2 de dezembro de 2010.

         -Atenção senhores passageiros para o vôo 347_American Airlaners, embarcando em 5 minutos. Destino: Nova York.

Tenham um Bom dia!

-Olá Hicth preciso conversar com você...

-tá aqui meu cartão colega, depois a gente se fala, senão vou perder o voo...

Assim seguia a vida do conselheiro que era reconhecido por onde passava. Estava em Los Angeles correndo pelo saguão do aeroporto esbaforido, gritando para esperar ele enquanto todos já estavam embarcando, só faltava ele...

-Ei, me espera aí,caramba...

Balançando as mãos para comissária de bordo que logo disse:

-O senhor está atrasado.

-Eu sei que estou atrasado, senão eu não estaria gritando, que conversava mórbida, faz logo meu chequin que não posso esperar outro voo minha filha...

Disse ele ironicamente balançando os braços e fazendo cara de doido, chamando a atenção do “povo” no aeroporto. Ela não respondeu e ele embarcou.

Enquanto isso na América do Sul...

-“Estamos agora em Belo horizonte e a situação é crítica: a favela morro do papagaio foi arrasada pela chuva e corre riscos de novos deslizamentos e no centro a situação não é boa! Trânsito lento por toda metrópole mineira...”.

Flávia acompanhava as notícias no telejornal quase dormindo, suas malas já estavam prontas para desembarcar no dia seguinte no aeroporto de confins, mas o que poderia impedir eram as chuvas e pra falar verdade as empresas aéreas no Brasil estavam uma bosta fedorenta mesmo! Só cancelamento e atrasos nos voos. E pra piorar Flávia não mora na capital, reside em Itabirito, uma cidade pequena e sem graça localizada aproximadamente a 50Km de BH.Ou seja,ela teria que sair de casa duas horas antes pra não correr o risco de perder o voo por causa do trânsito infernal que estava se seguindo pela Afonso Pena e outros lugares próximos dali,mas também corria o risco de ficar mofando no aeroporto e escutar todos os CDs do Eminem e ainda não embarcar.

Era a primeira vez que a moça viajaria sozinha e sairia do país, estava contente. Mas nem tanto, Porque queria uma solução para seus problemas amorosos, isso estava a deixando com o “Butão formigando”. Ela não entendia porque a pessoa que mais amava não olha pra ela. Todos mexiam com ela: Os frentistas de posto de gasolina, o lixeiro, o pedreiro da rua, até vovôs e simpatizantes. Ela chegava-se no espelho e perguntava “eu sou tão feia assim, meu Deus?”

Na verdade ela é morena, olhos castanhos escuros, cabelos curtos, 1,65m, magra, normal... (pelo menos no físico).

Flávia sabia que não seria fácil, mas estava confiante em ir para Nova York, afinal iria conhecer a cidade da economia mundial capitalista. (capeta com a lista).