Aira Snape escrita por Ma Argilero


Capítulo 18
Convite Inesperado


Notas iniciais do capítulo

Desculpem pela demora, mas estava atolada de trabalho e provas, então tive que dar prioridade a estes.
Espero que gostem. Acho que tenho mais duas leitoras. Obrigada por todos os reviews!



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Novembro...

...Outono...

...Hogwarts...

...Escolas...

...O que tudo isso tem em comum?

Ninguém ficava perto de mim. Todos tinham medo de serem mortos por mim. Eu estava rebelde e xingava qualquer ser que entrasse em meu caminho. Meus amigos morriam de rir, quando me viam perder as estribeiras com os alunos do sétimo ano da Sonserina, que teimavam em me convidar para um encontro em Hogsmead, mas, que eu não aceitava.

  Perdi a contagem de quantas garotas me odiava, de quantos garotos me amavam e de quantos garotas e garotos queriam me ver morta. É o preço que se paga por ser popular, sempre tem admiradores e inimigos.

  E foi a última gota, quando Ângelo Bernardo, Corvinal, convidou-me. Ele até que era bonitinho, mas pensa em um garoto que não gosta de chegar perto de um hidratante (nem sei se ele sabe o que é hidratante). As mãos deles são um horror, qualquer manicure teria um ataque se visse o estado de suas mãos. Eu, em hipótese alguma que o deixaria me tocar com àquelas mãos ásperas e escamosas. Parece até um lagarto.

  O garoto estava esperando minha resposta. Revirei meus olhos.

  - Oh meu Merlin, dá-me luz para não fazer o que quero fazer! – ouvi risos da Giulia. Ela adorava ouvir minhas súplicas a Merlin. – Dá-me uma luz para não matar Bernardo agora...

  Bernardo assustou-se. Foi nessa hora que olhei diretamente em seus olhos e exclamei:

  - Foda-se Merlin, você não ajuda em nada! – retirei minha varinha do bolso. O garoto saiu correndo, tropeçando nos próprios pés.

  Cai na risada. Mal conseguia me aguentar de tanto rir. Giulia estava igual a mim e vários outros alunos que assistiram toda a cena.

  - Você é malvada... – disse Giu, tentando não rir, mas era impossível.

  Parei de rir mais rápido que ela e me recompus.

  - O idiota pensou que eu o mataria.

  - Por que não disse logo que não queria?

  Até parece que a Giulia não sabia meus motivos. Até ela assustou-se, ao ver pela primeira vez, as mãos de Bernardo.

  O que eu não esperava era ter outro convite, mas não desses garotos chatos e que se acham, e sim de um em especial.

  Eu estava andando pelos corredores, procurando um maldito pergaminho, que eu havia deixado cair. Por que não usei o Accio? Por que assim aproveitava e andava. Até que não é tão ruim, contanto que Crouch/Moody não estraga minha felicidade. Aquele homem só sabe me incomodar quando não quero ser incomodada...

  Percebi risos, altos e agudos vindos de uma sala de aula. Como sou uma boa aluna, que preza pelas normas de conduta da escola, fui verificar o que era. O que vi foi até engraçado, era os gêmeos Weasley testando algo. Os dois riam de mais. Bati a porta com tudo e fui dizendo:

  - Não fui convidada, por que?

  Os dois ficaram paralisados, tentando esconder o embrulho. Não tentei pegar, mas observei atentamente o movimento.

  - O que está fazendo aqui? – perguntou um deles, nem prestei atenção para saber se era Fred ou Jorge Weasley.

  - Alguém viu um pergaminho?

  - O que? – perguntaram em unissímo.

  - Pergaminho... Sabe a espécie de papel que usamos aqui em Hogwarts? – Amo sarcasmo.

  - Engraçadinha... Sabemos o que é pergaminho, mas por que está procurando?

  - Ah... Aí, dá pra se identificarem, porque não tô conseguindo.

  Acho que fiquei cega, porque não consegui saber quem era quem. Devo ir a um oftalmologista o mais rápido possível.

  Depois de saber quem eram, falei que havia perdido um pergaminho e que estava o procurando.

  Fred riu alto e Jorge o olhou, assustado. Nunca vi ele morrer de rir. Será que estava sofrendo com alguns de seus brinquedinhos?

  Ele retirou um pergaminho de dentro do bolso e constatei, na hora, que era o que eu havia perdido. Mas como ele o pegou? Se fosse um pergaminho comum, eu deixaria de lado, mas aquele, continha o rascunho de um desenho de um aluno.

  Tentei arrancar das mãos deles, mas fui segurada por ele.

  - Oh! – Jorge exclamou, quando apontei a varinha para a sua cara. – Fred, larga ela, vai! Sabe que a pavio curto pode te matar...

  Fui solta.

  - Devolve! – berrei.

  - Você desenha bem – peguei meu desenho e guardei no bolso. – Cenas fortes...

  Caramba, ele viu! Mas como não veria, estava super explícito a minha vontade de matar aquele aluno, que desenhei a morte dele. Era uma maneira de transmitir minha raiva.

  - Você deve odiar o garoto...

  - Do que vocês estão falando?

  Saí da sala, bufando e pisando forte. Fui para o exterior do castelo... e vi muitos casais. O dia dos namorados está longe, então era somente por um motivo: Baile. Eu ainda não havia sido convidada para o baile e ninguém me convidaria, somente se tivesse coragem o suficiente.

