Semideuses do Zeyggterasu escrita por Lady Lupin Valdez


Capítulo 12
Se não tiver motivo; haverá briga


Notas iniciais do capítulo

Fiquei o domingo todo escrevendo e editando; será que ficou grande?? Sim!!
Oh. Sorry. Mas; era assim ou não era. Está no ponto certo!!
Comemoremos que o computador colaborou, ele está tão comportado♥
Mas; não vamos nos empolgar :3
Vamos torcer e aproveitar...♪♫

Povo em casa não presta!! rsrs.

~Enjoy♥



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Após quase todas as malas e algumas caixas terem sido deixadas no salão da casa, os três se sentaram-se um pouco sobre um pequeno banco que não haviam notado antes, da cor amarelada e descansaram. Assim como a casa, o banco era antigo e com certeza estava enferrujado. Mas, estava firme. Pablo não era tímido, ele era cuidadoso com suas palavras. Extremamente cauteloso, ele tentava conversar com as garotas, mas, ele tinha medo. Seria medo mesmo? Ou vergonha?

—Obrigada por ajudar-nos; você não tinha nenhuma obrigação. – Disse Jaqueline dando um sorriso para Pablo que parecia bem envergonhado.

—De verdade... Verdade mesmo... – Ele ainda dizia. – Perdoe a falta de educação deles! – Ele se esticou no banco, porém, se ajeitou rapidamente. – Perdoem-me novamente. Vou fazer eles prometerem que vão tomar cuidado a partir de agora. – Ele esfregou uma mão na outra. – Faz muito tempo que não ninguém vem morar nessa rua. – Ele revirou aqueles olhos azuis e olhou para a casa da frente. – Na verdade, faz anos que ninguém se muda pra cá.

—Notasse. – Falou Mikaele. – Eu tinha isso em mente. Sei lá, eu tenho pra mim que abandonaram essa casa correndo. – Ele se virou e olhou pra casa, e sentiu um calafrio percorrer o seu corpo.

—Parecesse né? – Ele riu. – Falta muito ainda?

—Eu acho que não precisa ajudar mais... você já ajudou bastante e.

—Deixa... – Falou Mikaele tocando no ombro da irmã. – Ele está sendo educado, quem somos nós para tirar esse cavalheirismo dele? – Pablo sorriu. – Só falta umas caixas. Coisa pouca. – Eles se levantaram, e foram se dirigiram para as caixas que estavam encostadas na cerca; restavam apenas oito. Eles fariam aquele trabalho rápido, cada um pegou uma caixa, e mesmo que não falassem muito; a companhia era agradável.

—Então... Sem ofender porquê... – Pablo pegou uma caixa e percebeu que ela não estava totalmente lacrada. – Olha; essa já estava aberta. – Mikaele ficou do lado do garoto e esticando um pouco o pescoço pode ver o que tinha naquela caixa.

—Os livros! – Ela deixou a caixa que estava nos braços no chão e abriu a caixa que estava nos braços de Pablo. – E de pensar que a única coisa boa que eu trouxe pra cá foram eles...

—Livros são coisas formidáveis! Eu adoro o cheiro deles.

—Só eles que importam... – Ela falou.

—Só eles? Então podemos jogar essas coleções fora. – Falou Jaqueline. – Né? – Mikaele a encara.

—O que você coleciona? Aliás, antes que eu esqueça... – Pablo começa a falar. – Sem ser ignorante. Qual foi o motivo que vocês se mudaram?

—Somo fugitivos. Por nós, teríamos ido mais, longe; porém... Não deu. – Falou Jaqueline, com voz de deboche. Antes de Mikaele fazer um comentário, uma voz pode ser ouvida do outro lado da rua.

—Stryder? Stryder? É você? – O sobrenome do garoto fez eco pela rua. Um tom bem irritado. Mikaele e Jaqueline se viraram para o outro lado da rua, havia uma pessoa de cabelos brancos que parecia furiosa.

