Semideuses do Zeyggterasu escrita por Lady Lupin Valdez


Capítulo 17
Helênicos


Notas iniciais do capítulo

Feliz eu? Estou sim; um sonho lindo; como estamos postando e digitando rápido... Faríamos mais rápido se não estivesse tão frio. Eu não funciono no frio!!
~Helênico foi um Período da Grécia Clássica; e quando eu era mais nova vi em algum lugar que eles não são Gregos; são Helênicos. Qualquer coisa eu mudo depois...~

Então estamos com interações, e gostamos e interação; talvez ficou grande porque eu dei muita atenção aos detalhes... Mas, já estou a começando a diminuir o número por capítulos; e vamos indo. Nesse ritmo encerraremos o arco verão logo e daí começa o arco outono; que é o escolar.
OBS: Tem mais dialogo que tudo; isso conta, ok?

Capítulo novo♥

~Enjoy♥



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Alois se agachou e colocou as mãos na nuca, com a cabeça baixa; depois que toda a adrenalina percorreu pelo seu corpo. Ele havia colocado o seu pulso no lugar, respirou fundo e tentou se acalmar; entrou em um choque ao se lembrar que Trümper prometeu deslocar a coluna vertebral do garoto.  Nisso ele ficou sem ar, e ele então caiu sentado no chão. Foi como um suspiro de aliviado e quase uma vitória de estar vivo.

Mas, como a cor saiu de seus lábios, Mikaele precisou socorre-lo, e correu para pegar água com açúcar, para o acalmar; depois de um tempo, o colocado sentado no banco na qual ela estava sentada mais cedo, e deu o copo para ele. Ela esperou alguns segundos antes de falar alguma coisa.
Quando ela pareceu um pouco mais relaxado, ela notou que ele tremia; pouco.  Mas, tremia.

—Você não tinha que pular na frente. – Ela falou enquanto ele tentava recuperar a respiração. – De verdade!

—Eu não queria que ele te machucasse; parece que você não tem noção... Ele é perigoso, doido, louco; se possível ele pode até ser canibal!

—Mas, por isso mesmo... Todas as circunstâncias; não precisava aparecer no meio da discussão do nada e quase quebrar o braço.

—Você não tinha que retrucar com ele. Ou provocar, nem... – Ele começava a falar; porém, foi interrompido.

—Eu não tinha o que? Primeiro; que ele nem tinha que vir brigar comigo... – Mikaele colocou a mão na cintura estava irritada. – Segundo, eu não tenho que ouvir o show dele. Terceiro; eu não sou obrigada a nada e. – Ela o encarou em seguida. – O que você fez foi irresponsável, impensável; não precisava sair bancando o machão. – Ele ficou boquiaberto. – Ele não me preocupa, nem me amedronta; o que me amedronta de verdade é ele querer mandar em que fica ou quem faz o que aqui...

—Mas...

—Não! – Ela o interrompeu. – Ele não pode mandar em você! Em ninguém... Quem ele pensa que é?

—Piort Trümper?! – Ele disse com uma expressão lógica. – Ele não pensa; ele é!

—Hãn... Grande coisa. Ele não podia fazer isso. – Ela se afastou dele. –Por mim eu quebro aquele nariz perfeitinho dele!

—Perae! Não quebra não! – Mikaele começou a caminhar em direção á casa de Piort. Alois se levantou para impedir, mas, a garota desviou, atravessou a rua e bateu na porta do rapaz. – Não... – Alois murmurou, pensando se, ele se escondia, se ia ajudar ela; se pegava uma pedra tacava na janela e saia correndo... E antes que ele realmente pegasse a pedra, Piort abriu a porta. – Ah(...)

—O que você quer bactéria? O susto que eu te...

—Primeiro; não foi susto; foi chilique... Que deplorável, rapaz velho de cabelos branco. – Piort a encarou. A sua casa por fora estava estragada, sim; mas, por dentro estava destruída; moveis no chão, coisas quebradas, talvez aquilo fosse roupas rasgadas. – E você não tem o direito de dizer quem pode ou não pode morar perto de você.