  Sentei-me em um banco próximo a um canteiro de flores. Observei beijos. Eca! Tinha um garoto que faltou engolir a namorada. Que coisa mais horrível de se ver. Bem, tomei a liberdade de dar umas dicas para ele...

  O puxei pela gola e lhe beijei. Ouvi os gritos da garota e depois ela me arrancou de seu namorado – Experiência nada boa, dar dicas – Olhei para a garota e não consegui saber o que ela viu no garoto. Virei as costas.

  - Sua vaca! – a garota usou feitiço mudo e quase me feriu gravemente. Sorte que foi de raspão. Olhei o rasgo em meu casaco e o sangue escorrendo. Arranquei minha gravata e com ajuda da boca amarrei em meu braço e dei um nó. Doeu, mas doeria mais nela por ter me machucado.

  - Vê se aprende a usar um feitiço mudo, corretamente! – apontei a varinha pra ela. – Isso é feitiço mudo!

  Ela foi lançada para trás com força e caiu no chão há alguns metros de mim. Guardei a varinha. Já passei dos limites e Snape descia as escadas... Snape? Mas o que ele fazia do lado de fora?

  - Senhorita Stwert... – virei-me para ele. Levei um susto em vê-lo tão próximo e com ódio no olhar. – Na minha sala – ele saiu dali e para não me complicar mais, o segui.

  Sabe quando parece que você está em um filme de terror? Não era assim que eu me sentia – Amo filme de terror –Snape é estranho e misterioso, deixa-me curiosa em saber o que se passa.

  Sentei-me na cadeira e observei-o. Parecia zangado.

  - O que pensa que estava fazendo beijando aquele garoto, que ainda por cima tem namorada?

  - Não é da sua conta!

  - O que um aluno de minha casa faz é da minha conta, sim! – sua voz era estrondosa. – Olhe para mim!

  Olhei-o.

  - Não é não! – levantei-me. Já estava cansada desse joguinho. Agora ele queria dar uma de pai, mas sem demonstrar isso? – Se quer mandar em mim, ou dizer alguma coisa, que diga sem a desculpa de eu ser da Sonserina e que você tem o dever de saber tudo o que faço!

  - Não grite...

  - EU GRITO QUANDO QUISER! VOCÊ É MEU PAI, MAS NÃO TEM DIREITO SOBRE MIM! – calei-me e esperei sua reação.

  - Que infâmia é essa que você diz?

  - Pensei que você soubesse...

  Saí da sala, batendo a porta atrás de mim. Subi as escadas e procurei uma sala, onde pudesse ficar em paz. Entrei em uma e joguei-me na primeira cadeira que vi.

  Mas que ódio eu estava de Snape. Ele se achava o melhor pai do mundo? Ele me abandonou e nunca me quis ao seu lado. Eu poderia ter tido uma vida melhor, mas ele retirou isso de mim.

  Ouvi um barulho e pela porta entrou Fred Weasley.

  - Saí! – exclamei. Não queria que ninguém me visse ali, mas ele parecia não ter me ouvido. – Saí!

  Ele sentou-se ao meu lado e me observou.

  - Por que beijou aquele garoto?

  - Você quer morrer, só pode, por estar falando comigo, quando posso lhe matar!

  - Não me importo, contanto que seja por uma garota bonita.

  Eu não sabia se ficava feliz pelo elogio, ou ria pela pior cantada que recebi na vida.

  - Mudando de assunto... Você não gosta do Anderson, gosta?

  - Não. Ele beija super mal. Não sei o que aquela garota viu nele!

  - Então por que o beijou?

  - Sou impulsiva e não previ as conseqüências desse ato.

  Fred aproximou-se mais de mim.

  - Se eu lhe pedir algo, promete que não mata?

  - Depende do pedido!

  Ele aproximou-se mais.

  - Quer ir ao baile comigo?

  Fiquei incrédula com aquele pedido. Um grifinório convidar uma sonserina para um baile? Observei-o, ele não parecia estar brincando. Se estivesse ele pagaria caro.

  Sempre quis ir a um baile - Sonho ao qual nunca contei para ninguém. O que eles pensariam de mim? – Mas meu baile ideal seria ao meu gosto. E em Hogwarts com a magia ao redor seria ótimo.

  Mas o motivo principal para dar a minha resposta definitiva foi pensar em fazer pirraça a Snape. Imaginei a cara dele de espanto quando me visse.

  - Aceito, Fred.

  E pra completar: dei um beijo nele e saí da sala. 


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Notas finais do capítulo

Sarah, capítulo dedicado a você, pois você gosta de ver a Aira junto do Fred, então resolvi te presentear com isso.

Estou trabalhando de mais, então mereço algo em troca, não? Que tal mais reviews - você que leu todos os capítulos, mas nunca mandou nenhum review, mande para que eu o conheça. Como vou saber se estão gostando se não dão suas opiniões? Sou adepta a tudo: críticas construtivas, maldosas; elogios... - Recomendação também seria muito bom. Se uma história é recomendada, é porque atraiu a atenção das pessoas. E se você ama tanto uma fic, por que não recomendá-la? O leitor agradece por ter uma nova história para ler e o escritor sente-se renovado e feliz por despertar tão interesse.
Então, se você ler, pense mais com muito carinho e mande-me reviews e recomende a história.
Espero vocês no próximo capítulo. Escreverei o mais rápido que puder para atualizar a história.