—Stryder? – Cochichou Jaqueline. – Não é você?

—Tem um idoso chamando por você... – Falou Mikaele se virando e tentando focar na pessoa que gritava escandalosamente. – Nossa; não é um idoso não. É um garoto! – Ela exclamou.

—Stryder! – Era Piort, que andou até o meio da rua para encara-lo de mais perto. – Eu disse que eu não queria você por aqui não foi? Foi! – Ele só não se aproximou mais porque ele estava no território da casa 7. – Eu sugiro que saia daí.

—Acho que você tem que responder. – Comentou Jaqueline.

—Com licença... – Começou Mikaele se virando para o garoto. – Mas, ele está nos ajudando... Se vai reclamar de algo, pode ajudar em vez de reclamar. Se não quer ajudar, dá licença para não atrapalhar. – Ela falou; Piort ficou paralisando, a olhando de cima a baixo.

—Como é? – Ele ergueu uma sobrancelha. – Repete.

—“Como é? ” – Ela falou tentando imitar a voz dele. – Repetido.

—Quem você pensa que é?

—Na verdade, quem você pensa que é.

—Não entendi... – Piort ergueu uma sobrancelha, ele estava nervoso, aparentemente, ele não estava só irritado com Pablo, mas, também a estava perdendo a paciência com a gracinha da garota. – Você acha mesmo que pode vir falar assim comigo? – Era como se ele estivesse

—Ouh! – Exclamou Pablo colocando a garota pra trás dele. – Olá Trümper; tudo bem? Sim, sou eu Pablo Stryder... O Stryder que. – Ele revirou os olhos. – Que devia manter distância da sua casa... Uns vários metros. – Ele falava calmamente e sem graça. – Mas...

—Mas? – Ele se afastou e cruzou os braços. – Qual a desculpa?

—Sempre tem que ser cavalheiro quando se tem novos moradores. – Piort observou as irmãs, analisando cada uma. –Não olhe com essa cara para as garotas; você vai assusta-las. – Houve uma longa pausa. – Até porque está me assustando.

—Novas moradoras? – Pablo acenou positivamente. – Isso é palhaçada, não pode ser. – Ele ia sair de perto do trio, quando voltou novamente. –Não é para ficar perto da minha casa, Stryder! Se eu sonhar que isso ocorreu; em qualquer sonho.

—Tudo bem; já entendi. – O garoto respirou fundo, e levantou a caixa cheia com os livros, tão rapidamente para se afastar da presença de Piort que um dos livros caiu no chão; inesperadamente ele foi pegou por uma jovem de rabo de cavalo, com os cabelos aloirados e a pele bronzeada pelo sol.
 Seus olhos eram castanhos claros e eles percorriam a capa do livro admirada, por um segundo Mikaele pensou que aquela fosse à região dos olhos claros. Porque até então, os garotos da bicicleta, Pablo, o vizinho-garoto-idoso e a garota tinham os olhos claros.       

—Ora, ora... Que não morre, sempre aparece. – Piort murmurou irritado; mas, na verdade, ele sempre parecia irritado.

—Estou achando que eles só estavam esperando nós terminamos quase tudo para surgirem igual almas. – Falou Jaqueline consigo mesma.

—Nossa! – Exclamou a garota com o livro nas mãos. – Eu ainda não tenho essa edição! Só a edição antiga. – Ela sorriu olhando para Piort. – A-P-E-N-A-S! – Ela então olhou para Mikaele que enfatizava uma cara irritada e sorriu para ela. – Eu troco esse livro por outros dois, que tal?

—Tsc. Você é tão irritante quanto o Stryder. Isso já deixa a rua bem barulhenta. – Disse Piort. – Odeio gente escandalosa na minha porta. Ou seja, tem muita gente fazendo barulho. Se resolvam e calem a boca. – A garota sorriu pra ele.

