pois se eu erro, é porque foi inevitável, não impensável.

Saiu andando furiosa, virando no corredor. Edward passou as mãos nervosamente pelos cabelos, enquanto grunhia e ia andando apressado pra sua sala. Seria uma vida difícil a partir de agora.

O dia se passou demoradamente, estressadamente, angustiadamente e nervosamente tanto para Edward, tanto para Bella.

A cabeça de ambos estava cheia de pensamentos, e pela primeira vez em suas vidas, o trabalho os estressou. Fizeram mais duas cirurgias, porem separados.

Certamente, se o probleminha na cirurgia do paciente Louis caísse nos ouvidos da direção do hospital, ambos ficariam em maus lençóis.

Isabella estava sentada na cafeteria do hospital, tomando um café expresso, quando uma mulher loira, de olhos verdes e corpo formoso passou pela grande porta do hospital.

Alguns médicos assoviaram, enquanto alguns homens nada discretos literalmente viravam o pescoço, acompanhando o requebrar da mulher.

Bella revirou os olhos. Homens. Ainda eram 15:00 da tarde. Queria ir pra casa, tomar um banho e descansar, deitar na cama e curtir sua filha.

Queria esquecer este dia fatídico. Dormir, e perceber que tudo isso não passara de um pesadelo.

Edward ainda estava em sua sala. Via o caso de Eric ainda. O rapaz o intrigava.

Seu caso era grave, mas misteriosamente ele havia melhorado. Depois de ter um coração transplantado, o corpo não mostrou rejeição. Mas aparentemente, era rápido demais para mostrar melhorias tão consideravelmente boas.

Mas ficava feliz por isso. Depois de seu erro e a discussão com Isabella, não mais Bella, descobrir que uma vida fora salva por ele o fez se sentir melhor.

Levantou de sua mesa e caminhou a um armário logo atrás de si. Precisava de uma aspirina.

Quando voltou a se sentar percebeu alguém em sua sala. levantou seus olhos e se deparou com sua noiva. Tanya.

—O que você faz aqui?— Perguntou bruscamente. Já estava de cabeça quente, e ela ainda vinha ali pra lhe tirar o resto de paciência que tinha?

—O que faço aqui? Você não me ligou. Não atendeu minhas ligações. — Ela disse jogando a bolsa em uma cadeira em frente a mesa dele.

—Não sei se você sabe Tanya, mas eu trabalho em um hospital, não em um shopping Center. Eu tenho vidas que dependem de mim aqui, e um segundo com você, pode ser fatal.

—E eu? Eu dependo de você. Do seu amor, do seu carinho, de sua atenção.— Ela disse manhosa.

—Você esta doente?— Ele perguntou. Ela negou.— Então não há nada com o que se preocupar.

—A única doença que tenho chamasse amor.

—Todos tem isso. felizmente ninguém morre.

—Você é tão insensível. — Ela disse cruzando os braços. — Você ao menos sabe que dia é hoje?— Perguntou ela com os olhos pidões. Edward revirou os olhos, enquanto se levantava e ia ate sua pasta.

Se aproximou dela e lhe abraçou.

—Eu sei Tanya. Meus parabéns. — Lhe soltou e entregou-lhe uma caixinha de veludo.

Os olhos dela brilharam, e quando ela os levantou pra agradecer o lindo colar de ouro branco, Edward já havia partido.

Por fim, a hora de irem pra casa chegou.

O dia fora tão intenso, que o som de passos no chão incomodavam Edward.

Maldita dor de cabeça.

Apertou o botão do elevador, que o levaria ate o estacionamento.

Quando o mesmo se abriu, não pensou que encontraria a mulher ali.

Porque, claro, em que mundo ela estaria o perseguindo não é mesmo?

Não fazia nem sentido isso.

Bella bufou e revirou os olhos. Cruzou os braços e virou o rosto.

De repente a parede do elevador do seu Aldo direito era mais interessante.

Edward entrou e ficou na extremidade oposta dela dentro do elevador.

Os pés batiam no chão, enquanto ele fazia um bico emburrado.

Parecia uma criança fazendo pirraça.

Com esse pensamento Bella lembrou-se de Reneesme.

O que sua filha faria se descobrisse que o pai trabalhava no mesmo lugar que a mãe?

O que faria, se soubesse que o pai estava na mesma cidade que ela?

Ela iria atrás dele? Brigaria com Bella? Ela deveria contar?

Oh meu deus, o que seria da vida dela agora?

Quando por fim o elevador parou no estacionamento, Edward e Bella saíram em disparada do elevador.

Aqueles 3minutos, foram os minutos mais longos de suas vidas.

Mais pareceram horas. Tortura, só poderia ser.

Caminharam a passos apresados pelo estacionamento em direção a seus carros.

Carros esses que estavam um ao lado do outro.

Era um volvo prata C30, um maravilhoso carro esporte, ao lado de um pajero preto esporte, também maravilhoso.

Entraram e ligaram o motor. Parecia cena de filme, onde os motoristas se enfrentavam, vendo a potencia do carro.

Bella bufou e deu ré, podendo por fim se ver livre daquele homem, daquele passado, daquele pesado, mais que ainda fazia seu coração bater. E não era de medo.

Edward viu o carro dela partir, e estranhamente sentiu um aperto no coração.

Novamente ela partia pra longe dele, mas dessa vez, a promessa de que ela voltaria amanhã existia. Porem, não seria pros seus braços.


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Notas finais do capítulo

E então? o que me dizem? beijos e deixem reviews.