—E você quem decide? – Ele se aproximou dela. – É você a nova. – Ele se aproximou para puxa-la pela gola, ela mantinha a cabeça pra cima, tentando olhar nos olhos dele, e não se mostrar com medo. Porém, antes dele se aproximar dela foi interrompido.

—Não toca nela! – Berrou Alois se aproximando da casa dele; talvez estivesse com uma pedra na mão. Porém, Mikaele se virou e levantou a mão, para que ele não se mexesse. – Você não vai tocar nela!

—Ele não vai fazer isso – Ela olhou para o outro com um sorriso de sarcasmo. – Não é?

—Eu quero! – Ele a puxou pela gola da camisa. – Eu vou; não quebrar seu braço; - Ela gravou as unhas no pescoço dele. –  Vou deslocar a sua mandíbula! – E não que Piort fosse devagar, mas, o que ele queria fazer não estava conseguindo.... Fazer ela sentir medo. Porque, parecia que ele queria “impressionar” no quanto ele era “mal”.

—Pra eu calar a boca? – O outro riu; exatamente, era o que ele queria dizer.

—Mikaele... – Murmurou Alois decidindo se tacava a pedra ou não; mas, não precisou de fato. Pois, Piort a soltou do nada e ela deu alguns passos para trás e então, para ficarem se encarando.

—Piort Trümper; o que é isso? – Uma mulher muito alta, com a postura rígida, com roupas sociais, olhos azuis, com duas malas de rodas e de cabelos brancos amarrados em um coque, chamou a atenção. Ela se virou tranquilamente para Alois e o olhou de cima a baixo; o fazendo abaixar o braço e soltar a pedra. – Dillard...

—Boa tarde senhora Trümper... Aan... – Ele deu um sorriso preocupado; não sabia o que dizer, só sabia que não podia ficar sem falar nada. – Você está bem? Aan... Está de férias? – Mikaele abriu a boca, por que quando Piort viu a moça, se afastou da garota, parecia mais “cuidadoso”

—Sim. – Ela disse séria. – Mas, mesmo se eu não estivesse; isso não é da sua conta. – O garoto abaixou a cabeça murmurando um “desculpe” bem baixinho. Ela em seguida olhou para Mikaele, e a olhou de cima a baixo de uma forma mais rígida, como se dissesse “saia da frente da minha casa” com os olhos. – E você? – Mikaele se assustou. – Quem é você? (...) Parente do Dillard?

—Mikaele Lueffe, madame. – Ela ficou sem jeito. – Não somos parentes; somos vizinhos e... – Ela desviou o seu olhar da garota a ignorando e olhou para a casa. – Uma completa bagunça, desordem, uma sujeira... – Ela encarou Piort que engoliu em seco. – Que decepção Piort Trümper... – Ele imediatamente abaixou a cabeça e fechou as mãos, em formato de soco.

—Eu sinto...

—Eu não te ouço... Posição... – Piort respirou fundo e elevou a cabeça. Ficou reto, com as mãos abertas junto às suas pernas, que estavam esticadas; ele arrumou o corpo encheu o peito, olhou para a mulher com certa postura. – Pode dizer...

—Eu sinto muito ter deixado isso ocorrer; eu irei limpar. Não se preocupe... – Antes que ela pudesse falar alguma coisa, Alois e Mikaele se olharam e sorriram malandramente um para o outro.

—Nós podemos lhe ajudar. Não é Lueffe?

—Foi para isso que viemos aqui. – Piort os olhou surpreso e em seguida olhou para mulher que ergueu uma sobrancelha.

—Vão?

—Aan... Claro! – Respondeu Alois, mas, não era o que seu corpo queria fazer.  Ela olhou para Piort.

—Estou esperando o seu cavalheirismo... – Ele respirou fundo, pediu licença e pegou as malas de rodas das mãos da mulher e entrou pra entrou, ela se virou para os dois. – Ele já volta para que juntos limparem essa bagunça. – Os dois acenaram positivamente. – Foram vocês?

