*POV. Dean Winchester:
Ana estava na minha frente empatando minha passagem, e só falando coisas que não tinham interesse. Mais quando eu vi Anne Singer caindo do morro me desesperei empurrei Ana de lado, e corri para ajudá-la, ela estava com um ferimento na testa:
- Anne você está bem? Está doendo alguma coisa? Quebrou algo? Sua cabeça doi? – eu perguntei freneticamente a ajudando a levantar, eu estava realmente desesperado.
- Calma Dean, estou bem, só me cortei um pouco – disse pondo a mão no machucado de sua testa que estava sangrando bastante.
- Venha vamos, eu vou ver esse machucado. – respondi sorrindo.
Peguei-a em meus braços e a ajudei a ir de volta ao apartamento, a deitei na cama, e Samantha ficou ao seu lado o tempo todo, sentada segurando a mão de Anne, enquanto eu mexia na gaveta do armário. Peguei a maleta de primeiros socorros, e comecei a fazer um curativo:
- O que deu em você para ficar lá em cima? – eu perguntei indgnado.
- Nada, só quis te ver. Samantha e eu achamos que ela podia fazer algum mal para você – ela disse e eu fiquei em silêncio. Anne tinha um olhar profundo, mais ao mesmo encantador. Em seu olhar havia carinho, proteção e...amor. Ela era especial, me fazia especial, eu podia sentir apesar de não saber como. Ela gemeu de dor:
- O que foi? Te machuquei? – perguntei preocupado, já que nem eu mesmo confiava em mim para fazer um curativo.
- Não, só está ardendo um pouco! Nada de mais. – ela respondeu com um sorriso nervoso.
- Prontinho, tudo feito. – eu disse finalizando o curativo, pondo uma gaze no corte. – é melhor irmos dormir, já está ficando tarde. Vou colocar Samantha na cama e volto para te ver hein mocinha? – disse dando risadas, ela retribuiu.
Entrei no quarto de Samantha estava tudo escuro, acendi o abajur que estava no criado mudo e a coloquei na cama, a cobri e ela suspirou:
- Que bom que Anne não se machucou, nê? Gosto muito dela! – ela me disse bocejando.

- Eu também. – respondi sem pensar muito olhando para o nada.
- Ela é tão bonita! Quando crescer quero ser igual á ela! – Samantha respondeu sorrindo
 - Ela é mesmo maravilhosa. – respondi retribuindo o sorriso.
- Ama ela? Parece que sim. – ela perguntou arqueando uma sombrancelha e eu corei. Dean Winchester corado? Essa é nova até para mim mesmo!
- Sim. – Suspirei
- Ela também, sempre olha diferente pra você, e te seguiu porque ficou com ciúmes daquela mulher que estava com você, uma tal de Ana. – Samantha disse fazendo uma careta. Deduzi que ela também não gostava de Ana.
- Sério? – perguntei meio espantando, percebi que estava conversando com uma criança de 5 anos e resolvi cortar a conversa:
- Bom, mais já passou da hora de criança ir para cama, vamos dormir – Lhe dei um beijo na testa e saí do quarto.
Quando voltei para o quarto onde Anne estava, reparei que ela havia caído no sono, sentei na cama ao seu lado, e segurei em sua mão, estava quente e sua respiração era calma e tranqüila, ela tinha um sorriso que iluminava quem olhasse e eu sentia vontade de rir também.
Cheguei perto de seu rosto e dei um beijo no canto de sua boca, eu fui me deitar depois de ficar admirando-a. Era mais ou menos três da manhã, fui a cozinha e peguei um copo de leite, não conseguia dormir direito. Quando voltei percebi Anne falando enquanto dormia, me aproximei para ouvir:
- “Dean, Dean, não vai...!” – ela disse quase num sussurro e meu sorriso aumentou juntamente com meu coração que disparou a mil, com minha respiração forçada e ofegante! - "Dean, Dean...por favor...fica comigo!"
                                           OOoOoOoOoOoOoOoOoOoOoOoO
*POV. Sam Winchester:
 Meu irmão estava estranho, mais eu não iria perguntar nada. Ele sempre me disse: “Não se meta na minha vida Sam” e era exatamente o que eu ia fazer, Victória estava tomando banho se fosse Dean abriria a porta e entraria sem pensar duas vezes, e por mais que eu queira ser como ele, não havia como eu fazer isso! Teria que pensar em outra coisa.
 Me deitei na cama e comecei a ler um livro, onde o passado era muito citado. Fechei o livro e me virei, fitando o teto com concentração... fiquei pensando, minha mãe uma caçadora? Não havia digerido muito bem essa grande novidade que Dean havia descoberto! Da última vez que vi Azazel ele disse que havia planos para mim e para todos os meninos da minha espécie, fiquei remoendo minhas idéias, revirando pensamentos, e não conseguia entender o que ele tinha em mente!
 Isso até que me alegrava, eu não tinha as mesmas idéias e planos que ele, apesar de todos me chamarem de filho de demônio, e apesar de azazel pingar seu sangue em minha boca quando era recém-nascido eu não era nada mais que um simples homem, como qualquer um. Como Dean também era. Meus olhos foram se fechando aos poucos, e quando percebi estava em um quarto muito escuro, quase não se enxergava nada, peguei um castiçal que estava sobre uma mesa, e fui andando em um corredor um pouco mais claro que o quarto. Passei e as luzes piscavam, comecei a ter medo, estava tudo muito silencioso, não se ouvia ruído nenhum até que comecei a ouvir uma voz rouca e grossa ao longe do corredor:

- Sam, Sam, não vá. Sam! Tome cuidado ele quer te ma... – a voz se interrompeu e tudo ficou em total breu, o castiçal havia caído, e fui junto, caí gritando mais nenhum som saída de minha boca. Cada vez caia mais, isso era apavorante! Via meu corpo descendo em um buraco que parecia não ter fim! Até que conseguir ver uma luz ao longe que cada vez ficava mais intensa e clara, sim, era a saída. Quando acabei de cair não me machuquei e nem parei para confirmar, um xalé bem claro e aconchegante me chamou atenção. Resolvi entrar, não havia ninguém lá dentro, mesmo assim resolvi confirmar, gritei, ninguém me respondeu. Comecei a procurar nos cômodos. Subi as escadas que rangiam apesar que não serem velhas, entrei em três quartos e um banheiro, e não havia ninguém, quando entrei no ultimo quarto do corredor comecei a gritar de pavor, Dean estava morto dentro da banheira com uma faca em seu coração. Fechei meus olhos, e quando abri estava gritando histericamente em cima da cama. Tudo não passava de um sonho! Ainda bem. Victória se desesperou e veio ver o que houve ainda com a toalha enrolada no corpo:
- Sam aconteceu alguma coisa? – ela perguntou preocupada. Eu acenei com a cabeça que não ainda meio perplexo. Me levantei da cama, ainda meio tonto, eu havia me debatido com a realidade do sonho! Fui indo até o jardim, estava frio e as árvores balançavam seus galhos com força, já ia me virando para voltar para o quarto quando vi Anne sentada em um banco sozinha, fui em sua direção e sentei ao seu lado:

- Anne, porque está aqui sozinha? - Me sentei ao  lado dela e fiquei a vendo jogar pedrinhas no lago que estava a nossa frente.
- Não é nada, desci para tomar uma água e resolvi vir aqui um pouquinho – percebi que não era verdade, então resolvi tentar acalmá-la
- Pode me contar... Sou seu amigo agora. - A abraçei, ela suspirou me fitando e apoiando a cabeça em meu ombro.
- Estou preocupada em não acharmos os pais da Samantha... e se eles tiverem mor-.
- Não pense nisso! - A repreendi sorrindo. - Tudo vai ficar bem. - Disse e a envolvi com meu casaco me puxando mais para perto, humm... como o calor de seu corpo era bom, como sua pele era macia e seu perfume inebriante. A cada movimento que seu peito fazia para respirar eu gemia baixo.
- Obrigada Sam... - Ela susurrou sorrindo e eu apenas acariciei sua bochecha rosada.
- Tudo vai ficar bem... - Disse por fim a ninando como um bebê.