Uma Filha para Emmett Cullen escrita por pink_babaloo


Capítulo 2
Encontros e confrontos


Notas iniciais do capítulo

Oie, acho que demorei um pouquinho, mas é que tenho outra fic e ela estava bem mais atrasada sabe?!
Espero que gostem do capitulo de hoje ^^



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Faz muito tempo. Eu e Rose estávamos brigados – como sempre – mas desta vez era eu quem estava realmente furioso e não iria dar o braço a torcer. Rose cercava Edward cada vez mais e nem ligava pra mim, o que era imperdoavel, afinal de contas, caramba, era eu! Quem prefere o velho e chato Edward quando se tem o maravilhoso e gostoso Emmett? Sério, não dava pra entender.

- Emmett, quer ir direto ao ponto! - Alice interrompeu a narração impaciente e o grandalhão bufou

- Quer calar a boca e me deixar continuar, sim?! - a fadinha revirou os olhos e ele voltou a se concentrar – Aonde eu estava mesmo? Ah tá...

Na época eu decidi me separar um pouco dos cullen, mais precisamente de Rose e Edward-ranzinza-leitor-de-mentes-inconveniente. Diferente do que meus sempre tão chatos irmãos pensavam, eu não tive problemas em ir e achei uma cidadezinha chata e escondida, próxima a uma floresta na Russia do jeito que Carlise sempre conseguia encontrar. Vivi muito bem, obrigado, mas foi na segunda semana quando decidi caçar que aconteceu. Eu conheci Clarisse.

Ela quase me pega em flagrante - sabe como eu fico entretido quando estou brigando com ursos né?! - mas consegui fingir que estava apenas passando inocentemente e quase fui atacado por um. Em uma cena digna de Hollywood, eu peguei ela nos braços e nos escondi entre algumas plantas rasteiras fingindo estar com medo daquele bichinho. Claro que ela caiu. Na verdade me agradeceu muito e até me convidou para almoçar em sua casa. Não me olhe assim, Esme, eu ia recusar, mas ela me pediu com uma carinha tão fofinha que eu não resisti. Descobri que ela morava sozinha, sua mãe morrera no parto e seu pai morrera a alguns anos. Ela tinha um pouco mais de 23 anos e trabalhava vendendo legumes na feira. Apesar daquelas roupas que fariam a Alice gritar, ela era realmente linda. Na verdade parece muito com a pestinha, mas os olhos eram incrivelmente azuis e ela não era tão hiperativa e azeda como certas pessoas.

Enfim, acabamos nos encontrando todos os dias e até cheguei a salvá-la de uns imbecis que tentavam roubar a casa dela. Paguei a eles e até quebrei o nariz de alguns, o que a deixou ainda mais agradecida a mim. Bom, foi quando as coisas começaram a esquentar. Eu realmente gostava dela e bom, ela também gostava de mim e...

- Seu grande irresponsável! Ela era humana! Poderia tê-la matado! Meu Deus, ele não tem um neuronio!! - Edward dizia irritado e Emmett apenas revirou os olhos.

- Até parece que você não tem vontades com a Bela!

- Mas não faço nada!

- Por que é frouxo e boiola como o jasper!

- Hei!!! - alice e jasper falaram juntos e Carlise pigarreou chamando a atenção de todos.

- Acho que ainda não terminou o seu relato não é, Emmett?!

- O meu o que? Ah sim, sim...

Então eu e a Clarisse começamos a namorar. Sabe como é, quando um homem DE VERDADE se relaciona com uma mulher eles acabam fazendo algumas coisinhas. Bom, vocês sabem. Talvez o Edward e o Jasper não, mas...”

- EMMETT!

- Ok! Ok!

