Minha Vida depois de o Último Olimpiano escrita por Mari_Carlie


Capítulo 16
Capítulo 16 Plano de Fuga


Notas iniciais do capítulo

Hello people!
Como estão curtindo as férias?É melhor que sim.
Esse capitulo me deu bastante trabalho e espero que tenha valido a pena. Vamos lá.



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“Nada é in-consertável”
Leo Valdez.
Rick Riordan. The Lost Hero.

No ultimo capitulo:
Nico gosta de Samantha, mas está em rixa com Elliot, meio irmão de Percy que por acaso também gosta dela.Percy e Annabeth planejam fugir para consertar as coisas.

Esse sonho foi estranho, por que ele parecia a continuação de um que tive a algum tempo.Nele, eu era uma pessoa diferente, eu me sentia diferente.E para completar eu estava olhando para Calipso.AO olhar para ela, parte de mim pensou na Calipso, a garota da ilha que havia me ajudado e cuidado de mim, e que no fim veio me visitar, por algum tempo.Mas a outra parte de mim, que não era realmente eu naquele momento, via Calipso de um modo totalmente diferente.Calipso era uma estranha, alguém que apesar de parecer confiável,eu não confiava muito.Mas havia algo nela.Algo que me fazia pensar que ela sabia muito mais do que eu.Algo que me fazia pensar em conhecer o que ela sabia.
-Você quer ir dormir? – ela me perguntou, logo depois do jantar.
Só então eu percebi como estava ficando tarde.E só então eu percebi como eu tinha ficado  cansado,tanto que estava quase escorregando para fora da cadeira.Eu sentia como se meu corpo tivesse sido fatiado, e  sabia que estava cheio de cicatrizes.Mais uma prova de que eu, naquele momento não era eu.Era alguém do passado.
Não me lembro de dormir bem, mas lembro de acordar com uma dor de cabeça descontrolada, e sentir o machucado nas minhas costas arder.Eu havia fraturado as costelas, e a coluna num acidente, e então parei aqui, me lembrei.
Eu me levantei e fui atrás de Calipso.Talvez ela tivesse algum analgésico.Eu tinha receio em acordar Calipso, e sabia que iria fazê-lo se a dor continuasse.
Mas ao chegar lá percebi que não havia necessidade de acordá-la.Ela estava sentada numa cama, com um caderno e lápis,desenhando.
-Ah, é você?Quase me deu um susto, chegando assim.Silenciosamente.
-Quem mais poderia ser? – perguntei, ironicamente.
Ela suspirou.E não respondeu.E o que eu vi a seguinte, me fez esquecer a dor por alguns momentos.
-O que é isso?
-Não é nada. – ela disse,jogando o caderno na cama e levantando-se.
Mas eu não ouvi, e fui até a parede em frente a cama.Ela estava coberta de desenhos, de rostos pintados, vários rostos,incontáveis.Todos eram homens, ou garotos, cada um diferente do outro.
-Calipso?
E ela me contou.Me contou de como os deuses a faziam sofrer a enviando alguém que no final sempre ia embora, todas as pessoas na parede, eram na verdade, pessoas que tinham deveres e eram mandadas até ela, e nunca poderiam ficar com Calipso para sempre.
-Isso é horrível! – eu disse – eles não tem direito de fazer isso.
-Eles são os deuses, eles podem.
Ela abaixou a cabeça, e eu percebi que era a primeira vez em que Calipso não estava com o cabelo preso em uma trança.
Ela parecia muito mais bonita assim.

