Semideuses do Zeyggterasu escrita por Lady Lupin Valdez


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Sejam bem vindos á minha história; guardada em um caderno, em um armário, a uns anos.
Eu não sei se essa história irá agradar á todos os gostos, mas, ao menos quando se coloca esforço em algo que se ama, talvez agrade á mim mesma. Mas, tem quem irá gostar porque tem mitologia; Mitologias.
~ Espero que gostem...

Enjoy!♥



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“Não há nenhum relato em que Deuses de outras crenças ou Mitologias, além da Mitologia Grega (ou Romana), que possuam filhos com mortais.
Porém, ninguém poderá dizer que é mentira ou verdade, pois, os deuses vivem eternamente, e como imortais vivem mais a cada dia que passa; imortalmente, eternamente.
o que resultaria em algumas escapadas e aventuras com humanos, onde grande parte de suas crias, resultados dessas aventuras com humanos estão sendo relatados e retratados aqui.
  Retratados com calma, carinho e detalhadamente com suas memórias.
Não que precisassem de calma e carinho para serem retratados. ”

  Zeyggterasu Nseishmazd Sangue Prateado é uma junção de sete escolhidos cuidadosamente sorteados entre os deuses; Z de Zeusygg de Yggdrasilterasu de Amaterasu; nse de Ananseis de Ísishma de Brahma e zd de Aramazd; já Sangue Prateado é o significado para criaturas nascidas do sangue de ouro dos Deuses; ou seja o patamar de riqueza é para os próprios Semideuses que habitam o colégio, que no seu centro (exatamente no meio) tem uma parte de um imenso galho da grande Yggdrasil que divide-se entre todas as crenças, mitologias, acolhendo assim os filhos, seguidores, adoradores e crias de semideuses que não tem mais uma ou nenhuma conexão com o mundo dos “mascados”, (que são os que não tem nenhum parentesco com uma divindade imortal.)
  O principal lema do colégio é uma citação de Bhagavad “Armas não conseguem cortá-lo, fogo não pode queimá-lo, água não consegue molhá-lo, ventos não podem secá-lo… Ele é eterno e tudo permeia, sutil, imóvel e sempre o mesmo. ”; o lema significa que eles não podem mudar em nada, serão sempre Semideuses até sua morte.

Conta-se então que após uma enorme explosão todos os deuses se viram de frente aos outros e após um tempo; muito tempo, porque eles não são fáceis... eles se reuniram entre si, e após um período percebendo que eles tinham em comum relações com outros mortais, resolveram fazer um colégio para as suas inúmeras crias sobre a única árvore que ficou intacta na explosão; assim, eles estariam juntos me um outro mundo que não poderia ser perigoso ou desconexo para elas.
  Eis que seria muito melhor ter seus filhos unidos em um mesmo lugar entre possíveis amigos, do que separados e fazendo inimigos; isso seria uma catástrofe. E entre mais de 50 mitologias e crenças existentes, eles se juntaram e aos poucos os colocaram ali. Dentre hora e outra, seus filhos devem ser testados, devem ser desafiados e recompensados por isso.
Mas, por momento, a maior preocupação não era de quantos semideuses o colégio recebeu no último outono, não era de quantas sacerdotisas eles recolheram pelos outros países, não era o tanto de magia que havia se desvaído pelo mundo. E sim, que por um único desvio de atenção dos deuses, tiveram seus itens mais perigosos e famosos roubados; talvez novamente por um mortal, talvez por um semideus, talvez por uma cria de semideus... Só que pela falta de atenção dos deuses, seus filhos devem “ser responsabilizados” por tal furto, inocentes ou não.
 Como eles eram folgados. E descuidados também. Obvio, tem filho é para resolver seus problemas mesmo.

  Em pleno anoitecer de uma noite de primavera, algumas “Sessões” (é assim que é chamada uma mitologia/crença no colégio), não costumam sair à noite, principalmente no escuro; como a Sessão Egípcia.
Para os Egípcios, eles acreditavam que todas as noites o deus-sol Rá, realizava uma viagem de volta para o Oriente, local onde o sol nasce. Logo, essa viagem era feita no Mundo Inferior, porém, Rá nessa sua jornada, era ameaçado por vários inimigos que tentavam impedir seu renascimento no Oriente, e entre seus inimigos o mais temível era a gigantesca serpente Apep (ou Aphopis), a qual toda a noite tentava devorar o deus, impedindo que o dia nascesse novamente. Assim, alguns egípcios tinham o costume de orar ao anoitecer, durante a noite para que o deus Rá conseguisse voltar a salvo e trazer o dia novamente, evitando que o mundo caísse nas trevas eternas. No caso, de quando acontecia um eclipse, era entendido que Apep havia conseguido abocanhar Rá e agora tentava engoli-lo. Essa cultura antiga foi passada para os moradores e as crias egípcias. Assim ainda hoje no colégio eles não saem á noite.