—O que?

—Não... – Alois sorriu. – Nós estávamos do outro lado da rua; foi bem rápido sabe? Hãn... Foi como o vento; sabe? – Ela o encarou por alguns segundos bem séria; mas, depois olhou para a rua abaixo.

—Sei... Boa tarde. – E entrou.  

—O que é aquela mulher? – Perguntou Mikaele depois que Alois relaxou o corpo. – A mãe dele?

—É.

—Céus; como ela dá medo...

—Sim.

—(...) Será que ela bate nele?

—Será que ele não bate nela? – Ela o encarou. – Que um não bate um no outro? – Ele deu ombros. – Porque não? Pode ser...

—Ele ficou sem graça quando(...)

 

—E você voltou porquê? O dinheiro acabou não é?

Eles conseguiram ouvir o início de uma briga. Começou com a mulher.

—Não preciso do seu dinheiro! Eu não queria voltar e dar de cara com você e essa casa bagunçada.

—Porque voltou? – A voz de Piort era tão enraivecida quanto a dela.

—Estou de férias! Eu moro aqui! Esqueceu?

—Impossível esquecer!

—Que inferno!

—Estou numa prisão agora com você!

—Se estiver incomodado; pode sair pela porta e voltar quando eu for embora!

—Você não pode me obrigar a sair da minha própria casa!

—Posso sim!

—Quem mata o outro primeiro?

—Não ache que você tem esse poder. Só o seu pai pode fazer isso... Ou seja; vai pegar as coisas e limpar a casa! É a minha ordem!

—Que ordem decepcionante Jeanne Trümper... — Eles ouviram alguma coisa ser quebrada; e então a briga parou.

—Caraca... – Murmurou Alois chocado. – Ela é tão nervosa quanto ele. Mikaele riu. – Do que você está rindo? Quer que ela bata em você também?

—Se quando ele aparecer eu disser “mamãe brigou com você? ” – Alois o olhou incrédulo.

—Você tem coragem... porque noção não tem! – Ela começou a rir; o que o acabou fazendo ele se corar sem jeito e rir também. Um tempo depois, Piort saiu de casa com a cara fechada, emanando ódio. – Não fala...

—Não vou. – Disse Mikaele olhando a expressão do outro.

—Eu vou matar vocês... – Mas, ela mudou de ideia.

—Mamãe brigou com você? – Piort pegou um balde e apontou para Mikaele e jogou em sua direção, quando Alois jogou a sua pedra que desviou o balde.

—Viemos ajudar você! – Alois falou com um sorriso quando o outro o encarou enfurecido.

—E eu odeio vocês...

—Engraçado porque vai ficar essa dessa pra gente. – Mikaele disse com um sorriso.

—Mas, eu não queria a ajuda de vocês. Aliás, foi por culpa sua que isso ocorreu! – Falou Piort irritado.

—Não sou babá de ninguém... – Alois segurou nos ombros de Mikaele e deu um sorriso.

—Se começarmos rápido, você se livra da nossa cara logo!

—E os odiarei de longe...

—Nós faremos o mesmo. – Respondeu Mikaele.

—“Nós” é muita gente!! – Exclamou Alois alarmado.

*

Quando se passou exatamente duas semanas e quatro dias do verão, quando o sol estava no topo, e estava um clima bem típico de verão, com pessoas felizes e se divertindo; com suas piscinas, seus banhos de sol, passeios de bicicleta ou outras coisas veraneias. Descansando se divertindo.  

