Semideuses do Zeyggterasu escrita por Lady Lupin Valdez


Capítulo 14
Um Filhote de Chacal da Chama Azul(...)


Notas iniciais do capítulo

Hey Du!!
Falo mesmo, ficou grande SIM!! Mas, tem coisas que tem que deixar em aberto e ao mesmo tempo meio explicado, meio confuso.
Oh. Sorry. Mas de novo; era assim ou não era. Foi escrito rápidinho no caderno e ficou grande...
Comemoremos que o computador colaborou, porque a minha mãe divosa fez uma mega gambiarra♥
Já acho que podemos nos empolgar um pouco :3
Vamos torcer e aproveitar...♪♫

Quanto sentimento para descrever!!


~Enjoy♥



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Enquanto iam descendo a rua; tinham que passar pela casa nº7. E todos os olhares sempre iam para a casa. Parecia que desde uns poucos dias atrás, a casa tinha sofrido uma reforma básica, havia uma leve tinta de verniz, o que estava quebrado, como a cerca, estava em um bom estado, as telhas, não estava tão horroroso assim. Estava ótimo. 

—Na verdade, precisa de uma bela mão de tinta... – Falava Jhonathan devagar olhando para a casa. – Só na fachada. Talvez se dessem uma arrumadinha no jardim.

—Eu nunca desci tanto nessa rua. – Disse Rukio estralando o pescoço. – Vai ser horrível para subir de volta. Já estou cansado só de pensar nisso.

Quando Paul passou pela casa, ele parou um bom e analisou a casa.

—Gente; não é por nada não... – Ele começou. – Mas, deram uma meia-reforma nessa casa. – Alois parou atrás dele junto com Marina, Evanna e Alois.

—Como uma meia reforma? – Perguntou Julian e Paul foi apontando para alguns pontos da casa.

—Ali, no teto do sótão; o Taboo tinha caído por ali, quebrou quase tudo. E está completamente arrumado. Aquelas janelas do segundo andar; estavam todas quebradas por causa de pedras que outros Semideuses tacaram nela. E agora estão limpos e parecem-me novas. Os degraus; estavam quebrados e corroídos por causa dos cupins e agora estão novos. E me parece que a casa foi levemente pintada. – ele estreitou os olhos. – Alguém arrumou essa casa. E talvez seja até a mando dos deuses.

—Porque acha isso? – Perguntou Rukio.

—Não faz anto tempo em que eu vim aqui. E ela estava completamente deplorável. Você não percebeu isso Alois? – O garoto ficou sem entender.

—Como assim?

—Você mora do lado da casa!

—Mas, eu não vi nada. – Alois se defendeu. – Eu perceberia se alguém viesse arrumar uma casa do lado da minha.

—Pelo que estamos vendo não. – Falou Marina erguendo uma sobrancelha. Ele revirou os olhos.

—Simples; ajudantes dos deuses... – Disse Érika descendo a rua. – Simples; e se não saírem daí os moradores vão perceber que estão sendo observados. E isso não é bom. É para agir como vizinhos normais. Ignorar a bizarrice que é ter gente normal morando ali.

—Mas, a gente não é normal. – Comentou Paul. – Está longe disso ser verdade.

Assim que foram passando a rua, e descendo, em direção á casa de Peter, deram de cara com Brenton no meio da rua; ele estava com uma roupa era bem volumosa e grossa, ele não parecia estar com calor, e aparentava estava o mais confortável o possível. Ele só parecia impaciente, e absolutamente mal humorado. Ele estava subindo a rua e observando o grupo descendo e quando passavam pela casa nº7 paravam, olhavam pra a casa e continuavam descendo. Dolley estranhou o comportamento de ambos; e parou Pablo antes dele passar pela casa 7.

—Onde é que vocês vão? – Pablo o olhou de cima a baixo. – Sempre achei que vocês... Sei lá; não fossem totalmente liberados para andar em um grupo grande! – Ele deu um sorriso irônico para Pablo. – Aonde acham que vão? Porque estão analisando a casa 7?