—Você ainda não dormiu? – Ele a encarou com o nariz pra cima, bem esnobe, ignorante.

—Não interessa. – Antes dele entrar, ele encarou Pablo. – Longe da minha casa.

—Ele está bem irritadinho né? – Antes de Pablo falar alguma coisa; Mikaele pegou o livro da mão da garota com agilidade, colocando dentro da caixa e fechando no jeito mais simples que podia para que ela não mexesse em seus livros. Ela olhou para a garota do rabo de cavalo e franziu a testa. – Hey!

 -Desculpe, com licença. Não! Eu não troco livros!

—Ah... Não seja tão chata, isso não seria bom? Trocarmos livros? E olhe, você teria dois!

—Então porque você não fica com os seus dois? – Jaqueline deu uma risada levando a caixa que estava nos braços para dentro da casa.

—Talvez uma vizinhança barraqueira seja mais divertida.

—Aan... Eles estão velhos! – A garota falou depois de um tempo em silêncio. – As páginas um pouco amareladas, com um jeitinho que todo colecionador adora! Mas, eu estou trocando os livros por novos!

—Eu não tenho livros para colecionar, e sim, por que eu gosto!

—Mas, o que ela coleciona, afinal? – Pablo perguntou á Jaqueline.

—Quadros, decorações de quartos antigos. – A irmã falou. – Você conhece a outra garota?

—Sim... – Ele disse com uma cara de constrangido.   

—Aah, por hobbie?  Eu também! – Ela sorriu. – Se não quiser trocar, me dá!

Mikaele cerrou os olhos, ergueu uma sobrancelha e observou a garota da cabeça aos pés. A loira deu um sorriso esperando a resposta da garota que parecia emanar más vibrações.

—Mas, nem morta sua coitada. – Respondeu Mikaele pegando de volta a caixa que tinha deixado no chão antes de revirar as caixas com seus livros.  

—Eu nem sei o seu nome! – E começou á andar em direção á casa. – Como posso trocar livros com você se nem te conheço; oh garota?

—Eu esperei uma vida para ouvir isso.  – Falou Piort da porta da sua casa. – Um desaforo de graça (...) Agora, calem a boca. – Ele entrou em casa sem perceber em que calçada eles estavam. Só estava irritado, então entrou pra casa.

—Hãn. Não seja por isso... – Ela foi atrás de Mikaele, a puxou pra trás e esticou o seu braço dizendo. – Prazer, eu sou Isis Armstrong! – Ela esperou o cumprimento.

Mikaele olhou para a sua mão deu um sorriso forçado.

—Ai não... – Murmurou Pablo baixinho. Ele olhou para Isis. – Hey, Armstrong, chega, não continua essa interação. – Ela o ignorou.

—Sabemos que você é inteligente o suficiente para fazer um bom negócio. – Ela começou a incomodar. – Não é nada difícil entender, você não parece muito idiota. O livro tem o seu charme, certo mas, eu acho que na sua coleção não.

—Perdão...? – Isis deu um sorriso.

—Isis; não. É melhor não. – Falou Pablo. – É melhor deixar isso pra lá.

—Ah não; está divertido. – Disse sorrindo.

—Como é? – Mikaele se aproximou de Isis. – Aqui não é um parque de diversão. Chega! Você me dá alergia.

—Preguiça que se fala... – Disse Jaqueline. Ela e Pablo estava apenas observando o bate-boca, não queriam interferir, não era uma briga como eles imaginavam, mas, dava muita tensão no ar. E na verdade, Pablo queria deixar tudo arrumadinho e sair dali antes que Piort notasse que ele ainda não tinha ido embora.
Jaqueline se virou para Pablo. – O pessoal daqui é sempre puxa briga? Direto? Do nada?

—Na verdade... – Ele parou um pouco para pensar. – Lembra quando eu disse que o Ian fiou bravo porque perdeu? – Ela acenou positivamente. – Então; bastante gente perdeu.