Então um rapaz de olhos cinzas, com um arco senil prateado (arco senil é a presença de um anel opaco esbranquiçado na região periférica da córnea, ao redor da íris.), de cabelos ruivos, laranja-fogo, com um arco e flecha no ombro; com roupas de um estilo despojado, atraente e bonito; alto, com quatro brincos na orelha direta; já abaixo da orelha esquerda ele tinha uma tatuagem de lua crescente. Já na sua nuca ele tinha um arco e uma flecha.
Ele tinha frases em romano do seu lado esquerdo, algumas linhas gregas nas suas mãos e dedos; e o que destacava; no seu ombro esquerdo ele tinha uma chama; e no seu lado direito uma harpa. Ele olhou para a entrada do bairro; haviam quatro pilares gregos, três em cada lado da rua; quatro eram pilares eram pilares Coríntia; que é uma evolução da ordem Jônica; e dois eram pilares Dórica: que são simples e não possui base, estes eram os primeiros pilares. E tinham um letreiro escrito: “Helênico”, que era basicamente o letreiro de entrada dizendo qual bairro era aquele.

O rapaz elevou uma sobrancelha e respirou fundo; e passou a mão sobre um dos pilares e ficou ali alguns segundos; ele sabia onde tinha que ir, só estava se preparando mentalmente para o fazê-lo. Ele desceu a rua de forma quase que majestosa em direção à casa nº131 com um olhar sério e ao mesmo tempo olhar atento e estratégico. Quando chegou de frente á casa, ele deu uma olhada na casa, as janelas estavam abertas, mas, a porta não; então, em seguida pulou a cerca e muro baixo em um único salto e se dirigiu a porta.

—Ingrid Rodriguez!? – Ele se virou de costas para porta depois que deu um um grito alto e sonoro.

—Você!? – Ingrid abriu a porta depois de um tempo.
A garota de cabelos castanhos com uma mecha prateada, com as orelhas cheias de brincos e com uma tala vermelha na mão direita pareceu surpresa quando viu o rapaz na sua porta.

—Sim, porque não? (...) – Ele a encarou de cima a baixo. – O que é isso?

—Ah! – Ela olhou para a tala na sua mão. – Eu me machuquei em uma batalha.

—Batalha? – Ele pareceu confuso, ele não se lembrava dela estar em alguma batalha que resultasse em um ferimento.

—Nos jogos. – Ele arqueou as sobrancelhas.

—Eu não esperava que você fosse fazer algo desse porte. – Ela ia falar algo, mas, ele continuou. – Vai arrumar as suas coisas, por favor, estamos de saída; eu vou te esperar na calçada.

—Bom; talvez eu demore um pouco e(...)

—É por isso que não deveria ter se metido em brigas desnecessárias. Para não se atrasar! – Ele deu as costas. – Mas, você está bem?

—Sim, mas...

—Estarei te esperando.

—Aan; você não quer entrar e me ajudar? – Ela deu um sorriso convidativo ao rapaz que respirou fundo e se virou pra ela antes de pular o muro. – Pode ajudar?

—A regra seria deixar você pra trás... Consegue sozinha? – Ela fez uma postura rígida.

—Consigo... Não demoro. – Ele sorriu para Ingrid.

—Ao seu tempo; vou te esperar; posso ajudar a carregar.

—Obrigada. – Assim, ele pulou o muro e a cerca novamente e ficou parado observando a rua e esperando a garota.

—De nada... – Foi então que uma garota de cabelos pretos com várias mechas roxas e olhos verdes claros passava pela rua e parou de frente pra ele.

—Você voltou... – Ele a olhou de maneira indiferente de braços cruzados. – Como você está? Por quanto tempo vai ficar? – Ela se aproximou dele. – Vai me dizer o seu nome?

—Não...

—Nem a primeira letra?

—Para a sua tristeza; não... – A garota se aproximava mais dele. – Saiu como um deboche, mas, ele não sorriu.

—Raissa... – Ingrid chamou a atenção da garota que estava perto do rapaz dando um tapa em seu pescoço que se afastou rapidamente do rapaz. – Você não tem vergonha?

—Sua estúpida... – Ela sorriu para Ingrid indignada.  – Diga-me o que é ter vergonha... – Ingrid revirou os olhos.

—Terminou?

—Sim. –Respondeu Ingrid. – Pode me ajudar com o arco?

—Posso... – Ele pegou o arco da garota e colocou no ombro.  – Quer que eu leve sua alvaja?

—Obrigada, eu levo de boa. – Ele foi na frente enquanto Ingrid encarava Raissa.

