Yin e Yang escrita por Neko D Lully


Capítulo 6
Dack Sonic e Darck Shadow


Notas iniciais do capítulo

Esse foi o melhor capitulo que já fiz. Pelo menos dessa fic. Tem a mistura de romance e ação com um pouco das revelações. Pode ficar um pouco confuso, mas no final tudo vai se esclarecer. To adorando q tenha pessoas q estam acompanhando e espero que esse capitulo não decepcione vcs.

E aqui vem:



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Yin e Yang

Cap. 6 – Darck Sonic e Darck Shadow

- Mas o que… - sua voz morreu antes que pudesse terminar de falar. Seus olhos se encheram de lagrimas e se arregalaram. Seu corpo paralisou e fraquejou.

Shadow se apressou e a abraçou, colocando o rosto dela em seu peito para que não visse, mas já era tarde e ela já tinha visto o suficiente para não conseguir suportar o pranto que se seguiu.

  Todos olhavam surpresos, a cena a sua frente. Casas estavam completamente destruídas e a vegetação devastada. Tinham corpos já em estado de decomposição espalhados para todos os lados, cada um pior que o outro. O cheiro de podridão estava espalhado pelo ar. O chão era uma mistura de vermelho e preto, piorando ainda mais a cena.

Shadow carregou Maria colocando uma mão em suas costas e outra em suas pernas, e se virou para os outros que ainda não tinham saído do choque.

- Vamos nos apressar. – falou em um tom autoritário, chamando a atenção dos outros. – O quanto antes sairmos daqui melhor.

Todos assentiram e começaram a correr por entre os destroços e os corpos sem vida. Shadow foi carregando Maria que ainda estava em pranto.

- Só olhe quando eu falar. – falou só para ela ouvir. Ela assentiu com a cabeça e se encolheu mais em seus braços escondendo mais seu rosto no peito de Shadow, que queria sair logo de perto dessa carnificina.

Demorou alguns minutos ate chegarem. Tinham seguido os destroços e acabaram chegando em um prédio de uns cinco andares da cor branca. Suas paredes cheias de buracos e a maioria das janelas estavam quebradas.

Shadow colocou Maria no chão e disse que já podia olhar. Caminharam para dentro do prédio e andaram pelos corredores do mesmo. Maria se mantinha calada e de cabeça baixa por todo caminho. Tinha ainda na cabeça a imagem de todas aquelas pessoas mortas. As pessoas que a cuidaram com tanto carinho agora estavam mortas e jaziam em um lugar agora completamente destruído. Era algo traumatizante para a pequena.

Por dentro do prédio as coisas não estavam em melhores condições. Partes do teto estavam destruídas, as bases estavam ou danificadas ou destruídas indicando que o prédio poderia cair a qualquer instante, havia pedaços de maquinas espalhados por toda a parte, alguns com fios ainda faiscando e outros que mais pareciam armadilhas que se caso pisasse faria um ferimento que se não te matasse de hemorragia te matava de tétano depois, as paredes estavam cheias de buracos tanto grandes como pequenos algumas ate permanecia intactas, mas eram raras a que estavam assim e as portas que eram de metal ou estavam amassadas ou destruídas ou os dois.

- Esse lugar está aos pedaços. – falou Rouge tentando não pisar nas peças mecânicas que tinham espalhadas pelo chão, coisa que era um pouco impossível. – Duvido que encontremos algo de útil aqui.

- O que será que aconteceu aqui para que tudo ficasse desse jeito? – perguntou Sonic chutando um pedaço do que parecia que era um robô quando estava inteiro.

- Ele aconteceu. – falou Maria apreçando o passo e ficando na frente de todos. Entrou em uma sala que tinha mais a frente no final do corredor em que estavam.