—Ah!

—Chegou! – Exclamou Mikaele se afastando da garota. – Não se aproxime, não fale comigo e não troco livros... – Ela se virou para perto de casa e olhou para sua irmã emanando raiva por todos os lados. – Eu espero que você pegue a sua idiotice e saia de perto de mim. Eu não sei porque, mas, fiquei bem irritada agora.   

Isis ficou paralisada, por um tempo. Jaqueline deu um peteleco na irmã e as duas com as caixas nos braços se afastaram. Isis ia falar alguma coisa, mas, elevou o rosto se dando conta de que estava de frente á casa nº7. Ela iria dar um impulso para sair dali, mas; se aproximou de Pablo intrigada.

—O que elas fazem aqui? – Pablo se virou para ela, quase que tranquilamente. –Porque estão aqui?

—Elas são as novas moradoras da casa 7. – Ela negou com a cabeça.

—Não faz nem uma semana que ocorreu o acidente com os quatro semideuses. Guevara nem voltou; e você me diz que elas são moradoras da casa 7? – Ele suspirou.

—Não sou eu quem disse; elas quem me disseram.

—Não tem como entrar na casa; a porta precisa de uma chave. – Ele mexeu a cabeça em direção á casa. – Como assim? – Ela se virou para Pablo que não sabia o que responder ou continuar a conversa. – Pablo; olha nos meus olhos e me ajuda á entender isso. – Ela deu um cutucão nele. – São só elas duas?

—Olha... – Ele olhava direto para a casa de Piort, estava com receio dele sair de sua casa. – Em uma das nossas idas e vindas carregando malas e caixas, é uma família completa; pai, mãe e três filhas.

—Isso é péssimo não é?

—Talvez. – Pablo deu ombros e deu as costas para a garota para poder levar a caixa que estava em sua mão para dentro da casa.

—Isso é estranho. E você está ajudando elas... – Disse meio tensa vendo Mikaele já voltando para pegar outra caixa; ela encarou Isis novamente e voltou a ignorar novamente. Pablo se virou pra ela.

—Porque você é assim Armstrong?

—Cale a boca! Stryder! – Ela disse se afastando do garoto e encarando a casa. Ela não estava nervosa, parecia receosa; era como se pudesse ver os corpos dos semideuses estirados no chão. – Eu só queria um livro. Afs. – Ela disse subindo a rua, e Pablo se perguntou; quem ela deveria estar visitando bem no início da rua?

 Os três conseguiram levar as caixas da cerca até dentro da casa, quando a largaram lá e estralaram os corpos. Todas as malas e caixas estavam no saguão e quando Jaqueline colocou a última caixa dentro da casa, Pablo ficou muito tentado a entrar naquela casa tão famosa no Bairro Grego. Ele deu uma olhada para dentro pela porta, sem entrar, tipo um vampiro esperando o convite e a autorização para entrar.

—É uma casa bem grande. – Ele comentou do lado de fora.

 -Sim... – Começou Jaqueline. – E digo mais, eu não me lembro como chegar até a sala de jantar.  Então, até todo mundo chegar a gente vai deixar isso aqui. – Ele ficou em silêncio, ouvia um barulho que ele tentava procurar a origem do som. Jaqueine percebeu que ele procurava algo. – Estão montando algumas coisas nos quartos e na sala.

—Ah claro! – Ele disse ficando vermelho.

—Você acha que essa casa é mal assombrada? – Perguntou Mikaele. – Só pela estrutura e a aparência? – Ele mordeu o polegar pensativo.

—Não. Na verdade, todas essas casas tem uma estrutura estranha. Só foram pintadas. – Ele deu um sorriso e lembrou de Piort. – Olha; eu adoraria continuar conversado e tal; mas, eu tenho que ir pra casa...