Eu fui cuidadoso e acabou dando tudo certo apesar dela ficar com algumas marcas roxas depois. Enfim, acontece que uns dias depois, quando eu menos esperava Rose aparece e pede para eu voltar. Ela disse que os Volturi andavam cercando Alice e Edward, então eu tive que voltar. Contei a Clarisse que meus irmão estavam morrendo e ela aceitou. Eu disse que voltaria um dia, mas...eu nunca voltei.”

A essa altura, ninguém ousou dizer alguma coisa, principalmente os Cullen que perceberam a expressão vazia e torturada de Emmett, o que era bastante incomum no gigante. Ele parecia realmente mal e como Edward pode descobrir por si mesmo, ele relembrava alguns momentos entre ele e Clarisse. Foi uma surpresa para o leitor de mentes – e até mesmo todos os presentes – perceber que a humana realmente havia significado algo para ele.

- Eu não a amava, admito que fui descuidado, mas, ela realmente me divertia e encantava. Parecia não se importar com as minhas “estranhezas”. Quando eu me despedi, a ultima coisa que ela me disse foi:

Seja Feliz, Emmett.”

- E sorriu daquele jeito timido e doce dela.

Todos ficaram em silencio por alguns instantes, até Dammon se pronunciar pela primeira vez.

- Sim Clarisse era realmente doce, mas tinha uma tendencia de sempre se meter em confusão. Bom talvez eu tenha que te contar algumas coisas sobre ela. - olhou diretamente para Emmett que prestava muita atenção de uma forma que ninguém nunca antes havia visto – Clarisse sabia sobre você. Por isso não fazia perguntas ou estranhava seus olhos mudando de cor ou suas caçadas na floresta, ou sua super força e sua temperatura de morto. - o grandalhão deixou o queixo cair tamanho o choque das palavras de Dammon e este continuou antes de ser interrompido - Eu apareci na vida dela algumas semanas depois de você ter ido embora. Coincidentemente também a conheci na floresta. Ela colhia algumas frutas e quando me viu, pareceu encantada em um primeiro momento e se aproximou de mim rapidamente apesar das minhas constantes grosserias para mantê-la afastada. Como devem ter percebido eu não sou vegetariano como vocês – ele ironizou – mas ela estava com uma barriga já visível e eu não mato gravidas. Foi quando ela perguntou se eu conhecia você. Eu disse que não e ela me surpreendeu dizendo que sabia o que eu era. Pensei em matá-la, mas ela disse que não diria nada e eu acabei acreditando. É ridículo para um vampiro de mais de 500 anos como eu, mas ela era realmente cativante. - sorriu e deu uma pausa esperando ser interrompido, mas ninguém disse nada. - Foi quando ela me contou a sua história. Me falou seu nome e eu me lembrei de você.

- Se lembrou? Eu não conheço você. - Emmett disse com o cenho franzido.

- Acredite, você e seus irmãos eram famosos pelo circulo que eu frequentava – Dammon sorriu enigmático – bom, ela também me contou que estava gravida. Claro que eu não acreditei, mas logo eu descobri que ela dizia a verdade. A gravidez tinha um pouco mais de um mês e ela já aparentava estar entre o setimo e oitavo mês. Até aquele momento o bebe mantivera-se calmo, mas não demorou muito para a criança mostrar a sua força e vez ou outra acabava quebrando algumas costelas dela, ainda sim, Clarissa era forte e eu pensei que me mataria quando eu disse que deveríamos destruir o que quer que tivesse sua barriga. Nos últimos dias, Clarissa parou de comer e passou a beber sangue o que parecia satisfaze-la. E então, o dia chegou. Eu havia ido caçar e quando voltei, ela já estava em trabalho de parto. Eu mesmo o fiz e fui o primeiro a olhar para Charllote. - ele fez uma pausa parecendo emocionado, mas logo sua expressão se retorceu em dor e sofrimento – A criança era linda e perfeita, mas Clarisse não resistiria. Eu pensei em transformá-la, mas tive medo de não conseguir parar. Eu me alimento de sangue humano e já foi muito difícil fazer o parto e controlar a minha sede. Ela pareceu entender, como sempre e me disse que não queria que eu a transformasse. Disse que provavelmente acabaria colocando a filha em risco e não queria.