Todos se entreolharam e a seguiram entrando na sala também. Parecia ser uma sala de controle e de segurança. Tinha uma tela grande na frente da sala que estava quebrada bem no meio fazendo rachaduras que se estendiam desde o buraco no meio ate a ponta do televisor. Havia computadores espalhados por toda a sala, alguns completamente destruídos, outro semidestruidos e alguns poucos inteiros, alguns nem pareciam ter existido algum dia. Nas paredes havia buracos que deixava ver a salas vizinhas e o teto tinha ate risco de cair na cabeça deles.

Shadow se aproximou de um dos computadores que ainda permaneciam inteiros e o ligou. Demorou um pouco o fazendo por um mero segundo desacreditar que ele seria capaz de ligar, mas logo o monitor se acendeu e o computador começou a se iniciar.

- Ei! Filhote de raposa! – chamou – Consegue acessar os arquivos dessa coisa?

Tails se aproximou e se sentou em uma das poucas cadeiras que ainda permaneciam intactas e começou a mexer, analisando o tipo de sistema do computador e se deparando com algumas senhas de acesso.

- A segurança dele é muito boa, mas acho que consigo passá-la. Mas pode demorar um pouco já que não sei o quanto esse computador aquenta. – falou ainda analisando todo o conteúdo disponível no computador. – Ele pode ter sido muito danificado com o que aconteceu aqui então não tenho certeza se posso acessar algum arquivo, sem falar que talvez ele nem aquente direito e acabe queimando por dentro.

- Quanto tempo demora mais ou menos para você acessar os arquivos? – perguntou Shadow sem se interessar pelas chances de vida do computador. Olhava para o monitor com suma atenção só esperando que Tails achasse o que queria.

- Mais ou menos uns dois minutos. – falou sem perder tempo e começando a rackear o computador. – Talvez ate menos.

  Maria saiu de fininho da sala e começou a andar pelos corredores do prédio, queria explorar um pouco e tentar lembrar mais, mesmo que agora não tinha tanta certeza se queria lembrar ou não. Ficou tão distraída com seus pensamentos que nem notou quando passou por um feixe de luz fino vermelho que começou a piscar logo depois que passou.

Andou por alguns minutos até chegar a uma sala que tinha capsulas grandes, que cabiam pelo menos uma pessoa, espalhados pelas paredes. Alguns tinham só o vidro quebrado outros estavam completamente destruídos. Tinha uma mesa no centro da sala que tinha um monitor na parte de cima que estava com o vidro completamente destruído e com fios escapando para fora.

Aproximou-se de uma das capsulas e colocou sua mão no vidro, acariciando lentamente. Pode se ver dentro dessa capsula envolvida por um liquido verde e cheia de fios conectados a seu corpo.

Tentou tirar esse pensamento da cabeça e acabou se deparando com uma área da parede que não tinha uma capsula deixando um espaço maior entre as duas que estavam em volta da parte vazia. Aproximou-se um pouco e pode ver uma porta que dava para um quarto escuro e sem saída (alem daquela pequena porta).

Ficou frente a frente com a porta e a observou. Era uma porta de metal branca que tinha uma pequena janela. Ela estava completamente amassada e arrebentada para fora, o vidro que tinha estava completamente quebrado deixando apenas o buraco em que ele se localizava antes.

  A imagem dessa porta inteira e em seu lugar exato, com um brilho vermelho passando pelo vidro passou por sua mente. Por um minuto ficou em duvida, mas logo percebeu o que era. Agora sabia que era uma lembrança e o que ela mostrava.

- Ele ficava preso aqui. – falou se afastando alguns passos.

- Fonte de energia encontrada. – disse uma voz fria e indiferente atrás de se a fazendo dar um salto de susto e virar com rapidez, se encontrando com dois olhos vermelhos brilhantes.

O ouriço estava parado perto da porta com um vulto na mão. Custou um pouco para perceber que esse vulto era Amy que estava inconsciente e amarrada por uma corda que parecia estar bem apertada em seu corpo. Ela rodeava seu tronco, prendendo e tampando a maior parte de seu braço.

