Sonho Diferente do que Eu Pedi escrita por starimagination


Capítulo 27
Capítulo 27 - a parte salteada


Notas iniciais do capítulo

Neste capitulo Luisa descobre que Daniele trabalha num orfanato às escondidas.



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Luisa fugiu para a cantina, onde o Poochi enfiou a cabeça no puré de cenoura e todo sujo saltou para cima de Luisa lambendo-a.

- Poochi, sai por favor!

 Ele sacudiu uma vez mais a sua cabeça peluda (em termos capilares) repleta de um liquido laranja, a sala encheu-se de reclamação.

- Poochi, por favor sai… - repetiu Luisa desanimada.

- Aqui a educação é pouca…. – dizem os olhos azuis resmungando num acto de esperteza. – Deita Poochi.

Poochi obedeceu de seguida.

- Não, Poochi!! O que queres em troca, antes que eu morra inumanamente com a coisa mais laranja que eu.

- Pode ser qualquer coisa? - ele ameaçou com o ar de quem estava a gostar de estar no poder.

- Não te estiques muito. –resmungou-lhe ela aflita.

- Pois… Eu assim não sei… - declarou Daniele.

- Poochi!!! – o rapaz cão começou a ladrar – O que significa isto?

- Hora…. Hora das necessidades. – sorriu ele.

- O quê!? – exclamou Luisa abanando os braços – Eu tenho pavor a cães, de qualquer tipo ate humanóides.

- A sério!? Não sabia…

- Por favor, ajuda-me.

- Posso pedir qualquer coisa? Até as mais indecentes.

- Ora Daniele! – grita ela tenta libertar-se das garras pequenas de Poochi cão humano. – Ok!

- Pede desculpas e por favor. Educadamente.

- Desculpa e por favor ajuda-me.

- Poochi, sai de cima da barata.

O Poochi move apenas o pé de cima da Luisa, contente por ser educado e consegue-se reparar debaixo do seu pé um pequeno insecto, mas que neste caso em particular não era uma barata.

- Poochi saí de cima da barata gorda.

Poochi assim faz, Daniele limpa o rosto do menino tresloucado, gentilmente afaga-o, pega-o pela coleira negra sem o afogar, coloca-o ao pé de Joana. Daniele gesticula as frases escritas na mente de ambos. Joana abraça Poochi e continua a comer o seu liquido pastoso laranja, o rapaz de bata branca olhou para Luisa e chamou-a:

- Luisa, já faço o meu pedido.

Ela estremeceu enervada, afinal não era um menu de restaurante, nem a empregada, não lhe devia nada. Pôs-se a reparar no estupor, cada gesto para com as crianças, tinha uma paciência desconhecida em momentos musicais.  As crianças babavam-se, sujavam-nos, riam, cantavam e berravam no entanto ele tinha a perseverança de trata-las, de limpa-las, de rir ao seu lado e de cantar cantigas como as “galinhas raspam… raspam…”.

Uma criança de bibe axadrezado jogou-lhe o puré para a cara, ele olhou-a como costumava olhar para Luisa incriminando-a.

Luisa ria-se, pensava para si própria e falava sobre a vingança, que as criança, já a defendiam,

- Filha, não queres tentar ajudar.

- Pode ser… - os seus olhos brilharam alegremente e foi saltitando para um pequenino.

- Queres ajuda?

- Tá calada, Talitita. – diz a menina atrás dela.

 

 

- Olá, senhora Professora.

- Xau, Talitita. – disse a menina professora.

- Bem, onde íamos, antes que a professora apareça.

- Ela disse que me ia dar negativa. – a praga da prof. tornou-se fluidamente transparente rodearam os seus olhos e ecoou-se os berros de menino. – Buuuaahhhhh!

Luisa envergonhou-se, ela não tinha culpa tentou acalma-lo:

- A mim também, mas para o ano a prof. dá-nos mais aulas.

- Coitada! Buaaaaahhhhh!!! – gritou abraçando-a. – Ela é terrível, devia ser despedida. Buaahhhh!!!

Daniele apercebeu-se da agitação na outra ponta da mesa comprida, deu passos largos e perguntou às duas crianças diante dele:

- O que se passa? – perguntou.

De olhos esbugalhados, inchados com as mãos pequenas a segurar ambos umas batas de diferentes padrões, uma sem padrão até.

- Vai calma, vocês os dois.

Abraço-os sem força para não os machucar por exemplo como as flores que patinhava ao andar pela cidade escurecida. Ele tinha uns braços tão longos, esculpidos com perfeição, os braços de um homem completo de mistério, não eram musculados como os de Hercules tão pouco finos como os do Estica, do Bucha e estica.

Luisa nunca tinha sentido uns braços assim a tocarem-lhe, pareciam água, suaves e frios. Para não pensar mais nisso Luisa cerrava os olhos constantemente.

- Luisa… - sussurrou a sua voz de pássaro e parecia um vento sussurrante. -  Vai para aquela sala preciso do teu favor.

- Mas…. E ele.

- Eu falo com o menino, não é?

O pequenito abanou com a cabeça que sim, Daniele continuo com um tom de voz raro no usuário:

- O que aconteceu conta-me? Foi aquela monstra? Olha que eu trato dela.

- Foi ela.

- Eu sabia! Podes comer descansado.

-Ela disse que me ia dar má nota. – ele engoliu uma colherada da paparoca.

- Mas ela nem é tua professora.

O menino apontou para a menina que se dizia professora.

- Ah, essa pois… Pensava que tavas a falar da nova tia.

- Não, essa é minha amiga e colega e mais burra que eu.

Daniele desata a rir de novo, aquela rapariga até as crianças entendiam a sua mente.

- Pois tens razão, coitada.

- Ter razão coitada da Talitita.

Daniele abriu a porta branca para o local onde crianças começavam a sua rotina de brincadeira, estavam os dois sozinhos, ele era mais forte que ela, Luisa já não sabia judiar contudo visava o medo dele porque não era da laia dele.

- O que me vais fazer?

Ele circulou-o em torno dela, buscando a tremenda bravura por entre os fios negros.

- Estou a pensar ainda…. – assentou o seu rabo numa mesa lisa, olhou-a de soslaio. – Eu quero uma coisa muito importante para ti, porque te salvei a vida.

 

 


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Notas finais do capítulo

Prometo que logo que posso postarei... tudo o anterior ^^"



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