Ela me pediu para que cuidasse de Charlote e eu aceitei. Desde então eu cuidei da criança como se fosse minha própria filha – olhou para Emmett que desviou o olhar – mas ela sempre soube quem era e...o odeia.”

- Eu não sabia! Como eu iria imaginar que isso poderia ser possível? - Emmett tentou se defender e depois bufou. Viu pela janela a meia vampira em pé ao lado de uma árvore, com os braços cruzados parecendo pensativa. A observou por alguns momentos apesar de ainda ouvir Dammon.

- Charllote cresceu muito rápido e com apenas algumas semanas já falava e pensava como alguem mais velho, além de ter a beleza divina dos vampiros. Como devem imaginar os volturis logo ficaram sabendo apesar das minhas tentativas de esconde-la. Eu e ela começamos a fugir constantemente, mas eles nunca desistiram. Assim passaram 100 anos, e ele nunca nos pegou até a ultima vez quando fomos pegos por alguns vampiros deles. Eram muitos e não pudemos lutar, Lola é uma eximia lutadora, mas as vezes é impulsiva demais.

- É. Caso encerrado, ela realmente é filha do brutamontes aqui – Alice suspirou revirando os olhos e Emmett a fuzilou com o olhar, fazendo Dammon, Carlise e Esme sorrirem.

- Bom, para a nossa sorte, os vampiros estavam distraídos demais com o que estava acontecendo em Volterra devido a uma certa família que estava tirando Aro do sério – Dammon sorriu para Alice e Edward – e nós acabamos conseguindo uma chance para fugir.

- E foi quando você ouviu sobre Emmett e o reconheceu? - Carlise deduziu e o vampiro moreno concordou com a cabeça.

- Vi que era hora dela conhecer o papai, apesar dela não concordar muito com isso.

- E por que agora? - Jasper perguntou, desconfiado

- Por que os Cullen foram os primeiros vampiros que desafiaram os Volturis e venceram. Tenho certeza que não deixariam um membro da família correr perigo. - Dammon concluiu triunfante e percebeu pelas expressões sérias da família Cullen de que eles pensavam em suas palavras.

Mas então foi nesse momento de silencio que perceberam a falta de um dos membros da família.

- Hei, alguém viu a rose? - Emmett foi quem primeiro perguntou e Edward olhou em direção a janela aonde os outros vampiros, até então dispersos para notarem a saída súbita da loira, a viram caminhar da sua forma normalmente elegante em direção a mestiça recostada em uma árvore.

Rosalie não entendia bem o por que de estar indo em direção aquela garota, mas de uma forma incontrolável, ela sentia-se impulsionada a ir falar com ela que de uma forma bizarra tinha uma ligação muito forte com aquele homem com quem ela se casara durante muitos seculos. Charllotte era um pedaço de Emmett que Rose sempre quis ter, uma família de verdade.

A mestiça apenas limitou-se a olhar de esguelha para loira estonteante quando a mesma já havia parado ao seu lado. Sua postura ereta e voltada em direção a floresta deixava claro que ela não estava querendo conversa, mas Rose também não pareceu se intimidar e adquirindo a mesma postura da garota, colocou as mãos delicadamente sobre os quadris e suspirou como se realmente precisasse de um pouco de oxigênio.

- O que você quer? - Lola começou sem rodeios, detestava enrolação e era impaciente de todas as maneiras. Surpreendeu até mesmo Rosalie que não esperava palavra alguma.

- Nada, apenas queria saber se vai querer alguma coisa, já que você saiu de lá antes de podermos ser educados.

- Dispenso as gentilezas dos vampiros vegetarianos – a mais nova disse com claro deboche, mas ainda sim não via a vampira loura se abalar ou minimamente se ofender com as suas ações.