Ele a soltou bruscamente a fazendo cair de qualquer jeito no chão como um peso morto. Queria correr até ela para ajudá-la, mas sabia que com aquele ouriço ali não poderia fazer nada e sim ocasionar a própria morte.

- Maria o que... – Sonic apareceu na porta e parou de falar no mesmo momento em que viu o ouriço negro e Amy, que estava caída no chão inconsciente.

  O ouriço negro se virou para ver Sonic e logo depois desapareceu, dando a oportunidade perfeita para Sonic e Maria correrem ate Amy. Sonic a desamarrou e a carregou com cuidado. Pode ver que em seu corpo tinha vários machucados, que variavam de aranhões pequenos e grandes a hematomas, tendo também queimaduras em boa parte de seu corpo.

- Amy. – chamou tentando fazê-la acordar. – Vamos Amy, acorda.

- S-sonic. – os olhos de Amy começaram a se abrir lentamente. Sonic não pode evitar sorrir de alivio e apertá-la mais contra seu corpo.

De repente viu o corpo de Amy começar a soltar faíscas elétricas que não o machucavam, mas que causavam uma dor terrível na ouriça rosa que gritava e que se contorcia de dor. Amy podia sentir novamente aquela dor de ser queimada por dentro e por fora, e a única coisa que podia fazer era gritar.

Sonic olhou para frente e encontrou o ouriço negro que tinha uma mão erguida na direção em que estavam e com o punho fechado com força. Não precisava ser adivinho para saber que era ele que estava causando essa dor em Amy e que também a havia machucado tanto.

- Você. – sussurrou com a voz carregada de ódio e ira. O ouriço o mirou e um pequeno sorriso torto apareceu em seu rosto, parando de utilizar seu poder para torturar a ouriça rosa. Sonic deixou Amy com Maria e se levantou. – Cuida dela pra mim.

Maria não perdeu tempo e começou a curar os ferimentos de Amy que voltara a ficar inconsciente. Sonic se posicionou na frente das duas e tomou uma posição ofensiva. O ódio crescia em seu peito cada vez mais enquanto via o ouriço apenas ficar ali parado como se não estivesse acontecendo nada.

- Você vai pagar pelo que fez a Amy! – gritou Sonic se preparando para o combate.

Maria observou intrigada uma aura negra envolver a Sonic fazendo com que sua cor azul mudasse para uma preta, com essa aura ainda o rodeando. Os olhos de Sonic, como pode ver com um pouco de dificuldade, ficaram totalmente brancos e brilhantes

O ouriço negro não fez nada, nem mesmo ficou espantado ou assustado. Maria podia ver bem a energia maligna que ele emanava que era ate superior a de Sonic. Que não perdeu tempo e se lançou contra o ouriço.

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Estavam discutindo mais uma vez. Já se tornara comum essas discussões que nem mais os incomodavam, e sempre acabava virando uma brincadeira.

  Já fazia um tempo que saíram daquela sala cheia de computadores e caminhavam pelos corredores daquele prédio em ruínas. Enquanto caminhavam foram surgindo assuntos e esses assuntos acabavam virando discussões que viravam brincadeiras e voltavam a ser assuntos. Era como se fosse um ciclo em que só os dois compartilhavam, mas mesmo com essa intimidade toda Rouge ainda queria mais.

Não suportava mais ser só uma amiga. Depois de tudo o que passaram juntos não estranhara se apaixonar por ele. Sem falar que ele já havia salvado sua vida, mas ele sempre parecia apreciar só isso. Apenas a amizade que tinham.

- Coitadinha da Maria. – falou Rouge colocando uma mão no rosto. – Deve ser difícil para ela superar tudo isso que viu.

- E por que Eggman a queria no final das contas? – perguntou Knuckles a mirando com muito interesse.

