Game Kill escrita por mile_ramos


Capítulo 10
Capítulo 10 – Hora da verdade part. 2


Notas iniciais do capítulo

Demorei 10 séculos porque a co-autora não me mandou sua versão, mas aqui está o final na minha versão! -Mile_Ramos.



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Catarina afastou-se alguns centímetros de Eduardo, ela pensou “Como as perguntas tem sido de histórias do passado, a que todos mais querem saber é a de Hailey...” ela olhou para Hailey por uns segundos e abaixou o olhar novamente “Escolhê-la agora não parece justo...” ainda havia certa culpa da parte dela sobre Eduardo estar com ela nesse momento... -E aí qual sua escolha? –repetiu Fred -Desculpa, mas... poderia ser você mesmo Fred? -Ok... –disse pegando seu cartão

“Agora é sua vez, sabemos que sua vida toda não é tão perfeita assim como você faz aparentar.” –ele leu em voz alta

–Bem... não tenho nenhum grande drama de vida a contar... vocês devem pensar que eu sou apenas mais um desses caras que tem tudo perfeito, “o melhor jogador” “o cara mais bonitão”... mas não era exatamente isso que eu queria da minha vida... meus pais pressionam muito, sem falar da decepção de minha mãe, pois queria que eu fosse um médico ou algo do tipo, já meu pai quer que eu seja jogador de futebol, porém eu não quero exatamente nenhum dos dois... eu queria mesmo era ser engenheiro... eu por um lado estudo medicina para agradar a minha mãe, e por outro jogo futebol para agravar meu pai. Eu sei que eles não podem simplesmente decidir o que serei, mas como sou filho único, e tenho impressão de que meus pais apenas continuam casados por minha causa, pois eles mal se falam e quando se falam rola briga... então apenas faço o que eles querem para tentar melhorar as coisas pra ele, mas realmente... cansa essa pressão toda, e não sobra tempo pra fazer o que eu realmente quero... não, minha vida não é perfeita, mas não quero que as pessoas percebam isso, apenas finjo esquecer meus problemas e... é isso. -Faz o seguinte... –disse Annabel –a gente tenta resolver isso quando sairmos daqui, estarei lá pra te apoiar sempre que for preciso ok? -É mas... eu não quero ser uma decepção para ambos... -Depois de sua história contada sabemos que você não é. –disse Catarina -E os amigos sempre estarão por aqui pra te apoiar no que for –disse Eduardo -Obrigado gente, mesmo... –disse Fred e em seguida um abraço em grupo, até Hailey que apesar de não curtir abraços, estava na roda e ao fim estavam todos em seus lugares novamente, agora era hora da próxima escolha.

–Então... como as provas tem sido sobre verdades do passado... todos queremos muito saber da história de uma pessoa deste grupo que é... Hailey, então te escolho por isso ok? -É... eu acho que já tá na hora... –disse pegando o cartão já com certeza do que seria sua próxima prova.

“Agora é a hora da verdade.” –ela leu.

–Bom... por onde poderia começar... por esse jogo? Por minha vida? Hm... acho que está tudo relacionado...

Todos espantados, porém ainda esperando atenciosamente o que ela tinha a dizer sobre tudo.