—Na casa do Peter! – Exclamou Pablo sem demonstrar nenhuma emoção. – É verão; ele vai abrir a piscina! – Brenton riu. – O que foi?

—Nada... – Ele achou engraçado o fato que ninguém ter ficado sabendo que Peter estava com um enorme curativo na mão que ia até perto do cotovelo; ele se feriu no dia do Conselho e a ferida inflamou de uma forma que ele teve que colocar 25 pontos. E era difícil ele não chorar. – E porque estão analisando a casa? Ela está abandonada; estão esperando ver o que? Já dissemos que não é para se aproximar dela. Independente se vão passar para a casa do Peter é para passar reto e do outro lado da rua!

—Ela não é mais abandonada. – Falou Pablo se mostrando tranquilo, evitando dar um sorriso. – Tem gente morando ali agora! A gente só tá vendo o porquê e como ocorreu.

—Como assim tem gente morando lá? – Ele pareceu assustado. – Como assim? 

—Só tem... Uma família inteira, pai, mãe, três filhas.

—E como você sabe? – Ele ergueu uma sobrancelha.

—Liam atropelou uma das moradoras quando elas tinham acabaram de chegar e estavam tirando as malas; as vimos quando estávamos patrulhando... – O jovem riu e virou para o lado. – Mas, não é certeza que tem sangue de deus.

—Acha mesmo que eu irei acreditar? – Brenton olhou com desdém.

—Quer entrar na Casa 07 para ver? – Perguntou Pablo sem parecer grosseiro e nem nada, porém ele riu.  E decidiu usar seu sarcasmo. – Claro que não vai... Casas assombradas são inacreditáveis.

Brenton encarou Pablo.

—Se for mentira sua; Pablo... – Disse Brenton cruzando os braços, o encarando e passou a mão sobre os cabelos obviamente seus cabelos pareciam mais desestressante do que colocar as mãos no pescoço do outro.

—Quer perguntar para Liam, Ian e Guilherme? Eles estavam junto comigo quando o desastre aconteceu. Liam atropelou umas das duas, pergunte pra Isis, ela também viu. – Brenton avançou do lado de Pablo e o cutucou.

—O seu objetivo é qual afinal de contas? Falou com elas?

—E se eu falei?

—(...) Você é muito idiota. Pode ter colocado todo mundo em risco.  – Ele apontou para Pablo. – Sua mãe pode vir te visitar por causa disso!

Pablo rapidamente torceu para não ser uma ameaça ou ser sério; muito menos um pesadelo, sua mãe vivia ocupada, não queria que ela largasse seus compromissos para lhe dar uma bronca. E na hora não pareceu tão ruim; como agora.

*

Já era o terceiro dia do verão, e ainda havia muita música e algazarra no bairro egípcio; e mesmo assim, com grande bagunça e música alta, á noite Begpep conseguiu sair da casa de Wilgner, dar uma volta e voltar sem fazer uma grande euforia com os egípcios quando o viram pela primeira vez fora do Colégio levaram um susto.
Mas, ao mesmo tempo felizes porque se não fosse por Begpep estudando as estratégias, analisando os planos, habilidades e os ajudando, talvez não teriam ganhado o Torneio Mitológico; então em tese; eles ficaram entre assustados e muito felizes. Aliás, alguns dos mais novos nunca tinham visto Begpep se não fosse dentro do Colégio.

—Mas que milagre de surpresa hein?! – Falou Naomi abraçando Begpep e sussurrando em seu ouvido. – Oh puxa; como eu esperei para ver você fora daquele lugar. Miau, miau.— Ele estalou a língua e ergueu a sobrancelha para ela.

Oh puxa senhorita bigodes... Eu não esperava por essa. Não vindo de uma Conselheira.— Ele sussurrou a encarando-a e passando a mão na clavícula da jovem. – Estava para me deixar sem jeito é? — Naomi revira os olhos e pega no queixo do garoto e o encara naquele mais fundo daqueles olhos azuis.

Estou fora do Zeyggterasu. Estamos de férias. Não me chame de Conselheira de novo. Se não eu...