Sabia que não devia mirá-la dessa maneira, mas não podia evitar. Sempre que a via sentia-se bem e como se não pudesse mais parar de olhá-la se não isso ia embora. Ela o atraia mais do que ele próprio pensava.

- Ele usou Shadow com a proposta de encontrar arquivos que podiam estar falando sobre a amiga humana dele. – falou Rouge como se não fosse nada de mais. – Mas ele queria mesmo era duas jóias criadas pelos cientistas daqui.

- Então é por isso que se meteu nisso tudo e colocou Maria em perigo?! – gritou Knuckles angustiado. – Você só consegue pensar em jóias?!

Rouge já ia retrucar quando ouviu um barulho estranho a fazendo parar antes que pudesse dizer se quer uma silaba. Concentrou-se em escutar mais para ver se identificava o barulho.

  - Por acaso não percebe que pode estar colocando outras coisas em risco por causa dessa sua ambição?! – voltou a gritar Knuckles, mas quando ia continuar falando Rouge tampou sua boca.

- Shh. – falou afastando alguns passos e levando Knuckles consigo. Ouvia o que parecia ser passos de metal se aproximando de onde estavam. – Tem alguma coisa aqui.

- Não muda de assunto sua... – de novo Rouge o impediu de falar.

- Cala essa boca. Eu estou falando... – mas antes que pudesse terminar de dizer foram atingidos com o que parecia ser um leizer que causou uma explosão que os mandou longe.

Rouge bateu em uma parede de metal e caiu no chão pesadamente enquanto Knuckles saía arrastando e quicando pelo chão. Quando finalmente parou podia sentir seu rosto sangrando e seu corpo cheio de arranhões. Levantou-se com um pouco de dificuldade e procurou Rouge com as vistas. A encontrou tentando se levantar.

Mais a frente de Rouge tinha o que parecia um robô de uns dois metros feito de ferro puro, os olhos brilhando da cor vermelha e com uma arma no lugar de uma das mãos. Ele se aproximava lentamente de Rouge e apontava a arma para ela.

Não perdeu tempo e correu na direção dos dois, para logo depois saltar e atingir o robô com um soco, fazendo-o afastar alguns passos para trás. Impulsionou-se para trás e parou bem ao lado de Rouge que já se levantara.

- Obrigada. – falou a mesma um pouco encurvada.

- Não foi nada. – falou um pouco ríspido. Ainda não havia esquecido do que aconteceu antes. Sabia que ela era doida com jóias, mas não pensava que seria tanto. Será que ela não tinha nenhum espaço no coração que não fosse para jóias? – Será que são do Eggman?

- Não creio. – falou Rouge um pouco magoada pelo tom de voz que ele estava usando com ela. Por que havia ficado tão rude? – Deve ser da segurança do local que ainda deve estar ativa. Devemos ter pisado em algum alarme ou coisa parecida.

- Seja o que for não veio aqui conversar. – falou já se preparando para atacar. – É melhor acabar com isso rápido antes que as coisas piorem.

- Concordo.

O robô voltou a apontar a arma para eles, mas os dois já estavam preparados para o combate, diferente de antes que estavam desprevenidos. Antes que o raio pudesse acertá-los, os dois se esquivaram, mas não esperavam que houvesse outro deles que apareceu atrás de Rouge e lhe acertou com uma mão de metal.

Com certeza essa luta não seria fácil.

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A um minuto atrás Sonic estava na sua frente e no outro ele havia desaparecido e reaparecido atrás do ouriço negro, dando-lhe um murro que mandou o ouriço para longe. Ele bateu em um dos tubos que se quebrou completamente com o impacto.

Sonic voltou a desaparecer e reapareceu na frente do ouriço. O chutou fazendo com que fosse para cima. Sonic saltou e desapareceu em um fleche. Ele começou a bater no ouriço ainda no ar, mas a única coisa que Maria podia ver eram fleches pretos passando rapidamente pelo ouriço que cada hora se contorcia para um lado.

