Semideuses do Zeyggterasu escrita por Lady Lupin Valdez


Capítulo 2
Guardiões da Noite


Notas iniciais do capítulo

Feliz eu? Estou sim; um sonho lindo, você não apareceu ainda? Calma, a história acabou de começar. Até porque é para vocês e é por vocês que estou escrevendo ela então, vamos nós.

~Enjoy



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—Olha; sabe—Olha; sabe o nórdico Gustav? O japonês Ranomi? O romano Paul? Então... seria ótimo fazer um acordo com eles para ajudarem a realizarem esse trabalho.

—Se é para a Sessão Grega; porque envolver tanta gente assim? Tantas Sessões e incomodar as demais Alas?

Alas são a homenagem á cada deus de uma determinada Sessão. Precisa saber qual deus da mitologia eles são filhos ou parentes. Curiosamente Thomas Nguyen, filhos de Zeus é da Ala 1; Zeus.

—Espera. Então você quer solicitar os seus próprios gregos? – Thomas sabia que Cainan tinha um problema em especial para selecionar semideuses, ele era filho de Thanatos, o deus da personificação da morte, era como dizer que a morte andava ao seu lado, e sua companheira havia morrido, ele só queria ter uma sabedoria para escolher sem se arrepender. Sua companheira era quem fazia isso, e não escolhia apenas os fortes. – Você sabe que isso não é só uma coisa da Sessão Grega, é de todo o Internato. De todos nós. Precisamos achar o Quadro, desvendar essa maldição e acabar com a matança sem sentido também.

Cainan ficou em silêncio.

—Vou fazer a pergunta novamente. – Thomas estava sentado atrás de uma enorme mesa de mármore, que parecia dar poder a ele. – Você quer escolher seus próprios gregos para isso tudo?

—É para fazer o que? – Perguntou querendo os detalhes.

—A coisa mais fácil porém, a mais complicada do mundo, recuperar o quadro.

—Não é melhor eu ir sozinho?

—Eu sabia que ia falar isso... – Thomas olhou para o lado como se pedisse ajuda a algum espírito que só ele via.

—Ele é difícil mesmo Nguyen... – Disse uma jovem que saiu de uma das portas que havia atrás daquela mesa; ela tinha seus cabelos castanhos claros e caminhou em direção do ruivo ficando do seu lado, como se fosse uma autoridade. – Escute Cullen, dois monstros egípcios te deram um banho em combate. Tem um momento da nossa vida em que nós não precisamos de ajuda, queremos ajuda; daí evitamos ajuda; os que precisamos de ajuda e os que sem escolha vamos ter ajuda! – Sua voz era suave e encantadora, mas, estava bem autoritária naquele segundo. Ela era maior que Thomas uns centímetros. – Já que Nguyen não consegue mudar sua mente, eu como filha do deus Supremo Eslavo peço permissão para montar uma equipe para voltarem bem e você não se preocupar.

—Não. – Ele murmurou. – Eu po...

—Você não vai montar um filho da morte! – Cainan prendeu o ar e encarou Thomas que ficou de cabeça baixa. – Você vai? – Ela perguntou novamente quando ele se virou para encarar Thomas que estava sem reação diante da semideusa.

—Eu juro que queria que a minha única preocupação fosse apenas reconhecer, achar e receber novos alunos. – Disse Thomas olhando para o outro lado e coçando a cabeça, ele estava bem nervoso.

—Ah, claro que é sua única opção... – Cainan respirou fundo. – Então eu vou ter que conversar com quem? – A garota deu um sorriso e encarou Cainan.

—Você conversa com os outros?

—Argh! O que você quer de mim? Você está me enrolando, me confundindo; caso tenham se esquecido eu sou o. – Ele foi interrompido pela garota.

—Monitor? De toda a Sessão Grega? Oh, é impossível esquecer... – Thomas limpou a garganta.

—Chega Alicia. Bom; Cullen, voltando ao que eu dizia sem a Boutonier interromper; você sabe que tem que só pegar o quadro e trazer para o colégio. Mas, como sei que está cansado para essa missão, eu sugiro que arrume os guerreiros, voluntários, sem escolha. Claro. Ninguém está te confundindo ou enrolando, estamos só resolvendo as coisas. E você está cansado.

Ele respirou fundo.

—Primeiro querem que eu vá, depois querem que eu escolha alguém para ir, depois querem escolher? Aparentemente eu não sei de mais nada.

