Bokura no Love Style escrita por Shiroyuki


Capítulo 14
Capítulo 14 - Hanashite


Notas iniciais do capítulo

Nesse capitulo não aparece nenhum dos Hitachiins, gomen', mas a Hana-chan precisa dar um pouco de atenção pras amigas tbm, nee, afinal, o mundo não é só feito de ruivos incrivelmente lindos e perfeitos, (qm dera fosse...)

Boa Leitura!



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Corri até onde estava o celular, totalmente alerta, e me espantei ao ver o nome que estava escrito ali...

HARUHI-CHAN

Haruhi? Por que ela estaria me ligando a essa hora? Atendi ao telefone, nervosa, afinal, Haruhi não é do tipo que faz brincadeiras a essa hora da madrugada... Alias... que horas são?

— Anh... Alô?  - eu disse, um pouco insegura, pois do outro lado da linha eu só ouvia uma respiração pesada.

— Ah! Hanako! Me desculpe te acordar a essa hora... eu... eu queria... a gente pode conversar? – Haruhi disse, sua voz estava diferente, parecia... triste...

— O que houve? Você tá bem? Aconteceu alguma coisa??? – eu falei um pouco alto demais, preocupada. Haruhi não era de se abater tão facilmente, e para ela chegar ao extremo de me ligar no meio da noite, eu tenho certeza que algo de muito ruim aconteceu, afinal, era não era do tipo que me ligava por que estava com saudades da minha voz, não é?

— Calma... eu... não quero falar por telefone... me desculpe... mas você pode me encontrar aqui no parque?

— Certo to indo aí! – eu desliguei o telefone e sai correndo pelo quarto, pegando algumas peças de roupa ao acaso, e as chaves de casa. Desci as escadas devagar, olhando antes que horas eram. 01:45. Se alguém me pega saindo há essa hora eu vou ficar trancada dentro de casa pro resto da vida!

Coloquei os tênis rapidamente na entrada, e saí sem fazer ruído algum. Andei o mais rápido que podia, sem correr, afinal não quero chamar atenção de ninguém por aqui. Acabo de perceber que o treino assassino do Mori-senpai tem seus méritos, já posso ver a pracinha logo ali, se fosse há algum tempo atrás, eu teria demorado o dobro do tempo.

Haruhi mora há poucas ruas daqui, em um apartamento, com seu pai, e quando eu cheguei, ela já estava me esperando, sentada em cima da casinha de madeira. Corri até lá e subi as escadas rapidamente, sentando ao lado dela.

— Vamos Haruhi, me conte o que aconteceu! – eu não pude conter a preocupação na minha voz.

— Ah! Hanako! Eu não devia ter te chamado aqui, vai te trazer problemas, me desculpe... eu só... precisava falar com alguém, eu não to mais aguentando! – Haruhi se desculpava baixinho, com uma nota de ansiedade na fala. Seu cabelo curto estava em uma completa desordem, e ela ainda estava de pijamas, apenas com um casaquinho azul escuro por cima, e seu rosto apresentava alguns sinais leves de insônia.

— Tudo bem, eu já estou aqui, não estou? – eu pousei a mão de leve em suas costas.

— Bom... eu nem sei por onde começar... eu... eu e o T-tamaki... – Sabia! Eu sabia que tinha alguma coisa a ver com ele... e ela ainda hesitou ao dizer o nome... nunca a vi assim, tão... vulnerável... - ... nós brigamos, há dois dias atrás. Ele me viu entregando biscoitos ao Takahama-senpai...

— Espera! – Eu ouvi bem? – Você estava entregando biscoitos? A um garoto?

— Ah! Não é o que você pensa, Hanako! Ele é meu senpai no Clube de Economia Doméstica, eu só queria que ele provasse os biscoitos, entende? Mas, quando o Tamaki viu, ele ficou meio louco, começou a gritar e disse que eu não devia fazer essas coisas para um “reles plebeu” e que ele era o único que podia provar da minha comida, que o senpai devia ficar longe de mim e outras besteiras... eu não entendi nada, disse pra ele parar de ser idiota, e então a gente não se falou mais...

— Continue... – estou começando a entender...

— E hoje, Tamaki me pediu..., na verdade ele deixou um bilhete no meu armário de sapatos, para ir encontrá-lo no telhado. Eu pensei que era só uma maneira extravagante de me pedir desculpas, você sabe como ele é... exagerado... então fui. Só que... o que ele tinha pra me dizer... bem... ele meio que... se declarou pra mim – Haruhi abaixou o rosto o máximo que pode, quase se fundindo com a parede baixa da casinha de madeira. Eu apenas sorri. Já imaginava que era algo desse tipo.

— E o que você fez?

— O que mais eu podia fazer? Eu gritei com ele, disse pra ele parar de ser idiota e de brincar com essas coisas, e depois saí correndo. E então... – ela parou de falar repentinamente, e olhou para cima, parecia ter certo receio de continuar.

— Continue – eu pedi apenas, sabendo que agora vinha a melhor parte da história.

— Ele me beijou. – ela sussurrou, e eu só pude ouvir porque me aproximei bastante. Seu rosto estava tão vermelho que parecia se camuflar com a camiseta do pijama.

— E você...? – estimulei-a a continuar.

— Eu fugi! – é claro... bem típico... não que eu tenha alguma moral para julgar esse tipo de comportamento.

— E por que você está tão abalada com isso? – é claro que eu já sei a resposta, mas quero que ela mesma admita.