Com um golpe final Sonic parou de dar golpes e se posicionou em cima do ouriço dando-lhe logo em seguida um chute que o mandou a toda velocidade para baixo. Ele atingiu o solo com toda a força formando um buraco de pelo menos dois metros.

Sonic aterrissou na frente delas de novo, como se nunca tivesse saído de lá. Ele voltou ao normal, sua cor azul tinha retornado seus olhos dourados também e a aura negra que ele tinha a sua volta havia desaparecido. Ele ficou de costas para onde estava o buraco em que o ouriço negro estava e foi andando ate a direção em que estavam.

Já tinha curado quase todas as feridas de Amy, mas ela poderia ter feridas internas que não daria muito bem para curar. Tinham que tirá-la dali o mais rápido possível.

Ia dizer a Sonic que estava a apenas a alguns passos de distancia de onde estavam quando sentiu aquele poder maligno de novo, só que dessa vez ele aumentava cada vez mais. Entrou em desespero e olhou para Sonic. Logo atrás dele o ouriço negro aparecia de dentro da cratera com os olhos mais brilhantes do que nunca.

- Sonic cuidado!! – gritou, mas já era tarde de mais. Quando Sonic se virou para ver o que era o ouriço já tinha lhe acertado um murro bem no meio da cara, o lançando contra uma parede.

Logo depois o ouriço começou a lançar uma serie de esferas de energia na mesma direção que Sonic. O mesmo tentou esquivar, mas as esferas pareciam estar sendo controladas e o atingiram mesmo com ele correndo para todos os lados.

No meio da fumaça que se formou ao redor de Sonic o ouriço negro apareceu e começou a lhe dar uma serie de golpes que variavam de chutes a socos. Eram tão rápidos que Sonic não conseguia desviar de nenhum.

Quando o ouriço finalmente parou, Sonic caiu no chão inconsciente. Devia ter pelo menos duas costelas quebradas e o corpo lotado de hematomas, se é que não quebrou mais alguma coisa.

O ouriço lhe deu mais um chute no estomago para logo depois se afastar e dar a volta indo em sua direção. Seu corpo todo tremeu ao ver aqueles olhos brilhantes cheios de maldade.

Olhou para Amy que ainda estava inconsciente em seus braços e se perguntou o que mais ele poderia fazer com ela. Encheu-se de coragem e deixou Amy no chão, se levantou e ficou na frente da mesma.

- Se voltar a machucá-la eu juro que vai se arrepender! – sua voz podia ate estar confiante e forte, mas por dentro estava tentando acreditar que tinha chance contra ele ou que pelo menos podia sair daí viva junto com seus amigos.

O ouriço não parou de andar e nem pareceu abalado. Quando chegou perto o suficiente dela, parando a alguns centímetros de distancia fez com um movimento de braço com que ela saísse voando para o lado. Ela quicou algumas vezes no chão ate se chocar com a parede e cair de bruços no chão.

Enquanto tentava se levantar o ouriço, em um piscar de olhos, estava na sua frente e segurou seu pescoço a chocando logo em seguida com a parede que tinha pequenas rachaduras por causa do choque de seu corpo com a mesma, apertando cada vez mais a mão que a segurava, sufocando-a.

- Dessa vez você não vai fugir. – falou apertando ainda mais. Foi quando notou que ela não tentava tirar sua mão do pescoço, ao invés disso, ela estava com as mãos para o lado que escapavam pequenos fiapos de luz azul.

Seguiu a direção em que os fiapos de luz iam e viu que cada um se conectava com um dos ouriços que estavam desacordados no chão. A fúria ficou ainda maior e apertou com mais força o pescoço da garota.

- Finalmente vou acabar com essa energia.

Maria estava ficando cada vez mais fraca. Sua energia estava toda concentrada em curar os ferimentos de Sonic e Amy o que não deixava nada para se recuperar ou pelo menos curar os ferimentos que já tinha. Lutava para manter a consciência ate os dois ficarem bem.

