Semideuses do Zeyggterasu escrita por Lady Lupin Valdez


Capítulo 16
Travessuras de Verão(...)


Notas iniciais do capítulo

Hey Du!!
Mais um dia da quarentena; mais um capítulo...
Eu já tava pensando numa drama dessa desde o capítulo 4 (É assim que Semideuses lidam com a dor, eles culpam os outros)
Até porque; gente... Vizinhos são o sangue do nosso ódio e nossa fonte de fofoca (rsrs, nessa quarentena que eu diga)
Eu quero tanto voltar a escrever pouco...
Mas; 4.200 é menos que 5.370; convenhamos...

Então estamos com interações, e gostamos e interação; talvez ficou grande porque eu dei muita atenção aos detalhes... Mas, já estou a começando a diminuir o número por capítulos; e vamos indo. Nesse ritmo encerraremos o arco verão logo e daí começa o arco outono; que é o escolar.
OBS: Tem mais dialogo que tudo; isso conta, ok?
~Eu tenho que muito agradecer á Break; por cada comentário que ela me dá e recomendação também, estou esperando o dia especial para responder á altura dos comentários porque fico sem jeito...

Então, posso dizer que dedico esse capítulo á você ♥

Capítulo novo♥

~Enjoy♥



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E amanheceu e já era basicamente quase uma da tarde, e aquele ser assombroso que ficou encarando e imitando Mikaele; não apareceu e nem desceu a rua para voltar supostamente “para sua casa”. E mesmo que o tentasse descrever para os pais e a irmãs, a resposta sempre era a mesma... “Porque alguém ia ficar imitando você? ” Ou “fogo azul é combustão, como de fogão, ele é por acaso um fogão? ” Ou a melhor “Você estava mesmo acordada? ” Certo; a outra pergunta ela não sabia responder porque realmente era estranho dizer “ele tava segurando fogo da cor azul”.

Elas perderam a noção de quanto tempo já estavam ali, porque não tinha muita coisa para fazer. Não tinha sinal para celular, ainda não tinham sinal de wifi; a televisão ainda não era a cabo... Ou seja, ficaram sentadas na varanda da frente da casa. Sem fazer nada, pensando em alguma coisa para fazer; depois do almoço e estarem descansando a barriga.  Jaqueline e Vitória se sentaram na varanda, enquanto Mikaele sentou no banco e se arrumou para ler um de seus livros.
Até porque toda a sua paciência foi para o saco. Ela já não estava com tanta paciência desde que vira o “ser” de madrugada que começou a imita-la; e não estava com mais paciência para dizer que não estava mentindo.  Ela não se lembrava como ele era; não conseguiu notar muita coisa, porque aquele fogo prendeu sua atenção e curiosidade.

(...) Pretos. Seus cabelos eram pretos. E negro. O cara que estava aparentemente bisbilhotando a casa dela; era negro. Não muito escuro, talvez da sua cor... Como chocolate.
Se era real? Céus! Claro que era; ela não iria imaginar alguém daquele estilo assombroso espionando a sua casa e a imitando da janela.

(...)

Ela viu! E pronto final!

—Está tão chato... – Murmurou Vitória deitando na frente da porta da casa, na varanda com uma voz melancólica.

—Está muito chato! – Continuou Jaqueline com uma voz mais entediada o possível. Sentada na varanda e olhando para o céu.

—Insuportável... – Continuou Jaqueline.

—Acho que eu vou morrer. – Mikaele se virou para as duas.

—Porque não vão ler? – Vitória ergueu uma sobrancelha e a encarou. 

—A gente quer se divertir e não se entediar ainda mais...

—Sentadas nós já estamos. – Falou Jaqueline olhando para irmã que a encarava. – Quero me movimentar! – Ela fez alguns movimentos com as mãos para tentar demonstrar que queria mover o corpo.

—O que você acha Jaqueline? – Vitória olhou para a irmã com forma de sarcasmo. – Nós estamos aqui por causa dela. – E apontou para a irmã. – A culpa sempre é da Mikaele!

—Vai se lascar! Eu não saí beijando três meninos em menos de uma semana. A culpa foi sua! – Retrucou Mikaele.

—Desculpa, gatinha; eu não sou você que não pega ninguém.

—Me erra Vitória; me respeita; - Ela disse começando a ficar irritada. – Eu sou melhor que você! – Ela se levantou do banco e foi em direção à irmã mais nova.

