Aira Snape escrita por Ma Argilero


Capítulo 21
Complicações


Notas iniciais do capítulo

Desculpa pela demora, mas estive muito ocupada e de quinta pra hoje fiquei sem internet. Não me matem, por favor!



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Encontrei Snape sentado atrás de sua mesa em sua sala.  

– Que história é essa? - adentrei a sala falando. - Por que quer mandar em mim? 

Ele levantou-se e foi até uma escrivaninha, de onde abriu a gaveta e pegou uma caixa. Snape depositou a caixa na mesinha de centro. Observei os detalhes e ela pareceu-me tão normal, como se não tivesse sido feita por meios mágicos. Vi ele retirar do pescoço uma corrente com uma chave e abrir a caixa. 

Havia diversos papéis. Estendi a mão e peguei uma fotografia, que chamou minha atenção. Fitei a mulher que se encontrava ali - toquei meu rosto, desacreditada - eu era ela de alguma forma. Snape pegou minha mão, que segurava a fotografia e fez com que eu me sentasse na poltrona. Ele ficou de frente pra mim, sentado. 

– É hora de você saber sobre ela. 

Olhei novamente para a fotografia. Mesmo em preto e branco, percebi que os olhos dela tinham tonalidade diferente da minha. Eram claros. 

– Minha mãe... por isso a semelhança... 

– Sim - ele tocou meu rosto. Fiquei surpresa com aquele gesto de carinho. - Mais parecida do que eu um dia poderia imaginar. 

– O que aconteceu com ela? Por que não ficaram comigo, invés de me darem para a adoção? 

Snape soltou um suspiro alto. 

– Você não foi criada por mim nem por ela, pois quando soube que você existia tinha se passado meses depois de seu nascimento e morte da Hayley. 

Não queria acreditar no que ouvira. Minha mãe estava morta. Percebi uma lágrima caindo e a limpei imediatamente, me levantando logo em seguida. Com minha conclusão feita. 

– Por isso guarda recordações dela. Os recortes de jornal, fotos... São lembranças. 

– Ela te acharia completamente diferente de mim na aparência e igual ela na personalidade. 

– Não sou tão parecida assim com você. Sou bruxa, compartilhamos a mesma cor de olhos, cabelos, sarcasmo... 

– Mas você é doce, protetora, forte, persistente, sensível...   

Não gostei dele dizer sensível. Essa palavra estava apagada da minha vida no instante que decidi ser forte e enfrentar tudo. 

– Eu fiquei surpreso em saber que você também é uma, quando McGonagall disse que lhe visitaria para lhe contar. 

– Ela sabe que sou sua filha? 

– Dumbledore também. 

Claro que eles deveriam saber, pois são os responsáveis por Hogwarts.   

Fitei por um momento minha mãos. Snape recolheu a fotografia e a guardou em seu devido lugar. 

 – Por que somente me contou agora que é meu pai?   

– Você já sabia...   

– Sim. Há algum tempo.   

Ele afastou uma mecha de cabelo, que caia em meu rosto. 

 – A única diferença são os olhos.   

 Passei o resto da tarde com meu pai descobrindo mais sobre ele e minha mãe. A história deles parecia de filme. Fiquei extasiada quando ele disse que apaixonou-se tão rápido, mas sabia que era verdadeiro o sentimento. Queria saber mais cobre eles, mas eram tantos detalhes...   Estava a par de boa parte do passado de meus pais, somente a parte conhecida por Snape e as reveladas por minha mãe.   

Atravessei o salão principal e fui até Giulia, que estava com um espelho, fitando-se incansavelmente. Minha amiga mudara muito desde que a conheço. O baile subiu a cabeça dela. Observei mais atentamente Giulia.   

– Ela não para com esse espelho.    

Olhei ao meu lado e vi Geovanna, que estava lendo o livro de poções. 

 – Vai acabar perdendo o que a de melhor se continuar se olhando tanto.   