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  Já havia passado bastante tempo desde que Tails havia conseguido entrar nos arquivos e agora esta colocando tudo no Pendrive para que pudessem ler depois e sair logo de lá.

  - Quanto tempo isso ainda vai demorar? – perguntou o ouriço negro com um tom impaciente enquanto esperava escorado na parede.

- Só mais um minuto e estará pronto. – falou Tails – Tente ser um pouco mais paciente Shadow.

O mesmo apenas bufou e fechou os olhos entediados. Estava um pouco preocupado já que Maria havia sumido já a algum tempo. Claro que aquele projeto de clone havia ido atrás dela, mas não confiava muito nele.

Respirou fundo e tentou tirar isso da cabeça. Concentrou-se nos barulhos que tinham no lugar. Eram dos mais variados que poderia imaginar, goteiras e o de fios elétricos. Ate que ouviu o barulho do que parecia ser uma explosão. Abriu os olhos e ficou de pé.

- Eu já volto. Quando terminar pode ir direto para a nave. – falou e não esperou uma resposta. Saiu correndo da sala de computadores e foi na direção que veio o barulho.

  Acabou chegando em uma sala cheia de capsulas, mas que estava quase completamente destruída. Olhou para todos os lados e pode ver aquele projeto de clone caído no chão todo machucado e a ouriça rosa irritante também inconsciente no chão só que com ferimentos mais leves. E por ultimo pode ver aquele ouriço negro segurando Maria pelo pescoço, sendo que a mesma estava quase perdendo a consciência e não fazia nada para fazer o ouriço parar.

  Correu até eles e saltou, rodando em seu próprio eixo criando uma perigosa bola de espinho que rodava a alta velocidade e que atingiu em cheio no ouriço negro. Voltou ao normal e foi ver Maria que havia caído no chão logo depois que aquele ouriço a soltou e saiu voando.

  - Tudo bem? – perguntou se agachando para ficar da sua altura.

- S-shadow. – disse com a voz um pouco estrangulada. Também, depois do que aquele ouriço estava fazendo com ela. – V-você tem... Tem que t-tirar o Sonic e a Amy d-daqui. E-eles... Eles precisam de t-tratamento medico... Urgente.

- Não vou te deixar aqui com ele. – falou tentando carregá-la.

- Shadow se não tira-los daqui eles podem morrer. – falou com a voz um pouco mais firma, mas do mesmo jeito rouca. – Não posso curá-los totalmente com meus poderes.

Shadow já ia replicar, mas foi atingido por uma esfera de energia. Maria caiu no chão novamente enquanto Shadow era arremessado contra a parede. O ouriço negro voltou atacar, mas Shadow se recuperou rápido e conseguiu esquivar.

Tudo que se podia ver agora eram dois raios velozes chocando um contra o outro no ar. Maria ainda estava tentando curar Sonic e Amy, o que deixava sua energia mais baixa, mas mesmo assim não deixava de se preocupar com Shadow e ter ganas de ir ajudá-lo.

Quando finalmente os dois pararam Shadow estava segurando o punho do ouriço, e o ouriço estava segurando a outra mão de Shadow que também estava como um punho.

- DNA compatível. – disse o ouriço negro de repente. Shadow ergueu uma sobrancelha, confuso. – União em andamento.

O ouriço negro começou a viram uma espécie de poeira que penetrava na pele de Shadow. O mesmo podia sentir uma dor terrível que o fez gritar a todo pulmão. Primeiro em suas mãos e logo depois se alastrando pelo resto do corpo. Quando finalmente a dor chegou ao coração o ouriço negro havia desaparecido e Shadow começara a mudar.

Seus olhos ficaram totalmente vermelhos, que brilhavam de uma forma amedrontadora. Seus braceletes, antes dourados ficaram também vermelhos e seu corpo ficou completamente preto deixando apenas as listras dos espinhos que começaram a ter uma aparência mais selvagem.