- Bom, você também não gosta muito de sangue, segundo o seu...tutor? - arriscou inexpressiva, mas imediatamente despertou a atenção completa da mestiça não muito contente com a conclusão da loura.

- É um amigo. Apenas isso. Ele gosta de se achar meu guardião, mas eu não preciso de um. - a garota falou de uma vez, parecendo ansiosa demais em dizer que não precisava de proteção demonstrando claramente seu grande e incontestável traço orgulhoso e teimoso.

- você corre muito perigo. Os volturis não vão te esquecer tão facilmente. Alice e Edward e até mesmo Jasper ainda são perseguidos por eles.

- Se não fosse por Dammon eu já havia invadido aquela prisãozinha de luxo e acabado com a raça pomposa deles.

Rose deu um meio sorriso acido que despertou a confusão de Lola.

- Você é parecida mesmo com Emmett.

- Rá! Mas nem se eu fosse homem e sem cérebro eu seria parecida com aquele...dinossauro – ela cuspiu as palavras claramente ultrajada com a comparação de Rose.

- Quando chegaram, você já sabia quem era ele?

Lola parou alguns segundos pensativa antes de responder.

- Não. - suspirou fechando os olhos como se relembrasse a cena – mas Dammon já havia me dito que ele era um grandalhão muito forte, mas que pouco prezava a seriedade da situação ou que pensava antes de fazer as coisas mesmo que isso ponha a si próprio em perigo. Como ele sabe disso, é um mistério. Mas assim que vi as carracas sérias e os corpos magricelas dos outros eu logo deduzi quem ele era. Assim como você também. - ela olhou para a loira pela primeira vez parecendo acusadora e Rose também retribuiu o olhar, desafiadora.

- E quem sou eu?

- A esposa, namorada, companheira e a causa para ele ter abandonado a minha mãe.

Diante dessa palavras, Rosalie se calou chocada enquanto Lola continuava a olhá-la seriamente, mas não parecia aborrecida e sim indiferente.

- Mas não se preocupe. Pouco me importa o que aconteceu ou o que vocês são um para o outro. Nada que seja dele me interessa. - e dizendo isso ela olhou em direção a janela e só então Rose percebeu que Emmett olhava as duas pelas janelas e se perguntou a quanto tempo ele estava lá e se os outros também já haviam visto.

Ao voltar a olhar Lola, viu a mesma se distanciando em direção a floresta.

- Hei, pra onde vai?

- Apenas dar uma volta. Não tenho por que fugir de vocês. - a pequena respondeu petulante.

Rose se calou para em seguida lembrar-se de algo.

- Apenas não ultrapasse a fronteira. A lobos aqui e isso seria um problema. - ela não alterou a voz, mas sabia que a menina ouviria, tendo a confirmação quando a viu dando um quase imperceptível levantar de ombros. Controlou-se para não pedir que ela tivesse cuidado e suspirou achando-se patética.

Sua obsessão por se tornar mãe já estava passando dos limites.

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Não é como se eu estivesse conformada com essa historia de conhecer o meu pai e seu bando de lombrigas anêmicas e me enturmar na família deles como se fossemos uma família feliz e perfeita dos comerciais de margarina. Mas enquanto Dammon ainda estivesse comigo eu não via por que ir embora, tinha que admitir que ali seria o ultimo lugar que os volturis me achariam, provavelmente por que Emmett Cullen seria a ultima pessoa que eles pensariam que fosse meu pai. É insano até para o demente e bizarro Aro Volturi.

Eu nunca os vi pessoalmente, mas Dammon sempre teve a mania compulsiva de ficar detalhando todos os vampiros importantes – ou que ele acha importante eu conhecer – como uma maneira de eu identificá-los caso um dia eu precise. Ele as vezes é profético, de vez em quando faz previsões e nem tem os poderes da fadinha de adivinhar o futuro. O que sempre me faz contestá-lo e na maioria das vezes me dar muito mal.