Senão você o que? Vai fazer o que? — E de novo ele fez o mesmo ritual; deu um sorriso, tentou inclinar a cabeça no ombro, mas, não precisou e Naomi já tinha ficado corada. Então ele deu um sorriso junto com aquela clássica e nada discreta passada de língua em seus lábios.

Mas, apenas ele foi para a festa naquela madrugada depois de dar uma volta de madrugada; porque não ficar na festa? Já Wilgner, ficou em casa, ainda estava com dor de cabeça. E em tese é importante guardar essa informação.

~*

A dor de cabeça que poderia ser de preocupação; pelo mesmo motivo de sempre... Begpep que estava demorando novamente. Sempre o mesmo motivo, mas, dessa vez, não tinha ninguém para segurar o garoto dentro de casa; sem tranca manual. O outro estava livre e Wilgner também, porém, o outro não deu sinal de vida; não fazia ideia onde ele estava, se estava no Bairro Egípcio, na sua casa, ou se foi para outro Bairro. E se fosse para outro; em qual estaria?
 Wilgner passou a mão no rosto, já havia andando a casa inteira, limpado o que já estava limpo, fazendo comida, refazendo relatórios... Ele estava ficando louco, olhando de um lado para o outro. Era quase cinco da tarde, Begpep não aparecia e sua tia havia saído, então ele tinha espaço de sobra para enlouquecer sozinho.

Então aconteceu bem rápido.
Ele se sentou no sofá, se esticou o corpo colocando os braços no rosto e respirando fundo, pensando no que poderia fazer no momento.
Quando Begpep abriu a porta e a fechou devagar, não percebeu se tinha alguém na sala ou não; tentou não fazer barulho, pois, estava sem os sapatos e subiu as escadas bem rápido.

O ruivo tirou os braços do rosto e o viu correndo para o quarto, isso sem fazer muito barulho, e com agilidade. Ele ficou lá por um tempo, ele pensou em chama-lo, mas, esperou para ver o que ele ia fazer.  Ele então se sentou no sofá e ficou de olho nas escadas. Então depois de um tempo sem saber do seu paradeiro, o Begpep cara a cara, que estava bem surpreso em vê-lo também.

—Oh, oi? – Ele olhou para Wilgner sem jeito; ele estava com “olheiras”. Ele nunca ficava com olheiras. Estava com os cabelos presos com um laço, eles não eram tão grandes, mas, dava para dar ao menos duas voltas com um laço.

—Pep? O que você tá fazendo? – Ele perguntou quando viu que ele estava segurando as suas malas. Begpep olhou para as suas mãos.

—Eu... – Ele terminou de descer as escadas. – Tenho que ir pra casa. Não quero incomodar; nem te deixar louco, preocupado esperando pelo meu paradeiro. – Ele respondeu dando um sorriso.

—Seu paradeiro? – Ele se fez de desentendido. – Eu preocupado? – O garoto riu colocando as malas na sala e olhando para ele.

—Você limpou a casa duas vezes.

—Não.

—O açucareiro. Tem uma marca dele na mesa da cozinha e na arquibancada. – Ele respondeu depois de observar a casa por uns segundos e em seguida olhando para Wilgner que ficou sem graça ao olhar para a cozinha. – E sim; pelo meu paradeiro de noite. – Quando eu saio e você fica todo nervoso, ansioso, contando os segundos para eu voltar. Não quero que você fique com isso na cabeça.

—A noite foi boa né? – Ele disse olhando para oposto que o outro estava, não queria olhar nos olhos dele para ver a resposta.

—Ah foi. – Ele disse com um misto de riso enquanto ele trocava a sua blusa por uma camiseta. E era raro ele usar camiseta, então ver aqueles braços sem bandagens propositais ou mangas longas. – Foi muito diferente.

—Diferente do que? – Ele perguntou curioso.

—Ah, você sabe...

—Não, eu não sei. – Begpep apertou os próprios lábios.

—Tipo; ah... – Ele parecia pensar em como explicar. – Eu nunca fui em uma festança. Ontem, eu fui em duas.

—Duas? Como duas?

—Eu estava no Bairro Africano e depois vim para o Egípcio. Não sabia como as pessoas se comportam a noite em festas. – Ele riu. –Se não fosse a festa, acha mesmo que eles estariam na rua á noite?

