Those Blue-gray Eyes. escrita por malchikgey_


Capítulo 9
It's just a casual ride ... - part II




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E assim, com ambos prontos, eles seguiram até a garagem, onde entraram em um carro preto que pertencia a Kiro, e assim, seguiram pela caótica Nova York.
Devido ao horário, eles se demoraram um pouco no trânsito, que se encontrava congestionado, mas durante esse tempo, puderam conversar. Quando pode se movimentar, Kiro guiou o carro para uma rauzinha que parecia mais calma. E assim, sucessivamente, eles foram entrando em ruas cada vez mais calmas e vazias, até acabarem em uma estrada, praticamente no meio da floresta.
- Onde estamos indo, Kiro? - Strify perguntou, sorrindo, porém com um certo receio na voz.
- Acalme-se, é surpresa. Não lhe farei nada de mal. - Respondeu o menor, afagando os cabelos do mais novo, que imediatamente corou.
E assim, eles prosseguiram, até chegarem em um descampado, que dava vista para toda a cidade. O Sol ainda castigava o lugar, afinal, ainda estavam no meio da tarde. O local estava completamente deserto, assim, Kiro pôde guiar seu carro até um local seguro, que ficava de frente para a entrada de uma trilha, no meio da mata.
- Seguiremos à pé a partir daqui. Tudo bem para você?
- Claro, - respondeu Strify - mas gostaria de saber porque vamos entrar no meio do mato.
Não respondendo, o menor pegou uma bolsa de tamanho mediano que estava no banco de trás, desceu do carro, e parou na frente deste, de braços cruzados, esperando o outro decidir-se sobre o que iria fazer. E sorriu, quando viu Strify tirar o cinto de segurança e descer do carro. Era o que ele esperava. Assim, ativou o alarme, e seguiu pela trilha, sendo seguido pelo dono dos olhos azuis-cinzentos.
Claro, a cada passo que davam, Kiro sentia uma vontade quase incontrolável de se virar e beijar Strify ali mesmo. Mas ele não o faria. Não faria nada que Strify não quisesse.
Quando chegaram a um certo ponto, tornou-se possível ouvir alguns barulhos da Big Apple, caótica, alheia ao que se passava ali. Kiro deu passagem a Strify, e quando este encontrava-se à sua frente, ele tampou seus olhos com ambas as mãos. Novamente, a pequena descarga de energia passou por seus corpos, e ambos sorriram com isso.
- Já estamos chegando.
E assim, ambos começaram a andar, Strify com os olhos sendo tampados pelas mãos doces de Kiro. Ele pôde perceber quando sairam da mata fechada, porque a luz do Sol fez-se presente, mesmo sem poder enxergar. E quando o menor retirou suas mãos, ele teve uma das mais belas visões que já havia tido.
Parecia que eles estavam tendo a visão de Deus quando fez o mundo. Tinham um panorama de toda a cidade, e seus barulhos e confusões. O local contava ainda com uma bela cachoeira, e, perto da beira do local onde se encontravam, havia um bando de madeira, já meio desgastado, mas ainda em bom estado.
- Kiro, que lugar é esse?
- Descobri isto aqui quando estava procurando lugares para fotografar, durante a faculdade. E nunca mais esqueci. Sempre que quero relaxar, venho aqui. - respondeu o menor, caminhando até o banco e depositando a bolsa neste. Após isto, ele cruzou os braços, fechou os olhos e respirou.
Strify ainda estava admirado com a beleza do local. Mas ignorou tudo ao ver o suspiro profundo que Kiro deu. O garoto parecia tão .. inocente, e belo, ali. E tudo que queria naquele momento, era poder abraça-lo e esconder sua face em seu peito, sentindo-se seguro. Não sabia porque, afinal, o conhecia a pouquíssimo tempo, mas era tudo o que queria.
- Bom, sinta-se à vontade. Vou fotografar algumas coisas por aqui, se não se incomodar.
- Ah, que isso. Acho que darei umas voltas por perto, para conhecer como é por aqui.
E assim, Kiro teve a deixa que queria para deixar Strify entrar um pouco mais em seu mundo. Ele retirou o colete, e subiu as mangas da blusa que usava. Prendeu os cabelos, e abriu a bolsa que estava carregando. Tirou dali uma câmera fotográfica, e se preparou. Enquanto isso, Strify se sentiu livre para andar pelos arredores da cachoeira.
Enquanto andava, observava como Kiro se deixava levar pelas fotografias. Assim que achou uma pedra segura, sentou-se, e pôs-se a observar aquele que dominava seus pensamentos desde que se mudara para aquele apartamento. O garoto parecia tão inocente, concentrado nas fotografias, que Strify não pode conter um pequeno suspiro.
'' O que você está fazendo Strify? Está se apaixonando? Ora, mas você jurou que não o faria. Você jurou que não se apaixonaria por outro cara errado depois daquela vez. Por favor, Jack Strifynak, concentre-se. Ele só deve ser um bom amigo, e deve estar querendo agradar o novo vizinho, nada além disso. ''
Enquanto se perdia nos pensamentos de repreensão a si mesmo, Strify não pode perceber que as lentes de Kiro se voltaram para si. E o garoto não poderia achar nada melhor como modelo. Ali, sentado, olhando para o nada, como se estivesse em outro mundo, o garoto dos olhos azuis-cinzentos era clicado constantemente pelas lentes de Kiro. Até que esse abaixou a câmera, e parou, apenas observando. E se deu conta de que sim, mesmo sem saber se não estava vivendo um sonho, ou algo do gênero, ele estava perdidamente, loucamente, e terrivelmente apaixonado por Strify.
E assim que os olhares de ambos se encontraram, as bochechas dos dois coraram instantaneamente. E apesar disso, não conseguiram desviar o olhar. Até que Kiro voltou a colocar a câmera em frente ao rosto, e clicou Strify ali, ruborizado e tímido.
Assim, ambos passaram a tarde, um conhecendo um pouco mais sobre o mundo do outro. E eles realmente estavam adorando aquilo. O tempo passou rápido, e, ao anoitecer, estavam os dois sentados no banco de madeira, observando o leve, mas rápido acordar da cidade que nunca dorme. Logo, todas as luzes estavam acesas, e o caos aumentava. E nada poderia deixar Kiro mais extasiado do que todo aquele brilho que a grande Nova York emanava.
Mas assim que virou o rosto, viu um Strify totalmente concentrado, e num impulso, ele teve de pegar a câmera, e tirar uma foto dele. Nem em seus sonhos o garoto estivera tão perfeito como estava agora.
- Desculpe, não resisti. - justificou Kiro, recebendo como resposta um sorriso doce, seguido por um leve tremor de Strify.
- Não faz mal.
- Está com frio? Quer ir para casa?
- Não, estou bem aqui. Como nunca estive. Mas acho que preciso de um casaco, mas deixei o meu no carro.
Assim, Kiro abraçou-o, aninhando o garoto em seus braços, sentindo novamente aquela descarga de energia passear por seu corpo. E Strify não manifestou nenhuma objeção. Muito pelo contrário, ele se aproximou ainda mais, deitando a cabeça no ombro do menor. Se antes ele estava confuso quanto aos sentimentos por Kiro, agora já não estava. Sim, ele se apaixonara por seu vizinho.


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