Uma batida na porta me acordou naquela manhã.Eu deveria ter imaginado que era Annabeth, trazendo as noticias sobre onde supostamente deveriam estar as Parcas.Mas naquela hora, não foi isso que eu pensei.
Na verdade,eu estava enrolado no meu cobertor,e meu travesseiro estava bastante macio.Por mais que o sonho houvesse sido estranho, curioso, quase perturbador.Minha cama estava muito boa naquela noite, e eu não iria me levantar dali assim tão cedo.
  A batida na porta continuou, dessa vez mais forte e irritada.Eu me virei levemente, apenas para ver no relógio do Elliot, eram cinco da manhã, pelos deuses!
Notei que Elliot, que já estava acordado, foi abrir a porta.
Eu enfiei minha cabeça no travesseiro.Destinado a ignorar o barulho.AI que sono!Eram cinco da manhã!
Eu pensei em voltar a dormir até um horário descente e tudo mais, mas a gritaria vinda da porta me acordou.
-O que você quer? – essa era a voz firme do Elliot, facilmente reconhecível.
-Não é da sua conta.Cadê o Percy?
-Tá dormindo.
-Então acorda ele. – essa era, sem dúvida a voz da Annabeth
Eu esfreguei meus olhos e comecei a bocejar.
-E qual é a palavrinha mágica? – essa era a voz irônica do Elliot.
Eu me sentei, e vi que Annabeth não tava com paciência para ele, e o empurrou para fora da frente da porta e foi entrando.
Não evitei sorrir.Era Annabeth,afinal de contas .Ela veio até minha cama.
-Preciso falar com você.Vamos conversar lá fora?
Eu olhei para mim mesmo.
-É, bem, eu não posso sair de pijama, e preciso de um banho... e roupas.Normais.
Annabeth suspirou.Ela parecia terrivelmente cansada,como se não tivesse dormido a noite toda, eu nunca as olheiras mais profunda.
-Elliot.Fora.Eu vou conversar com o Percy.
Depois que ela falou isso,eles ficaram se encarando, por um longo tempo.Eu olhei para os dois tentando entender o que estava acontecendo.Mais eles pareciam estar lutando, um encarando o outro, como se estivessem conversando, brigando por algo.
-O que está acontecendo entre vocês dois?
Elliot e Annabeth, olharam para mim ao mesmo tempo.
-Nada. –disseram juntos.E Annabeth voltou a encarar Elliot.
-To vazando. – Elliot passou esbarrando em Annabeth dizendo baixinho – vou deixar você comer seu namorado em paz.
Annabeth surtou.Ela levantou-se e virou bruscamente para dar um soco Elliot, mas eu me levantei e segurei o braço dela antes disso.
-O que diabos está havendo com vocês ???
Annabeth não falou nada e Elliot simplesmente deu o fora.
Eu soltei o braço dela.
-Você vai me dizer o que tá acontecendo?
Ela se sentou na cama novamente, apoiando os cotovelos nas coxas e colocando as mãos na testa, não me deixando ver seu rosto.Tudo aquilo era muito confuso.Eu me sentei ao lado dela, na tentativa de entender alguma coisa.
-Annabeth?Qual é o problema?O que há entre você e Elliot?
Ela respirou fundo.
-Nós...não nos demos bem.Nada que você devesse estar sabendo.
-O que você quer dizer?
-Eu e Elliot nos desentendemos uma vez.Ai passamos a não gostarmos um do outro.É isso, okay?
-Vocês se desentenderam no que?Por que?Quando?
-Desculpe Percy. – ela finalmente tirou as mãos do rosto abaixado, e olhou para mim – Mas isso não deveria nem ter começado.Não deveria chegar a você, por enquanto.
-É, mas chegou.Você podia me dar algumas respostas, não é?
-Percy, esqueça!Elliot deixou isso vazar para você por que ele é um idiota.Mas isso é entre eu e ele.Não precisa de meter no meio disso.
-Isso não faz sentido.O que há de tão horrível em me contar o que está havendo entre vocês dois?
-Isso ainda não dá sua conta.
Annabeth, respirou bem fundo, puxando bem o ar.Eu reconheci o movimento.Ela sempre fazia isso antes de entrar em alguma luta difícil, ou muito complicada.Algo que exigisse dela força, ou coragem.
Ela se levantou e foi embora, sem me dar uma resposta.
Assim que ela bateu a porta, eu me senti horrível.Eu havia sido acordado brutalmente para ouvir a briga do meu meio-irmão com minha namorada, para então ter uma briga com minha namorada. Que manhã feliz a minha.