Suspiro frustrada enquanto pela primeira vez presto atenção no caminho em que eu estou e percebo que talvez eu tenha passado um pouco do limite que Dammon já havia me explicado e a loira reforçara.

Quando um uivo corta o silencio da mata fechada e um gigantesco lobo avermelhado surge na minha frente, eu tenho certeza de que passei dos limites e estou definitivamente enrascada.

Calma! Não é hora pra panico! Qual é, você já enfrentou maiores! Não um inimigo mortal para a minha raça inteira – ou metade dela – mas sem duvida não será o ultimo. Não posso dar uma de garotinha em uma hora dessas e ficar histérica.

De repente ele uiva, provavelmente está se preparando para me estraçalhar, ou então está chamando os outros para a refeição já que eles sempre andam em bando, e tudo a minha volta parece tremer de tão estrondoso é o uivo.

Tudo bem, cinco segundos para ficar em panico.

AAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH!!!

OK! OK! AGORA SEM PANICO!!! SEJA MULHER E SE PREPARE PARA LUTAR COM ESSA FERA!

ué...cade a super fera? Será que eu realmente gritei e espantei ele?

Cara, nem eu sabia que meu grito era tão forte...quer dizer, Dammon já havia dito que eu fico monstruosa quando estou histérica, mas...eu nunca acreditei nele. Uau, parece que eu sou realmente muito boa...

- Você não devia estar aqui! - uma voz do além diz de repente. Uma voz grossa e profunda, é bom comentar – o que me faz quase pular em sobressalto. - Volte de onde veio antes que acabe morta.

Foi só então que eu me virei e o vi. Um enorme rapaz de pele avermelhada, vestindo apenas uma bermuda jeans deixando em evidencia seu peitoral definido, seus braços musculosos, seu corpo incrivelmente magnifico cheio de músculos que pareciam ter sido talhados. Não que eu tivesse realmente reparando nele, mas seus olhos tinham uma negritude que parecia um buraco negro prestes a me engolir, os cabelos curtos e arrepiados davam um ar selvagem e a boca com lábios cheios chamavam a atenção. Ele por inteiro era sem duvida de uma beleza sobrenatural e olha que eu conheço muitos vampiros!!

- Está me ouvindo, garota? - ah é, e também não podemos nos esquecer da voz rouca e profunda que fazia meus pelos da nuca se arrepiarem de apreensão. Ele me olhava com o cenho franzido parecendo um garotinho irritado no corpo de um Deus grego e bronzeado.

Foi então que meus pensamentos começaram a ficar em ordem e eu deduzi que aquele homem deveria ser o lobo de segundos atrás e que eu devia estar parecendo uma idiota e era hora de eu mostrar um pouco de dignidade.

- Você fede. - eu sei, não foi nenhum pouco educado, e na verdade não era totalmente sincera. Ele não fedia realmente, apenas tinha um odor diferente que deixava todos os meus sentidos em alerta.

- E você deveria voltar para o seu ninho, pois frios não são permitidos desse lado.

Espera, ele disse ninho? O que ele acha que eu sou? Uma galinha? Um avestruz? Aaaahh não, não importa o quão incrível, perfeito e gostoso ele seja, ninguém fala comigo assim!!!

- Ah é, então por que não tenta me tirar? - provoquei com meu melhor sorriso sínico e o vi me fuzilar com os olhos. Também fechei minha cara e adquiri posição de luta.

- Você tem o cheiro dos Cullen. Por acaso eles sabem que está aqui? - ok. Ele me pegou e eu quis me enterrar quando senti meu rosto esquentar. Droga de genética! Provavelmente estou parecendo uma garotinha que acaba de ser pega em flagrante fazendo besteira! O vi arqueando uma das sobrancelhas e com muito custo virei o rosto para o lado não querendo dar o braço a torcer.