Geovanna nem sequer me olhava. Estava mais interessada em continuar com os olhos pregados nas páginas do livro. Como ela passava por dificuldades na matéria, suspeitei de que estivesse estudando. 

 Os alunos apareciam aos poucos. Eles são muito preguiçosos. Sempre chegando minutos antes do sinal bater.   

Sentei-me entre Gian e Geovanna, que continuava com os olhos pregados no livro. Giulia estava a frente, mas sem espelho, estava conversando com Zabine. Ela parecia-se com uma certa pessoa. E conhecia muito bem de quem se tratava: eu. Giulia estava me imitando, tentando seduzir Zabine. 

 Pelo que eu sabia eles iam para o baile juntos. Não via motivo dela tentar fazer aquilo, se já o tinha na mão. Ela o tem nas mãos esse tempo todo e não sabe. Zabine é um trasgo em esconder seus sentimentos, somente Giulia que ainda não percebeu isso.   

Pensei que Snape não apareceria depois de contar-me tanta coisa. Ele sentou-se ao lado de Dumbledore e olhou-me por meros segundos. Desviei meu olhar da mesa dos professores e pairei sobre a da Grifinória. Fred estava conversando com seus amigos, parecia nem sentir minha falta.   

Não consigo ser ignorada dessa maneira. Eu não me importo de ingorar, mas provar do meu próprio veneno é estranho.   Parei atrás de Fred e instantaneamente todos pararam de falar.  

 – O que quer?   

– Não preciso mais de você. 

 Ele virou-se e ficou de pé, me encarando.   

– Que bom. Estava cansado de ser seu fantoche. 

 Fred foi meu fantoche, mas eu não obrigava a nada. Virei-me para voltar a minha mesa, mas ele segurou meu braço. 

 – Espero que esteja feliz.   Ele me soltou e eu voltei para a minha mesa, somente para pegar minha mochila.   Parei em frente à sala de Defesa Contra as Artes das Trevas – nome gigante pra uma matéria.   Sentei-me por alguns segundos no chão para espairecer e de nada adiantou. Tinha muita coisa em minha cabeça. Concentrei-me nos estudos, mas eu não lembrava sequer o que estudei no dia anterior.   Frustrada, olhei o teto.

 – Às vezes a bondade está nos olhos de quem vê – suspirei e apertei meu braço direito, que doía desde a noite anterior, quando eu caíra da cama, depois de um pesadelo.   

Pensei que nunca mais teria pesadelos tão horríveis, mas estava enganada. Esse era pior e mais frequente. Mais doloroso e parecia real.   Sentei-me, encostando minha cabeça na parede fria. Ouvi alguns passos, porém ignorei. Nunca me importei de ficar pelos cantos e as pessoas verem. O único problema que eu via era se eles se intrometessem na minha vida.   

– Passando bem, Aira? – bufei ao identificar a voz que me fizera uma pergunta.   

Levantei-me e tentei ignorá-lo, mas o que ouvi prendeu minha atenção.   

– Acho que perdi muita coisa. Você está diferente.   

Diferente! Eu sempre fui diferente. Ser igual é chato e deprimente. Aproximei-me dele e encarei seus olhos. Ele não estava cego, só podia ser o fato dele aparecer na escola dois meses depois do início das aulas.   

– Perdeu muita coisa, das quais não lhe explicarei. Converse com seus amigos grifinórios pra saber de tudo!   

Deixei-o sozinho e andei em direção a um corredor – vale citar que não temos aula somente na torre, mas usamos uma sala de aula comum para as aulas de DCAT.   

Retirei minha capa e a guardava dentro da bolsa, quando avistei duas garotas, que nunca tinha visto, andar pelo corredor. Elas pareciam curiosa e olhavam para todos os lados. O que mais me chamou atenção foi que elas estavam uniformizadas, mas a maneira delas. 

 – Claire e Ângela! – Julio Salvatore passou por mim e foi de encontro com as duas garotas idênticas a não ser pelos cabelos e o modo como customizaram o uniforme.   