E o dia ainda nem começou direito.
Eu coloquei minha cabeça no travesseiro com força.E por mais que estivesse cansando e confuso, não consegui voltar a dormir. Simplesmente não dava.

Eu não consegui me fazer ir até o refeitório tomar o café da manhã. Não tava fome. Nem um pouco. Então fui direto para o banho, mas não vi Elliot lá. Nós temos horários para os banhos, então achei que se ele não fosse no horário do chalé de Poseidon, não sabia que horas que ele ia tomar banho.
E pelo fato de eu não achá-lo, comecei a perder minhas esperanças de entender o que realmente havia acontecido lá no chalé.O que há com Elliot?Por que toda aquela confusão?O que Annabeth quis dizer com tudo aquilo?
Ah, Annabeth...Se eu pudesse pelo menos saber como consertar as coisas com ela, sem ter que ignorar o que estava havendo entre ela e o Elliot. Só queria consertar tudo. Fazer as coisas do jeito certo. Pelo menos em relação a Annabeth. Eu queria fazer as coisas certas. Fazer tudo dar certo.
 Só queria poder consertar as coisas.

Só falei com ela novamente, no almoço. Elliot havia pegado a comida, e ido se sentar em outro lugar.E então eu estava novamente sozinho na mesa de Poseidon. Annabeth estava no meio das mesas de Athena, sem sequer tocar na comida a sua frente.
Eu olhei para ela, ao mesmo tempo em que ela se virava para mim, e por um longo segundo, nós trocamos olhares. O único modo que eu tinha de falar com ela naquele momento, era se eu gritasse através do refeitório e ela me respondesse do mesmo modo, o que não era muito agradável.
Mas eu vi os lábios dela formando uma simples frase para mim Quer conversar?
E eu acenei, mostrando que a mesa estava vazia além de mim.
Ela olhou fixamente para mim, não era um olhar de dúvida, ou indecisão. Era um olhar que ela sempre usava quando tentava ver se havia uma armadilha, quando tentava ver por trás das palavras e descobrir o que ia acontecer.
Eu esperei que ela se decidisse. E por um momento eu tive certeza de que ela iria se levantar da cadeira e iria embora, sem falar comigo.E por um momento, quando ela saiu da mesa,eu tinha quase certeza de que era isso que ia acontecer.
Mas não foi, assim que ela se levantou,eu quase tive certeza que vi um reflexo de um sorriso ali, veio até minha mesa, e se sentou ao meu lado. Eu não sabia o que dizer mais. Eu já tinha perguntado as coisas uma vez e ela não havia me respondido.
-Por alguma razão – eu comecei – sinto que você não veio me explicar o que aconteceu. Quer dizer o que está acontecendo. Acertei?Pelo menos uma vez eu acertei?
Pelo segunda vez, eu achei que vi um pequeno sorriso começando a se montar no rosto dela, deveria ser um sorriso sarcástico, mas antes que eu pudesse ter certeza, o que pareceu ser um sorriso desapareceu, e ela voltou a ficar seria.Mas Annabeth olhou bem nos meus olhos.
-É.Não vim lhe dizer o por que de eu não gostar de Elliot, e ele muito menos gostar de mim.
-Mas por que?
Ela não me respondeu imediatamente.E por longos segundos, ela parecia estar tentando achar a resposta certa.
-Você confia em mim? – ela perguntou.A resposta era obvia.
-O que você acha?
-É serio Percy.Você confia em mim?
-Você sabe que sim.
-Então, eu preciso que confie em mim, quando digo que não posso lhe contar porque eu e Elliot não nos damos bem. Você entende que se eu pudesse, eu explicaria?
-Eu... Acho que sim.
Ela colocou a mão dela sobre a minha,e eu esqueci tudo naquele momento.
-Quer saber? – ela perguntou – parei de gostar de segredos.Vou te compensar.Me pergunte qual quer coisa, sem ser sobre Elliot, e eu lhe respondo.Qual quer coisa que nunca soube sobre mim.Pode perguntar.