—Cala a boca Mikaele – Falou Vitória irritada.

—Briga, briga... – Começou Jaqueline batendo palmas. – Adoro!

—Cala você osh; eu tô tentando ajudar!

—Aah, jura? – Disse Vitória com sarcasmo.

—Então dê uma solução melhor!

—Primeiramente por mim, eu nem queria estar aqui; tá? Segunda nem foi escolha nossa; então... Eu queria estar dormindo! – Mikaele ergueu uma sobrancelha.

—Céus, você só dorme. E come. Credo! – Ela a olhou com desdém.

—Tá incomodada? – O dom sarcástico a fez passar a mão pelos cabelos, contendo a raiva.

—Uh... – Falou Jaqueline.

—E se eu estiver o que você vai fazer?

—Eita...

—Não vou fazer nada, não sou eu que estou incomodada. – Falou Vitória cruzando os braços.

—Cala a boca Vitória! – Berrou Mikaele.

—Agora sim; luta, luta!! – Disse Jaqueline animada.

—Você só manda calar a boca menina, fala outra coisa!

—E você é muito folgada...

—Nossa; como eu preciso viver da sua opinião... – Falou Vitória a olhando com um sorriso nos lábios.

—Eu te dou um murro e você nunca mais vai viver. – Ela deu dois passos para trás quase rindo.

—Nossa Jaque, tá vendo como ela fica brava porque não sabe responde?

—Um ponto pra Vitória! Vitória um, Mika zero! – Foi aí que Mikaele foi pra cima de Vitória para tentar bater nela; de início, ela queria puxar a outra pelos cabelos e aí sim, dar um murro; quando Vitória se agachou e colocou a mão no rosto rindo.

—Oh mãe a Mikaele quer me bater!

—Gente é pr.

De repente uma gritaria, confusão, gargalhas, barulho de coisas sendo quebradas pode ser ouvido; era na rua. Houve uma correria que passou bem na frente da casa delas, e alguém jogando pedras nas pessoas que corriam.

—Olha! – Exclamou Jaqueline. – Essa rua tem movimentação.

—Mora realmente gente aqui! – Exclamou Mikaele.

—Eu quero saber qual foi o barraco! – Falou Vitória.

—Eu vou contar pro Schäffer! – O rapaz da casa da frente berrou; era o mesmo rapaz que havia brigado com Pablo outro dia.

—Ele vai contar pro Schäffer! – Alguém comentou rindo.  

—Se vocês se aproximarem da minha casa de novo, eu vou quebrar os seus braços! 

—E como a gente vai subir a r(...) – Pareciam que se divertiam com a ira do outro.

—Voem! Seus insuportáveis! Seus merdas! – Eram dois garotos que riam dele; mas, não dava para ver eles, estavam umas casas abaixo; só dava para ver o rapaz de cabelo branco; irritado. – Eu agora estou realmente puto! Intrometidos! Arruaceiros! Eu sou superior á vocês! – Ele tinha um nível de paciência explosivamente baixo. – Vitória ergueu o pescoço e ficou na ponta dos pés para ver o que de “grave” haviam feito para o outro; ou na casa dele. Foi então que ele se virou para ela e a encarou, as três se voltaram para trás quando ele encarou. – O que é que você tá olhando? – Antes que Vitória pudesse responder, Jaqueline e Mikaele tamparam a boca dela, e ficaram quietas. – Que inferno do caraio! Preciso tirar sangue de um... (...) Maldição!

E ele entrou em casa batendo a porta fazendo um som estrondoso. Ele estava com muita raiva, porque deu para ouvir ele berrando e falando palavrões, jogando algumas coisas dentro da sua casa. As três se olharam assustadas; porém, mais chocadas do que assustadas.

—Eu odeio gente má educada; nervosinho... Doido... – Murmurou Vitória. – Porém, bonito com todas aquelas tatuagens... – Mikaele ergueu uma sobrancelha sem entender.

—Sério isso?

—Mas, o que foi que eles fizeram? – Jaqueline foi andando até perto da calçada para tentar ver o porquê o outro ficou nervoso; ela tentou ver algo que eles poderiam ter feio, mas, não viu nada. – Ué, mas; não tem nad.