—Sim! – A voz se espalhou pela sala inteira. – Isso é confuso de verdade; se decidam! Eu quase fui morto por um monstro ali na Ala 11; caso se perguntem porque estou aqui. – Disse Peter Sparks, um jovem loiro, charmoso de olhos verdes claros; que estava usando uma capa azul que cobria todo o seu corpo. – Vocês já sabem onde o quadro está? Porque se não sabem é um problema em grande escala. Mas, vocês decidem o que é melhor. – O loiro olhou para Cainan. – Cullen! Aan. Eu sinto muito que a Samers não esteja aqui para te ajudar, eu. – Ela não sabia o que dizer. – Como deve ter ouvido eu quase fui morto por um monstro na Ala 11.

—Peter, a Ala 11 é (...) – Thomas mordeu os lábios; Peter era da Ala 2, a Ala de Poseidon E eles estavam agora na Ala de Zeus. A Ala 11 era a de Ares, não fazia sentido ele estar na Ala 11, a caminho da Ala 1, sendo ele da Ala 2 – Ah. Deixa para lá.

Cainan estava cansado mesmo, cansado de tudo, então ele se deu por vencido.

—Sabemos onde o quadro está? – Cainan perguntou.

—Bairro Grego, casa nº7. – Respondeu Alicia. – É a pista mais forte que temos. E a única concreta também.

—Huum. Tá certo. Eu vou lá. – Ele fez um reverencia para Thomas, e acenou para Peter. Filhos de dois dos Três Grandes. –Eu vou achar alguém para fazer essa missão aparentemente “suicida” e pegar esse maldito Quadro já que “ninguém mas pode.

—Olha, eu só acho que devíamos pegar um egípcio com uma boa dose de magia... E...

—Eles não gostam de sair n escuro Peter. Assim como nós, como os Maias, os Astecas, os Japoneses... Mas; lembrando bem, os egípcios são mais difíceis. – Falou Thomas. – Como eles são difíceis.

Nessa hora Cainan pensou em como Thomas pediu para ele solicitar ajuda de um egípcio e ficou com muita raiva.

—Fracos. – Peter murmurou revirando os olhos. Antes de Cainan sair da sala em que estava reunido com o filho de Zeus; ele parou no meio da sala esperando alguma coisa.

—O que foi Cullen? – Perguntou Alicia.

—Tá tudo bem? – Peter foi se aproximando dele. – Você está tendo alguma premonição? – Peter é terrivelmente curioso.

—Não. – Ele franziu o cenho, como se fosse “rosnar” sem motivo, ou com um motivo, sem significar o que seria no instante. O rosnar era como protegendo os outros. –Só pra saberem tem um egípcio acordado.

—E? –Perguntou Peter. – O que tem ter um egípcio acordado? O que isso muda para você? Para nós? – Alicia fez uma expressão de incredulidade.

—Ele está acompanhado?

—Com certeza. – Falou Cainan. Thomas, Peter, Alicia e o próprio Cainan se dirigiram ao corredor principal, onde dava acesso á outras Sessões, em vez de ir para o corredor das Alas que davam em seus quartos que era o que fariam.

Quando olharam para o fim do corredor, vindo de outra Sessão, estava um rapaz alto, magro, com uma chama em sua mão da cor azul, ele estava sendo seguido, e nisso Alicia deu um passo para trás e se escorou na parede.

—Zangbeto... – Ela começou a hiper ventilar, ficou nervosa e colocou a mão sobre o peito. Peter deu uma risada atrás da garota. – O que um Zangbeto está fazendo aqui?

—Você, filha do deus Supremo Eslavo está com medo de um Guardião da Noite? – Antes dele gargalhar Alicia o empurrou nervosa.

O egípcio andava com a chama em mãos descontraído, não pareça que havia notado a presença de algo atrás dele.

—Eu não acredito nisso. Ele passou pela Sessão Africanas inteira. – Falou Thomas observando.

“Africanas”, porque na África, existe inúmeras mitologias e alguns deuses são representados em outras mitologias; contando com a egípcia. E só dava para saber que ele tinha passado por lá por causa do Guardião da noite que o perseguia; o Zangbeto. Esse guardião age como uma força protetora para a Sessão Africanas, eles patrulham os corredores, vigiando as pessoas e rastreando criminosos para serem caçados e receberem punições. É como um palheiro de várias cores ou uma única cor. Os espíritos da noite habitam o traje “palheiro” e em transe possuem habilidades mágicas, já que é um poder que habitou a terra muito antes do aparecimento do homem.
 Eles detectam e assustam bruxas também. E Alicia especialmente tinha um medo em especial daquelas criaturas que ficavam á metros longe dela em forma de palha que andavam sozinhas; que agora aquele egípcio estava trazendo para perto.