–...eu nunca tenho certeza de nada sobre isso, digo primeiramente, mas à aproximadamente uns 70 anos atrás, havia meus descendentes, eram alemães aventureiros, que foram procurar por tribos ou coisas do tipo, eles tinham aliados, também alemães só que eles gostavam de coisas mais místicas, tipo vudu, jogos sinistros, invocações de espíritos, coisas do tipo... um dia esses dois grupos tiveram uma séria briga, algo em relação ao amor, e jogaram uma maldição em minha família, em que a primeira menina a nascer carregaria o jogo “Spiel töten” traduzido para inglês “Game kill” ou seja “Jogo de matar” mas não é um jogo que simplesmente sai matando pessoas, ele só mata a quem tem relação com quem essa menina amar. Durante aproximadamente uns 50 anos por acaso em minha família apenas nasceram homens até que finalmente... eu nasci. “A menina da maldição” os parentes distantes diziam, por isso preferiam simplesmente serem distantes, porém meus pais não acreditavam nessas coisas, sempre me criaram com todo amor possível... quando completei 10 anos, encontrei esse jogo... mostrei aos meus pais, que nem se lembravam mais dessa lenda do passado... e na inocência fomos jogar. Vejam no que deu... sou uma orfã, rejeitada pelo resto da família por medo, e também tenho medo de amar qualquer um que seja para que não aconteça isso... porém aconteceu. Não tem como não amar aos amigos, por mais que eu tente... ocorreu novamente esse jogo quando eu tinha 14, eu morava em um orfanato e conheci um menino, Nicholas o nome dele, a gente era muito próximo, chegamos a namorar por um tempo, porém em uma noite, eu estava em um transe parecido com o dessa vez, repetindo coisas “sem sentido” em alemão, ele pegou o jogo e foram essas séries de provas novamente... e da primeira vez, meus pais se sacrificaram por mim, da segunda foi Nicholas que se sacrificou ao fim, dessa vez, ao fim do jogo ninguém além de mim se lembrava mais da existência de um Nicholas naquele orfanato... acho que capaz de que seja assim com Giovanna... e comigo... porque dessa vez, que acho que o justo –disse levantando-se –seria EU me sacrificar por vocês! –ela estava com lágrimas nos olhos, pegou ao fim do jogo, onde havia uma espada reluzente com um símbolo de um coração sangrento na parte que se segurava, preparou-se para usá-la contra si mesma, com sua ultima frase –Eduardo, sinto muito, porque... eu realmente amo você. –ela aproximou a espada de seu coração e então... -NÃO! –o garoto gritou –não pode ser você! Eu posso fazer isso. Por você eu faço! –disse retirando a espada das mãos de Hailey. -Você também não pode ser! –disse Fred defendendo o amigo, e retirando a espada de suas mãos. –Faço isso, acho que realmente não farei tanta falta, além de que talvez seja um alívio aos meus pais e, valeria a pena morrer por vocês. -Fred, não! Você fará toda falta pra mim, não poderia deixar você fazer isso, se for assim eu vou! –disse Annabel segurando a espada -GENTE! Ninguém pode morrer aqui! –disse Catarina desesperada com a situação -Mas essa é a única forma de finalizar esse jogo! –disse Hailey –e é por isso que eu que tenho que fazer isso, tudo isso acontece por minha culpa... -Eu não deixarei você fazer isso Hailey! Antes eu do que você, sério, eu te amo, e não poderia deixar nada acontecer com você. –disse abaixando a espada e aproximando-se cada vez mais de seu rosto para um beijo de despedida, ambos com lágrimas em seus olhos... -EDU!! –gritou Catarina chorando muito –você não pode fazer isso... eu amo você, não aguentaria continuar vivendo normalmente sem você... -Ah Cat, eu também te amo, mas é necessário... por todos vocês... -Não Edu... eu te amo, mesmo! Mais do que amizade... você não pode ir... -Como assim? -É isso... demorei a perceber, mas... percebi que eu realmente gostava de você além da amizade... eu tive esse sonho bobo a vida toda de ter um “príncipe” viver um “conto de fadas” mas na verdade, o que eu realmente queria, era alguém com quem pudesse contar de verdade, e que soubesse que estaria sempre ao meu lado... esse cara era você... esse tempo todo... eu realmente sinto por você o que nunca senti por mais ninguém, e eu não poderia deixar você ir assim! –pegou a espada nas mãos de Eduardo porém ele não a soltou –mas... Cat...

Ela não o deixou terminar de falar, ela simplesmente por impulso o beijou, e ambos largaram a espada.

Hailey apenas olhando os dois meio em choque, aproveitou e pegou a espada no chão e disse -Está óbvio de que quem tem que morrer aqui sou eu... então... –ela estava com as mãos trêmulas tentando levá-las em direção ao seu peito... Eduardo deu um leve empurrão para afastar Catarina, e exclamou: -Não! É você quem eu amo, não a... Os olhos de Catarina se encheram de lágrimas. -Desculpa, Cat... para mim, você é só uma irmã... -Eu sei. –ela disse com os olhos encharcados, pegando rapidamente a espada das mãos de Hailey e assim, cravando em seu peito.

–Eu amo vocês, é por amor que irei morrer.

Foram suas últimas palavras.

Todos choravam nesse momento... e ao Catarina desabar no chão, morta, surgiu um clarão, e todos estavam fora da “Sala Secreta” apenas em um longo corredor cheio de portas. Caminharam lentamente, pois estavam cansados, e ao saírem daquele bloco do colégio, viram que o dia já havia amanhecido. Eles caminharam até a quadra de esportes, que era a mais próxima, e acabaram apagando nos colchões de ginástica.

–O que vocês estão fazendo aí!? –disse uma professora brava. -Nós nos perdemos em um dos corredores de outro bloco, estávamos cansados, e acabamos dormindo aqui. –Annabel deu a desculpa . -Vão já para seus quartos!

Eles se levantaram. Ao levantarem, perceberam que os machucados que fizeram durante o jogo haviam desaparecido, como se não tivessem passado por nada, apenas notaram a ausência de Catarina e Giovanna.

Depois de um bom descanso e banho, eles se reuniram para o almoço, e planejaram como contar às famílias de Catarina e Giovanna, o que havia acontecido.

Se separaram, foram Hailey e Eduardo contar para a família adotiva de Catarina, enquanto Fred e Annabel foram contar aos pais de Giovanna. Ao chegarem, foram surpreendidos com a mesma reação dos pais: “Quem é Catarina/Giovanna? Não temos filhos.” Chocados, ao fim de tudo, perceberam que tudo simplesmente terminaria assim, como se elas nunca tivessem existido, como se nada tivesse acontecido.

...

–Então, Eduardo, você realmente me ama, né... -Claro, ainda restam dúvidas? -Não, não mesmo... –ela abaixou a cabeça, com o sentimento de culpa, por Catarina ter se matado ao fim da declaração. -Não se sinta mal por isso... você não tem culpa do que seus ancestrais fizeram, eles que deviam pagar por isso! Uma lágrima escorreu nos olhos de Hailey. -Agora tudo ficará bem. –ele disse, finalmente a beijando. -Espero que sim...

Ainda havia uma pergunta que não se calava...

–E agora, nunca mais haverá esse jogo novamente, né? A maldição acabou? –Perguntou Eduardo. -Eu não sei... eu nunca sei quando isso acaba. –disse Hailey.

O misterioso silêncio persistiu. Seria esse o fim?

–END-


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