—Não adianta proteger o ruivinho...

—Não adianta tentar alguma coisa com ele!

—Vocês sempre falam isso como sem fosse impossível!

—Sabe que é impossível!

—Nós sabemos que homens têm desejos.

—Você acha que ele se rebaixaria á tal ponto? – Raissa ergueu uma sobrancelha.

—Veremos se não.

—Rodriguez; você vem ou não? – O rapaz que estava bem a frente dela a chamou. Ingrid deu dedo para Raissa e deu a rua correndo atrás do rapaz. Quando ela o alcançou ele a olhou de cima a baixo; ela estava levando uma mochila e duas alvajas com algumas flechas dentro. Ela o olhou sem graça. – O que ela disse?

—Aan?

—Não adiantava o que? – Ela ficou surpresa. – Hein?

—Te proteger. – Ela respondeu.

—Ah. De novo?

—De novo... – Ele olhou para o céu. – Ela sabe que a gente se defende sozinho?

—Não sei. – Ele deu um sorriso de deboche. – O que foi?

—Devia saber. – Ele parou de frente a uma outra casa, e gritou uma garota que estava no jardim. – Celeste Neves! – A garota ruiva com uma mecha prateada e várias tatuagens de constelações em seu corpo se levantou do jardim que cultivava.

—Eu?

—Vai arrumar as suas coisas, por favor; estamos de saída! – Ela pareceu surpresa, e confusa.

—Porque você?

—Porque ainda vamos passar no bairro Romano. – Ela ergueu uma sobrancelha. Aquilo não respondia a pergunta dela. – Pode ficar se quiser.

—Quanta audácia sua! A primeira casa que você deveria ter ido era a da Shir.

—Blerme? – Ele estralou os dedos. – Ela mora na casa 80; e essas são as primeiras antes da dela; ou você não sabe fazer conta em ordem decrescente? – A garota ficou em silêncio por alguns segundos, se sentindo irritada e ofendida.

—Argh! Podem ir chamando as outras, tenho que arrumar meu jardim e minhas coisas...

—Tudo bem... – Ele foi na frente. Ela parecia resmungar de alguma coisa, Ingrid a observou.

—É sério isso? – Perguntou Celeste. – Ela sempre vem de noite e não somos obrigadas a passar pelo Bairro Romano!

—Se ela confia nele; a gente tem que confiar também.

—Não temos não. – Ela fez uma pausa. – Por favor, me diga que não está se apaixonando por ele.

—Não estou. – Falou Ingrid indignada. – Ele só tem o mesmo pensamento que a gente.

—De que lado você está? – Perguntou Celeste. – Não me diga que está do lado de um homem!

—Que não é igual aos outros...

—De fato. Mas, não fique do lado dele. – Ela abriu a porta da casa. – Pode acompanhar ele; eu vou logo atrás.

—Promete que não vai implicar com ele?

—Prometo! – Ingrid acenou com a cabeça e foi atrás do rapaz. Celeste revirou os olhos e esperou alguns minutos para pegar seu celular e mandar algumas mensagens:

“Ele voltou.
O Ruivo de Olhos Prateados
Está Descendo a Rua Agora. ”

Ela não queria implicar com ele; mas, adoraria que outras pessoas implicassem. Do mesmo jeito que Raissa havia o provocado antes; era desse jeito que Celeste esperava mexerem com ele.
Com o queridinho dos deuses gregos.

Então as garotas começaram a sair de suas casas, sentaram sem seus muros, ou nas suas calçadas, aguardando a passagem majestosa do ruivo de olhos cinza. Quando chegaram na casa de Helena a nº83; Celeste já havia alcançado Ingrid e ambos estavam esperando a outra; foram ouvindo o cochichar e a as cantadas que as garotas e até garotos davam de suas casas, varandas, janelas, calçadas; tudo para o rapaz.
Que olhava indiferente, parecia que não entendia que as palavras eram pra ele.

—Foi você? – Ingrid perguntou a Celeste.

—Eu? Jamais...