—Vai falar com ele Thomas! – Exclamou Alicia.

—Eu? Porque eu? – Antes que ele recebesse uma resposta foi interrompido

—Eih! – Cainan gritou chamando a atenção do rapaz que estava muito concentrado em seu fogo azul que saia de sua mão, mas, perdeu a concentração quando o grito ecoou pelo corredor.

Ele parou, e o guardião também parou bem atrás dele.

—Sim? – Ele respondeu tranquilamente quase formando um sorriso. O rapaz/garoto, bem jovem; tinha a pele escura, não muito clara, mas, parecia suja. Seu globo ocular era preto, a sua íris era azul, em sua nuca crescia fios azuis da cor do céu naquele tanto de fios pretos, e ele tinha a típica maquiagem e vestimenta egípcia. – Eu?

—É você mesmo. Só tem você aqui. – Falou Cainan um pouco nervoso; ele estava jogando toda a sua raiva no egípcio.

  Na verdade. – Ele deu uma risada. – Tem quatro pessoas além de mim aqui.

—Ele é bom. – Falou Peter caído no chão desde o empurrão que recebeu.

—Cala a boca Peter! – Gritou Thomas.

—Você é engraçado hein. – Falou Cainan; o rapaz piscou e passou a mão nos olhos fazendo os seus globos oculares ficarem brancos. – Qual o seu nome hoje? Apaga essa chama! Aqui não é a sua Sessão! O rapaz deu ombros e juntou s dedos e assoprou as chama das mãos.

No momento em que ele o fez o Zangbeto começou a se agitar e a pular de um lado para o outro como se fosse atacar o garoto. Alicia deu grito e antes que Thomas ou Cainan conseguissem fazer alguma coisa; até porque Peter estava quietinho no chão rindo, já o rapaz se virou e jogou fogo no palheiro que em seguida virou pó, mas, continuava pulando até virar pó por completo.

—Tá vendo? – Cainan resmungou. – Você não pode trazer isso pra cá. Aliás, você não pode vir pra cá. Aliás, o que está fazendo pra cá? Não devia andar pelos corredores

—Bom, eu não o trouxe; ele que veio me seguindo, depois, o Internato e os corredores são públicos, daí eu gosto de andar.

—Você não é um egípcio? – Perguntou Alicia ainda na parede, ele acenou positivamente. – E como você sai à noite? – Ele pareceu confuso com a pergunta dela.

—Como eu saio à noite? Como?

—Coragem de sair à noite? Como você tem?

—Você não sabe quem ele é? Thomas, Peter, Alicia; – Perguntou Cainan, ela negou. – Argh! Ele é filho da morte. – Houve uma pausa. – Do Deus da morte; Anúbis.

—Oh! Vocês são parentes de Panteão! – Exclamou Peter.

—Não. – Falou Cainan nervoso. – Ele só é (...)

—Eu tenho uma chama para me iluminar Alicia. Apep nunca irá pega-lo enquanto eu ainda orar para ele voltar bem. Vai ficar tudo bem. Os outros estão na Sessão Egípcia, ninguém vem atrás de mim, estão seguros; até Rá voltar vai ficar tudo bem. – Ele ignorava Cainan.

—E o que você faz aqui? – Perguntou Thomas.

—Quero ir para a Sessão Nórdica, ou a Germânica. Quando o dia chegar, eu volto para a Sessão Egípcia. – Ele falava com uma voz de tranquilidade e firmeza. Sua aparência era de um verdadeiro e antigo habitante do Egito. E isso no mínimo era curioso.

—Mas, você não pode sair rondando as Sessões assim. Isso é contra as regras e você sabe. – O rapaz sorriu. – Para de rir! Não é para vir para cá! E nem pra lá! Fica na sua Sessão, na sua Ala!

—Me surpreende que Monitores se têm nessa Sessão, senhor Nguyen. – Thomas gelou. – Eu volto no amanhecer pra minha Sessão no amanhecer. – Ele eu as costas para os gregos, acendeu sua chama e continuou andando em direção ás outras Sessões. – E eu não invado Alas, passo apenas pelas Sessões.

—Eu vou falar com o Monitor egípcio! – Berrou Cainan.

—Quem é o monitor egípcio? – Perguntou Peter.

—Filho de Rá. – Ele respondeu olhando para trás. – Wilgner Reinhart. Eleito justamente! – Ele se virou completamente para ver a cara de Cainan que não estava muito feliz. E ele riu; e quando o fez todos se coraram, foi como se ele tivesse jogado um charme em todos.

