Era uma noite fria. O sangue cor de carmim ainda quente encharcava suas mãos. Cometera um assassinato. Loucura? Talvez. Ciúmes seriam as explicações mais óbvias. No entanto, ela sentiu algo; algo inexplicável chamado prazer. Queria matar mais. Mais. O corpo inerte no chão era uma linda imagem de recordação para seu primeiro assassinato. Logo ela iria se transformar em uma fria mercenária, dotada apenas de sentir a contentação de tirar vidas da carne.

- Butterfly?! – Exclamavam as pessoas, ao ouvir o temido e delicado nome do assassino. Era praticamente impossível capturá-lo.

O burbúrio das pessoas comentando sobre os assassinatos terríveis de Butterfly se espalhava pela cidade. Afinal, era a primeira vez que crimes desse nível atacavam a pacata Summertown.

- As vítimas foram esfaqueadas até a morte e a polícia está investigando a fundo esse caso. Parece que os assassinatos foram feitos pela mesma pessoa, que “assinou” cada vítima com a mesma marca, uma marca de borboleta. A polícia vai investigar o caso “Butterfly” até que o autor dos crimes seja encontrado. – O noticiário diário aterrorizava os moradores de Summertown, que, aos poucos deixavam a cidade.

As ruas já não eram as mesmas da tranquila e harmoniosa cidade. Summertown era vista como “cidade-perfeita”, a qual raramente haviam crimes graves, e a maioria dos furtos eram realizados por crianças travessas. Aquilo já não existia mais. Mesmo que se o assassino fosse encontrado e executado, Summertown ainda haveria um rastro do medo. A paz nunca mais voltaria para aquele lugar.