Foi então que um vento passou por seu lado, e um garoto surgiu do seu a observando da cerca com uma expressão de alivio e um simples sorriso.

—A gente pinchou a porta dele, o muro, e o pé da casa... Customizamos umas roupas dele que estavam no varal e pintamos o agasalho preto dele.  – Ele sorriu e se aproximou de Jaqueline. – Prazer, – Ele esticou a mão para ela. – Eu sou Juan Kuerten. E aquele ali é meu irmão; Gavin Jamilson. – Ele apontou para si e depois para Gavin. Eles nem tinham o mesmo sobrenome; mas, Jaqueline deixou passar. – E nosso trabalho de verão é irritar aquele cara. – Ele apontou para a casa de Piort.

—Eu sou Jaqueline, aquela ali é a Vitória e a outra é a Mikaele. – Ela foi apontando e falando. – Lueffe. – Ela completou.

—Prazer... – Falou Gavin se aproximando delas e entre segundos olhando para a casa do garoto. – Desculpem a bagunça; mas; ele quem começou.

 -Mas, o que ele te fez? – Perguntou Vitória se aproximando dos dois, Mikaele ficou na varanda, não se aproximou, apenas acenou quando a irmã disse o nome dela.

Valendo lembrar que Juan tinha piercings na sobrancelha, no lábio inferior e um brinco em forma de asa com seus olhos castanhos claros e cabelos acaju.
Já Gavin tinha seus cabelos castanhos escuros, olhos verdes claros e agora estava com uma tatuagem no ombro direito de um caduceu, e no ombro esquerdo uma chave antiga que possuía uma asa.  Certo; essa era é nova.

—Ah! Ele é um insuportável! – Resmungou Juan olhando para a casa do outro. – E arrogante!

—Se acha o dono dessa parte da rua... – Gavin esticou os braços simbolizando a parte em que eles moravam. – Por culpa daquele cretino a gente quase morreu...

—He-he. – Mikaele riu da varanda. – “Cretino”. – Ela disse para ela mesma.

—Eu acho que ele fez de propósito. – Murmurou   Juan. Jaqueline achou bonitinho o jeito em que eles alternavam as frases. – Enfim, aquele tirano!

—E odiamos tirania! (...) E outra, é a vez dele sofrer as dores; é uma sorte morar perto da gente! – Exclamou Gavin.

Os garotos tinham uma expressão alegre e um semblante de “confusão e travessura” que espalhavam por entre eles. Seus sorrisos estavam estampados em seus rostos, e eles pareciam eufóricos, enérgicos, entusiasmados... Eles estavam a todo vapor; isso era visível.

—Mas... A gente falou muito; tipo muito mesmo... – Disse Juan estralando o corpo com rapidez; ele era aparentemente muito rápido. – O que vocês estão fazendo nessa casa?

—Aan... A gente mora aqui agora. – Falou Jaqueline sem entender por que da pergunta. Era óbvio.

—E pode morar gente aí? – Eles pareciam assustados; porém, mais surpresos do que assustados.

 -Estamos morando aqui! Então eu acho que sim! – Falou Vitória com tom óbvio; Jaqueline acabou dando um cutucão nela pela aparente falta de educação com o que poderia ser os novos amigos.

—Uau! – Os dois falaram admirados.

—E como é morar aí?

—Vocês acharam algo interessante?

—Tesouros?

—Ouro?

—Coisas que dá para vender? – Juan perguntou se aproximando das duas, como se fosse rouba-las.

—E ganhar um bom dinheiro com isso? – Gavin tirou Juan da proximidade delas.

—(..) A casa é grande?

—Tipo enorme?

—O que tem no sótão? –Juan apontou pra cima.

—Vocês têm um porão? – Gavin apontou para baixo.

—Faz quanto tempo que chegaram?

—Estão gostando daqui? – Gavin deu um sorriso; não tinha mesmo visto quando elas chegaram. E quando fizeram a reunião não chamaram os que moravam nas casas acima da de Julian; a 14.

—São só vocês três? – Perguntou Juan fazendo três na mão

—Calma leão! – Vitória exclamou. – Aan... Eu esqueci a metade das perguntas. Se estamos gostando daqui? Não! – Ela riu de nervoso.

—Mas, ainda tem a nossa mãe e o nosso pai. – Disse Jaqueline tranquilamente.

Houve um silêncio.

—Espera... Vocês moram com os seus pais? – Perguntou Gavin.