—Lógico que não.

Houve uma longa pausa, e Begpep voltou sua atenção exclusivamente para as suas malas, como se procurasse alguma coisa, que devia ser valiosa, pois, ele revirava as duas malas, mais de uma vez.

—Porque você gosta tanto da noite Escaravelho? – Depois de ficar um tempo o observando, passou a mão para a nuca e respirou fundo, não tinha muitas coisas para fazer a não ser ver ele agora arrumando as malas. – É sério que você precisa ir pra casa?

—Bom. Eu nasci de noite. Por isso gosto da noite. – Pareceu bem óbvio. – E eu tenho que ir pra casa antes que Naomi tranque a rua de novo. – Ele sorriu para Wilgner que fez um bico de “desapontado”. – O que foi?

—Você não pode? – Begpep o olhou sem entender. – Ficar mais? Até as comemorações acabarem? – Begpep riu.

—Mas, não faz diferença... – Ele olhou nos olhos de Reinhart. – Eu saio de noite, volto ao amanhecer, durmo e quando minha alma volta para o corpo de novo, já estou vendo o anoitecer e me arrumando para sair de novo.

Wilgner ficou em silêncio.

—Talvez hoje não devesse sair à noite então. – O moreno paralisou e o olhou sério.

—Você sabe que não é assim que funciona.

—E como é que funciona isso Begpep? – O garoto franziu a testa quando o outro se exaltou.

—Eu não sei... Eu só sei que é assim. Sempre foi, sempre é... Sempre será. E você sabe disso Reinhart. Sempre soube. – Ele disse em um tom confuso se sentando no chão. – Sempre saberá.

—Eu imaginei que isso fosse uma coisa, uma mania do Colégio. – Ele negou. – Então é mania sua mesmo? – Ele confirmou. – Não foi só eu de Monitor que detestava que você saia a noite né?

—Não mesmo. – Ele riu. – Você não deve se lembrar; teve o Touya Cleveland. Ele foi Monitor da Sessão Egípcia por pouco tempo; e ele ficava louco quando eu saia de noite. Ele detestava.  Me trancou uma vez dentro do dormitório pra eu não sair. Porém, daí, ninguém dormiu.

—Você fez bagunça? – Wilgner perguntou em tom sarcástico.

—Isso. – Ele pausou. – Quase isso... Eu iluminei todo o dormitório. Ele ficou claro e ninguém conseguia dormir. O mais legal foi que quando amanheceu teve um eclipse solar. O ápice da loucura do Touya. – Ele riu, mas, depois parou quando percebeu que Wilgner achou aquilo muito bizarro. – De fato, ele ficou tão sem paciência que desistiu de ser Monitor. Então... sim; você é o único que me aguenta e sou muito grato por isso, e quero te deixar descansar de mim.

Wilgner revirou os olhos.

—Sério isso? Descansar de você? Nem se eu quisesse muito. Sem gente no Colégio o problema é solidão, não se sente sozinho lá?

—Nem um pouco. – Ele riu.

—Mas, aqui tem uns Semideuses perigosos. – Begpep o olhou maliciosamente.

—Perigoso como eu?

—Talvez... – Ele riu acenando negativamente. – Então você pode ficar aqui até as comemorações acabarem? – Begpep colocou a mão na nuca pensativo.

—Mas, eu já arrumei minhas coisas. – Wilgner o encarou. – Bom... Quem sabe. Se um dia. Eu... Essa semana ainda. Eu venho ficar a noite aqui; sem sair. – O outro parecia surpreso. – Mas, eu não quero ficar atrapalhando você e a sua tia.

—Mas, você não atrapalha. – Begpep riu sem jeito.

—Posso rever isso. – Ele sabia que não era verdade. Ele sabia que atrapalhava, saia no escuro, quando egípcios não saem, e só voltava de manhã para dormir e voltar pra noite de novo. Ele estava entre muito desacostumado, mas; meio feliz. Era bom ter contato com Semideuses aleatoriamente.