—Tudo bem; sabemos que o idoso-menino mal educado quer você longe daqui. Mas; de verdade. Muito obrigada pela sua ajuda.

 -Verdade! Obrigada! Já dá para aliviar a falta de educação dos outros brutamontes mal paridos. – Disse Jaqueline olhando para os seus olhos claros lembrando de Ian e seus amigos.

—Mas, os agradecimentos são apenas para você. – Disse Mikaele.

—De nada! É o mínimo que dava para fazer. – Exclamou dando um belo sorriso e ao mesmo tempo sem graça. – Qualquer coisa, eu moro naquela casa azul ali em cima. – Ele apontou pra cima. – No número 71; lá em cima antes da curva ok? Sério! Qualquer coisa mesmo pode chamar; sem pensarem dez vezes. Afinal de contas, vocês são novas. E ser novo em qualquer lugar é horrível. – E sorriu.

—Sim, pode deixar qualquer coisa, nós o chamamos... – Disse Mikaele desinteressada, não pensava que teria algo á ser trato com aquele garoto que parecia estranho, curioso e aparentemente gay.

O problema não era ser gay, era o jeito que ele agia quando estava perto da casa. Ela tem certeza sim, que ele tinha alguma coisa contra aquela casa, ele estava conversando com a loira e olhando a casa. Era estranho. Como se tivesse algum segredo que elas deviam saber. Mesmo assim, as irmãs acenaram positivamente e viam ele pegando a sua bicicleta e ir para onde estava indo antes de se encontram com as irmãs. As duas voltaram para dentro de casa. Estavam esperando os pais.

—Todo mundo que a gente conhecer vai ser briguento? – Perguntou Jaqueline, elas se sentaram nas escadas da varanda descansando. – Sabe, vizinhança briguenta é ruim.

—Obviamente.  Eles têm um ar de estranheza; talvez tenham uma seita secreta, um plano de vingança e. – Jaqueline a observou e deu um peteleco na irmã. – Eih. – Ela ergueu uma sobrancelha.

—Está paranoiando? – A outra acenou negativamente. – Realmente, eles são briguentos, gostem de chamar atenção, mas; mesmo odiando isso tudo. Não sabemos quanto tempo vamos ficar aqui, ficar quieto e ignorar; está certo. Vamos conseguir sobreviver.

—Não seja tão racional, eu sou a mais velha! – Jaqueline riu, foi aí que ouviram um carro chegando seguido do grito da irmã mais nova. – Ora! A traíra chegou. – Vitória entrou correndo na casa, mas acabou tropeçando porque a última caixa que Pablo tinha deixado na casa ficou exatamente na porta de entrada. As mais velhas começaram á rir.

—Não tem graça. – A caçula resmungou.

—Tem sim. – Falou Mikaele. –Você nos deixou sozinhas pra trazer isso tudo sozinha.

—Podia pedir ajudar para os amigos do papai. – Jaqueline ergueu uma sobrancelha.

—A gente não conhece eles. Mas, tivemos ajuda tá?

—Ajuda?

—Um garoto loiro de bicicleta ajudou a gente depois que (...) – Ela ocultou a parte que a irmã tinha sido “atropelada por uma bicicleta”. – Esbarrou em algumas das malas. Foi bem cavalheiro. – Falou Mikaele.

—Ele levou quase boa parte de tudo.

—Verdade. – Ela se virou para os pais. – Como foi no mercado?

—Bem legal; eu até tinha esquecido que nos mudamos para esse fim de mundo. – Ela disse em um misto de aborrecimento. – Daí nós voltamos e fiquei chateada. – As duas riram. – Mas, eu trouxe pipoca pra fazer.

—Menos mal. – Respondeu Jaqueline rindo.

Pablo tinha dado a volta no final da rua e continuava subindo em sua bicicleta e nisso ele acabou trombando com a sua amiga.