—Os dois?

—Sim?!

—Mãe e pai normal?

—Não... – Jaqueline mexeu o dedo dizendo “não”. – Relaxa! São dois ets! – E Vitória riu.

—Sim, são normais.

—Estranho... – Sussurrou Juan.

—“Talvez ainda não se apresentaram.. ” – Ele fez uma pausa olhando para a casa de Piort. – Enfim, certo; suas extraterrestres. – Começou Gavin e os quatro riram. – O que vocês fazem agora?

—Além de conversa com vocês? – Começou Jaqueline. – Nada!

—Huum... Sei lá... Acho que o “Piorta” ainda não teve toda a sua lição.

—Teve, mas, falta pegadinhas... Pensa em uma... – Falou Gavin; olhando para Juan. Em seguida ele olhou as garotas. – Vocês já tacaram ovo na casa de alguém?

—Eih! – Mikaele exclamou para as irmãs. – Não é pra irem não! – Elas a ignoraram e deram total atenção aos garotos.

—A gente vai sim. – Falou Vitória.

—A gente nunca tacou; mas, nós jogamos sem problema! –Elas falaram felizes.

—Haha! Eu entendi aonde você quer ir! – Disse Juan á Gavin.

—Nós tentamos jogar papel higiênico molhado em uma casa; não deu. – Falou Jaque.

—Papel higiênico? Molhado?

—Não saí fácil! – Jaque riu; em seguida os garotos riram.

—Eu gostei dessa guria! – Disse Gavin apontando para Jaque. – E você? – Ele olhou para Vitória. – O que você poderia tacar?

—Aan (...) – Ela pensou um pouco. – Ou então; papel higiênico seco. – Os dois estralaram os dedos.

—Fechado! Vamos juntos nessa!

—Eba! – Elas gritaram.

—Esperem a gente aqui que nós já voltamos!

—Vocês vão gastar ovo e papel higiênico? – Mikaele perguntou sem entender a lógica. O vizinho da frente quase os matou á poucos segundos.

Jaqueline ergueu uma sobrancelha.

—Onde é a casa de vocês?

—A minha é na 5; a do lado da de vocês... – Disse Gavin apontando a casa dele ao lado, que tinha um observatório com um telescópio. – E a dele é na 2. Próxima da de vocês. Na verdade, da minha. – Ele apontou para Juan.

—Então acho que dá para ir até a calçada de vocês ao menos.

—Não; vocês não deviam ir.

—A gente volta mais tarde! – Falou Vitória acompanhando os dois.

—Avisa pra mãe.

—Ou o pai.

—Se alguém perguntar... – Encerrou Jaqueline.

Mikaele olhou desacreditada. Na verdade, ela acreditou. Elas queriam mesmo fazer alguma coisa; e já que não queriam ler, iam mesmo atrás do que fazer; e óbvio se entreter. Embora fosse muito perigoso. Mas, ela estava muito convicta de que se aqueles dois garotos, (que também estavam visivelmente entediados), sabiam o que estavam fazendo. Porque senão soubessem; eles não iria atacar o guri com cabelo de idoso novamente.
Mikaele se sentou de novo no banco e voltou a ler o seu livro. E ficou pensando se era bom ler ao ar livre. Não era de seu costume; mas, como não conseguiu achar a entrada para aquele quarto secreto e magnifico, optou por ler no banco do seu quintal. Como a rua não tinha muito movimento; aliás, movimento nenhum, não precisou se preocupou em ser incomodada. E como as suas irmãs saíram não tinha ninguém reclamando que “está muito chato”.

Ela não podia negar também; estava bem chato, até mesmo pra ela que estava lendo. Parando para refletir desde o dia que eles chegaram naquele lugar abandonado por Deus; o cara que ela viu da janela de madrugada; foi a coisa mais intrigante e misteriosa que ocorreu.
Sim; teve quando acharam aquele quarto escondido, e tudo dentro dele; mas, depois não conseguiu mais voltar aquele lugar. Então no fundo estava também entediada.

E um pouco ansiosa para ver o que aqueles garotos e as suas irmãs iam fazer. 