—Você não me atrapalha. Temos o mesmo sangue. Lembra? – Begpep riu e concordou.

~*~

Não é que Begpep gostasse de incomodar os outros. Ele não era exatamente assim, ele só era acostumado á incomodar os Monitores e outros Semideuses. Mas, até aí tudo bem. Bastet o repreendia e estava tudo certo. Agora, só Wilgner o repreende e o fez pensar que estava incomodando. E talvez fosse, mas, ser guardião de um coração devia pesar muito. De uma pessoa que todos os egípcios amavam.
Na verdade ele sempre pegou muito no seu pé para não sair por aí, como se fosse simplesmente uma arma poderosa dos egípcios andando por aí sozinho.

Quando Begpep entro em sua casa, se surpreendeu. Ela estava limpa, organizada, com vários bilhetes colados nas paredes, cada um de uma pessoa diferente, com data diferente. Ele se aproximou do que parecia ser o último: “Verão, nº 168; se voltar para casa esse ano, sua casa foi limpa por: Felicity Mc Cormick. Filha de Sekhmet Seja bem-vindo de volta! ” Havia muitos outros bilhetes com diversas datas nas paredes, sua casa não estava empoeirada, nem havia insetos, muito menos teias de aranha. Se fosse contado os meses, e os recessos; e se aquele fosse o verão 168; daria uns 14 anos. Então por 14 anos, outros moradores egípcios, vinham arrumavam e limpavam a sua casa esperando ele voltar...
Begpep deu um sorriso de gratidão.

Ele era ingrato? Não!? Ele também não sabia que eles faziam aquilo e muito menos que esperavam ele voltar pra casa. Não dava para negar, cada frase de “bem- vindo de volta” era tranquilizadora; era bem diferente a sensação do que ele dizer aquilo para os outros. 
Ele olhou para a janela, já ia anoitecer; então ele colocou sua roupa  de passeio á noite; com pulseiras, colar, brincos, um cinturão, luvas pretas, braceletes de ouro, pulseiras nos pés, junto com sua capa de longa que cobria seu pescoço, uma calça preta uma blusa de manga longa e a sua maquiagem egípcia. Aquele era seu traje antigo egípcio, que ele saia todas as noites. Ele então acendeu o seu fogo azul que saia de sua mão, deixou seus globos oculares pretos e foi se aventurar pelos Bairros; e só ele sabia os melhores atalhos para ir a qualquer Bairro sem perder muito tempo.

Havia um atalho que passava pelo Bairro Africano, ia pelo Germânico e dava no Romano. De início não era onde ele pretendia ir, mas, como estava caminhando a um tempo perdeu a noção da direção enquanto caminhava pelos atalhos e chegava pela rua romana, que era simetricamente organizada. Em todas as casas havia uma pira com fogo próximo ao correio; todos com a chama acessa, mas, não tinha ninguém na própria casa; até porque ocorriam festas por diversas casas. Fazia tempo que não via um romano, nem no Colégio. Desde a primavera não deu a atenção devia á eles. Ele sorria, achava que os romanos não venceriam algo esse ano. E cá estavam eles, divididos com seus grupinhos em outras casas fazendo alguma: “pool party”; eles eram organizados não tão arruaceiros como os egípcios. “Ah, eles não são os campeões” pensou Begpep. Enquanto ele caminhava olhando as luzes que saia das casas quando de repente trombou com algo no seu caminho.

Não que as ruas estivessem escuras, mas, ele não olhava para frente, foi algo que se trombou contra ele que se assustou; mas, quem trombou contra ele foi arremessado no chão, colocando as mãos na cabeça, meio irritado, meio desnorteado. Era um rapaz também.

—Tá tudo bem? – Begpep perguntou chegando perto do rapaz que se virou rapidamente. Todos os Semideuses têm os olhos claros; mas os olhos do outro estavam azuis escuros. Ele não conseguia ver Begpep a sua frente, nem mais nada, não conseguia ouvir nada. Ele parecia estar em pânico quase gritando.