Eu sei que é idiota, mas eu quase não conseguia tirar os olhos dele. Estava pateticamente deslumbrada por aquele nativo grosseiro.

- Isso não é da sua conta. - eu disse um pouco incerta. Eu própria não me reconhecia, estava tão desconcertada e não sabia como me portar, era uma insanidade. - Você por acaso é amigo deles? - dessa vez não consegui não olhá-lo e vi o exato momento em que os olhos dele tornaram-se opacos e o corpo dele começou a estremecer como se estivesse algo errado. Eu quase me aproximei no impulso de ajudá-lo, mas ele virou de costas como se houvesse percebido o que eu queria fazer.

- Eles são meus inimigos, assim como você! E eu os odeio!

assim como odeio você.”. Ele não disse isso, mas sei que era o que significava e isso me fez me sentir pequena. Estupido eu sei, mas sabe, eu não me dou muito bem com rejeição.

Não é como se eu fosse tentar me matar, mas eu não conseguia ficar indiferente por mais que na maioria das vezes eu tentasse disfarçar. A parte humana do meu coração deveria ser o responsável por isso.

Em falar em coração, o meu quase que sai pela boca quando de repente eu consigo sentir vários outros cheios, parecidos com o do Deus-lobo, e em questão de segundos uma matilha com lobos de variadas cores se posicionaram em um semi-circulo em volta dele. E todos rosnavam pra mim não parecendo muito dispostos a serem tão gentis quanto o primeiro. Este, por sua vez, parecia ter se acalmado e agora alternava o olhar entre mim e a sua matilha, parecendo apreensivo.

- Ela é uma desavisada. Está com os cullen. Já está de saída... - falou olhando pra mim significativamente.

Apesar do olhar dele me deixar confusa e embaraçada, as suas palavras e a postura dos lobos me deixaram tentada a contradizê-lo e enfrentar a todos, mas antes que eu pudesse fazer mais uma de minhas atitudes chamadas por Dammon como “impensadas, suicidas e burras” um novo gama de cheiros atravessou meu olfato e pela agitação dos lobos, eles também perceberam.

- Deixem-a em paz, seus fedorentos antes que eu faça tapetes de vocês. - tudo bem, eu fiquei surpresa e levemente ansiosa em descobrir que quem havia dito isso havia sido Emmett Cullen, com ele também estavam Carlise, Jasper, Dammon e Alice – que deveria ter visto o que eu faria e fiz - mas rapidamente voltei a prestar atenção nos lobos, mas precisamente no índio que continuava em forma humana não parecendo nem um pouco abalado com a presença dos cullen, apesar da dor em seus olhos ser visível, pelo menos para mim.

- Conhecem as regras, sangue-sugas. Tirem-na daqui e fiquem longe ou da próxima vez nós não teremos piedade. - ele dizia sem qualquer emoção, parecendo indiferente, mas eu percebia que ele apenas tentava mascarar algo mais forte.

Eu sempre fui muito sensitiva, provavelmente mais uma herança de minha mãe, consigo perceber emoções dos outros muito fácil, e as daquele nativo eram clara como a água para mim. Apesar de ouvir os rosnados de vampiros e lobos, e sentir a mão fria que logo eu reconheci como sendo a de Dammon em meu ombro, eu continuava a olhar fixamente para aquele homem que agora voltava a se embrenhar pelas árvores até sair de minhas vistas.

- Eles são amigos e fomos um pouco descuidados em explicarmos as regras para eles. - Carlise se pronunciou com sua voz amenizadora de sempre – Garantimos que isso não voltará a acontecer.

E quando ele disse isso todos olharam para mim, menos Dammon que suspirava pesadamente e olhava para cima enfadado.

É, eu conhecia aqueles olhares e ele também.

Lá vinha broncas e problemas.

E a culpa como sempre era minha.

