Haruno Sakura, do Clã Haruno escrita por EstherBSS


Capítulo 32
O Juramento do Apaixonado


Notas iniciais do capítulo

Agradecimentos à Gaab_A, nejisau4ever, SasaUchira e MiStEr M que recomendaram essa fanfic.
Estou me esforçando para que a criatividade volte a ficar de bem comigo.



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Capítulo 32 – O Juramento do Apaixonado

                - ...assim... – o Raikage continuava a ler a mensagem que recebera - ...os atuais Kages deverão...

Hinvy sorriu para Kurogane enquanto eles ouviam o Kazekage falar:

                - ...romper os termos do antigo contrato feito com o...

Tsukoi colocou as mãos no ombro da neta e voltou a sua atenção para a Hokage:

                - ...Nindaime Hokage e os Harunos serão livres para lutar com todo o seu poder contra essas criaturas. Todos os termos do antigo contrato são considerados nulos a partir de agora.

Oito dias depois os Harunos ainda podiam manter a luta a seu favor. Entretanto, eles já começavam a sentir a pressão. Sakura caminhava em direção a sua casa. Uma grande parte do Clã permanecia destruída. Não se esforçavam para reconstruir já que não havia gente suficiente para ocupá-lo. Era triste ver aquilo então ela se forçou a continuar a andar. Não havia mais guardas em sua casa. Também não precisava. Era ela que protegia os outros e não o contrário.

A primeira coisa que fazia quando chegava era tomar um banho depois da batalha. Assim que eles terminavam, ela tinha que descansar. Seu avô dizia que ela tinha que se manter pronta para um ataque surpresa. Terminou de se secar e vestiu a calcinha e o sutiã. Estendeu a mão para a camisola e percebeu que ela tinha uma mancha. Ficou irritada até se lembrar que não havia mais ninguém para lavar a roupa.

Saiu do quarto de banho para o de dormir. Começou a procurar por roupas limpas. Achou uma saia, mas ela estava com um pequeno rasgão. Depois de constatar que não tinha o que vestir, colocou um roupão qualquer de seda por cima e se jogou na cama. Afundou o rosto no travesseiro e colocou as mãos sob ele. Seus dedos tocaram algo.

Puxou algo e viu que era um livro. Seus olhos se iluminaram quando reconheceu o livro que Sasuke lhe dera. Abriu na primeira página e folheou algumas páginas. Sabia que não devia começar a ler se quisesse dormir, mas a vontade foi mais forte do que ela. Lia com avidez quando parou de repente e se pôs de joelhos. Ela estava um pouco nervosa e hiperventilava. Releu a passagem no livro para ter certeza.

Edrick se aproximou e a tocou levemente. Pôde sentir quando Laurin estremeceu e aquilo o excitou. Já era mais do que hora dele ganhar aquele jogo.

Sakura fechou o livro e o escondeu. Olhou para os lados temendo que alguém tivesse visto. Correu até a porta e olhou para fora procurando sinal de alguém. Corou um pouco e voltou para ler mais.

                - Você ainda se lembra das regras? – Laurin perguntou erguendo o rosto em desafio.

Ele sorriu e se aproximou, passando a língua pelos lábios.

                - Como eu iria me esquecer do meu próprio jogo?

                - Eu posso fazer você esquecer! – Laurin disse provocante. Ela podia ser sensual se quisesse.

                - Eu quero mesmo ver você tentar. – ele se inclinou e mordiscou a orelha dela – Sabe que quem pedir primeiro perde, né?

Ela criou coragem e enfiou a mão dentro da blusa dele, sentindo os músculos firmes sob a mão. Lutou contra a onda de calor que sentiu e pediu aos céus para não ficar vermelha.

                - Até o final da semana você implorará para estar na minha cama. – disse suavizando a voz.

Sakura parou para tentar se recuperar. Por mais que tentasse, sentia o rosto esquentar e sabia que devia estar muito vermelha. Uma dúvida estava passando pela cabeça dela e isso só piorava as coisas. Por que...por que...por que o Sasuke kun tinha lhe dado um livro tão...tão...

                - Será que... – sussurrou baixinho e se desesperou – Masaka! (Não pode ser!) Será que ele quer que eu... que nós... Nyahhhhh!

Voltou a ler o livro. A história era de dois amigos que apostavam um com o outro sobre quem era melhor conquistador. Então os dois passariam uma semana em uma casa afastada tentando fazer um implorar para ir para a cama do outro.