A energia que emanava dele era tão forte que fazia com que o vento ficasse a tal velocidade que se não se segurasse poderia ser arrastado por ele. Maria, com a pouca força que tinha conseguiu se segurar, mas não conseguia mover um passo.

- Shadow!! – gritou Maria olhando com dificuldade para o ouriço que agora tinha uma expressão indiferente e fria. Não era muito de se estranhar, mas essa indiferença era maligna e aterrorizante, diferente da outra que apenas transmitia calafrios e tristeza. – Shadow o que houve?!

De repente ele criou uma esfera de energia que aquele outro ouriço também tinha. Ele começou a tacar varias delas nas paredes e no teto, fazendo com que a construção já fragilizada começasse a desmoronar. Pedaços grandes de pedra caiam de todos os lados tornando isso tudo uma armadilha mortal.

Sonic começou a acordar no meio dessa confusão toda. Seu corpo parecia estar mais pesado do que nunca e sua respiração difícil e descompassada. Olhou em volta e viu todo aquele caos que estava acontecendo. Procurou Amy e a viu ainda inconsciente no chão, logo depois viu Maria que estava olhando com desespero para um ouriço a poucos metros a sua frente, que pode reconhecer como Shadow, mas um pouco diferente.

- Maria!! – gritou chamando a atenção da mesma que virou o rosto para trás para vê-lo. – O que esta acontecendo?!

- Aquele ouriço negro fez alguma coisa com o Shadow!! – gritou de volta tentando ao máximo se segurar. – Sonic! Pegue Amy e tire todos daqui!!

- Mas e você?! – perguntou preocupado já começando a se levantar, mesmo que seu corpo lhe exigisse o contrario.

- Vou tentar trazer o Shadow de volta!! – gritou também se levantando e começando a dar passos pequenos na direção de Shadow que continuava a destruir tudo. – Não se preocupe! Encontramo-nos depois!!

Sonic ia replicar, mas viu que não dava para fazer mais nada, foi ate Amy e a pegou para logo sair correndo (ou andando por causa dos ferimentos que tinha) dali.

Maria viu Sonic ir embora e suspirou aliviada. Agora tudo que tinha que fazer era trazer Shadow de volta, mas como fazer isso?

- Shadow!!!!

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Haviam conseguido destruir aqueles dois robôs, mas com um preço. Estavam machucados e exaustos. Rouge tinha cortes por todo o corpo e achava que tinha quebrado uma costela e um braço em uma de suas varias quedas. Knuckles estava cheio de hematomas e tinha um corte profundo no braço, mas nada que se preocupasse de verdade.

Os dois estavam ofegantes e mal podiam se agüentar em pé. Rouge foi a primeira a desistir e cair de joelhos no chão.

- Tudo bem? – perguntou Knuckles virando seu rosto para vê-la.

- Tudo. – respondeu com a respiração ainda agitada. – É preciso mais que isso para me derrubar.

Os dois sorriram. Estavam prestes a ir embora quando Rouge escutou o barulho de engrenagens se movendo. Olhou para um dos robôs e o viu erguer o braço que tinha a arma e apontar para Knuckles que estava distraído. Não perdeu tempo e correu ate ele, empurrando-o alguns segundos antes do raio ser disparado, atingindo a ela bem no centro do estômago, a lançando contra a parede pela intensidade do tiro.

Knuckles viu surpreso toda a cena. Viu ate o robô ser destruído por uma pedra que havia caído do prédio bem em cima dele. Levantou-se o mais rápido possível (já que havia caído quando Rouge o empurrara) e correu ate ela que acabou ficando parada na parede, como se estivesse sentada no chão escorando na parede para relaxar.

- Rouge! – exclamou preocupado ao chegar perto dela e arregalou os olhos no mesmo instante que a viu. Ela tinha um buraco que atravessava o estômago e por onde saia um bocado de sangue.