—Hey ARMSTRONG! – Pablo berrou enquanto subia a rua, e a garota que estava um pouco a sua frente se virou assustada; mas, ela não parou não andar; então ele continuou berrando. – Está indo na casa dos seus irmãos?

—Perto de lá. Ou talvez... – Ela não parou de andar. – Porque? Pra que?

—Porque você não pede para eles se encontrarem lá na sua casa? – Ela parou e se virou pra ele. – Pode ser?

—Por quê?

—Só pede... Por favor; precisamos resolver tudo isso... – Ela revirou os olhos. – Dillard me mandou uma mensagem... Por favor...

—Ok! Tá bom... – Ela esfregou os olhos. – Mais ninguém vai entrar lá! Não na minha casa não; certo? Nenhum móvel Armstrong vai ser tocado... – Ele sorriu.

—Hãn, tá tudo bem; ninguém vai tocar na sua casa...

*

As irmãs realmente não tinham muita coisa para fazer; iam comer e dormir; mas, pensavam em explorar a casa por alto antes de comer. Até porque não tinham mas nada para fazer.
 Jaqueline não se lembrava de jeito nenhum de como chegar à sala de jantar.  Havia dois diferentes corredores, uma escada dividida em duas ao topo, e tinha mais outro corredor; que não se sabia onde ia dar. Parecia um enorme labirinto, parecia que quanto mais avançavam, pareciam que iam desaparecer na casa.
Ela andou um pouco para frente, um corredor dava á um escritório velho, já um outro corredor dava para a sala de jantar, mais qual dos dois corredores dava para a sala de jantar? Não queria pensar que estavam perdidas. Mas, confusas elas estavam sim.

—Eu não acredito que a gente se perdeu. – Resmungou Vitória. – Dentro de casa!

—Veio conosco porque quis. – Disse Mikaele ficando nervosa.

—Mãe? – A voz de Jaqueline pareceu bem suave para ela mesma, talvez fosse efeito da casa, talvez foi coisa de sua cabeça. – Pai? (...) Gente, cadê eles?

—Eu sinto que essa casa é assombrada. – Resmungou Vitória e Mikaele revirou os olhos.

—Deixa disso Jaque... Vamos explorar a casa... Daqui a pouco os moveis chegam... – Jaqueline respirou fundo e depois franziu a testa para o celular.

—Você viu como aquele Ian... – Começou Jaqueline. - Atendeu ao telefone numa boa?

—Huum? E...?

—Quem é Ian? – Pergunta Vitória.

—Um idiota. – Respondeu Mikaele. – Diga.

—Se aqui não tem torre, não tem sinal, então como ele atendeu uma ligação?

—Alarme? – Perguntou Vitória enquanto elas subiam pela escadaria que iam rangendo á cada degrau que pisavam.

—Tipo... Você fazia isso lembra? Colocava pra despertar... – Falou Mikaele.

—Mas, mesmo que fosse para despertar, ele ficou ofuscante demais! – Ela respirou fundo. – Ele na verdade é um recalcado! Metido, invejoso! – Reclamou Jaqueline.

—Para alguém que conheceu agora, fala demais!

—Eu não gostaria de ficar com ele... – Ela riu. – Acho que talvez nem a mãe dele quisesse ficar com ele.

—Mas, ele quem?

—Você saiu, perdeu os novos encostos da rua! – Exclamou Mikaele.

—Esse pessoal parece meio doido, sem noção. Felizes de viverem aqui. – Disse mostrando o olhar aborrecido.

As garotas continuaram subindo e conversando para os seus quartos, inesperadamente antes de chegarem á seu destino, Jaqueline parou subitamente, reparando que elas estavam em qualquer outro lugar que não era seu quarto. Elas tinham dado uma olhada por cima e com um olhar atento e não lembravam de um quarto com quadros ou coisas assim.

