Descendo do Salto escrita por mdda096


Capítulo 1
Hello Sr. Dimple


Notas iniciais do capítulo

Para todas as leitoras de LGB. Muito obrigada pelo apoio. Essa é pra vocês.



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Passei a mão por meus cabelos e olhei para os dois lados antes de ir até o ponto de ônibus. Havia acabado de vir da festa de Jessica, e a única coisa que queria, era ir pra casa. Josh havia cantado uma menina. Na minha frente. E ainda ficou falando “oh, você sabe que não foi minha culpa...” Babaca.

Então você pergunta: “Oh, quem é Josh?”. Bom, Josh é o meu namorado. Ex, depois dessa festa, obviamente. Eu nem gosto dele de verdade. Só estava namorando com ele, porque ele era do time de Futebol Americano (o capitão, obvio), e minhas amigas todas achavam ele um gato. Na verdade, pra mim, ele é feio pra caralho, mas tem uma coisa que salva ele: ele tem covinhas. É, aquele ‘buraco’ no rosto. Acho aquilo tão lindo, que quando eu o conheci, e ele sorriu pra mim, foi amor-por-covinha-á-primeira-vista. E então começamos a namorar, no mesmo dia. MAS, voltando á estória...

Puxei meu celular, discando novamente o número de Alfred, meu mordomo, babá, motorista nas horas vagas e meu refúgio. Normalmente, garotas têm melhores amigas como refúgio. Mas se você conhecesse minhas amigas, você definitivamente me entenderia.

- Hey, é o Alf, eu não devo estar no momento, então, me deixe um recado depois do bip, e depois retorno, tchau!

Desliguei o telefone, não acreditando. Olhei minha lista telefônica e fiquei com os olhos em lágrimas. Maldito feriado. “Sua culpa, se tivesse ido à colina com seu pai!” resmunguei comigo mesma, olhando para os lados, tentando me acalmar.

Observei lentamente, o lugar onde me encontrava. Perto do ponto de ônibus, não havia nada. Só se viam as lojas de longe. Forcei meus olhos, xingando Brandy por ter pegado meus óculos, reclamando que se você queria se divertir, não precisava enxergar. Idiota.

Respirei fundo e então percebi, um pouco longe, entre uma rua e outra, haviam alguns meninos. Andando de Skêit. Ou sei lá como escreve o nome daquela prancha com rodinhas. “Vai lá Micaelly, na fé!” me incentivei. Fala sério, não é porque sou linda, gostosa, rica, e tenho tudo que quero que não posso ter medo. E isso é uma das coisas que eu mais tenho alias.

Arrumei meu vestido, me certificando de que não estava muito curto. Meu coração batia a mil, e eu sentia como se ele fosse sair pela minha boca a cada passo mais próxima do local onde estavam os meninos.

Percebi um deles puxando uma latinha de spray e dei um passo para trás. De repente, outros estavam junto a ele. E eles estavam pixando o muro! Meu Deus! Isso não é tipo, vandalismo? Dá cadeia! OMG!

Dei um passo para trás, só então percebendo que eu não havia parado de andar. Estava na esquina, vendo-os do outro lado da rua. Segurei minha respiração, com medo de eles me perceberem, dei outro passo para trás, pretendendo virar e sair correndo, mas com a sorte que eu tenho, não me assustei ao ouvir um alto barulho, resultante das três latinhas de spray que eu havia derrubado sem querer.

Olhei para frente, depois de catar cada uma das latinhas, e colocá-las juntas novamente, quase tremendo de medo do que podia acontecer. Eram vários garotos. Deviam ter uns dez ali, se minhas contas estavam certas. Observei um deles, que estava alguns passos a frente de todos os outros.

Loiro, olhos castanhos, e um corpo, que eu pude perceber, mesmo contra a blusa azul acinzentada, ter um corpo de dar inveja. Mordi meus lábios, sem graça. Eu podia sentir seus olhos em mim, me observando, olhando cada detalhe. E então seus olhos se voltaram, de encontro aos meus, e eu pude sentir um leve arrepio, principalmente ao ver um leve sorriso aparecer em seu rosto, me fazendo querer pular em cima dele, agarrá-lo, e levá-lo para casa junto comigo...

Ele tinha uma covinha!


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