– Julio, onde estava? Você disse que voltaria, mas demorou...   – E viemos atrás de você, mano!  

 Salvatore tem irmãs? Eu que sempre buscava me manter bem informada, não sabia deste detalhe na vida dele.   

– Claire, Ângela essa é Aira – ele me apresentou as suas irmãs. 

 – Aira Stwert, pra você Salvatore!   

– Deixa de ser esnobe, sua sonserina!   

Agora era briga! Ele brincou com meu ego. Aproximei-me no intuito de socá-lo, mas parei pois a garota ruiva, que parecia mais um patricinha, pois usava salto com meia ¾ , saia curta, capa e um tiara – além de mascar chiclete – parou de frente de mim e começou a me examinar do pés a cabeça.   

– Ela é diferente daquelas putas de River Frank, que usam o corpo pra conseguir o que quer.   

Fiquei incrédula com o vocabulário dela. Usar puta diante a uma pessoa que você não conhece não é algo sensato. E eu uso a sedução pra conseguir o que quero... então sou considerada uma puta pelo que ela disse. 

 – Precisava usar puta? – era a outra garota que reclamava. Ela era mais descolada, usava salto também, mas um salto alto com brilho, parecendo sapato formal. (esqueci o nome do sapato. Confesso) Tinha os cabelos castanhos, a capa estava amarrada na cintura e a blusa do uniforme estava dobrada até os cotovelos. – Você nem sabe quem ela é, Clara!   

– Claire, Ângela! Claire! Quantas vezes vou ter que dizer pra me chamar de Claire?   

– Sua patricinha azeda e falsificada! Não estamos na Austrália pra você continuar com esse ar de superioridade.    

As duas pareciam gato e rato. Discutiam com palavras de baixo calão, mas nenhuma se ofendia.   

– Caladas as duas! – gritou Salvatore. – Os nosso pais mandaram vocês pra cá pra pararem de arranjar confusão. 

 – Diga isso pra puta da Cristine! -- disse a ruiva, Claire jogando os cabelos para trás. -- E não vinhemos pra Hogwarts porque quisemos e sim porque fomos expulsas. 

 – Não vem falar que foi minha culpa, pois você também participou! – disse Ângela, que cruzou os braços e recostou-se na parede. – Garota! – olhei pra ela. – Aira, né? Não liga pra besta da minha irmã, ela odeia essa Cristine e acha que todas que se parece com ela é puta.   

– Que pena! – sorri com o canto dos lábios. – Pois todas as garotas desta escola já acham que sou puta há bastante tempo.  Salvatore engasgou-se e veio até mim.   

– Como assim?   

– Dois meses fora da escola, perde-se muita coisa... – virei-me e pegando-o de surpresa, virei-me novamente. 

 – Você não era assim... 

 – Aquela garota que você viu, que vivia com tédio, ainda continua com tédio, mas não é mesma garota. Não sou santa como você acha.  

– Nunca pensei que você fosse santa, pelo contrário. Sonserino nenhum é santo. 

 Alunos apareciam e paravam ao lado da porta esperando o sinal pra entrarem e observavam eu e os três Salvatores. 

  – Pense o que quiserem, mas minha reputação não é das melhores.   A atenção estava voltada toda pra mim.    

-- Veja bem! - virei-me para o público curioso. -- Quem não tem curiosidade em saber da vida dos outros?   

Crouch em sua forma de Moody abriu caminho entre os alunos e parou em frente a porta, que ele abriu com magia.   Entrei seguida pela Giulia, que estava ofegante. Com toda certeza havia corrido pra não perder o primeiro período. Ela sentou-se ao meu lado e Janine Down sentou-se ao lado dela.    

Ouvi vozes conhecidas e virei-me pra constatar se era quem eu imaginava. Fiquei surpresa em ver Claire e Ângela Salvatore sentadas logo atrás de mim. Isso significava que elas eram grifinórias e estavam no quarto ano também. Afundei minah cabeça no ninho que fiz com meus braços.   