Vitória se assustou com a quantidade de coisas que encontrou naquele cômodo. Elas não viam onde haviam errado. Estavam em um quarto.
 O quarto tinha um forro baixo e as paredes eram cheias de prateleiras com livros. De repente não havia mais porta; então era impossível saber por onde entraram. As três não tinham a mínima certeza de onde estavam e nem como haviam chegado ali.

Era uma pequena biblioteca, com duas mesas enormes, uma no canto direito e outra no centro do quarto. Na mesa do canto havia dois enormes livros, um estava fechado, em cima do outro já aberto. Já na do centro havia algumas estátuas médias modeladas com argila que pairam em cima da mesa com a impressão de que não estavam lá á tanto tempo assim. O que as assustavam era que não havia como elas saírem.

—A casa trancou a gente aqui dentro! Estamos presas! – Vitória entrou em desespero.

—Porra...  – Murmurou Mikaele desacreditada.

—Casa mágica. – Falou Jaqueline rindo. – Eu tô rindo mais é de desespero.

~*~

Pablo estava sentado na janela da casa nº65 lilás com uma faixa vinho nos pés da casa; era um belo lugar para sentar, ventilado, aconchegante e era mais alta que as outras janelas da rua.
Não eram cercas que tinham nas casas 60 á 70; eram muros e havia um grupo de pessoas sentadas nos muros da casas do lado  direito e esquerdo da casa 65. Haviam ao total 23 adolescentes ali ao redor de Pablo. Quando um grupo de cinco garotas passou por ali e ficaram paradas exatamente no portão, que impedia que elas entrassem; era o único lugar que tinha cerca.

—E ela chutou a cerca e brigou comigo! – Falou Alois assustado sentado no muro. – Não era pra elas estarem lá. Eu só lembro de mim e do Brenton tirando o Taboo do chão. Eu não esqueço o estado de pânico que o Juan e o Gavin estão. Até porque eles moram bem perto de mim. –Todos o encaravam sem o entender de fato.

De verdade Alois não ia para a casa 65; ele queria ir para a casa 71; mas, ele acabou tombando com Pablo que acabou dizendo a ele para que casa tinha que ir. Porém, antes tinha que chamar alguns semideuses.

—E nisso foi no seu sonho? – Comentou um garoto de cabelos escuros e olhos verdes claro. Ele era magro de se contar os ossos e tinha tatuagens diferenciadas no braço direito; como ferraduras, e pimentas formando um “P”. Ele era absolutamente bonito, particularmente ele parecia muito simpático e espalhava sensualidade por onde passava; no momento estava tirando sarro de Alois. – Daí você reuniu todo mundo pra cá por causa desse sonho? – Alois puxou os cabelos irritado.

—Não foi sonho! Eu estava acordado!

—E estava mesmo?

—Sim.

—Será que estava? – O garoto continuava a provocar.

—Jhonathan! – Gritou uma garota que estava do seu lado, ela era parecida com ele, as mesmas cores nos olhos e cabelos, mais alta, magra como uma bailarina, com cicatrizes nas mãos e com um sorriso escandalosamente belo.

—Não Érika; presta atenção... – Ele continuou ignorando que a irmã tinha chamado. – Ele disse “novas moradoras”. Mas, será mesmo? (...) Quer dizer que tem gente nova? Mulher? (...) Mais de uma? No mesmo bairro? Só três? Ou sete como nós? Que casa que elas estão? Mesmo? Ainda tem casa para pegarem? Alguém se mudou pra elas virem? Vendeu? Ainda sobrou casa nessa rua? Acima ou abaixo? – Ele começou a rir. – Não faz sentido! – Na verdade, Jhonathan Pattison devia ser um jornalista.

—Chega Jhonathan! Alois quer falar e você tá complicando tudo. Vai deixar todo mundo confuso! – Falou Érika irmã de Jhonathan.  

—Estamos confusos com a explicação desse sonhador! – Disse Thomáz também sentado no muro.