*

Quando já tinha esquecido de que suas irmãs mão estavam no meu quintal que ela sentiu uma movimentação; mesmo sem som, dava para ver os garotos e suas irmãs pelo canto dos seus olhos. Vitória e Juan foram na frente; eles estavam com dois rolos de papel higiênico cada um com dois. Juan passou correndo na frente jogando um rolo e quando ele caia ele jogava de novo. Ele jogou no quintal, nas duas árvores que ele tinha no quintal e um pouco no telhado; já Vitória jogou em todo telhado, em ada centímetro do muro e no que sobrou. Eles riam, porém, não muito alto porque Piort não podia ouvir. Ainda não.

Jaque e Gavin apareceram em seguida um com um balde e outro com uma caixa de papelão, depois; eles esperaram Vitória e Juan terminar e daí todos se juntaram na frente da casa das garotas se organizando.

—Vocês têm certeza mesmo?

—Sim.

—Não me responsabilizo po ninguém.

—Como a minha irmã mais velha diz: – Começou Jaqueline. -  “Alegaremos insanidade! ”

—Que maravilha! – Exclamou Juan rindo.

E foi mais ou menos nessa ordem:
 Primeiro: abriram a caixa de papelão que estavam cheios de ovos; e então jogaram os ovos. Cada um em um ponto para poder pegar a fachada da casa inteiro.
Segundo: Foram então em direção ao balde onde tinha o papel higiênico molhado. Devia muito papel higiênico molhado, e muita água naquele balde, porque, quanto mais tiravam, sempre tinha mais. E decoraram a fachada da casa e do muro com papel higiênico e ovo. Mikaele na verdade estava rindo, e batendo palmas, a genialidade deles foi realmente formidável.
 E de onde ela estava sentada, deu para ver o estrago que eles tinham feito; a casa da cor vermelho borgonha, nem tinha mais essa cor. Era apenas papel e ovo; depois de um segundo quando os ovos acabaram, eles rasgaram, molharam e jogaram também contra a casa.

E o plano estava indo muito bem; sabe se lá quando Piort ia se dar conta do estrago em que a sua casa se tornou... Até que, Jaqueline arremessou uma bolinha de papel molhado que acabou batendo na janela da frente; até aí tudo bem.
E então Piort saiu de dentro de casa   Eles parram e Piort os encarou, um por um.

—Mas que inferno! Seus merdas, desgraçados! – Ele esbravejava. – Eu vou quebrar os dedos de vocês!

—Corre! – Mikaele gritou sentada no banco onde ficou a tarde inteira; ela fez um movimento com a mão para eles saírem dali.

Antes de Piort sair de dentro de casa, Gavin pegou o balde com água e jogou no rapaz de cabelos brancos.

 -Corre pro fim da rua! – Berrou Juan puxando as meninas em direção à casa 2.

E antes que Piort pudesse correr e pegar o garoto, ele pulou a cerca e saiu correndo rua abaixo como o vento. O rapaz estava todo encharcado, tinha inda um pouco de papel molhado no seu cabelo e na sua roupa; e com o cabelo foi possível ver uma tatuagem atrás da orelha; duas lanças entrelaçadas e uma espada no meio. Ele chutou tudo o que se movia e não movia no seu quintal, como pedras e até seu skate. Ele puxou os cabelos com um aparente ódio e olhou para eles correndo em direção à floresta; respirou fundo e batendo o pé urrava palavrões indecifráveis; ele então desviou o olhar para Mikaele que estava parada vendo o seu ataque de fúria; ela parecia estar se divertindo.

Ele atravessou a rua com os punhos fechados, pronto para dar um soco; e se aproximou dela com uma expressão de ódio explosivo; era como se ele fosse explodir a qualquer segundo e tudo ao seu redor virasse um buraco vazio emanando fogo.  

—Você! – Ele apontou para Mikaele, estava a dois passos da calçada dela.

Vale lembrar que para entrar no quintal dela não tinha uma cerca com um portãozinho ou um muro como era no caso de Piort que tinha os dois e mesmo assim sua casa foi alvo de vandalismo.

—Eu? – Mikaele disse com tom de deboche colocando o livro no rosto fingindo que estava lendo, sendo que na verdade estava observando o outro lado da rua.

—Você é responsável por elas! – Ele esbravejou e Mikaele elevou a mão.

—Epa... Responsável? Não sou não. – Ela disse grosseiramente com um olhar entediante. – Não sou mãe de ninguém; elas são minhas irmãs! Entenda a diferença. – Piort rangeu os dentes e ela sorriu.