Não bastasse Julio Salvatore, agora tinha que aguentar as irmãs deles.   

-- Claire, guarda esse pó. Não é hora de se maquiar.   

-- Não estou me maquiando. Estou retirando um cisco no meu olho.   Acreditei muito na mentira dela. Claro que ela estava se maquiando, apenas retocando um pouco. 

 -- Senhorita, Stwert - olhei Moody, que estava ao meu lado. Percebi um rolo de pergaminho na mão dele. Ele entregou-me. 

 O desenrolei e comecei a ler. Snape é rápido. Agora que revelei que sei que sou sua filha ele decidiu pegar minha guarda completa. Mas ele que engane pensando que conquistará minha confiança desta maneira. 

 -- Professor? - levantei-me e fui até ele. -- Quem lhe entregou isso?   

-- Dumbledore pediu-me para fazer esse favor. 

 -- Beleza! É isso! - guardei o pergaminho no meu bolso e andei até a porta.   

-- A aula não acabou, senhorita Stwert.   

-- Tá! -- ergui minha mão direita. -- Eu volto.   

Saí correndo da sala. Descer as escadas não é tarefa fácil. Corri como nunca. Cheguei em frente a sala de poções. Suspirei fundo e bati na porta. Snape atendeu.   

-- O que foi?   

Retiro o que disse que ele não teria minha confiança tendo minha guarda. Eu sempre quis ter minha família biológica e agora particpava dela.   

Pulei em cima de Snape, lhe abraçando. O impacto foi tão forte, que ele nem percebeu que a porta estava aberta e deu alguns passos pra trás. Beijei a bochecha dele disfarçadamente e sussurrei ao seu ouvido: 

 -- Obrigada, papai!   Afastei-me correndo. Eu estava extasiada de felicidade. Abri a porta com força. Procurei ficar mais calma e retornei ao meu lugar.   

-- Viu o passatinho verde? - virei-me e vi Claire Salvatore depositando o queixo sobre as mãos entrelaçadas. Bem no jeitinho Dumbledore.    

Eu sabia o significado dessa frase.   

-- Sim.   

-- Conseguiu um novo namorado? 

 A Giulia estava ficando craque em alfinetar as pessoas. Não dei importância ao seu comentário. Eu não queria namorado e tinha diversos garotos, com quem eu poderia me divertir.   

- Não é namorado - fiz careta. - É bem melhor.   

Contei sobre o fato de eu querer conhecer meus pais biológicos e revelei que o motivo de eu ter saído se devia a isso. 

 Moody explicava a matéria, mas eu e nem Giulia e tão pouco as gêmeas prestavam atenção.   No almoço, as gêmeas estava em frente a porta do salão principal. Parei pra dar passagem pra outros alunos que entravam. 

 -- Olha se não é a Stwert conversando com grifinórios? 

 – O que é?   Pansy Parkinson parou pra me zuar e atormentar os novatos. 

 – Conversando com sangues-ruins?   Afrontei-a da maneira que eu mais conhecia.   

– Olha quem fala, língua de sapo! – as gêmeas engoliram o riso e eu sorri.   Eu sabia no que ia dar aquilo, mas já estava preparada. Eu não podia ficar com raiva se não faço besteira.   

– Você não é uma sonserina legitima. Talvez nem tenha sangue bruxo em suas veias, sangue-ruim! – ela disse a última palavra com nojo e as cuspindo.   

– Não diga nada sem ter provas, ameba.   

Ela me fuzilou com seus olhos. Encarávamos uma a outra. 

 – Eu tenho certeza de ser puro sangue, não fui criada por escória.   Não aguentei. Retirei minha varinha e apontei pra ela. Ela não tinha o direito de me deixar fora do controle. 

 – Pra sua informação eu tenho sangue bruxo sim nas minhas veias.   