  Várias outras Sessões compartilhavam assim algo similar. Vendo os eclipses como sinas de mau agouro, mensageiros de maus presságios. Os Maias e os Astecas por sua vez acreditavam que os seus deuses do sol, Kukulcán (para os Maias) e Quetzacóalt (para os Astecas) também tinham que enfrentar batalhas durante a noite, contra outros deuses e criaturas que tentavam evitar que o sol voltasse a nascer. Porém havia uma diferença na forma de como eles tentavam ajudar tais deuses. Os Maias e os Astecas acreditam que seus deuses necessitam de sangue humano para recobrarem suas forças, logo eles tentavam realizar sacrifícios humanos diariamente, no intuito de oferecerem o sangue das vítimas aos deuses para que esses conseguissem vencer as batalhas nas trevas e voltassem a surgir na manhã seguinte, trazendo luz, calor e vida. A Deusa Grega Hera interferiu brutalmente proibindo tal matança humana no colégio, então o sacrifício virava de animais. Que os outros deuses também odiavam. Segue esperando sacrifício com sangue.

Agora para os Japoneses, existe uma antiga história que houvera um tempo que ocorreu no tempo que a deusa-sol, Amaterasu costumava viver em uma caverna, e todos os dias pela manhã ela saia da caverna para levar sua luz ao mundo, e se voltava para ela durante a noite.
 Em um certo dia, o deus Susanoo, realizou uma travessura, e assim revoltada com o irmão, Amaterasu disse que nunca mais sairia da caverna e se trancou. Logo todo o mundo fora tomado pela escuridão, as pessoas começaram a ficar com medo, não saíam mais de casa, e coisas ruins ocorreram com o mundo e o frio tomava conta de tudo. Os deuses perceberam a gravidade desse problema e chamaram a deusa Uzume, a qual começou contar piadas e fazer brincadeiras, diante da caverna de Amaterasu junto com os demais deuses se encontravam ali reunidos, curiosa a deusa decidiu ver o que estava acontecendo, quando retirou a pedra da entrada avistou a imagem de uma bela mulher, então percebeu que era ela mesma refletida em um espelho. Assim, ela deixou a caverna, recebeu o espelho de presente e prometeu nunca mais se esconder novamente. Assim, os Japoneses não saem enquanto não terem certeza que Amaterasu cumpriu a sua promessa de sempre deixar sua caverna e iluminar o mundo.

Já os Persas temem sair durante a noite, por que acreditam que demônios e outras criaturas rondavam pelos cantos e capturam os vivos e os matam. Entre algumas dessas criaturas está o Ghoul, o que seria uma criatura semelhante a zumbis que devoravam os vivos, e comumente vagavam por cemitérios e ruínas.  

Assim como outras Sessões como os Gregos, Romanos, Chineses e Indianos, também contam histórias de criaturas que vagam a noite. Acredita-se que durante a noite, o Mundo dos Mortos estava mais próximo do Mundo dos Vivos, possibilitando a abertura de "caminhos" entre esses, daí, ocasionalmente, a maioria das aparições de fantasmas e espíritos malignos, transcorra a noite.
A noite por si só já era um perigo dentro e fora do colégio, por isso todos deviam ficar em silêncio. Mesmo sem sair de noite por medo e temer o mal, a Sessão Grega por sua vez estava à tona, afobada. Com ou sem medo, aparentemente eles não tinham opção e deviam arrumar uma solução aos antigos e atuais problemas. A semana foi exaustiva, velórios, enterros, ao longo do ano, batalhas, duelos eram bastantes desgastantes para qualquer um filho de um deus poderosos ou não, importante ou não. Por isso muitos alunos e moradores do colégio estavam de recesso; ou seja, tinha pouca gente no colégio para ajudar caso algo ruim ocorresse; como estava acontecendo naquela noite.

Em uma sala verde cobalto, com traços de azul celeste no rodapé da sala, cheia de tochas estilo grego, com um lustre de diamante, cristal junto com várias luminárias acessas; haviam gregos acordados, mas naquela luxuosa sala, apenas um.
Cada Sessão tinha um monitor para representar uma “Mitologia” inteira, eles não podiam interferir nas demais Sessões, e também não podiam dar ordens para outras Sessões, mas, recebiam advertências de outras. Não que precisassem de restrições definitivamente, mas, não era como se ás vezes não precisassem exatamente conversar, discutir e negociar entre si; mas, com sabedoria.

—Cainan Cullen; eu lamento profundamente a ausência de Beatriz Samers entre nós. Pode se aproximar... – A voz de Thomas Nguyen, um jovem pálido, ruivo, com belas sardas no rosto, dos olhos verdes claros, ecoou em seus ouvidos e ele se dirigiu à sua mesa, onde havia uma pasta e nela estava escrito: “Reservado para Sessão Grega”, Cainan encarou a pasta enquanto Thomas deu um leve sorriso prosseguindo. –Nós resolvemos voltamos a conversar sobre a missão dos Quadros... – Cainan era um garoto belo de cabelos lisos castanhos escuros e olhos claros, ele se sobressaltou, seu rosto se corou, estava surpreso. – Eu sei que perdemos uma filha de Hemera recentemente, porém, eu tenho que dizer-lhe agora: depois dessa devemos resolver isso imediatamente! – Completou Thomas ao ver a reação e o olhar cansado de Cainan; obviamente ele devia estar dormindo quando aparentemente foi solicitado para ver Thomas.

—Diga... – Respirou fundo e pesado. Estava bem exausto para olhar fixo nos olhos do filho de Zeus. – Pode dizer.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado...
~Beijos da Autora♥~



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