Esse momento deveria ser algum tipo de milagre.Annabeth me deu uma chance de saber qualquer coisa sobre ela.Coisa que deve ser possivelmente a primeira e a ultima vez que algo desse modo acontece, não que ela fosse fechada ou algo do tipo.Ela simplesmente tinha a vida dela.Mas...Eu não sabia o que perguntar, quer dizer, não queria perguntar nenhuma das coisas que eu realmente queria saber.Se eu falasse sobre essas coisas eu deixaria Annabeth realmente muito constrangida.
-Não tenho certeza. – respondi.
-Imaginei.Mas quer saber uma coisa?Eu lhe digo um segredo.Sabe por que quando você chegou eu...não fui com sua cara?
-Porque eu babava quando dormia?
-É, também.Mas por que assim que eu descobri que você era filho de Poseidon, eu já desconfiava, é claro, o fato de você ser muito bom em canoagem e ter feito os canos de água explodirem, eu tinha quase certeza como você era filho de Poseidon.
-Você era mais inteligente.Isso é por acaso algum segredo?
-Não, não é isso.É claro que eu sou mais inteligente, mas não é disso que estou me referindo.A questão é que, quando eu tinha dez anos, eu li a profecia, eu sabia que assim que um filho dos Três Grandes chegasse, ele iria morrer.E você chegou.
-Você sabia que eu iria morrer.
-Bom, isso é meio obvio.Eu te disse que li a profecia quando eu tinha dez anos lembra?A fato é que eu tive muito medo de gostar de você, medo de ser sua amiga.
-Por que você sabia que eu morreria.
-Sim, qual era a possibilidade? Thalia na época era um pinheiro. E você apareceu, qual era a possibilidade de ter um terceiro filho dos Três Grandes?Eu sabia que você morreria no final.
-Eu lembro da gente brigando naquele verão.
-É, mas foi algo mais para auto-preservação do que antipatia. Eu tinha medo de sofrer se virasse sua amiga e você acabasse morrendo.Por isso implicava tanto com você.
-Mas...
-É.Mas você virou meu amigo, Cabeça de Alga. E eu não pude evitar gostar de você. E então Thalia apareceu, e veio o Nico.Eu ainda tinha a sensação que seria você. Mas por boa parte do tempo, tentei ignorar isso, e...Teve o monte Santa Helena.
-Eu lembro.
-Eu não sei explicar. – ela tirou a mão dela de cima da minha,e parou de me olhar nos olhos -  Eu fiquei desesperada, quando vi que você podia não escapar.E então você não teria sido o herói da profecia. E eu desperdicei um bom tempo fingindo não gostar de você no nosso primeiro verão. Eu só....queria compensar...
 -Tudo bem, eu entendi.
Ela abaixou a cabeça, e ao olhar a mão da Annabeth, já longe da minha,eu não podia ser expert em relacionamentos, mas soube reconhecewr minha deixa. Eu segurei a mão dela. Ela não disse nada, mas acho que começou a esboçar um sorriso.
-Então, quando que você vai me contar o que descobriu sobre as Parcas? – eu perguntei.
-Isso é definitivamente mais importante. Eu quase tinha me esquecido.
-Você não se esquece de coisas importantes assim.
-Talvez eu esqueça.
-Talvez.
-Você já ouviu falar do antigo vulcão que se transformou em montanha, a milhões de anos atrás que fica no Wyoming?
-A pedra do Diabo?
-Sim. Eu li fatos e histórias a noite inteira.É lá, lá no alto da montanha, há uma pequena caverna.É onde as Parcas estão.É onde temos que ir.
-Você tem certeza?
-Eu passei a noite inteira, procurando livros sobre as Parcas, lendo livros sobre as Parcas, até achar a localização dela na Grécia. E então comecei a procurar em mapas de madrugada. Felizmente tínhamos vários mapas da Grécia e do Estados Unidos no chalé de Atena.
-Eu percebi que você dormiu pouco ontem a noite.- não era uma pergunta. Era apenas uma declaração da realidade.
-Ah é?
Eu não sei o que deu em mim.Não sei o que eu estava pensando. Mas quando eu me dei de conta, meu dedos estavam tocando o rosto dela.Eu estava tocando ao redor do olhos cinzas, onde as olheiras denunciaram que Annabeth não andava dormindo muito ultimamente. E por um segundo a única coisa que eu conseguia sentir era a pele dela sobre os meus dedos.Mas esse segundo passou e Annabeth corou. Eu tirei mina mão do rosto dela rapidamente, sentindo um calor subindo pelo meu rosto.