—Isso tem cara que foi coisa sua.

—Engano seu.

E foi assim, na casa de Maíte, na da Mariani, na casa Shirley; que era a 80; que admitiu que ele fez ele fez certo em ir primeiro na casa das meninas já que as delas vinham primeiro que a dela. Mas, o assédio era muito estampado. Comiam o rapaz com os olhos; deixaram as garotas irritadas, enfurecidas e bem irritadas. Mas, por enquanto estava tudo bem. (...) Por enquanto...

—Margot Jackson! – A garota de cabelos castanhos escuros, com duas mechas prateadas, e olhos castanhos claros apareceu na janela com tudo; o grito do rapaz a assustou. E ela se assustou mais ainda quando ele em um pulo só passou por sua cerca e se aproximou da janela vendo que ela estava com gesso azul no braço esquerdo. – O que foi isso?

—O que você tá fazendo aqui? – Ela pareceu assustada, pois, ele começou a olhar para ela e focou no gesso no seu braço. – Foi um acidente... Eu... Ainda posso segurar meu arco e flecha.

—Jackson... – Murmurou Shirley a olhando de uma forma preocupante.

—Eu posso sim! – O rapaz ergueu uma sobrancelha.

—Certo; prove.

—Ouh, ouh, ouh! – Reclamou Celeste. – Qual é a sua mané? – As meninas que estavam nas suas casas admirando o rapaz.

—Não grita com ele sua babaca! – Gritou Blair que morava na casa a frente.

—Cuida da sua vida Hallsall!

—Osh! Surtada!

—Esperem... – Mandou Shirley. – Nós temos uma regra Celeste; eu como Monitora, digo que “o não manejo de um arco e flecha...”

—Força a ficar pra trás.

—Como isso ocorreu? – O rapaz perguntou a Margot que se encolheu.  Você consegue mesmo segurar um arco e uma flecha? – Ela ficou em silêncio. – O certo seria.

—Me deixar pra trás; eu sei; mas...

—Se consegue segurar; pode ir arrumando as coisas, por favor... Vamos sair.

—Obrigada!

—Eu te ajudo Margot – Falou Ingrid entrando no quintal da garota enquanto ele recebia um olhar assustado de Shirley.

—É errado.

—A gente dá um jeito. Elas não querem ficar pra trás. – Ela ia falar alguma coisa, mas, não conseguiu. – Fata mais alguém?

—Aan... A Barbosa... – Respondeu Mariani.

—Já vai embora príncipe?

—Sem dizer-nos o seu nome?

—Isso. – Ele respondeu levantando uma mão, como se fosse um basta.
E ele não via problema em segurar arco ou aljavas; o único problema era a atenção que ele atraia; porque incomodava mais as garotas do que ele mesmo.

—Ele chegou! – Um berro pode ser ouvido pela rua enquanto eles chegavam próximo da casa de Nayanii; o rapaz não se impressionou só deu uns passos para o lado. Porque exatamente para o lado que ele estav, Evanna e Kathy pulariam em cima dele.

—Mas que putaria! – Resmungou Ingrid. – Estão por toda parte.

—Como você sabia? – Perguntou Evanna estralando o corpo. As duas caíram no chão.     

 -Instinto?

—Instinto o caramba! – Resmungou Kathy.

—Como você está?

—Quando você vai parar conversar conosco?

—Ou com as outras?

—Nayanii Barbosa! – Ele não precisou entrar dentro do terreno dela porquê ela apareceu na porta com tudo; com suas coisas e sua cara de irritada. – Ah! Pontualidade...

—Óbvio. – Ela respondeu encarando Karlan e Weltz? O que vocês fazem aqui?

—O que você acha? – Perguntou Kathy.

—Ver você que não foi... – Falou Evanna sarcasticamente.

—Nós já vamos? – Ela perguntou a Shirley aborrecida.

—Na verdade vamos passar para chamar as demais garotas. – Respondeu Shirley.

—Que droga... Eu estou pronta e se...

Eu vou matar vocês! Vou esmagar seus crânios!