Ela tossiu algumas vezes fazendo com que de sua boca também saísse mais um pouco de sangue. Ótimo! Tinha hemorragia interna para melhorar as coisas.

Knuckles se ajoelhou a seu lado e tentou parar o sangramento da melhor forma possível. Tirou a jaqueta e tampou o ferimento, fazendo preção para que o mesmo parasse de soltar sangue. De repente tudo começou a desabar o que o fez soltar umas quantas maldições.

Rouge apenas o mirava, um pouco descrente que iria passar dessa. Foi ai que se lembrou... Era agora ou nunca, o tudo ou nada.

- Knuckles. – chamou com a voz um pouco fraca. Tanto que achou que ele nem tinha escutado.

- Não fale. – respondeu ele serio e um pouco irritado. – Tem que economizar energia para agüentar chegar ate um medico.

- Sobre o que você falou antes dos robôs atacarem. – começou a falar sem se importar com a ordem que ele havia lhe dado. Afinal nunca tinha sido boa mesmo em seguir ordens. – A única jóia que quero não é uma pedra. – falou colocando uma mão no peito de Knuckles bem onde estava o coração, para logo perder completamente a consciência.

Knuckles ficou um pouco confuso, mas não teve tempo para pensar. Logo que viu que ela havia desmaiado a carregou com cuidado para não piorar o ferimento e saiu correndo o máximo que pode dali.

Podia sentir o sangue dela escorrendo por suas mãos e manchando seu corpo. Tinha que se apressar ou ela não suportaria.

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- Shadow!! – gritou a todo pulmão tentando chamar a atenção do ouriço. – Shadow acorda!! Você não é assim!!

Shadow continuava destruindo tudo sem nem mesmo demonstrar estar prestando atenção no que estava dizendo. Maria continuava se aproximando com dificuldade. Tinha que trazê-lo de volta.

- Shadow você não é assim! Escuta-me, por favor! – falou já com lagrimas nos olhos. – É ele que esta tentando te controlar, mas eu sei que você é mais forte, Shadow, e você pode controlá-lo, sei que consegue!

Finalmente ele havia parado de atirar aquelas esferas de energia. Mas o vento continuava forte quase a derrubava.

- Lembra que prometeu a sua amiga que seria amigo das pessoas? – perguntou tentando tocar em um ponto mais forte dele. – Pois você consegue Shadow, você consegue ser legal com as pessoas e eu sei disso porque você foi legal comigo! E eu sei que você pode continuar desse jeito, sei que você pode conter essa maldade que esta crescendo ai dentro!! Eu acredito em você!!!!

  Agora a energia de Shadow começava a baixar lentamente diminuindo cada vez mais a velocidade do vento. Maria agora conseguia andar com mais liberdade e podia ver sem ter que reprimir os olhos.

- M-maria. – sussurrou Shadow. Seu corpo havia voltado ao normal e aquele tom malévolo havia desaparecido completamente.

Shadow havia ficado fraco de mais com toda essa perda de energia, já nem conseguia se manter em pé. Começou a cair lentamente para frente ameaçando atingir o chão. Maria percebeu isso e correu ate ele, mesmo que seu corpo já não agüentasse mais nada.

Conseguiu pega-lo antes que pudesse atingir o solo, mas acabou não agüentando e caindo de joelhos no chão abraçando a Shadow que tinha a cabeça encostada em seu peito.

Olhou para todos os lados. A porta havia sido barrada por pedras e já não havia mais maneiras de sair de lá a tempo. O prédio iria desabar com eles lá dentro.


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Notas finais do capítulo

e ai? como ficou? Naum sei se sei descrever bem as coisas principalmente batalhas e acho que esse capitulo ficou meio fago com isso. Não sei se consegui descrever tudo que queria como queria, mas bem... Aqui esta e espero que tenham gostado!!