Eu decidi ignorar e continuar a nossa conversa.
-Você tem certeza que devemos ir lá?
-Ultimamente os deuses tem se resolvido bem sem ajuda de semideuses?
-Não.
-Se elas se comoverem, ou só entenderem podem dizer onde o Ofiotauro está, ou o que está acontecendo com os olimpianos .Ou... qualquer informação importante.
-Quando nós vamos? – eu perguntei.
Ela olhou em volta, para as mesas lotadas de gente, para ter certeza de que não tinha ninguém nos escutando.
-Assim que eu conseguir dá um jeito no problema que rolando por entre o meu chalé.
-O que está realmente rolando no seu chalé?
-Algumas..Pessoas lá, estão questionando minha atitudes como líder.
-Mas, se você sair do acampamento...
-É, elas vão tomar como uma ofensa a todos os deuses quebrar as regras assim.
-O que você vai fazer?
-Você não percebe?Não precisamos mais desse lugar. Não mais.O acampamento foi feito para fazer semideuses sobreviverem a vida lá fora. E nós já passamos por testes demais. Sabemos do que somos capazes .Tudo de repente  ficou bastante fácil não?E com todos os monstros lá fora, não tem como perder a prática. Você não vê o obvio?Nós já aprendemos tudo o que precisarmos para levar uma vida inteira lá fora. Se formos embora hoje...Não voltarei a não ser para dizer oi para Quíron.
Uma parte de mim pensava que isso era loucura.Era o acampamento meio-sangue, não sabia como seria minha vida sem passar o ano inteiro esperando para vim para cá. Era o único lugar totalmente seguro. Como eu poderia abandoná-lo?
Mas parte de mim sabia. Sabia que eu não era mais o menino que chegou á quase cinco anos atrás. Eu sabia lutar. Eu sabia me defender. Depois de destruir Titãs, a vida lá fora ficava bem mais fácil. Eu pensei sobre isso por um segundo ou dois no passada, mas não devo ter me deixado pensar naquilo.
-Eu...Eu sei.
  -Que bom, por que penso em partir e ter uma conversinha com as Parcas logo.
Eu levantei a sobrancelha em tom de pergunta.
-E esse logo significa......?
-Ainda hoje. Precisamos partir rápido, e em segredo. Se tivermos sorte, Quíron irá entender depois que tudo acabar.
-Tem um plano, ou só sair correndo basta?Dionisio me pegou uma vez,saindo escondido.
-Acho que você já me falou. Mas acho que consegui encontrar uma solução bem prática.
-Com prática você quer dizer fácil? – eu perguntei.
-Quase isso.
Ela se virou e apontou para a mesa de Hades, onde Nico comia seu almoço em silencio.
-Nico. – ela disse - acho que posso ficar devendo ao garoto um ou dois favores. Mas considero que uma carona pode valer a pena.
Eu balancei a cabeça num sim.
-Já falou com ele sobre isso?
-Não – ela respondeu – mas não será problema.
-Otimo. Fale com ele logo. Preciso ter uma conversa com outra pessoa antes de irmos.É importante. Te vejo mais tarde?
-Sim, te aviso quando preparar tudo. – ela respondeu.
A minha próxima pergunta foi estúpida, eu sei, mas eu ainda precisava de uma resposta.
-Tem certeza de que quer fazer isso?
-Preferia não, mas sinto como se fosse a única coisa que podemos fazer para ajudar. Agora vá falar com quer que seja e me encontre depois, vou ter uma conversinha sobre favores com Nico. Vou pegar algumas das minhas coisas e te encontro depois.
Eu duvidei que Annabeth não soubesse com quem eu iria conversar. Acho que desde o momento que eu mencionei essa importante conversa, ela já sabia de quem eu estava referindo, mas preferiu não comentar.
Eu me levantei. Estava na hora de consertar as coisas com mais uma pessoa.
E então eu e Annabeth iríamos embora.