 
Ele tinha os cabelos da cor branca com mechas nas laterais e no topo da cabeça da cor carmesim. Ele tinha um piercing no septo, e um no lado direito do lábio, e muitas tatuagens. Uma na volta do pescoço tinha uma palavra em esperanto: “Danme”- Maldição; no outro lado do pescoço:  “Atentu”- Cuidado; já na sua nuca estava escrito: “Atentu, Orakolo em premonicio”- Cuidado Oráculo em premonição; ou: “Faranto premonicion”- fazendo premonição; Agora na sua clavícula estava: “Ne alprokaimigêr” – Não se aproxime. E todas essas frases Begpep leu sem pensar muito.

—Vish! – Begpep recuou um pouco, era o Oráculo Romano. – Opa, opa, epa...

Cada Sessão tinha o seu jeito de fazer premonições e assim como os gregos, os romanos tinham o seu “Oráculo-humano”; e já o Oráculo Romano era frágil, no sentido de “doente” por causa do seu poder de premonição, era muito fácil ele se machucar e parece algo ruim ou até jogar uma maldição.
O rapaz encarou Begpep depois de um bom tempo e antes de falar alguma coisa; depois de ter encarando por um segundo e em seguida colocando as mãos no rosto e colocando a cabeça entre as pernas. Ele parecia agitado e Begpep não sabia o que fazer. Se ajudava ou não; porém, não podia e as tatuagens diziam isso.

—Argh! – Ele gritou e Begpep deu um passo para trás.

—Calma!    

—O que você fez comigo? – Ele não entendeu. – Eu não consigo prever o seu futuro! – Ele berrou irritado, parecia irritado. E em seguida, seus olhos ficaram claros. – Espera (...) Bielek? – Begpep acendeu a chama e colocou de frene para o rosto.

—Ora, ora; Ar... Você se tatuou! – O rapaz abriu a boca. – Você tá tatuado!

—(...) Bielek! Você tá... Fora do Colégio! Puta que nos pariu viu!! Fora! Aqui na minha frente... E. Como você saiu de lá?

—Pelo portão da frente. – Ele respondeu da forma mais óbvia com um sorriso encantador. O Oráculo tampou o rosto com as mãos e virou pro outro lado, se levantando em seguida.

—Não... Assim não! Não é para fazer isso comigo! – Begpep revirou os olhos. – É sério Bielek! Não faz isso, por favor.

—Tá bom. Foi sem querer não tive a intenção de mexer contigo; Oráculo. Eu fiquei assustado. Fico feliz em ver você vivo!  – O rapaz o encarou. – Porque fez tanta tatuagem em esperanto e colocou esses piercings? – Ele colocou as mãos para trás do corpo e balançou o corpo como s3 dançasse e sorrisse para o outro. – Porque você mudou tão radicalmente? Eu adorava os seus cabelos castanhos quase pretos, senhor Ar.min; Rowell.

—Eu gosto dos seus olhos azuis com os glóbulos brancos e nunca reclamei de nada. – Ele riu. – Não. Quem e como deixaram você sair?

—Como sempre eu vim sozinho. – Begpep sorria. – Você acha que eu preciso de autorização de alguém?

—(...) Aan... Sim?! Para os Monitores! Seus Monitores! – Ele o olhou incrédulo. – Pra quem mais? Espere... Vivo? Hãn. Você sabe a frase: “Durante a noite escura, a hora do show pertence aos monstros. ”? Acharia que eu morreria? Quando?

—Nas Batalhas... você sabe. Oráculos não podem competir.

—Mas, eu não sou só um Oráculo, né? Assim como você não é apenas um Semideus né? – Os dois começaram a subiram a rua, já que Begpep estava andando. – Certo?

—Certo.

—Então para nós, é meio difícil sair dos olhares dos Monitores.

—Eu não entendo porque. – Aquele semblante sorridente não mudava.

—Porque quando um Semideus nasce com um poder que não é por parte imortal, ele tem que ter total atenção dos demais... Ou será uma ameaça ou uma arma.

—Somos ameaças ou armas dos nossos Monitores?

—Você eu não sei... – Começou Armin. – Mas, eu sou uma arma; quem não gosta de um Oráculo que faz umas previsões duradouras que independente do quanto mude tudo a premonição sempre vai se realizar. Mas, você, eu, Jae, e até Paul podemos ir no Submundo, o que é bem ilegal.