Ouviu a porta do quarto ser aberta lentamente. Congelou com o livro nas mãos e se virou lentamente apenas para dar de cara com Sasuke. Engoliu em seco enquanto sua mente fantasiava loucamente. Nem atinou para o fato de que ele deveria estar em outra vila. Ela devia estar com uma expressão muito estranha porque ele parou claramente decidindo o que faria em seguida.

                - Sakura? – ele perguntou obviamente estranhando as atitudes dela.

                - Sa...Sasuke-kun... – ela gaguejou e depois se chutou mentalmente por ter parecido tão idiota.

                - Por que você está tão vermelha e...assim...é...com os olhos brilhantes....e apenas de roupão? – ele perguntou e corou um pouco, desviando o olhar em seguida.


Só então ela notou que estava em frente a ele usando apenas calcinha e sutiã porcamente encobertos por um roupão frouxo de seda que ela nem se dera ao trabalho de amarrar. Aquilo fez com que ela se descontrolasse. Na ânsia de fechar o roupão e se cobrir com um lençol, acabou derrubando o livro. O olhar dela e o dele alcançaram o objeto ao mesmo tempo. Ele começou a se abaixar para pegar o livro quando Sakura saltou da cama e recuperou a prova incriminadora com exagerada velocidade.

                - Que livro é esse? – Sasuke comentou estreitando os olhos para ela – Sinto que é algo que você não quer que eu veja.

                - É? – Sakura deu uma risada histérica – Por que você acha isso?

                - Talvez porque você tenha dado um mortal para segurá-lo antes que eu fizesse. É o seu diário por um acaso? – ele perguntou claramente interessado. Aquilo deixou Sakura irritada.

                - Não faça essa cara de desentendido!

                - Quem? Eu? – ele perguntou de cenho franzido e até parecia mesmo confuso.

                - É! Você! – Sakura falou impaciente e bateu com o pé no chão. Corou um pouco e apertou o livro contra o peito – Afinal foi você que me deu esse livro daquela vez.

                - Ah! Aquele livro que eu te dei depois do Chunnin Shiken. Só não entendi o que há de tão secreto nele para você reagir assim.

                - Como...como...essas coisas que estão escritas...aí você aparece....no meio da noite...parecendo...um... – Sakura gaguejava e engoliu em seco - ...amante clandestino...

A última parte foi dita num sussurro e ela não teve certeza se ele tinha ouvido. Sasuke, pelo menos, não deu sinais de ter ouvido.

                - Sakura, querida, - ele começou – não está falando coisa com coisa.

Ele se sentou e começou a tirar o equipamento ninja e o colete.

                - O q...o..que...que você está...faz...fazendo? – Sakura odiava gaguejar, mas não estava conseguindo evitar.

                - Isso está molhado e pesado e frio. Tem uma toalha? – ele perguntou e só então Sakura notou que ele estava realmente ensopado.

                - Tenho sim. Por que você está tão molhado? – Sakura perguntou entrando no banheiro e procurando uma toalha limpa. Enquanto a pegava, ouviu Sasuke responder.

                - Ah, seu avô é malvado. Ele me enviou para a vila da chuva e acredite quando digo que lá chove para caramba. Ainda bem que a Godaime me mandou voltar. Eu já estava ficando com saudades. Aliás, nem sei por que ele me enviou para lá. Acho que só queria me ver pelas costas mesmo.

                - Ele não é tão ruim. – Sakura respondeu do banheiro enquanto pegava outra toalha – Mas era claro que ele tentaria nos afastar. Ele não te viu chegar? – ela perguntou, mas a resposta não veio – Ele não te viu chegar?

Repetiu a pergunta dessa vez mais alta. Como ele também não respondeu, ela voltou para o quarto carregando as toalhas e estacou na porta quando o viu folheando o livro. Ele parecia terrivelmente divertido e parecia fazer força para não gargalhar. Ela deve ter ofegado porque ele disse sorrindo:

                - Já tenho o meu trecho favorito. “Ela parou na porta entreaberta com o seu roupão provocante. Edric a olhou faminto. Ele se ergueu de onde estava – Sasuke parou de ler e se levantou – e caminhou até ela. Quando estava próximo o suficiente para sentir o calor emanando de Laurin, teve que se esforçar para não jogá-la no chão e devorá-la bem devagar.”

Sasuke caminhou até Sakura ainda olhando o livro e a enlaçou pela cintura com a mão livre. Ela resmungou corando de vergonha e então ele se virou para ela com um sorriso convencido nos lábios.

                - Sasuke!

                - Eu acho que devo te devorar agora, né?

Ele se aproximou um pouco e isso foi o suficiente para ela entrar em pânico. Empurrou as toalhas contra o peito dele e tomou o livro, colocando a cama entre os dois como forma de se proteger. Ele riu. Gargalhou na verdade. E ela nunca o vira fazer isso. Parecia tão natural e ao mesmo tempo estranho. Ele parecia tão feliz...