Juan e Gavin riam e gargalhavam de Piort que não conseguia os alcançar; eles eram rápidos como e contra o vento, e em zig-zag nisso, qualquer coisa que Trümper atacasse neles não atingia.
O ruivo então pegou o seu arco, tirou duas flechas de sua aljava e apenas deu uma olhada para os dois garotos; esticou o arco e as soltou.

As duas transpassaram a barra da camiseta de ambos os fazendo cair no chão e ficarem presos pelas flechas no asfalto. Piort se virou com tudo e não pareceu lá muito surpreso. Apenas deu um sorriso. O outro se aproximou dele e trocaram um cumprimento bem rápido.

—Piort....

—Argo...

Argo?— Murmurou Evanna estranhando o tom que o outro usou. Tão maléfico. O ruivo se aproximou dos dois e pegou as flechas.

—Peguei as minhas flechas... Pega os seus fugitivos. – Piort correu pegou e puxou os dois pelos cabelos.

—Que surpresa te ver por aqui... Juno aos semideuses...

—Me mandaram aqui. – Ele deu um sorriso vitorioso para Piort guardando suas flechas.  E sabe como é né? Eles confiavam em mim.

—Eles? – Perguntou Juan entrando na conversa.

—Zeus?

—Ares?

—Calem a boca! – Mandou Piort. – Vocês dois vão me pagar!

—De fato... – Começou Evanna se aproximando do ruivo junto com as meninas. – De que deus você é filho?

—Se eu tivesse te visto no colégio eu ter. – Kathy foi interrompida.

—Você teria sido transformada em animal... – Disse Piort com um sorriso sarcástico.

—Animal? Porq.

—Ele é um caçador de Ártemis! – Disse Nayanii passando por eles e tocando no ombro do tal “Argo”. – Vamos; não vamos nos atrasar... – Kathy ficou em choque por alguns segundos.

—Falou Piort.

—Obrigado Argo.

—Espera, espera... – Começou Evanna tomando a atenção dos “caçadores”. – Argo?

—É; Argo... – E ele começou com um tom de voz indiferente, como sempre. – É como Argonautas, mas, não é Argos; nem argonauta. É apenas Argo. Tenham um bom verão...

Então, os caçadores de Ártemis iam começar sua caçada com a deusa naquela noite de verão; ou seja, não tinha mais nenhuma caçadora no bairro. Evanna ficou em choque por alguns segundos. Kathy ficou pensando como ele poderia ser um caçador?

—Gente; ele é mulher?

—Não! Ele é homem! – Respondeu Piort como se lesse a mente da loira.

—Então? – Perguntou Evanna. – Como ele é um?

—Eu não sei; ele só é. E mesmo com a beleza de vocês ele nunca olharia pra vocês

—Dúvida? – Piort riu.

—Pergunta pra qualquer garota dessa rua, se ele parou para dar atenção pra alguma. Se ele respondeu qualquer uma; talvez teria chance... Senão; você não é exceção.

—Porque? – Perguntou Evanna nervosa.

—Não sei; só sei que sempre foi assim. – Ele respondeu. – Ele é o favorito dos deuses, acha que ele ia se importar com alguém?

—Acho! – Falou Juan.

—Ele é uma pessoa normal né? – Perguntou Evanna.

—Um Semideus né? – Retrucou Kathy.

—Eu não sei... Mas, sempre foi assim...

—Assim como? – Perguntou Gavin.

—Indiferente pra ele... Como sempre foi; e está tudo bem.

*

Já estava anoitecendo quando Brenton saiu de sua casa e foi correndo para casa do primo. Já havia passando um bom tempo para se tirar conclusões precipitadas; então quando as caçadoras se retiraram para as caçadas, ele resolveu agir da melhor maneira que achou mais útil; e foi direto para a casa nº01.

—PETER! PETER!