—Oh! Eu acho que sou só Begpep. Nada de mais... – Ele riu, não parecia levar a sério o que o outro falou. Armin respirou fundo. – Ah, qual é?

—Você é todo diferente, parece não se importar... – Ele o empurrou. – Parece que (...) – O semblante de Armin mudou, seus olhos ficaram escuros e ele parecia mais pálido. – “A guerra vai entrar no seu caminho de repente. E mesmo se acender sua chama para achar o seu caminho lá está a guerra; mas, se tirar proveito disso sempre será um filho de um chacal que perambula a noite, que tem que defender a cria do sol” (...) – Ele colocou a mão no rosto e em um tom de surpreso encarou Armin que ficou feliz.

—Eu consegui! Eu consegui! – Ele abraçou Begpep por uns instantes e depois o encarou. – A premonição é figurativa... Tem vários significados. Tipo, nem tudo que eu falei é o verdadeiro significado.

—Você conseguiu Rowell! – Begpep paralisou. – Como é? O que? A guerra? Bom. – Ele ergueu a sobrancelha feliz. – Ao menos você conseguiu! E isso que importa...

—Desculpa ter te abraçado.

—Que isso... Você está feliz não está? E isso é bom.

—Não posso ficar abraçando. Eu posso lançar uma maldição. – Ele passou a mão nos cabelos. – E por isso tatuei as palavras.

—Uou! Abraçando você sente as coisas?

—Eu vejo! Não sinto! Assim soa estranho Bielek.

—Rowell, nós somos estranhos.

Armin Rowell era um Oráculo diferente. Não precisa de muita coisa ou concentração para ter uma premonição como Vanessa Aspen, a Oráculo grego precisava. Se ele tocasse em alguém por acidente ou de proposito, ele poderia prever qualquer coisa sobre essa pessoa. Ás vezes mais figurativas, as vezes mais explicado, isso dependeria da pessoa, e do nível de saúde de Armin e de estresse também.

—Não! – Ele elevou o dedo e reformulou a frase com um sorriso. – Nós somos especiais Begpep Bielek. E até mesmo perigosos.

—Eu sempre esqueço a parte que eu sou perigoso.

—Sabe o que eu acho muito estranho? Você não pode falar comigo, o Jae não pode falar com o Paul, a Destiny não pode falar com a Tess, que não pode falar com Alec e vai indo.

—Agora o Jae não pode falar com o Paul?

—O Paul não pode falar com você, nem comigo, nem com Semideuses que tem poderes que não vem por parte do seu pai Imortal. – Begpep riu.

—Mas, eles sabem que a gente não liga?

—Aargh Bielek você é terrível!

—Hey!! – Um grito ecoou pela rua atrás deles, eles olharam para tras meio sem ligarem muito menos parasse de andar. – Estou falando com vocês dois!

—Ah! O Seward... – Disse Armin desinteressado.

—Nossa que emoção... – Falou Begpep esboçando deboche. – Como ele grita alto.

—Saí de perto do Oráculo, Bielek! Seu(...) – Saí de perto dele.

—Ah, sério? Bielek? – Ele encarou Armin. – Você contou?

—É melhor que chamarem você de funerário. – Justificou.

—E eu não sou?

—Bielek é um sobrenome bonito.


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Notas finais do capítulo

Só quero avisar, é mega difícil descrever a roupa do Beg; mesmo se eu dar os mínimos detalhes não sairia como está na minha mente. Cada Semideus é importante nessa história, os demais não apareceram porque ainda estou recolocando eles no caderno. Os que eu descrevi já foram realojados com seus pais deuses.
É isso...

♥Eu sempre direi; estou aqui para vocês. Lady é o meu nome, e a minha imaginação é extremamente expansiva, criativa e magicamente adorável ♥

♠Da sua Autora Semideusa criativa Favorita♠
♣E uma salva de palmas para o nosso computador favorito♣
♦ Até o Próximo Capítulo♦

~♥~Um Beijo da Autora ~♥~



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