— Eu... não sei... talvez... não... eu esteja... quero dizer... arrependida? Eu não devia ter gritado... e eu disse tantas coisas horríveis... eu não podia, não queria... – o conflito interno da Haruhi-chan era quase palpável, eu não aguento vê-la desse jeito... eu... – o que eu faço, Hanako? Como eu devo agir? Eu não quero ficar longe dele... eu nem sei porque... mas eu me sinto mal... ficar perto dele me deixa um pouco desnorteada... mas ele é tão... tão exagerado, e metido! Isso me deixa louca! E ele é tão... compreensivo... e gosta de ajudar... e tão... tão...

— ...Lindo? – arrisquei. Haruhi me lançou um olhar de repreensão, mas logo corou furiosamente e escondeu a face entre os braços.

— Tem isso também... – balbuciou.

— Tudo o que você tem a fazer é agir naturalmente – eu me surpreendi com as palavras que saiam da minha boca, nem parecia que era eu quem as falava...  – diga a ele como se sente, você não pode se esconder pra sempre, se não aparece outra e rouba ele de você... vai lá Haruhi! Se declare pra ele, peça ele em namoro! – hmm... eu devia seguir meus próprios conselhos... talvez? Haruhi pareceu divagar por alguns segundos, e então ergueu a cabeça, um pouco menos abatida.

— Quem tem que fazer isso não é o garoto? – ela sorriu fracamente, e eu me senti bem de ter conseguido fazer alguma coisa pela minha amiga, retribuí seu sorriso.

— Como se você se importasse com essas coisas! E além do mais, ele já tentou fazer isso, ou você não percebeu?

— Tem razão – ela se levantou, decidida, parecendo muito mais com a Haruhi que eu conheço – eu vou falar com ele, amanhã.

— É assim mesmo que tem que ser! – eu disse e ela me abraçou forte, me surpreendendo um pouco.

— Muito Obrigada, Hanako-chan! Muito Obrigada mesmo! Me desculpe por te chamar aqui, foi irresponsável da minha parte, pode te trazer problemas... Mas eu precisava mesmo conversar... Você é a melhor amiga que eu poderia desejar!

— Aaaah! Haruhi! É pra isso que eu estou aqui... não hesite em me chamar sempre que precisar– eu me emocionei de ouvi-la falar daquele jeito. Que fofa! Depois de alguns segundos ela me soltou, sorrindo de uma maneira diferente.

— Tem mais uma coisa!

— Que foi? O Honey-senpai também se declarou pra você, é isso? — perguntei divertida, e ela apenas negou, meio constrangida.

– Aqui! – ela tirou do bolso do casaquinho uma coisa comprida que tilintava e brilhava fracamente. Essa é a minha pulseira!

— Quando foi que você...? – eu nem se lembrava de ter perdido ela! Quando foi...?

— Um daqueles dois me pediu pra te entregar – ela explicou.

— Um daqueles? Ah! Hikaru e Kaoru. Qual dos dois? – eu perguntei, verdadeiramente intrigada, segurando a já familiar correntinha prata, coberta de pingentes de coração, de diferentes formatos e tamanhos ao longo dela.

— Como se eu conseguisse diferenciar... – Haruhi falou alto, já no chão. Ela desceu pelo escorregador (não acredito que perdi de ver Haruhi descer pelo escorregador... não posso me perdoar!). Desci também, olhando com atenção para a pulseirinha. Ela estava diferente. Um dos pingentes de coração, o maior, que parecia ser feito de cristal, e brilhava mesmo no escuro, não existia antes... ele é novo? Não me lembro de tê-lo visto antes...

— Sabe...- Haruhi andava ao meu lado, visivelmente mais animada, ela precisava mesmo desabafar com alguém – você é boa em ajudar as pessoas... devia usar suas conselhos para se ajudar, de vez em quando...

— Eu sei disso... – resmunguei, colocando a pulseira no braço.

Haruhi virou a esquina, rumo a sua casa, gritando um “tome cuidado” enquanto se afastava.

Eu voltei pra casa, com a cabeça muito mais cheia do que estava antes, e com a pulseira tilintando delicadamente no pulso.

Cheguei a frente da minha casa, mas o chão afundou sob meus pés antes de qualquer coisa. A luz da sala estava acesa! Minha mãe já sabe! O que eu faço?

Com o coração acelerado, e a garganta dolorosamente seca, entrei em casa, tentando não fazer barulho algum, apesar de isso já não adiantar muita coisa.

— Demorou, hein?! – A voz que eu ouvi não era bem o que eu esperava.

— Izumi? O que...? – balbuciei, um pouco incrédula.

— Fica fria, eu não vou dizer nada! – ela me tranquilizou minimamente, mas algo naquele sorriso me fazia ficar com um pé atrás. Izumi subiu as escadas devagar e eu a segui – mas... tudo tem seu preço, não é?

—  O que você quer?

— Que tal... aquele seu porquinho de pelúcia...? – ela sorriu zombeteira, e começou a correr em direção ao meu quarto.

— Nãããão!!! O Sr. Porco não


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Notas finais do capítulo

Hm... talvez eu tbm devesse seguir os conselhos da Hanako...

Mas, e agora? Qual dos gemeos achou a correntinha? Qual será o destino do Sr. Porco? (péssimo nome eu sei)... Não percam os próximos episódios [?] de BLS (isso é uma sigla! ^0^)

Kisu~ *3*