—Não foi um sonho! – Ele bateu o pé no muro.

—Olha o meu muro! – Berrou Isis que estava em uma janela do andar de cima.

—Desculpe(...) – Ele olhou para Pablo. – Fala que tem gente nova na rua fala!

—Gente; de verdade... Eu achei que íamos conversar sobre o Conselheiro ter caído matando em cima do Cullen por causa do incidente da casa nº7. – Começou Katherynne que estava sentada em um banco de madeira do lado de Paul que agora estava com os cabelos castanhos. – Porque esse foi a maior que alguém como ele poderia levar.

—Sério? Na minha opinião... – Começou um garoto de cabelos pretos, com olhos da cor cinza com uma cicatriz na sobrancelha e uma foice tatuada na nuca; seu nome era Julian Lochte. – Íamos comentar sobre a morte que saiu do mausoléu.

—E saiu mesmo?  Sério? –Perguntou outro Pattison que estava sentado em um galho da árvore que tinha no quintal; ele possuía o cabelo escuros e os olhos verde claro; ele e os outros irmãos se pareciam muito, com a diferença de que tinha muitas mais tatuagens e cicatrizes pelo corpo; haviam mais hinos nos braços e cicatrizes no pescoço, ele era Terence Pattison, o irmão mais velho que tinha uma mecha laranja na lateral direita da cabeça.

—Sim; eu vi. – Falou Julian.

—Não! – Berrou Alois. – É sobre a casa 7. Fala pra eles Stryder! – Pablo suspirou e deu um sorriso para a garota em que lhe cedera a casa, Isis Armstrong. Ela apenas o ignorou.

—Evanna. – Paul começou. – Olha nos olhos no seu irmão, veja se ele fala a verdade.

—Certo... – Uma garota de cabelos dourados com uma mecha vermelha e olhos âmbar pulou do muro e foi em direção á Alois. Ela tocou no queixo o olho nos olhos. – O que você viu?

—Novas moradoras na casa nº7; do lado da minha casa. A mais nova assusta. – Ela ficou em silêncio.

—Ele tá falando a verdade... – Ela olhou para Pablo. – Joga a bola no jogo Stryder; conta tudo.

—Hãn... – Pablo suspirou e passou a mão nos cabelos impaciente. – Ok; confirmando as palavras do Alois, sim tem novos moradores lá. São duas não sei se é pelo mesmo motivo que nós; e sim é a casa nº7 lá em baixo... – Jhonathan abriu a boca.

—A 07? – Perguntou. – Achei que não houvesse mais nenhuma opção de ter alguém morando naquela casa! Aliás, não havia mais opções.

—Puta que pariu. Como descobriram? – Falou Érika.

—Liam! Ele fez o favor de atropelar uma delas. É uma família completa, três filhas, pai e mãe. Elas tinham chave, e não precisaram invadir. Mas, temos que evitar o Ian Spears; porque ele implicou com uma das garotas. Eu não queria o ver brigando com elas e ou se vingando delas!

—Quer saber? – Perguntou Isis com sarcasmo. – Eu não me importaria de ver Ian e sua gangue de sete marginais aterrorizando uma delas! – Isis passou a mão nos cabelos e encarou Pablo.

—Ok! Cada um tem sua opinião, a minha é não deixar Ian implicar com elas! Aliás, porque já fomos punidos por causa das bagunças de Ian Spears! E é oficial; a casa 7 está habitada.

—Como os deuses fariam isso conosco? – Perguntou Evanna.

—Eles já fizeram. Não sei o que fazer... De verdade.


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Notas finais do capítulo

♥Eu sempre direi; estou aqui para vocês. Lady é o meu nome, e a minha imaginação é extremamente expansiva, criativa e magicamente adorável ♥

~♥~Um Beijo da Autora. ~♥~
♠A sua Semideusa criativa Favorita♠
♣E uma salva de palmas para o nosso computador favorito♣



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