—Eu fui eleito justamente! Com a benção de Zeus, Hera, Tique, Hades e Nice!

—Claro que foi. – Ele zombou.

—Caramba; ele é muito lindo. Por Zeus... – Disse Peter em um murmúrio que irritou Cainan.

—Qual é o seu nome? – Gritou Cainan. – Como você se chama hoje? – O rapaz encarou Cainan que estava no meio do corredor, ele ficou em silencio ouvindo o que Cainan falava. – Você nem pode andar por aqui e ficar nos vigiando.

—Eu não estou vigiando as Alas!

—Cainan, chega... – Falou Alicia com seu ar de superioridade. – Ele já entendeu não é Aan... – Ela ficou em silêncio, não sabia o nome dele. – Ergh. Aan.

—Begpep. O nome dele é Begpep! – Na hora que ele falou o nome, o rapaz olhou irritado. Talvez tão furioso quanto era possível, sua serenidade e calma sumiram.

—Não me chame assim! – O rapaz gritou fazendo “suas chamas” se espalharem pelo corredor, fazendo se tornar um mar de fogo de tão azuis que eram. – Não me chama assim. Eu não sou seu amigo, nem seu companheiro! – As chamas azuis rodeavam Cainan que ficou imóvel, por isso, alguém tinha que fazer alguma coisa.

   -Hey! B... B! – Chamou Alicia. – Ignora ele; tá tudo bem, pode ir nas outras Sessões e depois voltar para a Egipcia. – O rapaz ficou prado, olhando Alicia falar com ele; com tanta autoridade. – Não importa o que o filho de Thanatos disse. Eu sou filha de Perun, o deus trovão... e...

—Uma Eslava na Sessão Grega? – Ele riu e fez um movimento como se enrolasse o fogo entre os dedos fazendo um nó. – Quanta ironia; você pode ficar aí, mas, eu não posso passar? É porque sou filho da Morte?  Ele revirou os olhos. – Obrigado pela gentileza Alicia. Obrigado pelo elogio Peter. – Então ele recolheu todo o seu fogaréu e continuou andando em direção ás outras Sessões.

Cainan olhou para Alicia e Thomas que o encaravam, depois de um tempo, como se estivessem petrificado.

—O que foi? Ele quem começou”

—Sei... – Falou Thomas, acho que você tem algo á fazer. Então por favor, faça.

Cainan revirou os olhos e se retirou.

—Tão rápido como começou, acabou-se. – Falou Peter bem melancólico. – Não devíamos chamar o (...) “B” para a  missão? Ele é ótimo. Aquelas chamas, aquele controle, aquela cor... Beleza(...) – Thomas o encarou.

—Você não sabe mesmo quem ele é, né?

—Filho de Anúbis. Tão obvio.

—Mas, não qualquer filho de Anúbis. Ele só deu um sorriso, e encantou todo mundo. Ninguém sabe muito dele, porque ninguém viveu tanto para ver ele.

—Ele nem parece velho. – Riu Peter. – Mas, sério; se fossem chamar um egípcio deviam chamar ele.

—Para ter outro Zangbeto? Eu pensaria calculosamente em chama-lo, ele conhece uma porrada de “coisas” – Falou Alicia ficando vermelha.

—Ele é estranho? Vocês acham? – Perguntou Thomas. – Se não eu posso convoca-lo para a próxima missão.

—Não. – Disse Alicia calma. – Deixa ele, ele só quer andar.

Enquanto havia tal discursão, Cullen foi á Sessão Grega, acordou todo mundo da Sessão e pediu um voluntário, caso o contrário, ele ia escolher; nisso teve que ir á Sessão Romana, foi na Sessão Egípcia, foi na Nórdica e por último também na Japonesa. Os Monitores de cada Sessão conversaram com os Lideres de uma Ala; era difícil, porque, ninguém queria sair de noite, na escuridão; nisso eles decidiriam um Semideus para a missão; mas, como era perigoso, mandariam Monitores Alas, sendo eles os mais fortes, e assim, eles estariam prontos para “aparentemente” qualquer coisa.
 

Nesse caso “aparentemente” é uma missão de vida ou morte; na hora que o mundo dos vivos e dos mortos está ligado um no outro.


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Notas finais do capítulo

Obrigada por lerem.
Não esqueçam que a sua opinião é muito importante para o desenvolvimento da minha história, se admiram ou desgostam...
A sua opinião é muito importante...

Até o próximo capítulo.

~♥Beijos da Autora ♥~



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