—Dá no mesmo. – Ele falou dando um passo pra frente.

—Não dá não. – Ela respondeu ela se arrumando no banco.

—Eles fizeram essa algazarra com a minha casa e você não fez nada? Que tipo de ir;

—Lógico que não! – Ela o interrompeu. – Eu ri e bati palmas. – Ela disse obviamente. – O que mais eu poderia fazer? – Piort avançou para cima de Mikaele que se levantou com tudo do banco de madeira e o peito com olhar irritado; tentando não demonstrar medo, mas, na verdade estava com medo sim. Mas, não demonstrou.

—Como você ousa falar assim comigo? Zombar de mim? Sua anãzinha! – Se parasse para medir ambos, talvez Piort tivesse razão. Ele tinha os seus 1,85 e ela; aproximadamente seus 1,53. Então basicamente se ele quisesse dar um muro nela, ele muito bem poderia dar só abaixando o braço.

—Está pisando no meu quintal! – Ela revidou sem dar nenhum passo para trás enquanto ele elevava a mão. – Se for me bater olha nos meus olhos. – Era uma ordem. – Não por cima, diretamente! – Mikaele fez um movimento mostrando o quanto ele devia estar para falar com ela.

—Nunca vou me rebaixar á sua alt. – Quando ele a encarou, abaixando o rosto, Mikaele enfiou os seus dedos nos olhos dele, que não esperava por aquilo e acabou se afastando dela com uma mão nos olhos e outra tentando pegar no pescoço dela.

—Você não tem permissão pra chegar perto de mim! – Ela gritou, porém, antes de falar mais alguma coisa ou se afastar; os olhos de fúria de Piort a encarou e elevando o braço, e ela fechou os olhos com os braços no rosto; e ele deu o muro que ele tanto queria.

—Para! Nem precisa se aproximar! – Uma imagem apareceu na sua frente e segurou o punho de Piort, com uma voz fraca e possivelmente desesperada, pois, a força de Piort era enorme. Alois interferiu; que foi indo para o chão á medida que Piort aplicava a sua força sobre o garoto que segurava seu punho. Então com a outra mão ele socou o rosto dele. – Nem de agressão...

—Hey! Chega!  – Mikaele disse respirando fundo e dando um chute no joelho de Piort que o desequilibrou o fazendo cair no chão com tudo.

—Agora eu estou totalmente puto! – Ele se levantou um pouco e esticou o seu corpo a ponto de alcançar o pescoço de Mikaele; e antes que pudesse alcançar de fato o pescoço da garota, Alois entrou no meio novamente, a impendido de ser alcançada pelo garoto, a jogando para trás; e a ponto de ficar na frente do garoto que mesmo assim, irado pegou no pescoço do garoto.

—Nem precisa ficar total... mente... – Alois tentava respirar com seu pescoço nas mãos de Piort. – ... Puta que. Pariu Trümper! – Alois mordeu os lábios sentindo a dor. Era como se o rapaz fosse quebrar o seu pescoço.

—Céus... – Murmurou Mikaele sem saber o que fazer na verdade. Ela sabia que não teria aquela força “descomunal” para fazê-lo soltar do pescoço do garoto; mas, devia tentar.

Porém, quando ela foi se aproximar deles; Piort meio que previu a sua aproximação e com o braço a derrubou no chão.

—Porra; agente... Não pode... Brincar com... – Digamos que Alois foi inteligente aqui. Ou consideravelmente muito burro.
Ele segurou nos braços de Piort e tentou tomar impulso para o empurrar com seus pés. Onde ele falou miseravelmente e Piort acabou dando lhe um soco o olho e deslocando aparentemente o seu pulso. Na qual Alois gritou de dor e o de cabelos brancos o jogou no chão com força.  

—Eu não sou inferior á vocês! – Ele encarou Mikaele. – Se eu ver você de novo, descoloco a sua coluna vertebral! – Ele então entrou dentro de casa e ela se aproximou do garoto. Ela ficou bastante assustada com toda a cena.

—Você está bem?

—Você tá bem? – Ele perguntou de volta. – Não se preocupe comigo; ocorre... – Ele colocou o pulso no lugar dando um grito. – Uih. Ele é irrit (...) Uau; o seu cabelo é bem bonito! Qual o nome dessa cor? (...) Eu preciso ligar pro alguém; eu tenho que me mudar para não apanhar de volto; céus... Mas, quem ia querer morar de frente pro Trümper? Mas; o que eu... – Ele falava e passava a mão nos cabelos sem entender.