Cheguei até Elliot, que estava conversando com Samantha, numa mesa do refeitório. Eles pareciam bem alegres,bom, ela parecia alegre, contando algumas piadas e rindo. Elliot aparentemente forçava o sorriso e falava algo legal. Não parecia tão animado quanto ela. E enquanto eu caminhava na direção dos dois, vislumbrei Nico encarando furiosamente Elliot por alguns instantes, e depois voltou a devorar seu almoço com raiva, como se estivesse descontando na comida,o ódio por Elliot.
-Posso falar com você por um instantinho? – eu perguntei, próximo da mesa.
Ele se virou para mim,e ficou em silencio por um segundo. Depois disse:
-Ok – e então se virou para a garota – Te vejo na aula de preparação de armadilhas nas forjas de Hefesto.É nossa próxima aula juntos certo?
-Certo – ela respondeu.
Ele se levantou, e me acompanhou descendo a colina no caminho ao chalés.
-Olha, se foi pelo o que aconteceu de manhã, foi mal.
-Na verdade, Annabeth .....
-Deixe-me adivinhar :ela contou alguma linda história para você do que rolou entre a gente, e você caiu em tudo, certo?
-Annabeth não é mentirosa, se é isso que está tentando insinuar. E se quer saber, não , ela não me disse, mas me fez esquecer tudo, por enquanto.
Não foi exatamente difícil, eu acrescentei mentalmente, quando estou com ela, eu esqueço tudo.
-Desculpa – ele falou – foi mal, na verdade, ela se achou um gênio e um dia discordei disso, mas..Isso é só parte do iceberg, como dizem, não é?Você não quer ver a história toda. Então...por que me trouxe aqui?
-Talvez, eu fique longe por uns tempos, e preciso de um favor.
-Fala.
-Eu não preciso tanto no acampamento como antes, como os outros. Posso ir quando quiser..
-Mas o centauro disse...
-É, eu sei, mas existe um favor que eu preciso mais agora.
-O que é?
-Deixe a Samantha.
-O que?
-O Nico está,tipo assim, louco por ela. Ele é um dos meu melhores amigos, e já sofreu demais. Ele finalmente está deixando a solidão de lado para ficar com outra pessoa. Por favor. Você pode ter praticamente cada garota desse lugar .Por que a Samantha?Deixe ela com o Nico. Por mim.
  -Posso pensar no assunto?
-Sim. Mas lembre, Nico tem um passado bem ruim, até mesmo para padrões de semideuses. Ele merece poder gostar de alguém agora. Por favor.
Ele suspirou.
-Eu não acredito que estou fazendo isso.
Eu estendi minha mão.
-Jura pelo Estige pelo menos considerar o assunto?
-Eu realmente não to acreditando que estou fazendo isso. – depois respirou fundo e pegou minha mão – Sim, estou de acordo, juro pelo Estige, e o que mais quiser.
-Está bem. Agora tenho que ir. Você bem que podia arranjar uma namorada no meio das bilhões de garotas que ficam olhando para você no refeitório.
-Você ta é com ciúmes, por que nenhuma delas olha para você. –ele disse em tom de brincadeira.
-Isso não é verdade. Tem uma. Uma garota. E você sabe quem é.
 -Ah, por favor me poupe do seu romantismo fraco. Agora, se eu deixar de lado Samantha, vou voltar a fazer tudo normalmente...
-É, dar em cima de qual quer coisa que use saia e sutiã.
Ele riu.
-Bem possivelmente.
 Eu o deixei e encontrei com a Annabeth.
-Está na hora? – eu perguntei.
-Sim.                                                                                              


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Notas finais do capítulo

Otimo?Bom, ruim?Catastrofico?
Alguém ai consegue advinhar o que ta rolando entre o Elliot e a Annabeth??/
Nós vemos nos próximo capitulo.
Byyyye.
Mari.



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