Brenton praticamente se jogou dentro do quintal do amigo; que diferente das demais casas havia uma enorme piscina (quase maior que a casa, essa era a diferença) e uma pequena cachoeira, a casa era um azul luxuoso com o pé da casa branco em um quintal onde havia várias e várias árvores, uma mais carregada de frutos que a outra. O som da casa estava estrondeante não era surpresa o garoto não ter ouvido nada. E mais surpreso porque não estava tendo uma festa.

Ao som dos Beatles, Brenton esmurrou a porta no máximo que conseguia, estava apressado e por mais intrigante que fosse, odiava os Beatles, então a música e a pressa o fez ficar revoltado. Depois de uns três muros a porta se abriu.

—PETER SPARKS!

—O que é? – O loiro perguntou apressado, meio assustado pelo som da porta e o grito. – Que seja importante, que seja especial que seja... Seja...

—Karlan? – Brenton encarou a garota que estava deitada em um sofá enquanto Peter estava no outro. – Natalie? – A ruiva estava deitada no chão. – Você pode vir aqui por favor?

—Porque?

—Porque é urgente!?

—Você me caguetou; não vou! – Brenton ergueu uma sobrancelha indignado.

—Porque se eu fosse você eu vinha...

—Não...

—Quer voltar a ser Monitor?

—Aonde quer chegar?

—Você lembra do Escaravelho de Ouro da Cozinha?

—Sim.

—Descobriram que ele tá lá! – Peter fez uma expressão de que perdeu algo importante e deu um pulo do sofá.

—Ah não Nguyen! – Exclamou Peter batendo a porta e desligando o som com uma puxada rápida de tomada, poderia queimar, mas, era bem melhor do que esperar pelo tedioso processo de desligar sozinho; assim os dois saíram e bateram a porta.

Com o barulho as duas garotas acordaram com o susto.

—O que aconteceu?

—Peter? – Chamou Natalie. – Acho que ele saiu. –Ela deu um sorriso pra outra. – Liga pros outros, vamos fazer uma mega festa da piscina.

—Olha o abuso. – Ela riu. – Cinco minutinhos... (...) Será que a gente pode chamar um egípcio?

—O egípcio? – Natalie perguntou.

—Quem mais?

—Porque o egípcio? Só ele? Chame os romanos também! – As duas deram um grito.

Enquanto as duas gritavam animadas, Brenton e Peter subiam a rua com uma expressão preocupante, como se não chegassem até onde queriam em determinado tempo poderiam até morrer; mas, o maior de todos era que Sparks não se deu conta que saiu de casa com sunga e uma camiseta longa. Talvez fosse por isso que todos os encaravam de uma maneira bem estranha.

—Ah Peter...

—Você que me chamou na minha casa feito um desesperado, vai tomar no cu!


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Notas finais do capítulo

Break querida; seu mês começa amanhã; não é??
^~^
♪♫•*¨*•.¸¸❤¸¸.•*¨*•♫♪ •.¸¸.•´¯`•.♥.•´¯`•.¸¸.•.♪♫•*¨*•.¸¸❤¸¸.•*­¨*•♫♪
Capítulo fechamento do mês ♥

♥Eu sempre direi; estou aqui para vocês. Lady é o meu nome, e a minha imaginação é extremamente expansiva, criativa e magicamente adorável ♥

♠Da sua Autora Semideusa criativa Favorita♠
♣E uma salva de palmas para o nosso computador favorito♣
♦ Até o Próximo Capítulo♦

♪♫•*¨*•.¸¸❤¸¸.•*¨*•♫♪ •.¸¸.•´¯`•.♥.•´¯`•.¸¸.•.♪♫•*¨*•.¸¸❤¸¸.•*­¨*•♫♪
 (◡‿◡✿) Eu acho que eu deveria descrever os Semideuses dos outros Bairros... Mas, primeiro; preciso achar seus pais imortais; uma vez feito, os outros vão aparecendo...
♪♫•*¨*•.¸¸❤¸¸.•*¨*•♫♪ •.¸¸.•´¯`•.♥.•´¯`•.¸¸.•.♪♫•*¨*•.¸¸❤¸¸.•*­¨*•♫♪

~♥~Um Beijo da Autora ~♥~



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