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- Eu disse que não deveria atravessar a fronteira. Você faz idéia do perigo que correu e que colocou a todos nós. - Rose falou e Lola a olhava, em pensamentos se perguntando se ela achava que era sua mãe.

- NÃO ADIANTA FALAR NADA ROSE. ESSA GAROTA NÃO OUVE NINGUÉM, É UMA PETULANTE, TEIMOSA! - todos se assustaram com o nervosismo de Emmett, menos de Charllote que dessa vez o fuzilou com o olhar, na mesma intensidade.

- QUEM VOCÊ PENSA QUE É PRA GRITAR COMIGO. VOCÊ NÃO É NADA PRA MIM! - ela fez questão de frizzar e o grandalhão estava prestes a lhe gritar outras coisinhas, mas Carlise como sempre tentou amenizar as coisas.

- Não é hora para termos essa conversa. Estamos todos de cabeça quente. Precisamos nos acalmar. - ele disse dando um olhar significativo para Jasper, e Charllote sentiu no exato momento quando de repente alguma coisa parecia modificar o ambiente.

Mas diferente do esperado pelos Cullen, a mestiça não se acalmou e apenas sentiu sua raiva aumentar e pareceu tremer furiosamente enquanto balançava a cabeça parecendo querer de livrar de algo. Em questão de segundos, Dammon já estava ao seu lado, olhando-a preocupado e angustiado, mas não houve tempo para explicações, pois no momento seguinte, Jasper caiu no chão se contorcendo e revirando os olhos como se sufocasse.

- JASPER! - Alice foi a primeira a socorre-lo, tão horrorizada quanto os outros Cullen.

Dammon tentava acalmar Charllote, mas a mesma também continuava a tremer compulsivamente enquanto balançava a cabeça cada vez mais forte.

- o que está acontecendo? - Esme perguntou chocada, enquanto Carlise observava atentamente a mestiça.

Outro baque surdo ecoou pelo ambiente quando Edward passou pela porta e no mesmo instante caiu de joelhos com as mãos na cabeça e gritando de dor.

- O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO? - Rose gritou para Lola, indo socorrer o irmão enquanto os outros pareciam sem qualquer ação diante de toda aquela cena de horror.

Edward havia ido deixar Bela em casa, e já voltava quando sentiu os pensamentos desconexos de Jasper, o que o fez correr mais depressa de volta para casa. Agora, jazia no chão, se contorcendo em uma dor incomoda e berrante em sua cabeça.

- São muitos. Eu não consigo controlar. - ele dizia pausadamente como se não conseguisse respirar.

- Dammon, faça-a parar! - Carlise disse firme, dessa vez seu tom não tinha espaço para conciliação, mas Dammon balançou a cabeça negativamente.

- Eles é que devem se acalmar e esvaziar suas mentes. Tentem não pensar ou sentir nada e anular seus próprios poderes.

As palavras do vampiro não faziam qualquer sentido para Carlise, mas aos poucos, Edward e Jasper pareciam conseguir controlar os próprios poderes e as dores e o sofrimento iam passando. Em contrapartida, com Charllote acontecia o mesmo, até a mesma desmaiar sendo amparada pelo guardião.

No fim, um macabro silencio se instalou pela casa, até ser cortado por Edward.

- O que ela fez? Que poder é esse? - o vampiro de cabelos cobre perguntou olhando para Lola.

Dammon olhou de um por um, antes de fixar o olhar em sua protegida para novamente encarar os Cullen.

- O motivo de Aro querê-la não é apenas por ela ser mestiça, mas também por causa do poder dela. Challote tem o poder que eu chamo de espelho.


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Notas finais do capítulo

O que será esse tal poder da Lola?
E o que o Jake vai achar dessa nova mestiça?

Os próximos capitulos virão se tiver reviews e a confirmação de que tem alguém lendo a fic né xD

Obg a quem comentou ^^

beijos



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