When Ur Gone escrita por sophiehale


Capítulo 5
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

desculpem a demora, mas aí está :D



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Capítulo 4

Quatro anos depois

George nunca pensou que esse dia chegaria e Fred não estaria ali. Enquanto andava de um lado para o outro do lado de fora d’A Toca, as mulheres da família Weasley estavam fazendo os últimos ajustes necessários em um vestido de noiva para o casamento que aconteceria dali a alguns minutos.

A noiva em questão era Angelina. E o noivo, é claro, era George. Assim como no casamento de Bill e Fleur – e posteriormente no de Percy e Audrey –, a festa comemorativa da união entre George e Angelina aconteceria do lado de fora d’A Toca. Molly estava animada e cozinharia tudo com o auxílio de um de seus livros bruxos.

Tudo já estava pronto. Exatamente como fora feito nos casamentos anteriores, os homens da família Weasley ergueram a cobertura de toldo com suas varinhas e as mulheres tinham feito toda a decoração. Tudo estava realmente maravilhoso.

A família já estava lá. Charlie viera da Romênia novamente para testemunhar o casamento do irmão; Bill, Fleur e a pequena Victoire estavam n’A Toca desde o dia anterior; Harry e Hermione, que nunca saíam daquele lugar; além é claro de Ginny e Ron.

Os outros convidados chegavam pouco a pouco. O ministro da magia, Kingsley, já marcava sua presença. Até a atual diretora de Hogwarts, a velha Minerva McGonagall, estava lá com outros professores da Escola de Magia e Bruxaria. Na verdade, praticamente todos os bruxos que os Weasley conheciam em Hogwarts estariam lá.

-Eu já fechei a loja, George. – Ron apareceu atrás do irmão mais velho e sorriu quando ele se virou – O movimento estava grande.

-Obrigado Ron. – George havia saído mais cedo do trabalho e tinha deixado Ron, seu ajudante, tomando conta de tudo até que se encerrasse o expediente. Ele estava nervoso. E como estava!

-Relaxa. – Ron sorriu, percebendo a inquietação do irmão. – Vou me trocar. Nos vemos mais tarde.

Ron colocou uma mão no ombro do irmão, em um claro sinal de que estaria sempre lá por ele, para o que quer que ele precisasse. George deu um sorriso e Ron fez o mesmo, entrando n’A Toca para colocar o traje de festa que ele não gostava de vestir.

Ele estava certo. George tinha que relaxar, afinal era apenas Angelina. E ele a amava. Ia se casar com ela, ter filhos; ter uma família.

Um vazio lhe percorreu o estômago. Ele sabia muito bem o que aquilo significava – era a mesma sensação que sentia sempre que pensava em Fred.  Já fazia seis anos desde a sua morte, mas, apesar de já ter superado aquela fase do luto há algum tempo, ele ainda sonhava com Fred todas as noites; e por vezes até jurou conversar com ele quando estava sozinho; mas disso ninguém sabia.

Lembrava-se com clareza mórbida de quando entrou no Grande Salão com seu pai e viu todas as aquelas pessoas que pareciam tão desorientadas, tão perdidas; os corpos expostos no lugar onde estariam as mesas das Casas, principalmente os de Lupin e Tonks e de como seus rostos eram serenos; e então o desespero de seu pai e, por fim, o seu próprio desespero e de como o chão pareceu ter aberto sob os seus pés ao constatar a morte de Fred.

E agora George estava ali, n’A Toca, esperando por sua noiva para o seu casamento. Todos já estavam lá. Todos, menos o seu padrinho de casamento.  E ele sabia que, embora desejasse muito que ele aparecesse, ele nunca iria chegar.

-Você está pronto? – Molly apareceu atrás do filho e lhe lançou um sorriso maternal. Ela possuía lágrimas nos olhos e, ao reparar na expressão de dor no rosto de George, chegou perto dele e confidenciou em seu ouvido – Eu também queria que ele estivesse aqui.

George não conseguiu mais segurar as lágrimas e abraçou a mãe com força. Depois de alguns instantes, ele a soltou e limpou as lágrimas de seu rosto.

-Estou pronto. – ele fungou, respondendo a pergunta de Molly. Ela sorriu e os dois se viraram para a entrada d’A Toca, onde Angelina aparecia com um vestido branco incrustado de pedras. Ela estava maravilhosa e sorria radiante. George fazia o mesmo, encarando-a com cara de bobo como um verdadeiro apaixonado.

-Eu te amo Angie. – George se declarou, enquanto eles dançavam no centro da pista de dança.

Angelina, sem palavras para a felicidade que sentia, apenas sorriu e os dois deram um rápido beijo, enquanto os convidados batiam palmas enlouquecidamente. A essa altura, Molly já se desidratava de tanto chorar – tanto de felicidade pelo casamento de um gêmeo quanto de saudades do outro –, e Arthur tinha os olhos vermelhos, mas era bem mais discreto se comparado a sua esposa.

Junto com os noivos, agora dançavam Ron e Hermione, Harry e Ginny, Bill e Fleur, Percy e Audrey; além dos outros diversos convidados.

-Ei Harry. – George conduziu Angelina e esbarrou propositalmente em Harry e Ginny. – Olhe quem está ali.

Era Andromeda Tonks, a mãe de Nymphadora. Ela sorria e estava de mãos dadas com uma criança –  agora com o cabelo laranja e olhos azuis - que Harry conhecia bem.

-Teddy! – Harry soltou-se de Ginny por um minuto e abriu os braços para abraçar o pequeno Teddy Lupin. O menino de seis anos já conhecia e gostava bastante de Harry, seu padrinho. Ginny fez o mesmo que o namorado após alguns instantes. Ela o considerava como seu afilhado também.

-Obrigado por vir, senhora Tonks. – George sorriu para ela, sem nunca parar de dançar com Angelina.

-O prazer é meu. – ela sorriu e, com um aceno de cabeça, cumprimentou Angelina. A velha Tonks, então, se virou e deu um forte abraço em Molly. As duas tinham virado grandes amigas depois que se dera a Batalha de Hogwarts, na qual ambas haviam perdido filhos. Era um início triste para uma amizade, mas Molly e Andromeda foram essenciais uma para a outra para suportarem a difícil fase do luto pelos seus filhos, Fred e Nymphadora. George sorriu.

-O que foi? – Angelina perguntou, para depois acompanhar o olhar de seu marido e reparar na cena de afeto entre Molly e Andromeda. – Elas são boas amigas, não são?

-Fico feliz que a minha mãe esteja bem. – ele anunciou após um gesto afirmativo com a cabeça.

-E você? – Angelina encarou seus olhos. – Está bem?

E ele sabia exatamente do que ela falava, ou melhor, de quem ela falava.

-Estou. – ele respondeu sinceramente. – Estou feliz e estou bem. E ele está feliz por nós e pela nossa família, eu tenho certeza.

Angelina sorriu abertamente para seu marido, lhe dando um beijo; mas foram interrompidos por uma voz que não ouviam há tempos.

-Pelo jeito você conseguiu a garota.


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Notas finais do capítulo

ahaha, quem será que é hein? mandem suas sugestões :Dbeijos!