– Você não tem provas, não é?   

Abri minha boca pra lançar-lhe o Expeliarmus, mas meu braço foi abaixado por Snape, que estava acompanhado de outros professores, entre eles Dumbledore e Moody. 

 – Não tem coragem.   

Joguei minha varinha longe e pulei em cima dela, mas fui segurada por meu pai. 

 – Me solta! – esperneei. – Me deixa socá-la!   

– Não perca o controle!   

– Me solta! Você já destruiu minha vida. Me Solta!   

Parei de lutar e fiquei parada entre os braços dele.   

– Ela me insultou. Chamando-me de sangue-ruim. 

 – Mas é a verdade...   

– Cala a boca sua cretina, desgraçada e mal amada!   

– Não fui eu que perdi um namorado. 

 – ME SOLTA AGORA, SNAPE – berrei. Ele soltou-me, assustado. – Sua vagabunda! Não ouse me desafiar. Tenho sangue bruxo sim, sua vadia! 

 Todos os insultos que eu dizia não surtiam o efeito que eu queria.   

Levantei a manga de minha blusa e mostrei meu pulso, que continha uma cicatriz. 

 – Sangue bruxo.   

– Andou se cortando? - ela queria me deixar com raiva...   

– Sim... E vou cortar sua cara também!   

Vi minhas amigas entre um grupinho de grifinórios, que continha Fred Weasley.  Ela balançou a varinha na frente do rosto, provocando-me. Fechei meus olhos e comecei a contar de cem pra baixo. No oitenta e cinco abri e vi-a exibindo um sorriso de puro prazer em ver-me descontrolada. 

 Apertei meu braço com força, cravando minhas unhas nele. Causando dor em mim, meu ódio por ela seria substituído pela dor. Os alunos e professores olhavam-me assustados. Retirei minha mão e pegando minha gravata, amarrei o ferimento -- com o auxílio da boca -- estancando o sangue.   

-- Sorte sua eu conseguir me controlar -- peguei minha varinha e guardei embaixo da saia, onde tinha um suporte -- que eu mesma fiz para facilitar quando eu precisasse dela.   Passei por Parkinson. Antes disse algo pra ela.   

-- Não pense que me vingarei de uma forma simples. 

 Parei em frente a Snape, que parecia a ponto de se esgoelar, criticando minha atitude. 

 -- Eu não sou minha mãe -- ele ficou sério.    

-- Você não me assusta, Stwert.   

Olhei Parkinson nos olhos, fulizando-a com todo meu ódio, porém controlada para não me complicar mais. Levantei minha mão e fiz o sinal obsceno pra ela. 

 Snape foi atrás de mim, assim que eu saí dali. Fui parada por ele, que virou-me bruscamente. Ele estava com raiva e não me perdoaria fácil.   

-- Não vou deixar você me convencer de que a maneira que agi está arrada.   

-- Não quero te convencer do seu erro, mas sim das consequências. 

 Eu não havia feito nada para ter consequências.    

-- Pior do que eu imaginava -- olhei-o curiosa com seu comentário.

-- Hayley agia da mesma maneira quando se sentia ofendida ou contrariada.   

Éramos mais parecida do que eu pensava. 

 -- Eu não sou ela!   -- Sei disso, Aira, mas as semelhanças... 

 -- São só semelhenças.  

 -- Não só isso...   

-- Não me encha! Quero paz depois de ter sido ofendida pela Parkinson. Você deveria ficar do meu lado. Caramba, Snape! Você é meu pai e nem pra me defender? -- sem querer enfatizei a última frase.   

Ele ficou cabisbaixo. Não fiquei ressentida por ter exposto o que pensava e nem queria saber o que ele sentia naquele exato momento.   Desci para as masmorras. Procurei manter-me ocupada para não estrangular a Parkinson que pelo fato de existir já erra irritante.


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Notas finais do capítulo

Próximo capítulo em andamento. Posto ele assim que terminar de escrever.