Era natal quando Hicth ligou para Flávia a sua espera. Ele havia a convidado para festejar com ele na casa dos pais e namorada e alguns amigos.
-Flávia, isso não é casamento. É apenas a ceia de natal.
-Eu já estou descendo, vc chegou cedo demais como sempre...
-Eu te pegaria as nove e já é nove e quinze da noite, minha mãe gosta muito de bater papo e tenho que pegar a Jane daqui 15 minutos.
-eu já estou descendo, Hicth!
Esse papo percorria no telefone, enquanto Hicth a esperava. ela saiu esbaforida colocando os brincos.
Ela se sentou na poltrona de trás do carro ainda se arrumando.
-Desculpe te atrasar.
-Não esquenta, sabe que o recepcionista perguntou:
-Huum...
-Se nós éramos namorados.
Flávia começou a rir e Hicth ficou sem entender, Mas deixou passar.
Chegando à porta da casa de Jane ela abriu a porta e saiu com uma cara nada boa. Entrou no carro e deu um frio beijo em Hicth, Durante  o trajeto ele tentava puxar conversa mas nada saiu da boca dela e simplesmente não “enxergava” Flávia dentro do carro.
A família de Hicth era muito hospitaleira todos conversavam alegremente antes, durante e depois do jantar. Até as entregas dos presentes todos dançavam,comiam,bebiam à vontade. Era uma família simples mais muito alegre.Todos foram bem vindo.Logo mais para o final da festa Flávia observa Hicth e Jane discutindo do lado de fora.Na volta pra casa todos voltam calados ele deixa Flávia em casa despedindo-se e dizendo que terá conselho no dia seguinte.Por um instante Flávia ficou preocupada com a reação de Hicth.chegando no quarto logo tratou de tomar um banho e deitando-se se na cama não conseguia dormir pensando em L.C.S  algumas perguntas começaram a surgir em sua mente.Será que aquilo tudo valia a pena? Será que realmente ela o amava? Será que seu amor seria reconhecido por ele? Foram tantas decepções em tão pouco tempo. Achando que poderia resolver tudo em apenas uma ligação. Em um momento Flávia começou a duvidar do próprio amor que tinha por L.C.S. Desde que começou a trabalhar com Hicth percebeu que algo havia mudado. Ele poderia esta fazendo isso de propósito, a fazia escutar cada história como uma forma de aprendizado. Algumas eram engraçadas, outras extravagantes, obscenas, cruéis para quem eram cornos. De certa forma, aquilo mexia com ela.
Logo pela manha Hicth bate na porta:
-Você! Chegou cedo como sempre...
-Não se deve perder tempo, querida Flávia. Disse ele, pegando uma maça e sentando-se. Continuou:
-E ontem vc gostou?
-Muito bom! O meu melhor Natal.
-Ótimo. Estamos de férias neste período até o reveillon.
-Que ótimo!
-Flávia, eu já tenho ideias pra vc conquistar seu homem.
-É mesmo... E quais são?
Flávia parecia tranquila se sentando no sofá e bocechando.
-É! Vc tá se esquecendo hoje é dia de mais um conselho. Eu andei pesquisando...
Neste instante Flávia o interrompeu e o chamou para sentar perto dela.
-Eu acabei de desistir...
-Não, Flávia. Logo agora que eu ia para o Brasil com vc! Vc não pode morrer na neve agora.
-Posso sim!Tanto que morri, vc me fez enxergar isso. Enquanto eu estou aqui tenho certeza de que ele não esta nem aí. E quer saber mais: já chega! eu descobri o que eu quero. Um amor de verdade vc não precisa correr atrás, ele vem! Ele é correspondido mesmo que seja uma paixão de verão. eu quero que ele se dane.Não vale a pena,eu sei que não vale.E por favor não insista.eu não quero isso mais!Eu quero começar o ano com vida nova. Quero te ajudar no escritório com aquelas pessoas.
-Eu vou respeitar sua decisão, a minha profissão é ajudar, mas quem sabe eu não possa te ajudar de outra forma. Você tem certeza absoluta?
- Tenho, não posso perder meu tempo com essa pessoa mais...
-Arrume suas malas vamos para Los Angeles.
-Fazer o quê?
-Curti as férias, minha filha!!!!
Disse ele embolando os papeis na mão e jogando pela janela.