—Os seus olhos são  bem bonito. – Ele a encarou. –também. – Alois riu.

—Aan... Obrigado; seus cabelos e olhos são... Aan... – Ele ficou sem saber o que falar, estava mais focado no celular esperando uma ligação. E ela notou.

—Você vai mesmo embora?

—Lógico... Sim. Três pessoas já foram embora daqui (...) E você? Ele ia te dar um soco! Ia arrancar um dente com certeza.

—Hãn, ninguém mexeu com minha arcada dentaria perfeita!

—Rs. Tem certeza que você não nasceu com essa cor de cabelo?

—Sim! É tinta! Tô achando que você nasceu com essa cor! – Ele ficou quieto.

—É que tá bom... Cor; brilho...

—Obrigada, o seu também.

—Sério? O meu tá um bagaço, um horror!

—Dramático. – Ele riu.

—Talvez. Mais; não enfrente ele de volta. Ele é um poço de ira! Se ele pegar para discutir com você, não é com a boca! É com as mãos!

—Eu também converso com as mãos!

—Mas, não desloca a clavícula de ninguém. Aposto!

—Como é?

—Ele é bem agressivo!

—Nem percebi. Ele Precisa de um psicoterapeuta!

—Aah! Pra quem se acha superior... Acho que não adianta.

—Você não precisava entrar no meio.

—Aah, acredite, eu precisava! Ele te agarrou pelo pescoço! Ele podia te(...) ele não se importaria em bater em você.

—Eu também percebi isso. Mas, obrigada; mas, da próxima vez...

—Não! Não pode ter uma próxima ... Qual o seu nome? Desculpe perguntar

—Mikaele Lueffe. Tudo bem; pode perguntar.

—Eu sou Alois Dillard! Não pode ter uma próxima vez senhorita Lueffe! Ninguém chega perto dele além dos irmãos dele. Sério! E se ele te oferecer qualquer coisa, não aceite; é como dar autorização pra ele te bater.

—Eu sei me defender.

—Não vai saber!

—De novo; você não precisava entrar no.

—E vou repetir; sim! – Ela respirou fundo. – E porque ele brigou com você?

—Porque eu não impedi.

—Impedir? Impedir o que? – Ela apontou para a casa dele. – Cara... Foram dois garotos que...

—Também; mas, junto com as minhas irmãs...

—Você só pode tá brincando... – Ela negou, e ele fechou os olhos como se aquilo fosse uma coisa muito grave. – E vocês acabaram de chegar e arrumaram briga com ele? Vocês só podem querer morrer!


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Notas finais do capítulo

Tenho que dizer que todas as casas tem aquelas cerquinhas que impedem de entrar nas casas dos outros; e só a nº7 não têm; digamos que ela foi tirada... Apenas poucas casas que tem enormes portões, mas, isso é um bairro fictício; o imagine como achar melhor, ou entender; porque eu confesso, do bairro grego eu me perco em detalhes .

NOTA: ~ Eu comecei á colocar umas tatuagens que antes não tinham sido detalhadas com firmeza; outras porque eu ainda não sabia qual poderia colocar ou como. Então podemos dizer que são novas (?!)
Enquanto á personalidade de Piort, não dá pra esquecer que os gregos perderam as Batalhas; eu também ficaria muito puta se alguém sujasse a minha casa. Osh. Então é quase compreensível. Bater em mulher não! Daí a gente percebeu que o Alois não é tão "dorme e come" como o Terence disse.
E bem, de novo, os bairros são difíceis descrever; o mais fácil foi o japonês.


♥Eu sempre direi; estou aqui para vocês. Lady é o meu nome, e a minha imaginação é extremamente expansiva, criativa e magicamente adorável ♥

♠Da sua Autora Semideusa criativa Favorita♠
♣E uma salva de palmas para o nosso computador favorito♣
♦ Até o Próximo Capítulo♦

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 (◡‿◡✿) Eu acho que eu deveria descrever os Semideuses dos outros Bairros... Mas, primeiro; preciso achar seus pais imortais; uma vez feito, os outros vão aparecendo...
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~♥~Um Beijo da Autora ~♥~



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