                - Era por isso que você estava tão nervosa? – Sasuke perguntou secando o cabelo com uma das toalhas. Ele ainda ria. Ria tanto que seus ombros se sacudiam. Ela jogou um travesseiro nele irritada. Como isso apenas fez com que ele risse ainda mais, ela pegou outro e partiu para cima dele. Sabia que não faria estrago com panos e espuma, mas era bom para tentar se acalmar. Foi uma bagunça de panos. Sasuke usou uma das toalhas para prendê-la contra o corpo dele. Estava frio por causa da água, mas ela se sentia estranhamente quente. Ele a prendeu contra o chão e o seu rosto estava perto. Sasuke tocou o rosto da kunoichi com suavidade e a beijou. Mas os beijos, diferentemente dos toques e das carícias, nunca eram suaves. Eram provocantes e famintos. Quando a falta de ar separou os dois, ele terminou lambendo o lábio dela, enviando estranhas mensagens ao resto do corpo.

                - Por que me deu aquele livro? – não gaguejou, o que a deixou feliz. Mas em compensação, sabia que estava vermelha, ofegante e com plena consciência do corpo dele contra o dela.

                - Eu não sabia que era um livro do Sannin Jiraya. Desculpe por isso. O vendedor apenas falou que era o livro que mais saía.

                - Ah. – foi tudo o que ela conseguiu dizer naquele momento. Os dois se encararam em silencio por um instante fazendo Sakura corar. Mesmo Sasuke estava um pouco vermelho.

                - Você tem um cheiro doce. Algo que me lembra sobremesas. – ele disse e voltou a beijá-la ainda com mais desejo do que antes. Quando ele pareceu desistir da boca, se concentrou no pescoço. Sakura nem percebeu que enrolava a perna em volta do corpo dele. Tudo se resumia apenas ao mundo de sensações que ela experimentava agora. Ele abriu o roupão dela e distribuiu beijos pelo colo descendo entre os seios e passeando sobre a barriga dela. Houve um ponto em que o toque dos lábios dele foi mais do que conseguia suportar. Arqueou um pouco as costas e percebeu que ele tinha parado.

Abrindo os olhos com esforço, viu ele tocar com extrema suavidade uma cicatriz. Provavelmente, ele devia achar que a sensibilidade dela é que tinha feito Sakura reagir daquela maneira. Quis dizer algo, mas não conseguiu. Ele a olhava com tanto carinho que Sakura sentiu o peito doer.

                - É feia. – ela disse tocando a mão dele sobre a cicatriz recente que sua irmã lhe dera.

                - Nada em você é feio. – ele disse e a beijou suavemente. Ela nem parou para pensar em quão imprópria era aquela situação – Ainda dói?

                - Não mais. Aquela coisa que estava em mim... – Sakura fechou os olhos tentando afastar as lembranças ruins. Mesmo assim o seu corpo se arrepiou – Aquela coisa me curou pois precisava de um corpo perfeito. Não posso evitar pensar que foi uma boa. Seria difícil me curar e me purificar ao mesmo tempo.


Sasuke a puxou para o peito dele e ambos ficaram abraçados no chão entre as toalhas, os travesseiros e os lençóis caídos. Ele demorou a falar, mas quando fez, tinha uma emoção que embargava sua voz e que Sakura não conseguiu desvendar por completo. Ela só sabia e sentia que era intenso demais.

                - Você estava tão machucada. – ele disse baixo – Eu nunca tive tanto medo de te perder. Uma vez achei que poderia viver sem você, que conseguiria levar minha vida mesmo sabendo que estava com outro. Não consigo mais. Não tolero mais estar longe de você imaginando que você poderia ficar daquele jeito de novo. Achei que tinha te perdido e eu ODIEI a sensação. Já perdi muita gente importante na vida, mas você é de longe a mais valiosa delas. Não vou deixar que te tirem de mim.

O que ele dizia e o tom que empregava só faziam com que Sakura o amasse ainda mais. Por um instante ela se esqueceu da família, do nome, dos inimigos e de tudo que não fosse só ele e ela. Apertou o braço em volta dele e o sentiu retribuir o abraço.

                - Eu gosto tanto de você, Sasuke kun. – ela disse em um sussurro.

                - Você não faz idéia do quanto eu gosto de você. – ele sussurrou de volta e, então, completou – É por isso que vim te seqüestrar para a gente se casar.


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Notas finais do capítulo

Postagens toda quarta feira.