“Bella foi legal quando durou, mas é melhor terminarmos tudo aqui”

“O que?” Acordei assustada, arfante. Olhei em volta, e esfreguei os olhos que estavam embaçados.

Meu coração bateu ainda mais forte quando o despertador tocou me estiquei e o desliguei.

Do lado do despertador, estava a foto dele. Eu ainda não havia tirado, ainda não tinha a coragem de tirá-la.

Encolhi-me com o edredom- estava muito frio-, e comecei a chorar baixinho.

-Ahh, o solo acabou de nascer e você chorando? – reconheci a voz.

-Shhhh, Alice respeita o momento.

- O que vocês estão fazendo aqui? – perguntei.

-A gente veio te buscar, e tá na hora de ir pro colégio. Hoje é o último dia de aula.

-O que importa? Eu não vou.

-Vai sim! E o Charlie já liberou da gente ir a Seattle fazer umas comprinhas – disse Ângela.

-Mas eu não me liberei.

-Bells, vai ser demais. Você vai com o nariz empinado e toda linda pra o último dia de aula e vai dar de 10 a zero naquele Edward matador de corações – Alice disse me puxando pra fora da cama.

-Ok ok.  Mas você vai me prometer uma coisa.

-O que?

-Que não vai mais falar no nome dele.

-Nunca mais.

-E vai me deixar escolher a roupa em paz.

-Tudo bem – me levantei da cama e me dirigi a meu closet. Escolhi uma t-shirt branca, calça jeans e uma sapatilha e colete.

-Tô pronta.

-Ótimo, passando um blush nessas olheiras pra ninguém saber que você andou a noites em claro chorando e já podemos ir.

-Só vocês mesmos – entrei no carro e fomos pro colégio.

Já que a minha casa era perto, chegamos em 5 minutos. Alice estacionou.

-Está pronta?

-Como nunca – saímos do carro e fomos andando até o prédio. Parecia que éramos estrelas de cinema. Todo mundo, mais todo mundo mesmo parou e ficou me olhando, me deu vontade de voltar e me esconder no buraco, mas Âng me segurou.

-Continue e sorria como se nada tivesse acontecido – sussurrou Alice. Fiz isso, mas não sorri por que já era demais.

-Oi Belinha.

-Oi Tânia.

-Eu soube sobre você e o Edward. Meus pêsames – sínica.

-Ah não fique triste, por que agora ele tá livre pra você se jogar pra ele, como você faz com 99,9% dos garotos aqui da escola.

-Boa dica- ela disse.

-Então boa sorte – continuei andando ignorando comentários.

Ainda bem que não encontrei Edward nas salas de aulas. Se passaram 3 horas e eu superava o choro pra não parecer ridículo. O sinal bateu pro almoço, e eu as meninas fomos até a cantina e o que eu mais temia aconteceu - Edward e os amiguinhos dele estavam na mesma mesa de frente, eles estavam sorrindo e se divertindo quando ele percebeu que eu estava ali, e parou por um momento. Fiz o mesmo.

“Eu não sinto nada por você” lembrei-me do que ele tinha me dito.

-Bella – disse Alice. Me virei.

-Oi, desculpa eu fiquei meio desligada.

-Não liga pra ele- peguei a bandeja e entrei na fila.

Depois da aula  fui pra casa e fiquei trancada em casa. Entrei no computador, assisti televisão mas nada adiantava, eu estava só, triste, com dor.

Olhei pra foto novamente.

-Acabou – eu disse abaixando o porta retrato.